Enquanto Flack tenta salvar o amigo,do outro lado Tonny escapa com Claire em seus braços sem ser notado pelos outros.Com um sorriso maléfico observa as chamas queimarem a casa,pelo retrovisor do carro.A fumaça negra no céu resultante disso chama atenção dos que por ali passam e se sentindo vitorioso,Tonny desaparece na curva da estrada.

No hospital,Peyton ainda conversa com Stella que se sente horrível ao saber que a filha da amiga está desparecida.

–Eu sinto muito,Peyton...

–Ei,não precisa absorver minha dor.Já basta estar nessa situação,não precisa de mais problemas.-aperta a mão da amiga.

–Obrigada por estar comigo.-deixa algumas lágrimas caírem.

–Não chora,Stell.Vai ficar tudo bem e minha filha será encontrada.

–Eu sei que vai.-força um sorriso.-Peyton,percebeu que...que foi só eu e Mac ficamos juntos que muitas coisas ruins aconteceram?

–Não vamos pensar nisso.

–Estou falando sério.E se não for nosso destino ficar juntos? E se essas coisas que está acontecendo é uma forma d destino estar nos avisando que estamos indo pelo caminho errado?

–Stella,voce acredita mesmo nessa droga de destino?-arqueia a sobrancelha.-Esquece isso.Voce e Mac merecem ser felizes e formar uma família.

–Eu sei,é que...

–Não tem nenhum porém.-a olha fixamente.-Você não pode desistir do amor de sua vida por causa de coisas que podem não acontecer.

–É,voce está certa.

–Eu sempre estou certa.-diz e Stella a encara com expressão duvidosa.-Bem,nem sempre estou certa,mas tenho certeza de que seu futuro é com o Mac.Não se esqueça de que há uma vida dentro de voce que o une a ele.-acaricia a barriga de Stella.

–Como esquecer?-sorri.-Vai dar tudo certo.

–Exatamente!-Maura entra no quarto com um sorriso.-Como se sente,Stella?

–Tirando a parte das terríveis dores,estou bem.E melhor por saber que minha filha ainda está dentro de mim.-responde sorridente.

–Tem noticias do Mac ou da minha filha?-Peyton pergunta ansiosa.

–Até o momento não,mas não podemos perder as esperanças.

–Estou quase perdendo a minha.-se senta e abaixa a cabeça.Maura se aproxima dela.

–Peyton,não pode perder as esperanças.

–Foi voce mesma que acabou de me dizer que sua filha será encontrada.

–Mas acontece Stella que eu disse aquilo para te deixar mais tranquila,eu não acredito que...que vai ficar tudo bem com ela.-começa a chorar e Maura a abraça.-Droga! Eu não preciso do seu abraço!-se afasta nervosa.

–Eu pensei que precisaria de um abraço.

–Eu preciso é deixar de viver.

–Não diga isso!-Stella a repreende pela forte frase impensada.-Você tem bons motivos para continuar vivendo.

–Tenho? Então cite apenas um.-cruza os braços aguardando a resposta.

–Tem sim e se chama Celise Driscoll Taylor.Peyton,voce tem uma filha e deve pensar nela também.

–Merda,vocês não sabem a dor que sinto.

–É,eu não sei.-diz Stella.

–Mas eu sim,sei como é perder uma filha e principalmente a qual voce não teve a oportunidade de tocar,abraçar ou beijar.-Maura tenta conter as lágrimas.

–Por que diz isso?

–Bem,é que...-dá uma pausa.-Estão precisando de mim,até depois.-sai apressada do quarto.

Alguém a puxa pelo braço no corredor do lado esquerdo.O doutor de imediato a beija.

–Estou com saudades,meu amor.

–Nos vimos ontem e ainda temos o dia todo.

–Só que ontem estávamos com a Lívia e hoje ainda temos muito trabalho.-Maura nada diz diante disso,despertando assim a preocupação do amado.-O que foi?-pergunta ao perceber a carinha dela de tristeza.

–É sobre a filha desaparecida da Peyton.E se não a encontrarem?

–Não pense isso.

–Sabe,ela teria de permanecer na encubadora como a outra,a saúde dela está fraca e precisava ficar aqui sob cuidados médicos.-diz nervosa.

–Ei,se acalme.-a abraça.-Ela vai ficar bem,meu amor.

–Eu sei a dor que a Peyton está sentindo,eu sei como é perder uma filha.-chora em seu ombro.

–Oh vida,não fique triste assim.-beija sua testa.

–Dr.Messer,com licença.-a enfermeira que se aproxima os aborda.-Estão necessitando do senhor na sala de cirurgia.

–Estou a caminho.Prepararam tudo?

–Sim,estamos á sua espera.

–Certo,vida,tome um café na cantina e retorne ao seu trabalho.Pense positivo,ok?-afasta uma mecha de cabelo de seu rosto.

–Está bem.-se beijam e ele segue para a ala cirúrgica.

Maura recebe uma ligação,continua muito nervosa e deixa o hospital sem dar explicações.

O dia termina com uma vitória a mais:Mac está sã e salvo! Com apenas algumas feridas pelo corpo,foi levado para o hospital contra sua vontade.O pesadelo acabou.Ao menos uma parte dele,pois ainda não encontraram a pequena Taylor.E por isso o desespero da patologista é agoniante.

–Como assim não encontraram minha filha?-grita em desespero.

–Peyton,se acalme.

–É da minha filha que estamos falando,não pode simplesmente pedir para que eu me acalme.Que merda!

–Estamos fazendo o possível.

–Devem fazer até o impossível.E saiba que não estou disposta a deixar esse hospital sem minha filha.

–Olha,eu entendo seu desespero,mas acontece que...-ela o interrompe.

–Voce não me entende e não adiante dizer que entende.-abre a porta para Flack sair.-Espero que só retorne quando houver uma noticia melhor.

–Não sei quanto tempo levará até que isso aconteça,mas voltarei aqui com sua filha nos braços.-

–Sai logo!-diz grossa e antes de fechar a porta é impedida por Mac.

Ele entra no quarto e ambos se entreolham.Pela primeira vez,Peyton fica sem palavra diante dele.

Em uma rua quase deserta,Maura caminha até o endereço que lhe foi dado pelo misterioso telefonema.Toca duas vezes seguida a campainha e aguarda ansiosa.Para sua surpresa a pessoa que abre a porta é quem menos esperava encontrar.

–Você?

–Sim,eu.-sorri.

–Eu pensei que...

–Todos pensam o mesmo.

–Como?

–Não te chamei aqui para isso.Encontrei o que estavam procurando.Entra.-dá espaço e ainda um pouco receosa,Maura entra.

–Está falando da...

–Sim,a filha da Peyton. A deixaram no aeroporto,perdi meu voo e aqui estou.

–Como sabe que é a filha da Peyton?

–Eu apenas sei.Acho melhor a levar logo,a respiração dela está fraca.-remove o cobertor do sofá e com cuidado pega a menina dali.-Ela é linda.

–É,tenho certeza de que ficarão muito felizes.Mas,o que eu direi?

–Diga o que realmente aconteceu.Que recebeu uma ligação e que foi até o endereço e alguém te entregou a menina.Simples assim.

–E se e perguntarem quem?

–Apenas diga que não sabe quem é a pessoa.

–Mas eu sei quem é voce.

–Não sabe mentir,não? Não precisa dizer que fui eu,coloque na sua cabeça que não fui eu quem encontrei a menina.

–Mas,foi voce que a encontrou.

–Eu sei,Maura.Mas se disser que fui eu,tudo estará arruinado e muitas pessoas saíram feridas no final de tudo.Quer que isso aconteça?

–Não.

–Então,faça o que eu disse.-transferiu a menina de seus braços para os de Maura.-Obrigada por vir e não diga nada sobre mim.Entendeu?

–Sim,mesmo isso sendo uma mentira,é para o bem de todos.

–Isso mesmo.

–Para onde iria,já que a encontrou no aeroporto?-sua curiosidade é insana.

–Reconstruir minha vida.

–Mas,voce tem um...-é interrompida por ela.

–É,eu tenho.E resolverei isso depois.Por favor,guarde esse segredo.

–Guardarei sim.

–Posso confiar mesmo em voce?

–Claro que pode,eu sou um tumulo!-sorri e a mulher de bela aparência retribui o sorriso.Caminham até a porta e ela a abre.

–Não irá demorar para nos encontrar novamente,até mais.

–Até.E mais uma vez,obrigada.

–De nada,adeus.-diz e fecha a porta.

Maura segue até seu carro alguns metros dali,desiste de voltar para o hospital dirigindo visto que não há como levar a menina no carro.Chama um táxi e diz o seu destino.

O sorriso em seu rosto é notado,o que antes era uma preocupação sem fim agora se transformou em um motivo a mais de felicidade.E tudo isso,graças a mulher misteriosa que desistiu de sua viagem neste dia para devolver a menina.E essa mulher não estava enganada quando disse que se encontrariam outra vez.Bem,mas isso faz parte de uma outra história que em breve será contada.