Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 14
Connor Hawke


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Primeiro eu quero agradecer a minha leitora linda Renata Lopes pela recomendação, flor eu amei, muito obrigada mesmo. Por essa razão esse capítulo é dedicado a ela. E claro, como sempre agradecer a tampinha da minha caneta Sweet Rose, minha amiga que me ajuda em minhas crises de insegurança com essa fic, me dizendo que está bom, pra mim postar de uma vez hahahaha. Sempre motivadora!
Espero que vocês gostem...



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545387/chapter/14

OLIVER

Felicity conversava animadamente com Íris próxima ao balcão da cafeteria. Eu estava sentado na mesa esperando que Sandra passasse pela porta, o que poderia ser a qualquer momento. Sentia meu coração se apertar de ansiedade. Felicity as vezes olhava em minha direção com eu sorriso doce nos lábios, tentando me passar confiança.

Vinte minutos se passaram e nada, eu começo a me apavorar. Felicity me traz mais uma xícara de café. –Fica calmo! –Murmura séria me olhando. –Vai acabar quebrando esse banco se não parar de se sacodir!

–Ela não vai vir. –Constato passando a mão por meus cabelos.

–Acho que ela acabou de chegar. –Responde olhando para a porta e eu sigo a direção de seu olhar, vejo uma mulher com cabelos cumpridos castanhos e uma pele muito branca. –Boa sorte. –Felicity toca meu braço. –E seja simpático Oliver. –Ordena me fazendo rir antes de voltar para perto de Íris.

–Oi. –Sandra diz em voz baixa com um sorriso no rosto.

–Oi. –Me levanto por educação e espero que ela se sente a minha frente. –Olha Sandra, eu não fazia ideia da existência do garo...

–Eu sei Oliver. –Ela sorri pegando minha mão. –Sei que você nãos sabia, pois esse era o trato. –Nesse momento tudo parou de fazer sentido, o sorriso em meu rosto se desfez de imediato e esperei que ela me explicasse. –Há oito anos atrás, quando descobrir que estava grávida, você se dispôs a me ajudar, a criar a criança.

–Sim e eu faria isso. –Confirmo sem saber onde ela queria chegar.

–Mas sua mãe não queria que você abrisse mão de tudo. Ela me procurou, entrou em contato comigo e me propôs um acordo.

–Ela te ofereceu dinheiro? –Apesar do tom de pergunta e pelo esforço que estava fazendo para manter minha voz baixa, eu estava enojado com aquilo, pois sabia que era exatamente isso que havia acontecido.

–Dois milhões. –Confirma envergonhada. –Mas eu não era nada Oliver, não teria nada para oferecer ao Connor. Então eu aceitei o acordo e me mudei para Central. Aqui eu reconstruí minha vida, dei a Connor uma família. –Ela sorri me mostrando a aliança em seu dedo. –Me casei a cinco anos.

–Parabéns. –Respondo seco.

–Desculpe-me Oliver. Sei que é muito para digerir e que talvez nem queira mais levar isso a diante...

–Claro que eu quero Sandra! –Me exalto e nesse mesmo momento Felicity surge ao meu lado segurando em meu braço como que se quisesse me lembrar de onde eu estava.

–Oi Sandra! –Cumprimenta a mulher estendendo a mão para ela que aceita confusa. –Sou Felicity Smoak. –Sorri simpática.

–Ela é minha noiva. –Completo mal humorado ao perceber que Felicity não lhe daria essa informação.

–Prazer em conhece-la. –Sandra diz com um sorriso afetado.

–Igualmente. –Responde com sua habitual simpatia. –Sandra nós vamos ficar esse final de semana na cidade, o que acha de nos encontrarmos para um almoço amanhã? –Sugere com naturalidade. –Acho que Oliver precisa de um tempo para processar as coisas.

–Claro. Eu não quero negar a meu filho a oportunidade de ele vir a conhecer o pai. –Fala com lágrimas nos olhos e isso parece comover Felicity.

–Conversamos amanhã, não é Oliver? –Ela empurra de leve meu braço com o ombro.

–Certo. –Concordo simplesmente.

FELICITY

Chegamos ao hotel em que estávamos hospedados e vou direto para o banheiro tomar um banho deixando Oliver inquieto na sala. Deixo a água cair em meu corpo por um bom tempo, aquilo foi mais estresse do que eu imaginei. Não que tenha me surpreendido com Moura, aquela mulher era do mal, mas Oliver ficou devastado por mais essa da Sr. Queen.

Visto um short e uma regata, o calor de Central City é surpreendente. Saio do banheiro e descubro que provavelmente entrei em algum filme do Jean-Claude Van Damme por acidente. Oliver estava sem camisa, pendurado na parte de cima da porta fazendo barras.

–Okay! –Digo confusa chamando sua atenção, ele me olha sem parar o que está fazendo. –O que está acontecendo aqui?

–Precisava pensar, gastar energia e você não estava disponível! –Brinca com sarcasmo ainda subindo e descendo. Oh meu Deus, acho que nunca vou me acostumar com isso.

–Vai demorar ai? –Pergunto tentando esconder minha esperança.

–Mais vinte minutos talvez. –Responde sem esforço. Ok, era o que eu precisava. Corro para o frigobar do nosso quarto pegando vinho e um pacote de salgadinhos e me jogo na poltrona em frente a ele para aproveitar o show. –Felicity eu não sou sua televisão. –Ele diz sério e eu dou de ombros ocupada demais com a vista.

–Tem razão. –Concordo jogando um douritos na boca. –É muito melhor!

Oliver para, ainda pendurado na porta, e me olha com seriedade. –Às vezes você faz com que eu me sinta um pedaço de carne. –Reclama voltando a se exercitar.

–O melhor. –Ele me olha com a sobrancelha arqueada. –Pedaço de carne, eu digo. Não qualquer pedaço de carne. Um grande e saboroso filé de primeira. –Me embolo enquanto tento responder. –Quer conversar? –Sugiro.

–E o que eu poderia falar? Que mais uma vez Dona Moura guardou segredos, me privou de ser pai por oito anos.

–Três. –Corrijo sem querer, Oliver me olha confuso. –Cinco você estava na ilha, então foi privado de três anos.

–Talvez eu nem mesmo tivesse entrado naquele barco. –Ele pula para o chão e se joga na poltrona ao meu lado tomando a garrafa de vinho da minha mão.

–Ei! –Reclamo e ele tira o pacote de salgadinhos também, apenas para implicar. Eu bufo, mas prefiro não dar corda. –Oliver eu sei que sua mãe te amava, e sei que ela tinha um jeito... –Tento procurar uma palavra menos ofensiva para descrever, ele me olha esperando. -Diferente? –Oliver esboça um sorriso mínimo antes de tomar um gole da garrafa de vinho.

–Você. –Ele estende a garrafa para mim novamente. –Me ama de verdade. –Sorri de novo.

–Com certeza Sr. Queen. –Sorrio bebendo em seguida. –Mas mesmo assim, sei que ela teve seus motivos para fazer isso Oliver. Eu não te conheci antes da ilha, mas fiz minhas pesquisas e pelo que eu li e seu histórico acadêmico, você não era do tipo paternal.

–Faria isso se estivesse no lugar dela? –Pergunta por saber que eu estava realmente tentando poupar seus sentimentos. Devolvo a ele a garrafa e me levanto me sentando em seu colo.

–Não. –Digo olhando em seus olhos. –Mas também não faria um acordo como o empreendimento, ou deixaria que meu marido fosse sequestrado. –Falo com tristeza o olhando nos olhos. –Não concordo com muitas coisas que sua mãe fez Oliver, mas não a julgo, ela fez por você e por Thea. Precisa se lembrar de que ela deu a vida por vocês. –Ele me abraça com carinho e deixo que ele fique encostado em meu peito.

–O que foi que fiz exatamente para merecer você em minha vida? –Fala depois de uma tempo.

–Eu não sei. –Respondo sorrindo e Oliver me beija apaixonado, me sinto pequena em seus braços e nesse momento, mas em casa, completamente segura.

OLIVER

Almoçamos com Sandra e o marido Milo Amirtage, nome horrível, mas cara legal, contador, nada de mais em sua vida. Poderia com certeza manter meu filho em segurança e não acrescentaria nenhum risco a vida dele. Felicity e Sandra conversaram trivialidades até conseguirmos chegar no assunto em questão, Connor. Fomos a casa do casal após o almoço para conhecer o garoto.

Seguro a mão da Felicity quando descemos do carro em frente a uma bela casa de cerca branca. Ela me olha sorrindo quando seguimos Sandra para a casa. O menino estava sentado no sofá, jogando vídeo game, algum jogo de luta. Fico impressionado com a nossa semelhança. Os mesmos olhos, cabelos, formato do rosto. Connor parecia ser um clone meu.

–Querido? –Sandra o chama da porta da sala. O garoto da pausa em seu jogo e se vira para mãe com um sorriso no rosto. –Tenho visitas. –Ele se levanta educado e vem andando em nossa direção, com seus olhos em Felicity, se ainda existia duvidas, acabei de crer que o moleque é meu mesmo!

–Oi. –Nos disse educado.

–Lembra o que nós conversamos ontem amor? –A mãe se agacha na frente do garoto que a olha atento e balança a cabeça concordando. –Esses são Oliver Queen e Felicity Smoak.

–Oliver Queen? –Repete me olhando pela primeira vez desconfiado.

–Felicity, aceita um café? –Milo pergunta a ela.

–Claro! –Responde passado a mão em meu braço antes de sair.

–Vamos nos sentar? –Sandra me pergunta e nos sentamos todos nas sala, nos dois no sofá e o garoto a nossa frente na poltrona.

–Você é meu pai? –Ele pergunta sério.

–Sim. –Me sentia como em uma entrevista de emprego.

–Minha mãe disse que você não sabia que eu existia. –Podia ver a confusão em seus olhos e a revolta oculta neles.

–Eu fiquei preso em uma ilha por cinco anos e quando voltei não tinha mais nenhum contato com sua mãe. –Explico para ele que não altera sua expressão, da mesma forma que eu faria. Agora percebo quão frustrante pode ser conversar comigo.

–Eu sei. –Me fala pensativo. - Sinto muito por seus pais e por seu melhor amigo. –Eu o olho surpreso. –Fiz minhas pesquisas. Sou um bom aluno. –Justifica.

–Bom, isso não puxou de mim. –Murmuro olhando para os lados desconfortável com a situação.

–Connor querido, Oliver está aqui por que deseja fazer mais parte de sua vida. –Sandra o diz.

–Ok. –Ele se levanta olhando para a mãe. –Posso ir para meu quarto agora?

–Claro. –Responde um pouco frustrada. –Só se despeça.

–Posso te chamar de Oliver? –Pergunta parado a minha frente. –Por enquanto?

–Claro! Claro que pode! –Respondo sorrindo para ele.

–Obrigado. –Sorri e vai em direção a cozinha, o vejo de longe dando um abraço em Felicity, o que não me surpreende em nada, afinal o garoto é meu filho.

–Ele gostou dela. –Sandra diz acompanhando meu olhar e vendo os dois se envolverem em uma conversa animada.

–Ele é esperto! –Sorrio me virando para ela. –Você o criou muito bem Sandra, gostaria muito de ter estado por perto. –Digo com sinceridade.

–Você está agora Oliver, ainda tem tempo de fazer parte da vida dele.

Felicity volta da cozinha de mãos dadas com Connor e Milo atrás os observando conversar animados. Ela para ao meu lado com ele ao lado dela, falando coisas que eu nem sei o significado. –Oliver sabia que Connor é um gênio! Ganhou vários prêmios de ciências na escola, olimpíadas de matemática. –Elogia bagunçando os cabelos do garoto que sorri para ela tímido. –E faz aulas de artes marciais, desde os cinco anos!

–Uau! -Sorrio impressionado.

–Sabe Connor, Oliver também teve aulas... –ela para pensativa se dando conta do que acabou de dizer. -Bom, ele sabe essas coisas! –Conta ao garoto que me olha com interesse pela primeira vez.

–Ficaria feliz em ver o que sabe fazer qualquer dia. –Falo por impulso.

–Legal! Posso mãe? –Sandra suspira vendo a animação do filho.

–Podemos conversar sobre visitas nos feriados. –Sandra me diz apreensiva.

–Eu adoraria! –Respondo sorrindo por fora, mas amedrontado pela ideia. –Claro se Connor quiser.

–Felicity mora com você? –Ele me pergunta.

–Sim, ela mora.

–Então eu vou!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam do Connor! Bjs