Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 7
Aliança.


Notas iniciais do capítulo

Oi meu povo!
Espero que vocês gostem...
Boa Leitura!



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Estava de volta em casa e nãos sei dizer se foi sorte ou azar por minha volta ter coincidido com o final de semana. Oliver não me deixava sair da cama e não estou falando do lado bom de ser mantida na cama por Oliver Queen e sim do tipo tédio e sopas horríveis que ele fazia questão de preparar, está ai uma coisa na qual Oliver Queen não é nada bom.

–Oi. –Diz Thea tímida na porta do meu quarto.

–Thea, que surpresa! Entra. –Disse me sentando na cama. –É tão bom ver o rosto de alguém que não seja o Oliver. –Comecei a tagarelar. –Ou! Não me leve a mal, eu amo seu irmão... Amo muito, mas ele está me enlouquecendo... –Thea me olhava confusa com um pequeno sorriso nos lábios.

–Então acho que posso te salvar! –Ela me olha de forma cumplice. –O que você acha de cinema e compras, isso vai te dar um dia inteiro de folga dele.

–Eu sou capaz de ir a uma feira budista seguida por uma maratona de Karatê Kid só para me ver livre dessa quarentena, ele está me deixando louca. –Thea sorri divertida. Eu me aproximei para sussurrar para ela em voz baixa. –E tem a comida... É horrível! –Agora ela gargalhava abertamente.

–Você é exatamente como ele descreveu!

OLIVER

Eu entrava e saia de joalherias a manhã toda com Roy que começou animado, mas agora já estava sem paciência comigo. Ele não queria assumir, mas só aceitou fazer parte desse plano por Thea estar envolvida nele.

–É uma coisa simples Oliver, você escolhe um diamante e compra. –Reviro os olhos entrando na joalheria. –Ela não vai se importar mesmo, só de você a pedir em casamento ela vai começar a falar sem para e a última coisa que ela vai ver é o anel...

Mas eu parei de escutá-lo assim que olhei para a primeira vitrine. Era ela, uma aliança delicada em ouro branco com uma pedra verde no centro e delicadas pedrinhas de diamante nas laterais que faziam o desenho de pequenas folhas! Uma atendente simpática veio em nossa direção vendo meu interesse pela peça a tirou do balcão e a ergueu em minha direção.

–É uma aliança em ouro branco, essa pedra no meio é alexandrita um dos minerais mais raros do mundo, mais raro que o diamante, ela fica verde na luz do sol e vermelha em luzes incandescentes. –Ela pega uma pequena luminária para demonstrar, ficamos os dois abobados vendo o efeito da joia. –Essas pedrinhas laterais que formam essas folhas são diamantes.

–É perfeito! –Digo para Roy. –Vou ficar com essa.

[...]

Chego em casa à noite e as garotas não haviam voltado, o que era perfeito pois eu precisava esconder essa aliança em algum lugar onde ela não encontre. Queria fazer algo especial para o pedido e pensei nas coisas mais absurdas, mas resolvi que precisava refletir o começo, quando comecei a amá-la, fiquei por horas tentando descobrir como foi que isso aconteceu, mas nada me vinha a mente, não sei como me apaixonei por Felicity, só consigo me lembrar dos momentos em que ela me tirava do sério como quando Barry apareceu, ou todas as vezes em que se colocou em perigo, o que me fez perceber que não tenho uma resposta exata para isso... Mas talvez ela saiba, eu sei que isso me faz parecer estar colando em uma prova, só que eu precisava de uma ajuda para encontrar a resposta. Claro que eu poderia procurar John, mas isso seria como um presente de Natal adiantado para ele e sinceramente eu não estava com vontade de proporcionar tanta alegria assim ao meu amigo.

Estava no banho quando finalmente escutei a porta se abrindo e as vozes de minha irmã e Felicity conversando animadamente. Sai do banheiro e vesti calças de moletom e camisa branca. Entrei na cozinha e encontrei as duas em crise de riso e Felicity com os Hashi enfiados no nariz falando com uma voz engraçada. Tossi para me anunciar fazendo com que me olhassem assustadas e Felicity acabasse com a performance.

–Trouxemos comida para você também! –Disse Thea em meio ao riso me estendendo uma caixinha de comida japonesa.

–Obrigada. –Me sentei ao lado de minha irmã que parecia totalmente à vontade, e tudo pareceu estar como era.

–Eu que agradeço! –Disse Felicity rapidamente fazendo com que Thea voltasse a rir.

–Perdi a piada? – Perguntei confuso.

–Desculpa Oliver, eu sei que você só quer ser um bom namorado e você é, acredite em mim... Muito bom, o melhor na verdade, mas prometa que nunca mais vai cozinhar para mim na vida! –Disse rapidamente.

–Não sabia que não gostava da minha comida. –Fingi estar ofendido. –Só estava fazendo meu trabalho e cuidando de você!

–Pobre Ollie! –Thea falou acariciando meu braço cheia de ironia na voz. –Você estava era torturando a garota. –Acusou me fazendo prender o riso. –A velha história do papai.

–Velha história? –Felicity perguntou enquanto comia.

–Nosso pai tinha uma teoria. –Thea começou a explicar. –Quando alguém está doente precisa de uma quantidade certa de nutrientes para conseguir melhorar. Não queira saber o que tem na mistura. –Ela acrescentou quando Felicity estava prestes a perguntar. –Mas quando essa pessoa melhora você descobre, pois ela tem forças novamente para reclamar da comida ruim. –Felicity me olhou ameaçadoramente e eu sabia que estava encrencado.

–Eu só queria que você ficasse bem! –Justifiquei. –E funcionou!

–Ok. –Respondeu simplesmente me fazendo arrepiar por seu tom de ameaça.

–Acho que vou para casa Ollie. –Thea disse se levantando. –Podem ficar onde estão, eu conheço a saída. –Ele beijou o alto da minha cabeça e deu a volta na mesa repetindo o gesto com Felicity. –Me liga amanhã Oliver! –Gritou antes de sair de forma sugestiva.

–Sopa da tortura... –Felicity murmurou me olhando nos olhos.

–Desculpa, só cuidei de você da forma que eu sei. –Tentei argumentar fazendo cara de drama para amolecer seu coração e funcionou pois ela engoliu com dificuldade suavizando imediatamente o olhar.

–Está tudo bem Oliver, fico feliz por ter alguém que faça isso por mim. –Ela me deu uma sorriso tímido.

– Eu estava aqui pensando e descobri que nãos ei quando me apaixonei por você. –Comecei a dizer pensativo. –Não me lembro de como aconteceu, você sabe como foi?

–Oliver eu só me toquei que você gostava de mim no dia em que você me disse com todas as letras que gostava. –Respondeu não me ajudando em nada. Merda, vou ter que fazer a alegria do John...

–Tem certeza? –Insisti esperançoso fingindo pouco caso enquanto comia meu macarrão. –Teve aquela vez com Barry e a outra depois da nossa viajem para a Rússia. –Sugeri.

–Oliver, você gritou comigo quando eu voltei de Central City e depois disse que eu e John –Ela destacou o nome dele. –Éramos importantes para você e que precisava de nós. E você me deu um toco carinhoso quando voltamos da Rússia me dizendo aquele discurso que eu detesto. –Ela deu de ombros mastigando.

–No primeiro caso era claramente um ataque de ciúmes. –Disse sorrindo. –No segundo negação! –Ela soltou uma risada divertida.

–Por que isso importa agora? –Perguntou me olhando nos olhos.

–Só quero ter uma resposta clara para nossos filhos quando eles me perguntarem como me apaixonei pela a mãe deles. –Ela sorriu com a boca cheia de comida quebrando totalmente o clima e me fazendo cair na gargalhada. – Me diz que você não sabe quando aconteceu com você? –Perguntei quando conseguimos parar de rir.

–Eu sei exatamente quando foi. –Ela diz erguendo o braço como uma nerd que tem a resposta que o professor pediu. –Eu estava em meu escritório e você disse: Felicity Smoak... –Ela imitou minha voz. –Oi sou Oliver Queen. E bum! Me ferrei.

–Eu estava encantado com você. –Disse me lembrando. –Era tão.... Humana.

–E você a aparição de um modelo gostosão no meu escritório! –Soltou sem pensar me fazendo gargalhar novamente. –Desculpa. –Disse vermelha. –Poderia ser mais romântica...

–Você é perfeita. –Digo a olhando nos olhos.

–Ainda está com fome? –Ela pergunta olhando para sua comida antes de colocá-la sobre a mesa.

–Não disso aqui. –Descarto minha comida rapidamente.

–Quarto? –Eu já dava a volta na mesa parando em sua frente.

–Muito longe. –Respondo a colocando em cima da mesa e começando a beijá-la.

Enquanto fazíamos amor eu consegui me lembrar o momento exato em que aconteceu.

FLASHBACK

Nós estávamos na torre em que Sara se escondia com Sin, em meio a toda aquela confusão que o Slaide criou, eu queria desistir me entregar, parar de lutar e morrer como minha mãe. Mas lá estava Felicity, sendo mais uma vez meu norte. Ela disse, ou melhor gritou que eu honraria os mortos lutando, disse que estava ao meu lado e que acreditava em mim. Então foi como se minhas baterias fossem recarregadas imediatamente, eu percebi que precisava mais dela do que julgava antes. Percebi que não queria ser um irmão para ela, ou apenas um amigo. Foi ali naquela torre com seus cabelos desgrenhados e seu nariz sangrando que descobri quem eu era em seu abraço.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam!
Bjs