A indecifrável Serena Cooper escrita por LW


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Espero que goste.
Espero que não haja problemas com plágio aqui.
Espero que decifre Serena Cooper.
Espero que tenha uma boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545457/chapter/1

A indecifrável Serena Cooper

13 de setembro de 2014.
10h20min. Residência Smith.

Rosalya acordou com o som do celular tocando. Ela atendeu e viu que era Leigh, ele disse que passaria na casa dela para daqui a meia hora e que eles precisavam ter uma conversa séria. Ela concordou e desligou o celular, achando estranho o jeito dele estar falando de uma maneira fria e meio brava com ela, mas pensou que talvez ele só estivesse estressado.

Bochechou, e sorriu ao se lembrar que hoje era aniversário de Lysandre. Despreguiçou-se, erguendo os braços, mas parou assim que viu a parede branca do seu quarto pichado com palavras que fizeram seu coração acelerar. Com tinta spray da cor preta, a seguinte frase estava escrita em sua frente, com uma letra que ela reconhecia bem:


Adorei o seu novo corte de cabelo! E tenho certeza que o meu namorado (o seu amante) vai adorar também! Espero que sejam muito infelizes, doentes e morram cedo, e claro, sejam grandes filhos da puta juntos.

Com amor, S.C

Rosalya levantou a mão para ver o que tinha acontecido com o seu cabelo para ela citar “novo corte”, e se assustou quando não sentiu a textura de algum fio de cabelo na sua cabeça. Ainda apavorada e temendo ver o que pensava, viu os seus cabelos jogados no chão, amarrados com uma fita vermelha e com os fios bem organizados. Como se fosse um presente.
Virou a cabeça lentamente, com a boca aperta, a ponto de soltar um grito. E quando viu a sua imagem no espelho, gritou o mais alto que pode, ainda sem tirar os olhos do espelho, que refletia a sua imagem. Agora com a sua cabeça sem nenhum cabelo, ela estava totalmente careca, e este era o que mais ela temia.

–– SERENA! – ela gritou com lágrimas transbordando nos olhos. – SERENA COOPER! EU JURO QUE VOCÊ ME PAGA!

13 de setembro de 2014.
13h40min. Residência Street.

–– Tá, então, trezentos? – ele perguntou já começando a ficar irritado.

–– Quatrocentos e não se fala mais nisso. – ela propôs despreocupada, olhando para as unhas pintadas de vermelho e voltando a lixá-las.

–– Meu Deus, é só uma “trollagem”, quer saber? É mais fácil eu pedir pra Nina me fazer esse favor! – Castiel disse passando a mão nos cabelos, Serena deu de ombros ainda sem tirar a atenção das unhas.

–– Okay, vai em frente, chama a Nina e aproveita pra perguntar se o fã clube inteiro não quer te ajudar. – ela disse em um tom divertido, entregando ao ruivo um dos seus sorrisos maliciosos.

–– Ah, qual é, Serena? Me ajuda, pô! – ele disse. – Eu quero dar o melhor presente de aniversário do mundo para o Lysandre!

–– Magoando os sentimentos dele? – a loira perguntou sorrindo para as unhas. – Quanto amor.

–– É só uma brincadeirinha, ele nem vai se magoar. – Castiel se jogou no banco em frente da loira. – O máximo que vai acontecer é o coração dele acelerar.

–– O Lys tem um coração tão frágil quando ao de um coelho, Castiel. – ela desviou o olhar para ele. – E ele é delicado demais, é provável que acabe chorando no telefone.

–– Ah, não, para, aí já tá de sacanagem! – Castiel se levantou vermelho de raiva. – Beleza, eu te pago quatrocentos!

–– Quatrocentos e cinquenta. – ela observou as unhas novamente e riu quando ouviu o amigo meio que grunhir de raiva. – Sério, o Lysandre é um doce para fazer isso só por quatrocentos e cinquenta. Eu quero quinhentos.

–– Tá! Quinhentos! – ele olhou para ela. – Que droga, Serena! Isso é quase o meu salário todo!

–– Quanto exagero. – ela revirou os olhos. – Você quer a minha ajuda ou não quer?

–– É a única que vai saber fazer bem feito. – ele pegou a carteira tirando o dinheiro de dentro. – Aqui tem duzentos, os outros trezentos eu te dou depois do serviço, sem mas.

Ela pegou e guardou o dinheiro no bolso da calça. Sorriu sem mostrar os dentes para Castiel e deixou sua lixa em cima do balcão, ocupando a mão com o celular agora.

–– Se não me dar o resto do dinheiro eu conto que foi você que jogou o bloco de notas dele no rio, entendeu? – ele disse discando os números, e depois olhando para o ruivo, esperando a resposta.

–– Tá. – ele cruzou os braços. – Mas faça o trabalho direito!

–– Meu bem, eu sou Serena Cooper. – ela falou discando a tecla que fez com que o telefone de Lysandre começar a tocar.




Lysandre, em sua casa, procurava o seu celular, mais uma vez ele havia se esquecido da onde o tinha colocado. Era típico dele, esquecer as coisas parecia ser parte de sua vida.
Ouviu-se a melodia do seu celular tocando, ele correu tentando seguir o som, e felizmente encontrou o aparelho em cima do travesseio. Sorriu, e o pegou, vendo que era a sua namorada que estava ligando.

A foto da loira aparecia na tela, e ele não teve como deixar de pensar de como realmente tinha muito bom gosto, Serena era linda, seu corpo irresistível e o seu jeito de ser era tão misterioso, quanto o do próprio Lysandre. Serena era diferente das demais, tinha algo nela que atraia as pessoas, sua obsessão para séries de mistério e criminais talvez estivesse a influenciando, ela gostava de deixar pistas para trás, gostava de deixar as pessoas confusas e no final rir da cara de eu-não-entendi-nada delas. Serena conseguia pensar em tudo, cada detalhe de cada coisa, ela conseguia ver através de um poema ou de um livro o que realmente ele tem de ensinar, ela calculava os segundos do tempo e se aventurava na sua própria mente, sem querer se importar ou ligar a todos ao seu redor. Ela estava ocupada demais com as ideias malucas e sem noção que criava, tentando coloca-las em prática, para prestar atenção na futilidade dos outros.

Talvez fosse isso que acabou atraindo Lysandre, o jeito extremamente difícil de ser incompreendida de Serena Cooper. Era inevitável, fazia parte dela.

Lysandre olhou para a parte de uma peça íntima da cor preta que chamou a sua atenção. Estava em baixo dos lençóis de usa cama. Dessa vez, ao se imaginar de quem era a roupa, abriu um sorriso pervertido nos lábios. Das cenas dela ele não se esquecia, como poderia, aliás? Conseguia ainda se lembrar do som da voz incrivelmente sexy dela gemendo o seu nome no seu ouvido. O corpo branco e bem delicado, com curvas tão belas quanto as de Serena que o deixava sem fôlego, se lembrar da figura nua dela em sua frente o deixava excitado. Tocar nos longos cabelos lisos e de uma cor exótica fazia com que ele a desejasse mais uma vez, perguntaria mais tarde se ela não poderia passar novamente à noite em sua casa para lhe dar um presente de aniversário, ele cobraria isso de sua amante. Ah, sim, ele iria cobrar. Estava louco para beija-la de novo e sentir o calor do corpo dela no dele.

Ele saiu do transe quando percebeu que ainda o celular tocava em suas mãos. Atendeu logo, tirando aquelas imagens eróticas da sua mente, mas tomando cuidado para não esquece-las.

–– Lysandre. – a voz de serena ecoou do outro lado da linha.

–– Olá, amor. – ele disse. – Como está?

–– Bem. – ela olhou para Castiel que pediu para que a loira colocasse no viva voz. – Sabe por que estou te ligando?

Ele sorriu, imaginando que talvez ela quisesse lhe dar os parabéns por ser o seu aniversário.

–– Para me parabenizar, eu suponho. – respondeu.

–– Errou. – ela riu divertidamente. – Errou feio, Lys.

–– O que seria, então? – ele perguntou confuso.

–– Eu quero te fazer uma pergunta. – respondeu sem mais nem menos.

–– Faça. – ele disse, pegando a sutiã preto e colocando no cesto de roupas sujas. –Estou ouvindo.

–– Você me ama?

–– Claro. – ele respondeu se sentando na cama.

–– Diga, então.

–– Eu te amo. – ele disse. – Você me ama?

–– Você me ama para chegar a que ponto? – ela perguntou ignorando a pergunta dele.

–– Ao ponto de coletar todas estrelas existentes do universo só pra te ver sorrir. – ele respondeu sem pressa. – Eu não estou entendendo o motivo das perguntas, amor.

–– Você acha que o amor e a traição podem ter o mesmo caminho? – Castiel lançou para a loira um olhar confuso, mas invés de rir como ela sempre faz, ela olhou para o teto branco da casa do amigo com uma expressão indecifrável, esperando impacientemente a resposta de Lysandre, que até agora, estava em silêncio.

–– Não, claro que não. – ele respondeu finalmente. – Serena, por que está me perguntando isso?

–– Por que disse: “Eu te amo”, Lysandre? – perguntou.

–– Porque eu te amo, oras! – respondeu sem paciência. – O que quer dizer?

–– O que sentiria se eu estivesse te traindo com Castiel? – ela olhou para o ruivo, que pareceu surpreso e se aproximou. – O seu melhor amigo?

–– Raiva, muita raiva!

–– Raiva? Só isso?

–– Não! Eu ficaria furioso! – ele respondeu se levantando. – Está querendo me dizer alguma coisa, Serena?

–– Eu não estou furiosa... – ela olhou para a unha pensativa. – Que pena, eu queria estar. Mas estou com raiva, sabe? Mas não é uma raiva do tipo querer matar alguém, é uma raiva do tipo de querer torturar alguém e deixar ela viva para contar história...

–– Serena, você vai me dizer o que está acontecendo?

–– Eu vou te contar uma coisa. – ela começou o ignorando novamente. – Eu vou ser rápida, não se preocupe.

–– Mas o que...

Ela o interrompeu:

–– Era noite, uma garota tinha acabado de completar dezoito anos. Ela estava feliz demais porque havia ganhado uma bolsa para estudar no Greg Louter, sabe como é difícil passar nas provas dessa escola? Não, você não sabe. – ela riu. – A garota queria comemorar, comprou o melhor e mais caro vinho, vestiu a sua lingerie mais sexy que tinha por baixo de uma roupa de frio, estava chovendo naquela noite, eu esqueci de contar, né? Bom, tanto faz. A garota então dirigiu feliz da vida até a casa do namorado, ela queria uma noite inesquecível com ele. Já era tarde quando ela dirigia até a casa dele, e também, ela não havia avisado. Ela queria fazer uma surpresa par ao namorado, e depois, os dois fariam amor até amanhecer.

Ela olhou para Castiel, que ouvia tudo atentamente com um olhar confuso e de curiosidade. A fitava com os olhos cinzas, e ela não teve como sorrir com aquilo, ele teria a chance de ouvir uma das suas histórias mais interessantes, Serena sempre teve histórias interessantes. Mas aquela era a que ela mais odiava, e a que mais a machucou, porque diferente das histórias fictícias que ela conta, aquela era uma história verdadeira, que ela mesma teve o desprazer de ser a protagonista principal. Por isso, continuou:

–– Mas ao chegar na casa dele, percebeu que a porta estava aberta, então riu achando bonitinho ele esquecer de trancar a própria porta. Sorriu em ver que o carro do irmão mais velho dele também não estava na garagem, assim ele não poderia atrapalhar os dois, naquela noite, o irmão mais velho do namorado estava trabalhando até tarde, e provavelmente voltaria só de manhã. Melhor ainda, ela pensou. – Serena contou, e então deu uma pausa. – Porém, quando a garota chegou mais perto da porta do quarto do namorado, ouviu gemidos altos e uma voz feminina, a porta estava entreaberta, e sabe o que ela viu?

–– Serena você não...

–– Ela viu o namorado dela transando com a sua melhor amiga! – ela interrompeu ,rindo sem humor. – Uma bela história, não é?

–– Ah, Serena, eu posso explicar... – ele justificou passando a mão no cabelo. Estava começando a suar.

–– Ah, meu amor, todos dizem a mesma frase. – ela balançou a cabeça de uma lado para o outro. – Isso é tão clichê.

–– Por favor, Serena, me escuta, eu...

–– Lysandre... Meu lindo Lysandre... – ela começou. – Não precisa me explicar nada, veja, eu já sei de tudo e um pouco mais. Eu tive muito tempo para descobrir os detalhes, você mesmo sabe que eu adoro saber detalhes.

–– Serena...

–– Eu descobri que você está me traindo desde o ano passado, descobri que você no seu precioso bloquinho só estava escrito letras de músicas românticas sobre aquela branquela... Tsc, tsc, é uma pena que todas aquelas letras foram misteriosamente jogadas no rio, tanto tempo gasto atoa, não?

–– Foi você? Você jogou o meu bloco de notas no rio?! – ele perguntou incrédulo.

–– Ah, não, não. Infelizmente fizeram esse favor antes, é uma pena, porque eu queria muito poder ter o prazer de acabar com aquilo. Nada pessoal, mas eu tinha uma certa invejinha daquele objeto. – ela deu ombros, olhando para Castiel, piscando em seguida.

–– Olha, eu, você, nós precisamos...

–– Lys, olhe em baixo na sua cama. – ela o interrompeu novamente.

–– O quê?

–– Olhe em baixo da sua cama, amor. – falou. – Anda logo, eu não tenho o dia todo!

Lysandre abaixou-se e encontrou um envelope em baixo de sua cama. Abriu-o e arregalou os olhos com o que viu. Fotos dele e Rosalya em pleno sexo, completamente nus, tinha diversas fotos, todas inumeradas, cada uma de uma maneira diferente. Como ela conseguiu aquilo? Ele perguntou incrédulo.

–– Deve estar se perguntando como foi que eu consegui essas fotos... – ela sorriu maliciosamente.

–– Como foi que você descobriu isso? Onde tirou essas coisas?!

–– Um bom mágico nunca revela os seus truques. – ela respondeu rindo. – Eu tenho cópias, muito mais cópias dessas belezinhas. E com uma ajudinha de Nathaniel, eu consegui espalhar pelo colégio inteiro! Ele me emprestou as chaves do colégio antes de ontem, e ontem me ajudou a enfeitar a escola com essas maravilhas. Se você for querer tirar vai demorar muito, eu tenho certeza. Ah! E só por precaução, eu dei umas cópias para Peggy, tenho certeza que vocês dois serão a primeira capa do jornal!

–– Meu Deus, Serena! Por que você está fazendo isso?

–– Que pergunta boba. – ela respondeu revirando os olhos. –Antes de ir embora eu queria deixar uma marquinha. Hmm... Não se preocupe, Rosalya também não saiu livre. É isso aí, nada de ressentimentos entre nós, okay?

–– Serena, por favor, calma, nós precisamos conversar! – ele implorou. – Eu te encontro na sua casa, e nós conversaremos, você está nervosa, só isso. Eu posso explicar tudo, não é o que você está pensando!

–– Clichê, clichê, clichê. – ela falou balançando a cabeça de um lado para o outro. – Estou cansada de clichês, foi por esse motivo que fiz tudo isso Lysandre. Será que você vai conseguir me compreender? Não, eu acho que não. Bom, isso sempre acontece comigo, as pessoas nunca me entendem... Enfim, é isso meu amor, quero do fundo do meu coração que você tenha uma péssima vida, que sua perca a voz para que nunca mais cante e ah! torço para que você não tenha usado camisinha pelo menos uma vez quando transou com Rosalya, você sabia que ela tem Aids?

–– Não, Serena, espera...

–– Adeus, Lysandre, eu espero que você passe por milhares de desventuras, até morrer de um jeito lento e doloroso. – e por fim, com essa delicada frase, ela desligou.

Ela olhou para Castiel. Que estava com a boca aberta com tudo que havia acabado de ouvir. Ela fez uma reverencia como se estivesse acabado de receber uma salva de palmas, sorriu e pegando a lixa novamente, colocou-a no bolso e andou tranquilamente pela porta de saída. Castiel segurou o pulso dela levemente, o que fez com que a loira o olhasse.

–– Você planejou tudo isso, não é? – ele perguntou. Ela sorriu e assentiu.

–– Exatamente.

–– Você descobriu que ele estava te traindo no seu aniversário, esse ano. – ela assentiu. – Depois planejou cada detalhe da sua vingança, uma coisa que deixasse a sua marca, porque você conseguiu uma bolsa para Greg Louter, e antes de ir para lá, você quer mostrar que você não é tão boba como ele pensava.

Ela sorriu impressionada. Finalmente alguém a entendeu, assentiu e soltou o pulso da mão de Castiel.

–– É, exatamente isso. – ela disse. – Já está tudo pronto, as malas estão no carro, já me despedi dos meus pais, já peguei a transferência de colégio, já enchi o colégio com as fotos eróticas de Lysandre e Rosalya, já mostrei com as minhas próprias mãos algumas das fotos para Leigh, já deixei um recado para Rosalya e quando eu iria tirar tudo a limpo com Lysandre no caminho para Seattle, você me ligou, contando a ideia que teve sobre dar uma “trollagem” para Lysandre. Era a ideia perfeita, ainda melhor do que eu tinha pensado. Então, a partir daí, você já sabe.

Ela deu de ombros e o olhou com os olhos azulados. Eles ficaram em silêncio, fitando um ao outro, ele, tentando descobrir qual era o problema de Lysandre para trair uma garota tão genial como Serena, e ela, só observando que pela primeira vez, que Castiel não a olhou com uma confusão nos olhos. Ele era um ótimo amigo, pena que também já foi traído.

–– Então, é isso? – ele perguntou. – Você vai embora? Sem mais nem menos? Vai nos deixar aqui? É sério? Podemos juntos acabar com Lysandre, Serena! Você não precisa ir!

–– Preciso sim, vai ser incrível! – ela sorriu animadamente. – Meus pais compraram um apartamento para mim! Agora é só eu e meus pensamentos! Sem Lysandre, sem Rosalya, sem Orlando. Só eu, meu carrinho, minha mente maluca e Seattle! Consegue me entender? Eu estou livre de tudo isso!

Ele a olhou, suspirando e vendo que tudo que pudesse dizer ela iria descartar. Ela era uma garota teimosa. Não tinha como discutir com Serena, ela queria isso, e ia conseguir. Ela sempre foi assim, não iria mudar agora por causa dele e de mais ninguém.

–– Mas, nós vamos nos ver de novo, não é? – perguntou.

Foi a vez dela de suspirar. Ela se aproximou e beijou a bochecha do ruivo e sorriu.

–– Quem sabe? – ela deu de ombros. – Quem sabe um dia nós não tomamos um milk shake em Seattle, e você não conhece o meu futuro buldogue negro que provavelmente irá se chamar Antártica, no meu apertado apartamento? Quem sabe, não é? – ela sorriu de um jeito sincero. – Até mais, Castiel.

E então, quando estava quase entrando no seu carro, virou novamente para olhar o falso ruivo e disse:

–– Ah! Eu quase me esqueci... – ela riu, olhando para ele com um sorriso debochado. – Não arrume mais chifres.

Depois disso, ela entrou no carro e partiu pelas ruas, buzinando repetidamente feito uma doida, apenas para chamar atenção.
Deixando para trás Castiel bobo e sem falas. Não tinha mais nada que Castiel pudesse falar, aliás.
Aqui não era o lugar dela. Serena era o tipo de garota que tem o jeito de viver sozinha, com os próprios pensamentos, em uma apartamento pequeno – mas dela. – em Seattle.
Ter uma vida assim era mesmo a cara dela.

Castiel sabia, Lysandre sabia, todos sabiam: Serena Cooper era indecifrável.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Agradeço a você que leu.
Agradeço a você que leu e gostou.
Agradeço a você que leu, não gostou, mas como é uma pessoa com um perfil agradável, elegante e educado, está saindo daqui.
Agradeço a você que decifrou Serena Cooper.
Agradeço a você que não decifrou Serena Cooper, mas, mesmo assim gostou do conteúdo.

Agradeço a todos aqueles que leem esta nota final.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A indecifrável Serena Cooper" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.