– Ainda estou triste por você não vir comigo, filha. – Sophia disse – Sei que vim a toa, porque na realidade não teve casamento algum, mais só de poder lhe ver estou feliz.

– Ah, mãe. – Blair falou – Como eu te amo. Agora você é a única mãe que eu tenho.

– Olivia ainda é sua mãe, Blair. – Sophia falou – Foi ela quem lhe criou e te aturou por dezesseis anos. Agora você é toda minha, sim, mais eu sei que você ama Olivia mesmo ela não estando mais entre nós.

– Você vai perder o ônibus. – Blair concluiu – Entre no táxi e logo quando chegar em Harrisburg me ligue.

– Tudo bem. – Sophia falou – E não se esqueça, mês que vem farei aniversário. Quero você e todo o resto em Harrisburg.

– Tentaremos ir. – Blair concluiu – Até mais, mãe. Eu te amo. Volte para Winterbrook logo.

Sophia entrou no táxi e bateu a porta. O táxi logo virou a esquina e Blair não conseguia mais ver sua mãe.

1º Mundo...

– Karine? Robert? – Don perguntou – Quero vocês aqui.

– O que foi, Don? – Robert perguntou – Aconteceu algo com Travis?

– Não foi com ele. – Don concluiu – Foi com Blair. Ela está indo visitar Bethany na prisão.

– O que? – Karine perguntou arregalando os olhos – Ela foi visitar Bethany?

2º Mundo, Penitenciaria de Winterbrook...

– Blair? – Bethany perguntou – O que você está fazendo aqui?

– Eu queria falar com você. – Blair concluiu – Você foi presa a quase uma semana. Precisamos conversar, minha quase madrasta.

– Não me provoque. – Bethany pediu – Eu não quero me estressar. Ficará pior.

– Não vim até aqui para discutir. Eu menti minha idade e apresentei uma identidade falsa. Não paguei por isso tudo à toa. – Blair concluiu – O que está acontecendo com a magia da Irmandade?

– Eu não sei. – Bethany concluiu – Isso começou acontecer quando? Depois que fui presa ou quando o 3º Mundo foi congelado?

– Don não me explicou direito. – Blair disse – Mas isso não importa. Eu só quero saber o motivo e sei que você sabe.

– É sério, eu não sei. – Bethany concluiu – Eu só sei que não tenho mais poderes. Quando fui presa fiquei tentando fazer magia mais não consegui. Por pena, Don foi mais esperto que eu.

– Não sei porque você subestima Don até hoje. – Blair disse – Ele é muito mais poderoso que você. Pode ter certeza.

– Não precisa jogar na cara. – Bethany disse – O horário de visitas está acabando. Fale o que você quer antes que seja tarde.

– Quero aprender a fazer magia negra. – Blair concluiu – Talvez eu precise...

– Porque você está se sacrificando para concluir a receita de Don? – Bethany perguntou.

– Como você sabe disso? – Blair perguntou – Responda, Bethany.

– O horário de visitas acabou. – o Policial disse – Vamos, Bethany. Agora.

– Como eu disse, você deveria ter dito antes. – Bethany disse se levantando e largando o telefone – Até mais, protegida.

Bethany virou-se no corredor e piscou para Blair, que franziu a testa e pegou seu telefone, discando o número de Karine.

– Blair? – Karine perguntou – Precisamos conversar. Eu já iria lhe procurar.

– O que foi? – Blair perguntou – Aconteceu alguma coisa com Don?

– Não. Aconteceu com você. – Karine retrucou – Você foi visitar Bethany. Eu pedi para não fazer isso, mais você fez. Está desrespeitando uma regra, Blair. Isso é sério.

– Me encontre em minha casa. – Blair pediu – Hoje irei fazer minha segunda inscrição na faculdade de Harrisburg. Precisarei de sua ajuda.

– Tudo bem, Blair. – Karine disse – Mais não pense que estou de bom humor, porque eu não estou.

Casa de Blair...

– Até que enfim você chegou. – Blair disse – Tem café na cozinha. Só irei pegar meu laptop no meu quarto e já volto.

Logo Blair desceu e Karine já estava sentada na mesa.

– Porque você foi visitar Bethany? – ela perguntou – O que te levou a fazer isso?

– Irei morrer em menos de um mês. – Blair respondeu – Don me disse que já encontrou o fio de cabelo da Desunião. Falta apenas a Libertação se sacrificar como eu fiz e nosso plano será concretizado. Não poderia morrer sem falar com Bethany.

– Mas você não gosta dela. – Karine gritou – Ela nunca lhe fez bem.

– Sim, fez. – Blair concluiu – No tempo em que ela estava fingindo ser uma boa pessoa, ela era a melhor amiga que alguém poderia ter. Eu ainda gosto muito de Bethany. Ela foi minha primeira mentora. Foi quem me contou sobre a Irmandade. Nunca poderei esquecer ela.

– Eu entendo. – Karine concluiu – Mais quem me contou sobre a Irmandade agora está morto e eu sinto muito por isso. Por isso eu peço para que você pense menos em Bethany para que quando ela se for a dor não seja tanta como foi no meu caso.

– Não quero falar sobre Bethany. – Blair disse – Sophia me pediu para fazer a inscrição. Se eu não fizer, ela vai achar que há algo envolvido nisso e não quero ela sabendo demais.

– Tudo bem. – Karine disse – Nome completo?

– Blair Lauren Scott. – Blair respondeu.

– Nascimento? – Karine peguntou.

– 18 de Abril de 1996. – Blair respondeu.

– Cidade? – Karine perguntou.

– Winterbrook, Maine, Estados Unidos. – Blair respondeu.

– Afiliação? – Karine perguntou.

– Ollie Scott Winchester e Olivia Lauren Scott. – Blair disse – Meu pai não usa muito o Winchester, mais é o sobrenome dos meus avós. Minha mãe tinha McMewls, mais depois que se casou com meu pai, ela tirou.

– Tudo bem. – Karine disse – Vou até o banheiro. Vá preenchendo o resto até eu voltar.

Blair continuou preenchendo as coisas. Condição Financeira, Escola, Qual faculdade quer seguir em Harrisburg entre outras coisas típicas.

– Você demorou. – Blair concluiu – Onde esteve?

– Robert tinha me ligado. – Karine disse – Don precisa de nós no 1º Mundo. E é agora.

Alguns minutos depois, 1º Mundo...

– O que foi, Don? – Blair perguntou – Aconteceu alguma coisa?

– Sim. Aconteceu. – Don concluiu – Achamos quem iremos sacrificar da Libertação. Joseph McMewls.

– McMewls? – Blair perguntou – É o sobrenome de minha mãe.

– Mas não é Scott? – Don perguntou.

– Era Olivia Lauren McMewls antes dela se casar com meu pai. – Blair concluiu – Quem é você, Joseph?

– Minha avó disse que minha falecida mãe se chamava Olivia. – Joseph respondeu – Pode ser coincidência, mais ela também tinha Lauren no nome.