DESTINOS- Uma chance de mudar o futuro escrita por bia981


Capítulo 6
Os segredos de Gringots




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Acionei novamente a chave de portal, desta vez acompanhada de Severo. Logo aparecemos em uma rua no centro da Londres trouxa.

_O que iremos fazer primeiro?_ perguntou Severo.

_Pegar dinheiro, então primeiro precisamos ir ao Grinngots_ digo indo em direção ao Caldeirão Furado que estava a uma quadra a nossa frente._ Crianças hoje iremos visitar o mundo bruxo, peço que não se separem, nem de mim, nem de Severo. Primeiro iremos ao banco, lá haverá duendes, sei que será um choque para vocês, mas peço que não os encare, nenhum deles gosta disso. E outra coisa, sei que é pedir muito, principalmente pra você querido, mas se esforce no máximo e me chame de mãe e Severo de pai, pelo menos quando estivermos com outras pessoas, pois alguns bruxos são muito preconceituosos e podemos ter problemas. Vocês podem fazer isso por mim?_ perguntei me abaixando na frente de Tom e Maggie que havia descido do meu colo assim que pisamos na rua.

_Sim mamãe, pode deixar eu e Tom Tom iremos obedecer tudo que a senhora quiser, não é mesmo Tom Tom?_ perguntou Maggie empolgada.

_Sim iremos te obedecer mamãe_disse o menino meio contrariado.

_Obrigado queridos, juro que se tivesse outro jeito não obrigaria vocês a isso_digo os abraçando.

_Se está tudo resolvido, vamos temos muitas coisas para comprar_digo seguindo para dentro do bar com Tom e Maggie segurando minhas mãos com Severo logo atrás.


_Olá bom dia sou Thomas em que posso ajudá-los?_perguntou o balconista assim que nos viu, se tratava de um rapaz que com certeza acabara de sair da escola, possuía cabelos castanhos escuros, olhos da mesma cor e baixa estatura apesar de ser bem magro.

_O senhor poderia nos abrir a passagem, somos de fora, acabamos de nos mudar para Londres e preciso ir ao beco, mas é impossível aparatar com crianças não é mesmo._ digo me aproximando do balcão.

_Sim senhora deixe-me que os ajudo, desculpe a pergunta indiscreta, são seus?_ perguntou o homem apontando para Tom e Maggie.

_Sim são meus orgulhos, Tom e Maggie e este é meu marido Severo Santorin e eu sou Hermione_digo sorrindo.

_Oh! Merlin! Me desculpe tratar sem tanto respeito madame Santorin, devia nem se quer se dirigir a palavra a mim que sou um simples bruxo comum_ disse o rapaz envergonhado.

_Nada disso, você não desrespeitou nem a mim nem a minha família, sei que possuímos linhagem nobre, mas somos tão comuns quanto qualquer outro neste estabelecimento. Então nada de reverências ou qualquer coisa do tipo, entendido?_perguntei irritada.


_Sim madame, me perdoe mais uma vez, venham irei leva-los até a passagem me sigam sim_disse ele nos levando até o fundo do bar e abrindo a passagem para nós.

_Obrigado Thomas pela ajuda tenha um bom dia_ digo sorrindo, coisa que fez com que Severo trincasse os dentes, sem ao menos perceber.

_De nada senhora, senhores e senhorita tenham um bom dia e boas compras_disse o rapaz se afastando envergonhado.

Assim que Thomas saiu me virei para Tom e Maggie que possuíam caretas de surpresa e admiração.

_Gostaram crianças?_perguntei.


_É lindo mamãe, lindo, lindo, lindo, vamos, vamos quero ver tudinho_exclamou Maggie dando pulinhos de felicidade, enquanto tentava puxar Tom, para que o mesmo fosse com ela.


_Calma pequena, nada disso irá fugir, espere um pouco ainda temos que buscar dinheiro, não atazane seu irmão._ disse por incrível que pareça Severo que a pegou no colo enquanto sorria divertido. _Você está parecendo eu quando vim aqui pela primeira vez não quis deixar nem se quer minha mãe buscar dinheiro sem antes eu olhar tudinho.


_Sério papai?_perguntou a menina enquanto abraçava forte o pescoço de Severo.

_Sim querida, sério muito sério, mas não precisa de desespero, juro que irei te mostrar tudinho depois, mas primeiro temos que ir no banco. Certo?_ perguntou ele sorrindo para a pequena.

_Sim papai, vamos mamãe, vamos Tom Tom quero pegar dinheiro pra depois ver tudinho as coisas._ disse ela sorridente.

_Sim querida, vamos ver tudinho depois além de comprar um lindo presente para seu irmão o que acha?_perguntei.


_Acho ótimo, mas Tom Tom não pode ver tem que ser surpresa._ disse ela animada.


Severo seguiu com Maggie me deixando para trás com Tom.


_Está gostando querido?_ perguntei me abaixando em sua frente.


_É lindo senhora, nem sei como agradecer por tudo o que está fazendo por mim e por Maggie_ disse o garotinho parecendo muitos anos mais velho.

_De nada meu amor, sei que será difícil para você, mas pode confiar em mim, juro que não te farei nenhum mal, já te amo como se você fosse meu filho de verdade, assim como amo Maggie que será sempre uma princesinha para mim, veja até Severo já caiu de amores por sua irmã, agora só falta você nos dar esse voto de confiança, pois nem eu nem seu pai iremos abandonar você e sua irmã _digo olhando em seus olhos.

_O..bri...gado m... ma..mãe _ disse ele me abraçando fortemente deixando suas lágrimas escorregar por seu pequeno rosto.

_De nada querido, de nada.Mas agora temos que ir sua irmã está a ponto de vir aqui para saber o por que da demora, ela está muito impaciente nos esperando, seu pai está tendo um trabalho enorme com ela, olhe lá_ digo me separando dele e apontando para a porta de Grinngots, onde Maggie pulava de um lado para o outro fazendo Severo rir.

_Ei espoleta, se não ficar quieta iremos direto para casa sem visitar nenhuma loja se quer_digo me aproximando dos dois.

_Não faz isso mamãe, não faz, quero ver tudinho_ disse Maggie se agarrando em minhas pernas.

_Então se comporte querida, ou seu pai daqui a pouco estará de cabelos em pé_ digo a pegando no colo.

A cada passo que dávamos, mais silencioso o banco ficava, todos os duendes paravam seu trabalho e começava a nos encarar. De repente sem qualquer aviso um duende muito velho apareceu em nossa frente, fazendo com que todos se assustassem.


_Milady, milordy, até que enfim que Delfim pode conhece-los, esperei por muito, muito, muito tempo poder voltar a servir a casa dos nobres_ disse o velho duende fazendo uma reverência o que chocou todos os bruxos presentes.

Afinal nunca em toda a história da humanidade, um duende se curvaria a um bruxo. Pois para eles sempre fomos seres indignos de sua lealdade. Ainda mais por ser quem era, Delfim o último descendente dos anões da terra média, herdeiro de todos os mistérios sobre a cidade de ouro e por fim o criador de Grinngots.


_Sabe que não concordo com isso meu amigo, não suporto reverências, afinal somos todos iguais, não me envergonhe se comportando como alguém inferior_ digo me ajoelhando em sua frente e o abraçando como a muito e não fazia.


_Mamãe quem é ele?_ perguntou Tom se aproximando de mim e de Delfim.


_Este querido, é um grande amigo meu, Delfim é responsável pelos tesouros de nossa família. Delfim este é meu filho Tom, meu marido Severo e minha filha Maggie_ digo os apresentando.

_Oh meu bom Odin, achei que nunca iria ter a chance de ver esta cena, Lady Revenclaw e Lady Hufflepuff iriam ficar muito felizes se soubessem que finalmente milady e milordy se uniram. E estas duas belas crianças, estou orgulhoso por você minha pequena lady_ disse Delfim sorrindo.


_Sei que está, meu bom amigo, mas você me faria a gentileza de nos mostrar nossos cofres, acho que Fenrir deve estar morrendo de saudades não acha_ digo rindo.


_Claro, claro aquele maldito vive me enchendo a paciência, juro que se não fosse por você eu já teria dado um fim naquela praga_ disse ele.


_ Não fale assim Delfim , Fenrir só lhe quer bem, e apenas se preocupa com toda a família, incluindo você meu amigo _ digo rindo._ Mas agora temos que ir, ainda tenho muita coisa a fazer e ainda preciso de uma longa conversa com você e com aquele velho maluco.


_Então me acompanhe milady, milordy e crianças acho que os senhores iram adorar este passeio_ disse ele nos levando a uma porta lateral._ Grinngots foi construído a centenas de anos, eu sou o último construtor vivo. E por isto o dono disto tudo. Sou o único que conhece todos os seus segredos e também o único a possuir as chaves de todos os cofres, sendo o mais velho deles. Esta passagem é um destes segredos, eu e meu falecido irmão construímos ela, para que pudéssemos ter maior acesso aos cofres mais antigos e a seus guardas, em todos esses anos apenas três dos cofres principais ainda existem sendo todos eles da sua mãe e seu pai garotos, vocês nem imaginam o quanto de coisas que ainda existe neste lugar, seriam décadas para eu poder explicar tudo para vocês. Mas agora, vamos deixar este assunto de lado, afinal estamos chegando_ disse ele abrindo uma grande porta onde por traz delas o último dragão estelar se encontrava.

_Quem ousa pisar em meus domínios_ a voz que a tempos eu não ouvia ecoou pelo grande salão de mármore, onde em cada um de seus cantos portas de ouro puro se destacavam imponentes.

_Quem mais poderia ser Fenrir?_ digo me aproximando da porta central onde um enorme dragão de lapiz-lazuli estava entalhados.


_Oh minha criança, achei que não a veria tão cedo_ disse o velho dragão saindo de seu lugar de descanso e se postando a nossa frente.

_Olá, meu amigo _ digo me aproximando e acariciando as escamas suaves de sua cabeça. _ Este é meu marido Severo, você deve se lembrar dele quando mamãe e tia Helga nos trouxe aqui, e estes são meus filhos Tom e Maggie.

_Oh sim, me lembro muito bem, e estas lindas crianças, um Slytherin e uma Gryffindor, incrível que tenham se juntado tão rápido_ disse ele.


_Ta certo, ta certo meu amigo, mas agora poderia abrir o cofre para mim, ainda temos muitas compras para fazer_ digo sorrindo.


_ Mas mamãe eu quero ficar mais um pouco _ disse Maggie que agora acariciava a cabeça de Fenrir.

_ Eu sei filha, mas hoje é aniversário de seu irmão temos, hoje ele resolve o que iremos fazer_ digo a abraçando.


_E o que você decide Tom?_ perguntou Severo se aproximando de Tom.


_Podemos entrar com você mamãe?_ perguntou ele sorrindo.


_Claro querido, vamos todos_ digo empurrando a grande porta de ouro onde antes estava Fenrir.


Tudo continuava no mesmo lugar, cada monte de ouro, prata e bronze, uma enorme prateleira de madeira nobre circulava as paredes do cofre onde repousava jóias de todas as cores e formas, livros e pergaminhos com milhares de anos, armas, poções e vestes de que contavam a história do tempo.


Severo, Tom e Maggie encaravam tudo de olhos arregalados.

_ E então queridos gostaram?_ perguntei sorrindo.


_ E lindo mamãe_ disse Maggie que abraçava minhas pernas.

_ Eu sei, mas agora vão podem escolher algo para vocês, inclusive você Severo acho que você irá adorar isto daqui, foi seu pai que escreveu é o mais raro do mundo tem poções que você nunca imaginaria._ digo tirando um pequeno livro de capa de couro negro onde havia uma serpente gravada em fogo e o entregando.


_ Isso é o que eu estou pensando?_ perguntou ele chocado ao pegar o livro na mão.

_ Sim é ele o único exemplar do livro de poções de Salazar e é seu. Este é o seu filho_ digo me aproximando de Tom e pondo uma pequena caixa de madeira branca com o fecho em prata.

Dentro dela repousava em seda negra uma varinha tão alva quanto a caixa onde havia esculpido as mesma serpente do livro de Severo só que desta vez possuía uma única e minúscula esmeralda.

_ Esta será sua varinha, quando você poder usar uma, ela foi de sua mãe Mérope e também de sua avó Morian e assim por diante. Este foi o único bem que não se perdeu com o tempo e também o único que consegui recuperar.

Sei que parece ser de mulher, mas esta aqui é a mais forte e imponente varinha, ela é feita de carvalho branco uma árvore que foi extinta a séculos. Esta árvore é pura e só pessoas de coração puro a merecem.

Seu núcleo possui um pelo de um filhote Nundu, o maior e mais perigoso felino do mundo, ele possui um hálito que pode matar um povoado inteiro e é necessário mais de cem bruxos para captura-lo, este é um animal magnífico, mas incompreendido. Possui também o veneno de um brasílico, uma enorme cobra, capaz de matar apenas com o olhar
Estes dois núcleos são de animais magníficos, mas incompreendidos, assim como seus antigos donos que foram julgados e subestimados, mas isso não irá acontecer com você querido, pois esta varinha enfim encontrou seu verdadeiro dono e desta vez ela irá se mostrar como ela realmente é e trará grandes feitos em seu nome meu filho_ digo me ajoelhando em sua frente e estendendo a caixa para ele.

Com isso Tom pega a varinha que começa a emitir uma intensa luz branca que logo se apaga.

_ Obrigado mamãe _ disse ele me abraçando apertado.

_ De nada querido, mas agora é a vez de sua irmã, que chega estar pulando de tanta animação_ digo me se parando dele e me postando na frente de minha pequena princesa.

_ Não vou te dar livros, nem varinhas minha pequena, mas algo que alguém muito tempo me deu, alguém que eu amava muito e que eu amava mais ainda. Antes de eu me casar com seu pai eu já fui casada. Sim sei que parece impossível, mais já fui sim. Ele foi um dos grandes amores da minha vida, mas por minha culpa acabou morrendo, não só ele, como também minha filha, minha pequena Sofia.
Este medalhão ganhei deles dois quando eu estava num momento muito doloroso, difícil demais para explicar para esta sua cabecinha inocente, mas prometo que um dia eu te conto tudo. Este medalhão foi meu porto seguro, minha tábua de salvação, até que vim para cá e te encontrei junto de seu irmão. E é por isso que eu quero te dar ele, pois eu sei que um dia talvez você irá precisar de algo assim e também quero que você carregue um pedacinho de mim com você pequena, para que nunca esqueça o quanto eu te amo e que eu nunca irei te abandonar_ digo tirando de meu pescoço a fina corrente de ouro onde se encontrava um pequeno e delicado coração de rubi que ainda se mantinha quente como se estivesse vivo. E o colocando eu seu pequeno pescoço.


_ Obrigado mamãe, prometo que cuidarei dele com todo o meu amor_ disse a pequena me abraçando forte.


_ Eu sei querida e é por este motivo que eu estou te dando. Mas agora chega de choro, vamos ainda temos muitas compras para fazer_ digo a pegando no colo e saindo do cofre, sendo seguida em silêncio por Tom e Severo até a saída do banco, passando por Fenrir que apenas se despediu com um aceno e Delfim que me entregou uma pequena bolsa com dinheiro e abriu novamente a passagem para o saguão do banco nós deixando logo em seguida, assim que atingimos a rua movimentada.


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