Capitulo 16

Pdv narrador.

Isabella não parava de andar de um lado para o outro. Sua conversa com Alice foi de longe tranquila. Saber que Claire não estava mais casada com Edward parecia bom, se a mesma não jurasse vingança e depois do que tentou fazer na tarde de sábado, ela não duvida de mais nada. Esme a apoiou. E agora, mais que tudo, Bella precisava agir contra elas. A anos ela guardava algo que um dia usaria contra elas.

O vídeo e as ligações de anos atrás, que provam que Claire e Esme tentaram mata -la. E o mais importante. O homem que as ajudou. Ele jurou vingança contra ela, e se Bella precisasse ele a ajudaria a coloca – las atrás das grades. Mas, não seria fácil com Esme, pois ela ainda era mãe de sua melhor amiga, e querendo ou não, não poderia agir contra a sua vontade. Teria que conversar com Alice sobre isso.

Mas, isso ainda não era tudo. Ela ainda tinha duvidas em relação a Edward. Mais duvidas. Deveria ou não confiar a paternidade a ele? Verdade seja dita: quanto mais tempo ela demorava, mais razão Edward teria no final. Seu filho a cada dia que passava cobrava sua mãe sobre a conversa com Edward.

Então, sem ter certeza do que fazer, mentiu para ele sobre a visita ao orfanato. Na verdade, a visita não seria parte da estratégia de reerguer a empresa e sim, para testar o quanto ele gosta de crianças. Isso significaria passar um dia inteiro com ele, tendo que aguentar suas investidas mal sucedidas, além de todo o choro que ele sempre faz. Mas, tudo em prol da felicidade de seu filho. Mas, uma coisa Bella sabia: chegaria um dia em que a própria não teria mais desculpas para inventar ao seu filho quando fosse perguntada sobre o porque ela não conversou com Edward. E o pior: ela teria que faze – lo antes de sua volta a Nova York. Faltando dois meses, ela poderia ter um tempo, mas, sabia que passaria rápido demais. E se não aproveitasse as férias, depois não poderia reclamar caso essa questão atrapalhasse sua volta para casa.

Mas, ela teria que adiar mais um pouco, quer ela queira ou não. Luke estava mal e não quisera sua companhia. Gritou com ela e ignorou seu filho. E segundo seu médico, o doutor Hoffman, aquilo só pioraria. Agora Bella teria que arrumar um jeito de acompanha – lo em sua próxima consulta, mas, antes, ele teria que lhe contar o que realmente esta acontecendo. Assim, ela não ficaria no escuto e saberia contra o que seu marido estava lutando.

Resolveu então que era hora de sair de seu escritório e jantar. Encontrou seu filho sentado a mesa, lhe esperando. Serviu - se de uma porção generosa de lasanha e salada e sentou – se ao seu lado. O jantar foi silencioso, logo o menino sentiu – se cansado e Bella fora obrigada a lhe colocar para dormir. Já em seu quarto, permitiu – se olha – lo por um tempo, lembrando - se de tudo o que passou para conseguir cria – lo. Então, ela foi até o seu armário e pegou uma pequena caixa intitulada caixa de recordações.

Ela tirou um álbum de fotografias e olhou uma a uma. Lágrimas ameaçaram cair em seu rosto. Ali possuía todas as fotos de seu filho, desde seu nascimento até o seu sexto aniversário. Quando contasse a verdade a Edward, ele provavelmente iria quer olhar essa caixa.

Então, ali, sentada em um canto de seu quarto ela fez uma promessa silenciosa. Não permitiria jamais que Edward a machucasse e machucasse seu filho e que não iria dar – lhe esperanças sobre um relacionamento futuro.

Ela guardou o álbum e dirigiu – se até seu quarto, mas, assim que entrou, lembrou do pedido de Luke, sobre deixa – lo em paz. E para que ele não acordasse, pegou suas coisas e dirigiu – se de volta ao quarto de seu filho. Tomou um longo banho e deitou em uma cama reserva. Na manha seguinte conversaria a sério com ele.

Assim que os primeiros raios de sol ameaçaram a surgir, Bella correu para o seu quarto e teve uma pequena surpresa ao entrar: o encontrou vazio. Procurou por todos os cantos e não o achou.

Desceu à escada a procura de Luke, saiu para o jardim e nada e nem ao menos um bilhete ele havia deixado. Luke estava passando de todos os níveis de esquisitice possível.

Então, já com o sono perdido, voltou para seu quarto e tomou um banho, se arrumou e foi direto para a cozinha preparar o café da manha.

Quando estava quase tudo pronto, Luke apareceu e assim como no sábado, foi direto para o quarto e se trancou. Mas, dessa vez Bella não subiu, resolveu que era melhor deixa – lo sozinho e quando fosse a melhor hora eles conversariam a sério.

Dylan desceu a escada e foi direto para a tv. Marie estava de folga, então, Bella teria que de desdobrar em três para dar conta de seu filho. Ele fez birra quando Bella pediu para que ele se sentasse a mesa para o café, alegando que não comeria enquanto seu pai estivesse ali. Mas, com uma conversa séria (Ele ficaria de castigo se não obedecesse) ele finalmente cedeu, mas, pouco tempo depois, Luke apareceu e se sentou em seu lugar. Agiu como se nada tivesse acontecido.

Ele tinha tomado banho e a barba estava feita. A roupa de corrida já não estava mais la e no lugar havia apenas o seu bom e velho jeans e camisa branca.

– Bella, depois preciso conversar com você. É um assunto muito sério.

– Sem problemas.

Bella agiu indiferente. Não queria mostrar ansiedade e isso intrigou Luke.

Será que ela realmente levou a sério o que eu disse e agora não se importa comigo?

– Mas, só depois que eu limpar toda a cozinha, levar Dylan para o parque e Max para passear. Se eu não tiver nada de urgente para resolver, ai eu converso com você de imediato.

Aquilo realmente o surpreendeu. Bella nunca agira assim. Mas, depois do que ele fez ontem, era previsível que ela agisse assim, ele gritou com ela, e Bella não dormiu ao seu lado, o que lhe causou uma certa insônia.

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Mais tarde, naquele domingo, Bella estava pensativa em seu escritório. Pensara que a revisão de seu livro seria rápido e fácil, mas, ao contrário, estava lhe consumindo todo o seu tempo. Ela passara a maior parte do dia no parque e quando voltou, ainda teve que dar conta de um almoço e uma cozinha ainda mais suja.

Então parou o que estava fazendo e quando pensou que tinha um momento de descanso, Luke apareceu em seu escritório, com uma expressão muito séria.

– Você não me deu espaço para conversarmos hoje.

– Pensei que quisesse ficar sozinho. Não estou a fim de brigar com você, mas, sei quando não quer ser incomodado, e depois de ontem e a entrada de hoje, achei melhor deixa – lo sozinho.

– Eu sei, e peço desculpas por isso. Não foi a minha intensão de verdade. Eu... Eu só estava nervoso e não queria lhe preocupar. Mas, acho que fiz o contrario. E Bem, também não queria tratar Dylan daquele jeito, achei que fosse necessário e percebi que não é assim que as coisas se resolvem. Agora, mais do que nunca preciso que você seja forte.

– O que esta acontecendo Luke. E é melhor você não enrolar.

– Vou direto ao ponto. O motivo de toda essa minha dor de cabeça e nervosismo é por que estou com Câncer cerebral. Ainda não sabem de que tipo é, mas, de qualquer forma, não sabem se sobreviverei a uma cirurgia.

O mundo de Bella caiu. Aquilo não era o que ela esperava ouvir, nada daquilo fazia sentido. Porque Luke? Porque ele? não, não e não. Não pode acontecer.

– Eu... Eu... Eu não sei o que dizer, eu estou em choque eu...

– Não diga nada, apenas escute. Preciso lhe pedir uma coisa. Não é fácil para mim, mas, é preciso: Eu quero que você conte a Edward que Dylan é o seu filho, mas, quero que conte já. Preciso que ele participe da vida dele, que Dylan não perca um pai, o seu verdadeiro pai. Quanto mais o tempo passa, mais essa situação vai piorando. Eu quero que eles se deem bem, ao ponto de Dylan não sentir dor quando eu partir, por que ele terá um pai. Eu quero que você seja feliz com ele. Então, quando eu morrer, você não ficara sozinha. Você terá a ele para cuidar de vocês. Talvez seja egoísmo da minha parte, pois estou jogando você direto para ele, mas, eu não quero vê – la sofrer. Bella, você e Edward precisam se acertar.

– Mas, o que você esta dizendo? ficou maluco? Não posso ficar com ele, não depois de tudo que ele fez. Tudo bem, eu digo o mais rápido possível, mas, o problema é que eu não confio nele e ainda tem a Claire e a Esme e...

– Apenas escute ok. Você ainda o ama...

– Não...

– Sim. É a verdade. Você sempre o amou, mas, se retraiu ao ponto de se enganar. Você ficou magoada e deixou que isso te consumisse aos poucos. Tanto que você não se permite pensar nisso. Mas, é inevitável quando você esta perto dele. Bella. Não adianta tentar fugir. Vocês se amam, você esta magoada e precisa conversar a sério com ele. Só assim você saberá se deve ou não confiar nele. E tem mais: hoje eu conversei com ele. Falei quase a mesma coisa que te disse. Pedi para que cuidasse de você e de Dylan quando eu morresse e adivinha o que ele falou?

– Que você é maluco?

– Também. Mas, que cuidaria de Dylan como se fosse seu próprio filho. Mas, Bella, para que isso aconteça, é preciso perdoa – lo, não precisa ser de uma vez, pode ser aos poucos, mas, vocês precisam se acertar logo.

– Não me peça isso, não... Você... Você não pode, não...

Bella então deixou que suas lagrimas falassem por si. Luke estava pedindo que ela fosse feliz. Por que sempre soube que Bella amou Edward, mas nunca se permitiu mostra – lhe tal sentimento. Ele a amava, não havia duvidas e queria que ela fosse feliz.

– Só me prometa que fará isso, por favor. É a única coisa que lhe peço.

– Não. Não posso, não depois de tudo que ele fez.

– So prometa.

– Tudo bem, tudo bem, mas, você não vai morrer. Eu não vou deixar. Vamos viajar, eu procuro o melhor especialista do mundo, você vai ser curado e...

– Quarta saberei o resultado de meus exames, mas, você terá que conversar com ele antes disso. Para que Dylan não sofra tanto. E ele quer muito conversar com Edward, Bella. Ele realmente esta magoado e ele te ama muito. Ele esta sofrendo. De – lhe uma chance. Eu faria o mesmo se fosse com você.

Aquilo tirara as palavras de Bella. Ele realmente estava pedindo para que Bella voltasse para o seu ex – namorado mesmo sabendo de sua dor e o que passou junto a Edward.

Luke realmente me ama a ponto de sacrificar tudo por mim.

– Eu preciso processar tudo Luke, eu realmente estou em choque. É muita coisa para minha cabeça. Vamos jantar por favor. Depois continuamos essa conversa.

Mas Bella tinha a resposta a muito tempo.

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Do outro lado da cidade, Edward estava aflito. Finalmente havia se livrado de Claire, mas, sob suas ameaças e apoio de sua mãe. Se não bastasse, o pai de Claire estava saindo da empresa, o que prejudicava os negócios. Graças a algumas mentiras contadas pela mesma.

Mas, o que lhe deixou ainda mais aflito era o fato de Claire tentar atropelar Bella e seu filho e por algum estranho motivo, ele ficou furioso e com medo, não so por Bella e também por Dylan. Ele tinha alguma forte ligação com aquele menino, mas não sabia explicar o porque.

Naquela manha ele havia se encontrado com Luke, mesmo resistindo, ele aceitou, pois o tom de voz usado por ele parecia urgente.

– Vou direto ao assunto. Há quase cem por cento de certeza que eu esteja com câncer cerebral. Bella não sabe ainda. Mas, não vim aqui para falar de minha vida. Eu sei o quanto você a ama e preciso que você cuide dela por mim quando eu partir. Não será fácil para ela e nem para Dylan, mas, eles não podem ficar sozinhos. Como você gosta de Bella, será mais fácil para os dois. Ela pode resistir no começo, mas, com todos os sentimento reprimidos que ela possui por você, logo se entregara. Prometa – me que vai cuidar deles por mim, por favor.

– Eu não deixarei Bella sozinha e cuidarei de Dylan como se fosse meu filho.

Aquela promessa o fez acreditar que Bella seria dele mais cedo do que ele queria, e que teria que mudar de estratégia para conquista – la novamente, mas, agora, ele teria que lidar com a perda de ambos e tentar suprir as necessidades que lhes faltava.

É claro que Edward não gostava de ter Bella naquelas circunstancias, isso se ela aceita – lo, mas, qualquer chance era melhor do que não tê – la.

Então, seu celular tocou o tirando de seus devaneios.

– Alo!

– Edward? É Isabella, preciso conversar com você imediatamente. É importante. Me encontre na praça central em trintas minutos.

– O que aconteceu...

Bella desligou sem lhe explicar o por que.

Já passava das onze da noite, e aquela ligação preocupara Edward. Ele imediatamente se aprontou e correu até o seu carro, em uma viagem silenciosa por Forks.

Por favor, que não tenha acontecido nada. Por favor.

Em tempo recorde ele já estava na praça. Como ainda era cedo, ele resolveu espera – la no banco da praça. Dez minutos depois, Isabella chegou, e pelo seu rosto, algo havia acontecido.

Ela se sentou ao seu lado e deixou que ele falasse.

– O que aconteceu? Você está péssima.

– Eu sei que Luke conversou com você. As coisas não estão fáceis e tendem a piorar. O que eu vou lhe dizer não será fácil de escutar. Peço que você seja compreensivo e não julgue antes de saber tudo. Você ficara furioso, mas, tudo tem uma explicação. Só faço isso por que é preciso e por que me pediram.

– Você esta me assustando. Tem a ver com o que Luke falou mais cedo?

– Sim. Faz parte, mas, isso vem de muito antes. Primeiro: Só por que vou contar isso não significa que não esteja furiosa com você. Mas, não faço isso por mim. E tem mais: não confunda as coisas. Eu ainda te odeio.

– Seus sentimentos reprimidos?

– Eu vou matar Luke. – Isabella murmurava enquanto encontrava uma maneira de lhe dizer a verdade. – Vou direto ao ponto. Quando aconteceu o acidente e eu acordei depois de “morte”, eu descobri que não fui a única a sobreviver ao acidente. Meu filho estava vivo.

– Seu o que? – Edward estava começando a ficar assustado e foi então que tudo fez sentido – O bebe... A gravidez... Mas...

– Eu estava grávida quando ocorreu o acidente Edward. O filho que você negou não morreu. Ele sobreviveu. Dylan é o seu filho.

Dylan é o meu filho. Dylan é o meu filho. Oh meu deus. Agora tudo se encaixa.

Eu sou pai.