How it all began escrita por Saturn


Capítulo 11
CHAPTER ELEVEN - Yeah, WHAT NOW?


Notas iniciais do capítulo

Olá olá, pessoal!
Trago um capítulo fresquinho que eu quase esqueci de postar por achar que ainda era segunda-feira. Feriados confundem toda minha semana.

Enjoy it!



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Anos mais tarde, eu iria descobrir que aquele dia que Lily acordara na minha cama e que elas e Sirius tinham se dado tão bem, era por conta de um ponto em comum na vida dos dois: Irmãos que os odiavam. 

A família inteira de Sirius o odiava, com exceção de alguns poucos parentes que, assim como ele, tinham sido deserdados da família e queimados da tapeçaria na Antiga e Muy Nobre Casa dos Black. A irmã de Lily, Petúnia, tinha inveja dela e infernizava sua vida desde que a garota recebera a carta de Hogwarts, pelo que foi me contado, Petúnia até tentara enviar uma carta para Dumbledore, implorando para que fosse aceita na escola, tendo sido recusada, dedicava cada minuto da sua vida tentando ser superior à irmã. Noiva aos dezoito anos, fazia tudo o que podia para esfregar seu noivo com bigodes de morsa na cara de Lily, como se tentasse mostrar que sua vida era bem melhor sem a magia que a irmã tanto amava. 

Padfoot e Lily formavam uma dupla única. Ele a influenciava para afrouxar um pouco a compostura e parar de seguir cegamente as regras, e ela lhe puxava a orelha quando ele estava cruzando os limites, e por algum motivo, ele obedecia. Ela também lhe dava conselhos sobre garotas, e depois de algumas semanas, não se via mais Sirius nos corredores agarrando alguém, ele parecia mais maduro e determinado, tudo graças à influência de Lily. 

Certo dia, depois de uma aula especialmente entediante de História da Magia, eu segurei Lily pelos ombros, balançando-a dramaticamente e perguntando, com uma voz como de quem vai chorar:

— Lily, traga Padfoot de volta, ele hoje demorou menos de quarenta minutos para arrumar os cabelos. 

Ela dá risada e ele dá um tapa na minha cabeça e vamos até as estufas, debaixo do sol quente, para mudarmos plantas teimosas de lugar. Porém, Sirius, invés de fazer dupla comigo, como habitualmente, ele se enfurna no fundo da sala, me deixando para fazer dupla com Moony, enquanto Lily vai até Dorcas, sorrindo para a loira enquanto coloca sua mochila na bancada e calça luvas de dragão, preparando-se para arrancar as espinhosas plantas do seu vaso e transportá-las para um maior. Moony, forçando uma gorda planta que teimava em não entrar no vaso, perguntou:

— Ei, Prongs, o que aconteceu com a sua dupla habitual? 

Dou de ombros, procurando Padfoot com o olhar, e meu queixo cai até o chão ao ver com quem ele está forçando plantas em vasos de barro. 

É Lene. 

Meu Merlin, o que é que está acontecendo aqui?

Olho para Remus, que parece tão abismado quanto eu, esquecendo-se de forçar a planta, que foge de suas mão e tenta ir para os jardins, arrastando-se pelo chão. Ele corre atrás dela e a apanha pelos longos galhos, voltando a colocá-la no vaso, ainda boquiaberto com a cena de Sirius Black e Marlene Mckinnon convivendo em paz e fazendo dupla em uma aula de herbologia. 

Quando toca o sinal, anunciando o final da aula, eu e Moony corremos o mais rápido que pudemos, tentando alcançar Pads, mas na aglomeração de alunos querendo sair da estufa quente, nós o perdemos. 

No almoço, também não o vimos, e nem Lene. Nenhuma de suas amigas sabia dizer onde ela estava e nenhum dos dois sequer apareciam no Mapa do Maroto. Padfoot só deu as caras novamente depois do jantar, oportunidade em que nós o encurralamos no dormitório, lançando um feitiço na porta, impedindo que o cachorro saísse até nos contar tudo o que queríamos saber. 

— Padfoot, seu cachorro, o que está havendo entre você e a Lene?

Ele engasga com as palavras e seu rosto perde a expressão debochada, assumindo uma de nervosismo:

— Na..Nada, do que vocês estão falando?

A hesitação dele em nos responder, juntamente com a falha na voz, foi a confirmação que precisávamos. Remus e eu, no momento seguinte, começamos uma grande fila de perguntas e xingamentos direcionados a Padfoot.

— ESPERA! Vocês estão namorando? 

Pavor se apossa do rosto de Sirius, antes dele responder:

— O que? Não! Fazem só algumas semanas que estamos fic…

— SEMANAS, SIRIUS BLACK? SEMANAS? 

Depois de gritar desesperadamente isso, eu me atiro dramaticamente na minha cama, cobrindo meu rosto com o travesseiro e choramingando que meu melhor amigo não confiava em mim. Ele atira uma caixa de doces em mim, me acertando no ombro e me fazendo sentar na cama para catar os bombons embrulhados em papel dourado. Depois que eu encho minha boca com os doces da Dedosdemel recheados com creme de menta, me viro para o cachorro e lhe pergunto, ainda com a boca cheia de chocolate:

— Quando isso começou?

Ele pega um bombom e abre, sem pressa, antes de ver eu e Remus, impacientes, esperando a sua resposta:

— Lembram do jogo contra a Corvinal? - Nós assentimos - Estávamos na comemoração conversando depois de bebermos algumas cervejas, aí nos olhamos e simplesmente começamos a nos beijar, acordamos na minha cama de manhã e juramos que não ia acontecer de novo. Mas não cumprimos com a promessa, obviamente. 

Ficamos um bom tempo conversando com ele e fazendo drama por ele não ter contado para nós. Quando saímos do dormitório, o sol já estava baixando, nos fazendo perceber que ficamos tempo demais trancados no dormitório. Nos juntamos a Peter e Frank nas poltronas perto da lareira e Frank nos diz que está planejando pedir Alice em casamento, damos algumas ideias, ignorando Padfoot e a sua sugestão de pedi-la em casamento na Zonko’s. Frank fica pensativo e nós o deixamos sozinho, folheando um catálogo de alianças de uma joalheria especializada no Beco Diagonal. 

Alice e Frank namoravam desde o quinto ano, quando ela vira Amus Diggory, até então seu namorado, beijando outra garota nos corredores de Hogwarts e invadira nosso dormitório enquanto Frank estava acordado. Não sei bem o que aconteceu aquela noite, mas de manhã, Alice dormia junto com Frank, uma lufana pendia do teto estuporada e Amus Diggory andava mancando e com o rosto tão inchado que parecia ter sido pisoteado por uma horda de centauros. 

Os dois estarem prestes a se casar era algo enorme, e que permitia a todos nós, ver uma luz de esperança no fim do túnel. 

Descemos juntos para o salão principal jantar, brigando entre nós para ver quem era mais merecedor de ser padrinho de casamento. No salão principal, o teto está azul escuro pontilhado de milhares de estrelas, sem nenhuma nuvem sequer atrapalhando, e a lua, ainda não completamente cheia, brilhava, fazendo refletir as pratarias do salão. 

No dia seguinte seria a primeira noite de lua cheia, olho para os marotos, tão preocupados quanto eu e também admirando a lua, sabendo que exatamente a mesma coisa se passava em nossas cabeças. 

O pensamento da lua cheia é arrancado abruptamente de mim, quando, em um estalo, a comida deliciosa aparece de supetão na mesa. Eu não tinha percebido o quanto estava faminto até a comida surgir nos pratos e meu estômago roncar alto. Obedecendo meu corpo, me inclino para a frente e começo a colocar várias colheres de purê de batata e carne no meu prato, enquanto converso sobre os últimos artigos do jornal com Remus. Quando já comi demais, me recostei no banco e solto um suspiro satisfeito, interrompido por um tapa no ombro e Lily me chamando:

— Vamos Potter, temos ronda para fazer. 

Levanto, contra a minha vontade e levanto os braços acima da cabeça, arqueando as costas e me espreguiçando. Acompanhamos os primeiranistas da Grifinória de volta para a torre e nos dirigimos ao sétimo andar, onde nossa ronda começava. Andamos por um tempo em silêncio, até que eu lembro da descoberta de hoje a tarde:

— Ei, você sabia que o Sirius está saindo com a Lene?

Ela para no lugar onde está, virando devagar para trás, me encarando com uma expressão de choque no rosto. 

— Aquele cachorro disse que estava interessado em alguém, e eu até dei alguns conselhos, mas ele não me contou que era Lene. Eu vou matar aqueles desgraçados. Ninguém me conta mais nada naquele dormitório. 

Eu dou risada do drama que a ruiva faz e conto para ela tudo o que eu e Remus tínhamos conseguido arrancar de Pads naquela tarde, a cada frase que saía da minha boca, a dela abria cada vez mais, mais um pouco e ela deslocaria a mandíbula de tão boquiaberta, me fazendo rir internamente da expressão que ela sustentava. 

Depois de vários xingamentos, muito drama e perguntas, a ronda terminou e nós nos dirigimos para a torre da Grifinória. Lily se despede de mim, um tanto quanto apressada e sobe as escadas correndo, gritando o nome de Lene furiosamente, até que ela coloca a cabeça pra fora do dormitório e Lily a empurra de volta, entrando com ela e provavelmente a bombardeando de perguntas. Eu subo devagar as escadas que levam para o meu próprio dormitório, rindo baixo e pensando em como a ruiva iria atazanar a morena por ela nunca ter lhe contado. 

Me deito na cama, suspirando, e tento aproveitar a última noite de sono que terei pela próxima semana. 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram?

Caso alguém queira saber mais sobre o caso Franlice, de como eles ficaram juntos, a oneshot se chama Bad Night's Sleep e está no meu perfil. Acessem, leiam e comentem!

COMENTEM, favoritem, recomendem e acompanhem!

Espero vocês e vossas teorias sobre o rumo da história nos comentários.

Um beijo:*



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