Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 38
Thirty Seven


Notas iniciais do capítulo

Hellou, abiguinhos!
Voltei mais cedo - exato.
Tô tão empolgada! *gritos*
Tamo quase no final, mas ainda falta!
Então fiquem tranquilos!
Beijinhos e boa leitura! :*



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“Pessoas dizem que nós não deveríamos estar juntos

Somos jovens demais para saber sobre "para sempre"[...]

Porque esse amor só está ficando mais forte

Então eu não quero esperar mais

Eu só quero dizer ao mundo que você é minha, menina[...]

Eles não sabem sobre as coisas que fazemos

Eles não sabem sobre os "eu te amo"

  Mas eu aposto que se eles soubessem

Eles ficariam com ciúmes de nós”

~They Don’t Know About Us -One Direction

Quebra - Tempo: Dois anos.

POV’s Castiel ON

Eu estava no meu camarim, me preparando para mais um show.

Dois anos se passaram desde que tudo aquilo aconteceu. Dois anos desde que eu, Lysandre e Nathaniel alcançamos o estrelato, a fama. Dois longos anos em que eu vivi sem ela.

Depois que ele se foi, eu voltei à sua casa e informei a todos o que tinha ocorrido. Claro, todos ficaram chocados e curiosos para saber aonde ela poderia ter ido, mas ninguém soube. Lembro que tentei ligar para ela, mas simplesmente só se ouvia sua voz gravada dizendo: “Oi! Aqui é a Angely. Não estou no momento. Deixe seu recado após o sinal. Beijinhos.”. Eu quase me afundei de tristeza. Mas recebi apoio de todos e consegui deixar a tristeza para o lado de dentro, não demonstrando-a para ninguém. Comecei a me concentrar mais na banda. Passamos a fazer pequenas apresentações, gravamos singles, álbuns, videoclipes. Quando vimos, já tínhamos uma turnê marcada naquele ano. Rodamos diversas cidades famosas, do mundo inteiro.

E agora, eu havia voltado para a minha cidade natal. Nosso último show dessa segunda turnê. Suspirei, olhando o anel dela, que ainda estava enroscado na corrente em meu pescoço. Lembranças invadiram minha mente.

Quando nos “conhecemos”.

—Devia controlar seu cão!- ela disse.

—Escuta aqui, ruivo de farmácia, você não sabe do que eu sou capaz de fazer.- ela rangia os dentes de raiva."

—Idiota.- se virou e caminhou em direção ao condomínio.

Quando tivemos que limpar a escola.

—Você usa óculos?- perguntei.

—Não, isso é um scooter! Eu uso pra saber seu Ki.- ela me olhou ironicamente.

—Nem vem, baixinha- falei.

—Eu não sou baixinha!- ela exclamou. -Você que é alto!

 —Uh... Eu acho que te devo um “Obrigada”- ela murmurou.

—Com certeza. - falei.

—Bom... Obrigada, eu acho- ela fez uma expressão confusa. E depois fez uma coisa que eu não esperaria nem em um milhão de anos... Ela beijou minha bochecha. Ela corou. Eu nada falei. Ela simplesmente se virou e entrou no apartamento dela.

Aquela tinha sido a primeira demonstração de carinho dela por mim.

O nosso primeiro beijo, quando eu havia atrapalhado seu sono.

—Você.Não.Manda.Em.Mim- falei pausadamente me aproximando dela. -Ninguém manda.- ela sorriu de lado, assim como eu.

—Você sempre vai fazer isso?- ela perguntou olhando pros meus olhos.

—Isso o quê?- perguntei em um tom rouco.

—Isso... Você... Você, com certeza, deve de ser igual... igual a ele.-  ela respirava com certa dificuldade.

—Cast...- ela falou baixo e eu não me segurei. Puxei sua boca contra a minha.

O famoso “dia seguinte”, quando quebramos a cara por causa do azulado e a albina.

—Com certeza esse seu compromisso é só uma desculpa pra não ir.- falei olhando pra baixo, ou seja, para ela.

—Não ruivo, não é. Mas quem disse que você tem direito de saber sobre a minha vida?- ela me encarou e sorriu de lado, apenas se virando e batendo a porta de seu apartamento.

Ela sempre dizia que a vida dela não era da minha conta.

Quando eu a vi com o Elliott, tive certo ciúme. Mas eu nunca admitiria.

—Você está com ciúmes- gritaram.

—Oi? Ciúmes? Essa palavra não existe no meu vocabulário.- falei colocando as mãos no bolso da minha calça.

Até mesmo Kentin falava que eu e ela nos gostávamos.

—Sem dúvidas, você gosta dela.- Kentin falou, me tirando de meus devaneios.

—Oi?- perguntei. -Puff...eu e a assassina de amigos de baixo? Nem em sonhos. Por que todos falam isso?

—Você já viu o jeito que se olham?- ele perguntou, me olhando. -Seus olhos brilham e os dela também.

—Kentin, para de viadagem...- resmunguei. Ele riu.

—Vai me dizer que não gosta quando ela fica brava por causa de uma provocação sua?- perguntou.

—É, de certo modo...- falei.

—Então!- exclamou. -Ela gosta de te irritar. Isso a faz feliz. E é bom, Castiel.- ele falou

Teve a vez onde o doutor Rogers pediu para eu cantar junto com ela no pedido de casamento dele.

—Calma. Se você me deixar explicar, eu agradeço.- ele revirou os olhos. -Eu gostaria que você cantasse, mas não sozinho.

—Se eu, hipoteticamente falando, aceitasse esse acordo maluco, onde eu arrumaria alguém pra cantar comigo?- questionei.

—Diana tem uma sobrinha. E essa sobrinha sabe cantar.- ele explicou. -Então, seria só você conversar com ela.

—‘Tá certo, mas onde elas moram?- perguntei.

—Castiel, eu namoro Diana a 2 anos... Em alguma das conversas que tivemos eu tenho certeza que mencionei que Diana é a mulher que mora no apartamento na frente do seu.-eu paralisei. Meu queixo caiu e meus olhos se arregalaram.

—Não...- eu murmurei. Olhei-o. -Não!

—Sim!- ele exclamou.

—Sua namorada é a tia da baixinha?- perguntei meio abobado.

—O que você quer?- me olhou. Sorri sacana.

—Um beijo.- falei.

—Oi?- ela arregalou os olhos.

—Qual é baixinha, não é tão difícil de entender. Afinal você me deu um par deles hoje mais cedo.- ela corou.

Especifique o local da próxima vez.- ela disse.

Sorri, ela era sacana.

Quando compramos o meu terno e ela me beijou.

"—Bom, obrigado.- comecei. -Pelo terno e tals.

—Eu só queria garantir que você comprasse o terno mesmo.- riu. -Mas, de nada.- ela se virou e eu também. Abri minha porta e coloquei o cabide com o terno em cima do sofá. Quando voltei pra fechar a porta, ela ainda estava parada ali. -Castiel?

—Algum problema?- franzi o cenho.

—Não...- ela falou, se virando. Suspirou. -Me desculpe por isso.

—Isso o qu...- nem consegui terminar. A boca dela estava colada na minha.

Depois do meu acidente, quando ela recebeu aquela carta e desabou na minha frente, eu só pude confortá-la.

—Castiel?- me chamou.

—Hm?- olhei-a.

—Obrigada por compreender.- ela falou e suspirou.

—Não há de quê.- respondi, dando-lhe um beijo nos cabelos.

Apesar de ela dizer que eu tinha ajudado, sei que não era verdade.

E, logo após isso, meus pais nos haviam encontrado no sofá e acharam que ela era minha namorada.

—Ruivo, cala a boca...- a baixinha resmungou, tapando a minha boca. Meus pais nos olhavam. Minha mãe com as mãos na cintura e meu pai com os braços cruzados.

—Uh... Baixinha... Acho melhor você acordar.- cutuquei as costelas dela.

—E por quê?- perguntou, ainda de olhos fechados.

—Meus pais estão parados bem na nossa frente.- falei e ela abriu os olhos quase que de imediato. Se levantou de cima de mim e ficou em pé, quase tropeçando num caderno meu.

—Então, estão namorando há quanto tempo?- meu pai perguntou e a baixinha quase se engasgou.

—Faz pouco tempo. Três semanas, eu acho.- falei. Ela me olhou com a sobrancelha erguida, como se perguntasse “Sério isso?”. Lhe lancei um olhar de “Depois conversamos.”

—Sim, é algo recente.- sorriu, colocando a xícara na bandeja.

—Ela é uma boa moça.- meu pai comentou.

—É.-falei, dando de ombros e sorrindo.

—Você a ama?- perguntou. Suspirei. Eu estava apaixonado, mas isso era amor?

—Eu não sei...- respondi, francamente.

—O que ela significa pra você?- Ótimo. Jean-Louis Collins. Piloto de avião e, nas horas vagas, psicólogo.

—Muito. Acho que eu nunca encontraria alguém como ela.- suspirei.

—Sacrificaria tudo por ela?- indagou. Pensei no modo em como ela estava frágil em meus braços na noite passada.

—Sim, sem pensar duas vezes.- ele sorriu.

—É. Você a ama.- ele disse. -Espero que namorem por um bom tempo. Acho que não tem mais ninguém que te mantém nas rédeas como ela. Nem sua mãe está conseguindo.-fez piada.

Meu pai era um bom conselheiro, apesar de tudo.

Depois Debrah voltou e virou nossas vidas do avesso. Ela não era Debby e sim Angely. Ela me contou toda a sua história e, apesar de achar que eu jamais aceitaria ela por ter mentido, eu lhe mostrei o contrário. Fomos convidados a ir para a casa dela e foi lá que descobri que, na realidade, eu e Angely já nos conhecíamos - e inclusive tínhamos dado nosso primeiro beijo um com o outro.

—Como?-ela falou em um meio sussurro.

—Acho que é um jogo do destino.- respondi. -Se pararmos para pensar, foi por causa disso que o Dragon te “atacou” no dia em que nos “conhecemos”.

Tudo nessa vida é predestinado, com certeza. Tudo o que ocorreu depois foi como se eu tivesse encontrado a paz verdadeira. Até o sequestro dela. Eu fiquei tão aflito, uma parte de mim sentia o perigo em que ela se encontrava.

E quando eu finalmente a achei... Eu encontrei a minha paz novamente.

—Você veio...- ela sorria. Olhei-a, preocupado, segurando seu rosto, limpando suas lágrimas. Meus olhos ardiam, eu queria chorar.

—Você nunca estará sozinha enquanto eu viver, minha baixinha.- beijei sua testa e ela derramou mais lágrimas.

Mesmo que por alguns segundos.

Quase ficar em coma para sempre me deixou temeroso. Eu quase perdi tantos momentos da minha vida, mas graças a ela eu acordei.

Poderíamos, finalmente, ter ficado juntos...

Mas o destino sempre vai brincar com nossas vidas.

"—Eu vou embora, Cast.- ela disse."

Mordi meu lábio inferior, meio nervoso. Não gosto de lembrar daquele momento.

"—Você sabe que te amo, nunca se esqueça disso.- o rosto dela estava completamente sujo de maquiagem.

—Não, por favor, Angely...- tentei falar.

—Não é um adeus...- acariciou minha bochecha.

—E pra onde você vai?- indaguei, curioso.

—Eu vou estar bem. -Sorriu de leve.

Sorri. Apesar de tudo, ela era o amor da minha vida. Ela me disse que não era um adeus. E eu pretendo confiar nela.

—Pronto, Castiel?- Lysandre apareceu na minha porta.

—Sim.- assenti e me levantei, pegando minha guitarra.

—_//__

Fazia três horas que estávamos no palco. O show já estava no fim. Eu estava cansado e tinha parado pra beber um pouco de água.

Fui surpreendido quando Lysandre e Nathaniel vieram correndo até mim.

—Senhoras e senhores! Peço a atenção de todos!- o bicolor falou ao microfone, olhando para o público.

—Me dá a guitarra!- o loiro gritou pra mim. Fiquei confuso, mas ele insistia que eu entregasse a guitarra.

—Nós temos uma pequena surpresa para vocês.- falou enquanto eu tirava a guitarra e entregava ao loiro. Lysandre me puxou até o meio do palco, me colocando num ponto específico. -Nosso ruivo aqui- segurou no meu ombro. -Vai lhes cantar uma música solo.- os gritos ecoaram e eu arregalei meus olhos.

—Como assim?- eu gritei ao pé do ouvido dele.

—Fica tranquilo!- ele falou ao pé do meu. -É uma música muito conhecida e nós esperamos que apreciem a surpresa.- sorriu e me entregou o microfone. Sussurrou a música ao pé do meu ouvido - dizendo para eu não sair daquele lugar ali- e saiu do palco correndo.

Alguns fãs me olhavam e riam com a minha expressão confusa. A música começou e eu fiquei preparado. Então comecei.

I drew a broken heart / (Eu desenhei um coração partido)

Right on your window pane / (Bem no parapeito de sua janela)

Waited for your reply / (Esperei por sua resposta)

Here in the pouring rain / (Aqui na chuva forte)

 Cantava, olhando para eles, que gritavam e sorriam.

Just breathe against the glass / (Só respire contra o vidro)

Lead me some kind of sign / (Me dê algum tipo de sinal)

I know the hurt won't pass, yeah / (Eu sei que a dor não vai passar, é)

Just tell me it's not the end of the line / (Só me diga que não é o fim da linha)

Just tell me it's not the end of the line / (Só me diga que não é o fim da linha)

Arqueei a sobrancelha, sorrindo de lado. Quando fui cantar o refrão, fui surpreendido por uma voz. E eu travei.

I never meant to break your heart / (Eu nunca quis partir seu coração)

Now, won't let this plane go down / (Agora, não vou deixar este avião cair)

I never meant to make you cry / (Eu nunca quis te fazer chorar)

I'll do what it takes to make this fly / (Vou fazer tudo o que puder para fazer isso voar)

Sua mão estava em minhas costas e eu tremi.

Oh, you gotta hold on / (Oh, você tem que se apegar)

Hold on to what you're feeling / (Se apegar ao que sente)

That feeling is the best thing / (Este sentimento é a melhor coisa)

The best thing, alright / (Realmente, a melhor coisa)

Me virei aos poucos, ainda tremendo de nervosismo. Meus olhos estavam fechados. Senti sua mão em meu rosto.

“É ela.”— pensei.

I'm gonna place my bet on us / (Eu vou apostar em nós)

I know this love is heading / (Eu sei que nosso amor está seguindo)

In the same direction / (Na mesma direção)

That's up / ( Para cima)

Abri meus olhos e senti uma lágrima solitária escorrer pelo meu rosto. Vi seus lindos olhos verdes a me encarar. Estavam mais brilhantes e lacrimejavam. Seus cabelos estavam mais escuros e mais longos. Ela usava um macacão preto com lantejoulas douradas. Sandálias com saltos enormes na mesma cor do macacão.

Voltei a cantar.

You drew a question mark / (Você desenhou um ponto de interrogação)

But you know what I want / (Mas sabe o que eu quero)

I wanna turn the car, yeah / (Eu quero virar o carro, é)

Right back to where it was / (Para onde estava indo)

Nos viramos ao público, que vibrava, e de mãos dadas, andamos até a ponta do palco, cantando juntos.

So let's built a bridge, yeah / (Então, vamos construir uma ponte)

From your side to mine / (Do seu lado para o meu)

I'll be the one to cross over / (Serei o único a atravessar)

Just tell me it's not the end of the line / (Só me diga que não é o fim da linha)

Just tell me it's not the end of the line / (Só me diga que não é o fim da linha)

Ela cantando, se afastou de mim, andando para a outra ponta do palco.

I never meant to break your heart / (Eu nunca quis partir seu coração)

Now, won't let this plane go down / (Agora, não vou deixar este avião cair)

I never meant to make you cry / (Eu nunca quis te fazer chorar)

I'll do what it takes to make this fly / (Vou fazer tudo o que puder para fazer isso voar)

Andei atrás dela, cantando.

Oh, you gotta hold on / (Oh, você tem que se apegar)

Hold on to what you're feeling / (Se apegar ao que sente)

That feeling is the best thing / (Este sentimento é a melhor coisa)

The best thing, alright / (Realmente, a melhor coisa)

I'm gonna place my bet on us / (Eu vou apostar em nós)

I know this love is heading / (Eu sei que nosso amor está seguindo)

In the same direction / (Na mesma direção)

That's up / ( Para cima)

A virei para mim, segurando sua mão.

Girl, I know we could climb / (Garota, eu sei que podemos escalar)

Back to where we were then / (Para onde costumávamos ficar)

Feel it here, in my heart / (Sinto aqui, em meu coração)

Put my heart in your hand / (E o coloco em suas mãos)

Coloquei sua mão em cima do meu peito, onde ficava meu coração. Olhei no fundo de seus olhos e ela retribuiu o olhar.

Well, I hope and I pray / (Bom, eu espero e oro)

That you'll do understand / (Que você entenderá)

If you did, all you have to say is / (Se entender, tudo o que precisa dizer é)

Colamos nossas testas, enquanto eu segurava sua mão sobre meu peito.

Yeah, yeah yeah yeah yeah

Yeah, yeah yeah yeah yeah

I'm waiting for ya / (Eu estou esperando por você )

Yeah, yeah yeah yeah yeah

Yeah, yeah yeah yeah yeah

Soltei sua mão e enlace sua cintura, ainda com nossas telas coladas.

I never meant to break your heart / (Eu nunca quis partir seu coração)

Now, won't let this plane go down / (Agora, não vou deixar este avião cair)

I never meant to make you cry / (Eu nunca quis te fazer chorar)

I'll do what it takes to make this fly / (Vou fazer tudo o que puder para fazer isso voar)

Oh, you gotta hold on / (Oh, você tem que se apegar)

Hold on to what you're feeling / (Se apegar ao que sente)

That feeling is the best thing(Este sentimento é a melhor coisa)

The best thing, alright / (Realmente, a melhor coisa)

I'm gonna place my bet on us / (Eu vou apostar em nós)

I know this love is heading / (Eu sei que nosso amor está seguindo)

In the same direction / (Na mesma direção)

That's up / ( Para cima)

Encerramos a música com gritos ao fundo. Ela enlaçou seus braços ao redor de meu pescoço e me beijou, arrancando mais gritos do público. Retribuí o beijo, a puxando um pouco para cima. Senti as lágrimas dela contra minhas bochechas e sorri por entre o beijo. Arfando, separei nossas bocas.

—Não posso acreditar que você está aqui.- falei. Ela riu de leve.

—Mas eu estou.- tocou minha bochecha e me deu um selinho.

—Onde você estava?- indaguei.

—Você devia ser um pouquinho mais esperto, ruivo.- me puxou pela gola. -Afinal, italiano não é difícil de entender.

—Aquilo era italiano?- arqueei a sobrancelha, surpreso. -Então você estava na Itália.

—Meus avós maternos são um amor.- deu uma piscadela. -Mas isso não é história para agora.- virou-se para o público. -Olá, Amoris!- mais gritos ecoaram. -Como vão?- gargalhou. -Bom, é ótimo estar aqui... Mas, por quê eu estou aqui, realmente?- ela inclinou a cabeça levemente. -Pois bem, queridos. Eu lhes respondo. É por causa dele.- me puxou até seu lado. -Esse ruivo aqui, oh céus, que ruivo.- ouvi gargalhadas. -Encrenqueiro, rabugento, mandão, egoísta- me olhou- mas ainda sim, foi capaz de me conquistar.- sorriu pra mim. -Me conquistou com esse sorriso de canto, esse cabelo ruivo de farmácia e o péssimo senso de moda.- revirei os olhos. -Passamos por muitas coisas, ruivo. Altos e baixos. Várias brigas, vários momentos de amor.- ouvimos um coro. -E não tenho medo de dizer... Eu te amo, Cast.- gritos e palmas foram ouvidos. Minha loira sorria. -E por essa razão, eu pretendo fazer uma coisa nada tradicional. Até por que não somos um casal que segue os padrões.- riu e em seguida suspirou. -Eu estou um pouco nervosa, então se eu cair, me segure, querido.- passou a mão pelos cabelos, jogando-os para o lado esquerdo. -Não acredito que vou fazer isso.- ela disse e ouviu-se gargalhadas.

—Angely, o que você vai fazer?- indaguei sorrindo.

—A maior loucura da minha vida.- falou e... se ajoelhou? -Castiel Robert Collins, uma sábia me disse uma vez que nunca se deve esperar os homens porque eles são muito lerdos.- pegou algo num bolso que eu nem sabia que existia. -Então, meu ruivo falsificado, amor da minha vida... Você aceita se casar comigo?- abriu a caixinha na minha frente e eu pude ouvir as arfadas do público.

—Uh, deixe-me ver...- fiz uma pose pensativa.

—Castiel!- exclamou sorrindo.

—Ok, eu aceito.- falei simplesmente. Ela se levantou, gargalhando.

—Ah não, meu! Só um sim?! Sem essa!- um cara que estava perto do palco gritou. -Discurso! Discurso!- e um coro se ergueu. Olhei para minha loira, que gargalhava e batia palma.

—Ok. OK!- falei ao microfone. Suspirei e peguei uma das mãos dela. -Angely. Angely, Angely, Angely. Oh loira encrenqueira! Virou minha vida do avesso com suas maluquices.- ela revirou os olhos. -Agradeço a Deus por isso. Imagina se eu ainda estivesse na minha monótona vida? Provavelmente não estaria aqui.-refleti. -Não nego. Eu te amo. Oh, como amo! Amo seu sorriso, seus olhos, sua voz, seu traseiro...- ela me deu um tapa na nuca. -Apenas sendo sincero.- sorri sacana. -É inegável, querida. Por isso, senhorita Angely Nagashaghi Mccullen, depois de você me fazer me abrir para um público com mais de cem mil pessoas, eu te digo: sim, eu me caso com você.

—Eu te amo.- ela disse.

—Eu te amo.- falei o mesmo e nos abraçamos, selando nossos lábios em seguida.

Ouvi uma salva de palmas e gritos. Mas quem disse que eu me importei? Puxei minha loira para meu colo, a segurando pelas coxas e costas. Ela gritou comigo, enlaçando seus braços em torno de meu pescoço, e eu gargalhei. -Senhoras e senhores, esse foi o nosso show! Espero que tenham gostado! Agora, se me derem licença, preciso matar a saudade com essa loira aqui, se é que me entendem.- Angely gargalhou enquanto eu me afastava do palco.

Finalmente, eu estava feliz. E nada vai me separar dela agora.

POV’s Castiel OFF


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Notas finais do capítulo

Up- Olly Murs Ft. Demi Lovato :https://www.youtube.com/watch?v=29GWMT0GB6s

Eu sei. Bem gay ele relembrar os momentos, mas fazer o quê, né!
É isso, pessoal!
Espero que tenham gostado.
Kissus, ~Strange Demigod