Give Your Heart a Break escrita por StrangeDemigod


Capítulo 18
Seventeen


Notas iniciais do capítulo

Oláaa people!
É feriado! Caraca mano! Feliz dia das crianças! Dolly, Dolly guaraná o.. PERA!
O QUE EU TÔ FAZENDO?!
Enfim, me empolguei.
Bom, resolvi postar, porque sim.
E como amanhã eu não tenho que ir pra escola, já vou começar a providenciar o próximo capítulo! hihi
Espero que gostem, kissus.



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“ E aqui

Com você

Sinto que estou

Onde eu deveria estar.”

~Angel

POV’s Castiel ON

“Para de olhar pra ela... Parece que você quer comê-la...” Era o que eu pensava.

Eu já estava naquele mesmo jogo há horas... Olhava pra ela, me martirizava mentalmente por estar fazendo aquilo, desviava o olhar e fazia tudo de novo. Bufei, passando as mãos pelo cabelo. E novamente olhei para ela. Os cabelos jogados para o lado, deixando à mostra a tatuagem que ela tinha nas costas, a cabeça inclinada para o lado, as pernas cruzadas e...

—Senhor Collins!- sai de meus devaneios. Olhei para o professor. -Poderia responder-me o que Shakespeare quis dizer com a frase: “Não existe o bom ou o mau; é o pensamento que nos faz assim.”?- todos olharam na minha direção.

—Er...- cocei a nuca. O professor de literatura abaixou o óculos para a ponta do nariz, erguendo as sobrancelhas. Ouvi uma risada baixa.

—Posso responder, professor?- a baixinha perguntou.

—Sim, senhorita Williams.- olhou-a.

—Ele quis dizer que somos nós mesmos que definimos e catalogamos o que é bom e o que é ‘mau’, ruim. Tudo é criado pela nossa mente. É você quem decide o que pensar.- respondeu, apoiando o queixo nas mãos, que estavam de dedos cruzados.

—Pelo menos alguém está prestando atenção na aula.- o professor falou, anotando algo na caderneta. -Muito bem, senhorita Williams. Senhor Collins, mais atenção na aula.- revirei os olhos. A baixinha olhou pra mim e deu uma piscadela. Sorri de canto.

Quebra tempo: hora do intervalo.

—Aonde elas estão indo?- perguntei, vendo um bando de garotas correndo -junto a um azulado-.

—Muro do grafite.- Kentin respondeu. -Parece que querem tirar fotos.

—Doidas.- comentei, percebendo que elas atropelavam algumas pessoas.

—Nós vamos atrás delas?- Lysandre indagou.

—Vai ser divertido.- Armin falou. Olhei pra eles. Revirei os olhos e coloquei as mãos nos bolsos frontais da calça, seguindo-os.

O Muro do grafite é uma parte onde a professora de artes conseguiu permissão para poder grafitá-lo com os desenhos dos alunos. Fica perto do clube de jardinagem e da quadra. É uma área onde, geralmente, algumas pessoas se juntam e colocam uma caixa de som e deixam músicas tocando na hora do intervalo. Aquela professora maluca consegue tudo o que quer.

Chegamos no pátio e a música logo chegou aos meus ouvidos. “Whenever, Wherever”, para ser mais exato. As meninas estavam perto do muro, conversando. Fomos para mais perto, para escutar a conversa. Percebi que a baixinha não estava ali.

—Hey, cadê a Debby?- Kentin perguntou pra elas. Kim riu.

—A guria ‘tá ali.- ela apontou para um local. Havia um grupo de pessoas paradas, balançando de acordo com a música e entre as pessoas estavam a baixinha -no meio- e mais duas meninas.

—Não acredito...- Armin arregalou os olhos.

Le do lo le lo le, Le do lo le lo le

Elas rebolavam, girando o corpo. Os cabelos esvoaçando.

Can't you see... I'm at your feet / (Você não pode ver? ... Eu estou a seus pés)

Whenever, wherever / (A qualquer momento, em qualquer lugar)

We're meant to be together / (Nós fomos feitos para estarmos juntos)

I'll be there and you'll be near / (Eu estarei lá e você estará por perto)  

And that's the deal my dear / (E esse é o trato meu querido)

Dançavam num ritmo de salsa. Jogavam o quadril para a esquerda e para a direita, assim como os braços, no ritmo da música.

There over, here under / (Lá em cima, aqui em baixo)

You'll never have to wonder / (Você nunca terá que se perguntar)

We can always play by ear / (Nós sempre podemos improvisar)

But that's the deal my dear / (Mas esse é o trato meu querido)

Giraram a cabeça, jogando o cabelo, continuando a dançar no ritmo de salsa. Finalizaram com uma pose. Ela ficou com uma mão na cintura, inclinando o quadril. A outra levantava os cabelos. Uma salve de palmas foi ouvida.

A baixinha riu e bateu palmas junto a todos. Conversou algo com eles, pegou seu celular -que estava na mão de alguém ali naquele meio- e voltou para o nosso grupo.

—Arrasou, diva.- Alexy falou.

—Valeu Alexy.- mandou um beijo pra ele. Olhou pra mim e arqueou uma sobrancelha, sorrindo de canto. Acabei por fazer o mesmo.

—LOVE IS IN THE AIR!- tomei um susto e olhei para o lado, vendo que tinha um bando de retardados, fazendo um coral, com sorrisos maliciosos.

—QUE PORRA FOI ESSA?- exclamei. A baixinha riu, mesmo estando com as bochechas coradas.

—Só vocês...- falou, negando com a cabeça. -Que tal começarmos a sessão de fotos?- ela nem terminou de falar e um azulado pulou em cima dela.

—Eu primeiro!- falou meio alto. A baixinha gargalhou e entregou seu celular para Rosa. Os dois fizeram pose: Ele sorriu, se abaixando um pouco e ela ficou na ponta do pé, meio de lado, fazendo um leve bico.

Depois de todos tirarem fotos com todos, escutei me chamarem.

—Tira uma com ele, vai...- as meninas faziam cara de pidonas.

—Tudo bem...- a baixinha suspirou. -Castiel...?

—Hm?- me virei.

—Tira uma foto comigo? Por favor?- os olhos dela brilhavam.

—Humpf... ‘Tá.- falei. Ouvi gritos de comemoração. Revirei os olhos.

  Ela parou ao meu lado, e colocou o braço esquerdo apoiado no meu ombro, a outra mão na cintura e sorriu. Fiquei com a expressão neutra e ainda com as mãos nos bolsos da calça.

—Sorria, Castiel.- Alexy falou. Eu ia reclamar, mas fui surpreendido. A baixinha beijou a minha bochecha. Eu arregalei os olhos. Olhei-a e ela retribuiu o olhar, depois sorriu.

O sinal bateu.

As meninas puxaram a baixinha e seguiram para a aula. Fiquei estático no lugar.

“Você parece um marica apaixonadinho...”.

O pior é que não posso discordar... Eu realmente estou parecendo isso... Ah cara, isso é tão gay.

—Não vai vir Castiel?- Lysandre me tirou de meus devaneios. Assenti com a cabeça e o segui, indo para a aula.

POV’s Castiel OFF

POV’s Angely ON

Quebra- tempo: 3 dias. Sexta- feira.

—Tudo certo pra hoje, tio Matt?- falei ao telefone.

—Sim... Bom, quase.- disse.

—O que houve?- franzi o cenho.

—Estou nervoso...- falou e eu ri.

—Acalme-se. Você está parecendo um adolescente que vai pedir a primeira garota da sua vida em namoro.- girei a cadeira onde estava sentada.

—Certo, certo.- escutei um suspiro. -O fotógrafo, o pianista e os garçons do local já estão avisados.

—Ok. Vejo você mais tarde.- disse e encerrei a ligação.

—O doutor está nervoso?- riu.

—Como um adolescente, ruivo.- falei, sorrindo.

Estávamos eu, o ruivo, Elliott e Lysandre naquela sala. Eu e Castiel havíamos ensaiado umas seis vezes hoje, então resolvemos descansar.

—Me dá o seu celular, Darling?- Elli pediu e eu entreguei.

—Vamos, ruivo. Mais duas e chega por hoje.- falei, me levantando, sendo seguida por ele.

—_//__

—Então, que fotos são essas no seu celular?- Elli me mostrou a tela, onde estava uma foto minha e do ruivo, nos olhando fixamente.

“Pera, oi?”

—Argh, Rosalya...- resmunguei, pegando o celular da mão dele.

—Eu quero essas fotos! ‘#Meunovoshipp’, legenda pra ela.- falou, como se fizesse propaganda de um outdoor.

—Pera, tem mais?!- arregalei os olhos, desbloqueando a tela do celular e indo para o lado com o dedo, vendo que haviam mais três fotos. -Aqueles vadios...

—Quem, céus?- ouvi dizerem. Me virei e os ditos cujos estavam na minha frente.

—Seus... Seus... Argh.- eu sentia minhas bochechas quentes. Cruzei os braços e fiz um bico. O azulado e a albina olharam para Elli, procurando explicações.

—Fotos bombásticas dela e do ruivo.- falou, simplesmente.

—Sério? Você demorou três dias pra ver?!- Alexy se exaltou. Revirei os olhos, permanecendo calada.

—Pare de pirraça, as fotos ficaram lindas, admita.- Rosa falou.

—Certo, certo. Você tem razão.- ergui as mãos, em sinal de rendição. -Agora vamos vocês dois, pro meu apartamento, porque, com certeza, encontraremos certa pessoa com os nervos à flor da pele.- Apontei pros dois. Sim, esses insanos inventaram de querem me arrumar, então eles vão tem que arrumar a minha tia também. -Te love Elli, beijos.

—_//__

Ao entrarmos no apartamento, escutamos um suspiro alto de frustração. Olhei cúmplice para os dois ao meu lado e seguimos para o quarto da minha tia. A encontramos deitada na cama, com as mãos sobre o rosto.

—Você sempre tem esses problemas, certo?- perguntei e ela levantou, me olhando.

—Querida! Graças aos céus! Me ajude, por favor.- ela suplicou, juntando as mãos.

—Qual o lugar da vez?-fingi não saber.

—Jolie Maison.- falou.

—Aquele restaurante chique da ala norte?- Alexy perguntou. Ela assentiu.

—Já sei!- eu disse e fui até o closet dela, trazendo de lá três caixas. -Esse aqui é perfeito.

—Uou, é lindo.- Rosa comentou, quando abriu as caixas.

—Pois bem. Rosalya, cadeira. Alexy, maleta de maquiagem. Eu pego o babyliss. Vamos começar a Operação.- batemos os punhos.

Depois de pegarmos tudo, fiz minha tia se vestir e depois se sentar na cadeira. Rosalya fazia as unhas dela; Alexy o cabelo e eu a maquiagem. Não demorou nem 30 minutos e ela já estava pronta.

Foi até o espelho de seu quarto e se olhou. O vestido vermelho-escuro se destacava na sua pele, com um decote não tão grande. Era longo, até os calcanhares. As unhas pintadas num estilo francesinha. Sapatos, acessórios e bolsa prateados, com um pouco de glitter. O cabelo cheio de cachos presos num coque. A maquiagem com um leve esfumaçado de preto e o batom vermelho, combinando com o vestido.

—Mandaram bem, meninas.- Alexy falou e fizemos, os três, um high-five.

—Obrigada de verdade. Estou me sentindo ótima. E com um pressentimento bom sobre hoje.- minha tia falou e sorrimos.

—De nada, tia.- a campainha toca. -Bom encontro.- digo, indo para o meu quarto, tomar um banho.

Já eram quase 19h20min quando saí. Os dois bonitos estavam no meu quarto e todos os apetrechos que estavam no quarto da minha tia, agora estavam ali, na minha frente. Não tive tempo nem de raciocinar, e aqueles dois malucos me fizeram colocar o vestido e me sentaram na cadeira.

Quebra tempo: 40 minutos

—Já vamos, Debby.- Rosa disse.

—Ok. Beijos.- falei, me olhando no espelho.

Os dois saíram e eu escutei uma conversa. Dei de ombros e me analisei.

O vestido era rodado, até o meio das coxas, as mangas eram rendadas e possuía um decote frontal e outro nas costas. Eu usava brincos, anéis e um colar da cor dourada. Maquiagem fraca, com exceção do batom vermelho. Meus cabelos foram enrolados e os cachos caiam por sobre meus ombros. A bolsa de mão preta combinava com tudo. Ah, eu não podia esquecer dos...

—Cadê meus sapatos?- olhei em volta do quarto, não encontrando. Bufei. -Ótimo, bela hora pra eu perder esses saltos.

—‘Tá procurando por isso, baixinha?- me virei e encontrei o ruivo.

Ele estava parado na porta do meu quarto, com meus sapatos em uma mão e um tênis all star vermelho na outra. Analisei-o. O terno havia ficado muito bom nele. A gravata estava frouxa. E ele estava com os cabelos penteados para trás, com uma das mechas caindo na frente de seus olhos.

—Obrigado.- fui até ele e peguei meus saltos. -O seu cabelo...

—Nem pergunte...- ele desviou o olhar. Me apoiei no batente e coloquei os sapatos.

—Alexy e Rosalya. Já entendi.- ri com isso. Peguei minha bolsa e deu uma última olhada no espelho. -Então, vamos?

—Sim.- ele disse.

—_//__

Do condomínio até o Jolie Maison são 15 minutos de carro.

Quando chegamos, entreguei a chave ao manobrista e paramos à frente da recepção, logo encontrando o fotógrafo e o pianista, que já estava com dois microfones nas mãos. Ele indicou por onde deveríamos entrar, por polos opostos a mesa do casal. Assentimos e ele foi para o palco.  Antes do ruivo sair, eu o segurei pelo pulso.

—Boa sorte.- eu disse arrumando sua gravata.

—Pra você também.- falou e saímos por lados opostos.

As luzes do local abaixaram. Percebi que as pessoas ficaram confusas e ao mesmo tempo curiosas pelo que estava por vir.

Uma melodia calma soou do piano e essa foi a minha deixa. Um holofote me iluminou e eu caminhei calmamente por entre as mesas, cantando.

(C- Castiel/ A- Angely)

A: You're the light, you're the night / (Você é a luz, você é a noite)
You're the color of my blood / (Você é a cor do meu sangue)
You're the cure, you're the pain / (Você é a cura, você é a dor)
You're the only thing I wanna touch / (Você é a única coisa que quero tocar)
Never knew that it could mean so much, so much / (Não sabia que você significaria tanto, tanto)

O ruivo saiu do lado contrário ao meu, também sendo iluminado por um holofote. Começou a cantar a sua parte, olhando para mim, apenas.

C: You're the feel, I don't care / (Você é o sentimento, eu não ligo)
'Cause I've never been so high / (Pois eu nunca estive tão extasiado)
Follow me to the dark / (Me siga até a escuridão)
Let me take you past our satellites / (Deixe eu te levar além do céu)
You can see the world you brought to life, to life / (Você vai ver o mundo que touxe à vida, à vida)

Sorri, olhando para a mesa da minha tia, vendo que ela me encarava com os olhos arregalados. Fechei meus olhos e juntos, eu e ele, cantamos o refrão.

A&C: So love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Então me ame como só você faz, me ame como você faz)
Love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Me ame como só você faz, me ame como você faz)
Touch me like you do, to-to-touch me like you do / (Me toque como você faz, me toque como só você faz)
C: What are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

Nos viramos e fomos em direção à mesa deles.

A&C: Fading in, fading out / (Você aparece, você some)
C: On the edge of paradise / (No precipício do paraíso)
A&C: Every inch of your skin is a holy grail I've got to find / (Cada pedacinho de sua pele é um Santo Graal que procuro)
C: Only you can set my heart on fire, on fire / (Só você faz meu coração pegar fogo, pegar fogo)
A: Yeah, I'll let you set the pace / (É, vou te deixar guiar o caminho)
'Cause I'm not thinking straight / (Pois eu não estou pensando direito)
My head spinning around, I can't see clear no more / (Minha cabeça está girando, não consigo enxergar direito)
What are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

A&C: So love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Então me ame como só você faz, me ame como você faz)
Love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Me ame como só você faz, me ame como você faz)
Touch me like you do, to-to-touch me like you do / (Me toque como você faz, me toque como só você faz)
A: What are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

Minha tia olhou para o homem ao seu lado e ele sorriu pra ela, que colocou as mãos sobre os lábios e nariz, em surpresa.

C: I'll let you set the pace / (É, vou te deixar guiar o caminho)
A: 'Cause I'm not thinking straight / (Pois eu não estou pensando direito)
A&C: My head spinning around, I can't see clear no more / (Minha cabeça está girando, não consigo enxergar direito)
A: So what are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

Aumentei a nota.

A&C: Love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Então me ame como só você faz, me ame como você faz)
Love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Me ame como só você faz, me ame como você faz)
Touch me like you do, to-to-touch me like you do / (Me toque como você faz, me toque como só você faz)
C: What are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

A&C: So love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Então me ame como só você faz, me ame como você faz)
Love me like you do, lo-lo-love me like you do / (Me ame como só você faz, me ame como você faz)
Touch me like you do, to-to-touch me like you do / (Me toque como você faz, me toque como só você faz)
A: What are you waiting for? / (Pelo que está esperando?)

Uma salva de palmas foi ouvida e as luzes voltaram ao normal. O pianista continuou a tocar, dessa vez outra melodia. E foi nesse momento em que Matt resolveu entrar em ação. Toquei o ombro da minha tia e sorri, pedindo para que ela se levantasse. Castiel entregou o microfone para o doutor que se pronunciou.

—Todos nós procuramos a nossa cara metade. Passamos por diversas pessoas, até que encontramos com aquela que você para e pensa: “É essa pessoa que me completa”. E é isso que você é pra mim, Dianna. Você me completa. Você é aquela que sempre está ao meu lado para tudo. Você é a mulher que amo. E é por isso que eu preparei tudo isso...- apontou envolta. -Para fazer o que almejo há meses.- ajoelhou-se. Foi nesse momento que vi minha tia quase ter um ataque. -Dianna, você aceita se casar comigo?- ele tirou uma caixinha aveludada do bolso e abriu-a, expondo um anel prateado com uma pedra de diamante em cima.

Minha tia se debulhava em lágrimas de emoção. Coloquei o microfone em minha mão perto dela.

—S-sim.- ela falou e ele suspirou em alívio. Se levantou e colocou o anel no dedo anelar da mão direita dela. Ela o abraçou e ele retribuiu.

Mais uma vez, aplausos foram ouvidos. Sorri e olhei o ruivo. Ele tinha um sorriso de canto estampado em seu rosto. Fui até ele.

—Conseguimos.- eu disse, o olhando.

—Sim, conseguimos.- falou, retribuindo o olhar.

—Sua danadinha!- ouvi minha tia falar. Sorri. -Conseguiu me tapear direitinho.

—Pronta pra ir?- o ruivo me perguntou e eu assenti.

—Obrigado vocês dois.- o doutor falou, me abraçando.

—Não há de que.- falei. Nos despedimos e saímos do restaurante.

Esperamos alguns minutos até o manobrista pegar o meu carro. Quando este chegou, nós dois entramos e eu soltei um suspiro.

—Sabe, eu tive uma ideia.- o ruivo falou. Olhei-o e ele amarrava o tênis.

—Qual?- perguntei.

—A gente poderia ir no McDonalds ou no Bob’s, comer algo. Porque, sinceramente, eu não ‘tô com pique pra chegar em casa e fazer algo pra comer.- falou, bagunçando os cabelos, deixando-os como de costume.

—É, somos dois.- eu disse, afastando o banco. Ele me olhou confuso. Peguei o meu all star vermelho que eu tinha deixado dentro do carro. -O quê? Eu não vou andar nesses saltos 15cm. Estou exausta.- ele riu. Coloquei os tênis e guardei os saltos na parte de trás do carro. Arrumei o banco novamente e, é claro, coloquei o cinto de segurança, ligando o carro e saindo dali.

POV’s Angel OFF

POV’s Castiel ON

—O que vai querer?- perguntei quando entramos no McDonalds.

—Um Big Tasty, uma coca grande e uma batata também grande.- falou normalmente.

—Sério? Você não ‘tá com fome não? Ainda acho que você devia pedir mais um lanche...- comentei e recebi um tapa na nuca.

—Idiota.- resmungou. Chegou a nossa vez na fila.

—O que vão querer?- perguntou o atendente, que mais parecia um zumbi.

—Um Big Mac, um Big Tasty, duas cocas grandes e duas batatas grandes.- falei. O cara falou o total e eu tirei minha carteira do bolso.

—Eu pago, Castiel.- a baixinha falou.

—Não, eu pago.- disse.

—Não, eu vou pagar.- cruzou os braços.

—Não. Eu vou pagar. E ponto final.- falei antes que ela pudesse me contradizer. Paguei o cara.

—Só aguardar ao lado.- nem olhou na minha cara. Entregou o papel na minha mão e piscou lentamente.

—Você é machista.- ela comentou, de braços cruzados.

—Eu fui cavalheiro, se quer saber.- falei. Ela revirou os olhos, mas estava com um sorriso.

A nossa comida chegou e eu peguei a bandeja. Andamos por entre as mesas e sentamos numa que era encostada na janela. Ela ajeitou o cabelo, cruzou as pernas e pegou o seu lanche. Ri com isso. Até pra comer ela tem um ritual.

Quebra tempo: 30 minutos.

—Sabe Castiel...- ela me chamou e eu a olhei._Isso aqui ‘tá parecendo um encontro.

—Por que acha isso?- indaguei curioso.

—Estamos só nós dois aqui, você pagou a comida, e até agora estávamos falando banalidades, como se estivéssemos nos conhecendo melhor.- explicou.

—É.- falei simplesmente. Ela me encarou, com os olhos arregalados.

—Espera! Isso é um encontro?!- perguntou.

—Interprete como quiser, baixinha.- sorri sedutor. Ela corou.

—_//__

Chegamos ao condomínio e pegamos o elevador. Ao ele abrir novamente no nosso andar, saímos e paramos cada um em frente a sua porta.

—A noite foi boa. Obrigada Castiel. Por ter ajudado. Ver a minha tia feliz foi uma coisa única.- ela disse.

—De nada.- falei. Ela deu uma leve risada e me abraçou. Retribui.

—Tchau ruivo.- ela sorriu, me deu um beijo no canto da boca, virou-se e entrou no seu apartamento.

“Como é que é a música que aqueles doidos cantaram ? Ah sim... LOVE IS IN THE AIR!”

Sério mente maldita? Justo agora?!

Entrei no meu apartamento, bufando.

“E cada vez mais você apaixona por ela...”

Sim, mente. Você tem total razão, dessa vez.

POV’s Castiel OFF

 


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Notas finais do capítulo

Roupa Angel: http://www.polyvore.com/jantar/set?id=128547059
Roupa Dianna: http://www.polyvore.com/aunt_angely_dinner/set?id=161733286
Link da música: https://www.youtube.com/watch?v=CIvmlWVJQxE

Espero que tenham gostado do capítulo!
2beijus, *StrangeDemigod.*