Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 12
Mama Smoak


Notas iniciais do capítulo

Oi amores!
Eu sei que a maioria de vocês deve estar querendo arrancar minha cabecinha do pescoço por toda a demora com as atualizações, mas prometo que vou tentar torná-las mais regulares, pois agora a história está no ponto que queria.
E preciso agradecer muito a duas leitoras linda que recomendaram a fic, Dane minha florzinha e Larissa Redfield, obrigada queridas, não tenho palavras para agradecer ou descrever o quanto me sinto honrada, espero que curtam o capítulo especial para vcs meus amores.
E por ultimo porém não menos importante, minhas lindas amigas Sweet Rose e Sweet Begônia que fizeram uma leitura crítica do capítulo para mim, garotas vcs são lindas.
Boa Leitura!



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FELICITY

Chego na sala já vestida e penteada para o trabalho, mas a cena que vejo me faz querer voltar para a cama aos berros. Oliver e minha mãe estavam sentados no sofá em uma conversa animada, onde meu noivo estava beira de um ataque de riso. Escoro meu corpo no batente da porta que liga a sala ao corredor, pois não sei o que fala, ou como agir nesse momento.

–Ela era muito esperta, então eu precisava deixa-la no balcão enquanto eu trabalhava e Felicity conseguia mais gorjetas com suas conversas estranhas do que eu em um dia inteiro servindo café! –Ela contava e eu sentia meu corpo queimar.

–Mãe. –Chamo em voz baixa e sou imediatamente notada. Oliver se levanta com um sorriso enorme no rosto e minha mãe corre em minha direção com os braços estendidos. Não sei como os seios dela não escaparam do decote enorme.

–Meu bebê lindo! –Exclama me abraçando de dando pulinhos.

–Mãe o que a senhora está fazendo aqui? –Pergunto e recebo um olhar de recriminação de Oliver.

Querida eu vim ver você! Como uma visita. Veja, veja. –Ela mexe na bolsa a procura do seu celular. -Não recebeu minha mensagem? –Ela pergunta erguendo seu telefone à altura de meus olhos.

–Para isso você precisa apertar enviar! –Digo indicando o botão para ela.

–Ok. Não é grande coisa. –Murmura apertando o botão e em seguida escuto meu celular apitar em minha bolsa. –Posso fazer isso. –Atrás de nós Oliver tampa a boca, nunca antes na vida eu o vi se divertindo tanto.

–Tudo bem. –Respiro fundo pegando a mala dela. –Vou te mostrar seu quarto.

Oliver caminha ao lado dela me seguindo, deixo sua mala ao lado da cama de hospedes e indico onde estão os lenções e as toalhas. Oliver como bom cavalheiro que é (quando quer ser), ergue a mala a colocando sobre a cama para facilitar na hora que minha mãe for passar suas roupas para o guarda roupas. Oh carma!

–Mãe, pode ficar à vontade, Oliver e eu estamos indo para a empresa, mas voltamos as quatro. –Digo mecanicamente.

–Podemos dar uma volta quando chegarmos. –Sugere Oliver e eu lanço um olhar de advertência que ele ignora. –Vamos mostrar a cidade para você!

–Oliver aqui é Starlling City, não Paris! – Murmuro, mas ele estava decidido a não se importar comigo hoje. Minha mãe parecia encantada por ele.

–Olha por que não passa em nosso escritório as quatro, assim vamos de lá. –Sugere e eu desisto dando um beijo rápido no rosto da minha mãe e saindo em seguida. –Espero por você no carro.

[...]

A tarde Palmer entra em meu escritório animado como sempre e se senta antes mesmo que eu o convide. Ele fica me olhando sem dizer nada com seu tablet em mãos e um sorriso fixo nos lábios. Parece que todas as pessoas que conheço hoje esqueceram de tomar o remedinho delas.

–Ray, o que aconteceu? –Pergunto por fim, percebendo que era isso que ele esperava.

–Tenho dados impressionantes. –Ele me entrega o tablet como se fosse a coisa mais importante do mundo. –Criei a partir de alguns cálculos que fiz essa manhã.

–Uau! Você quer realmente fornece energia para Starlling a partir de uma fonte limpa. –Concluo impressionada. –Pode te gerar muito dinheiro...

–Na verdade seria de graça. –Me corrige e escuto passos atrás dele quando estou prestes a responder.

–Um rapaz chamado Jeffrey me mandou entrar aqui. –Minha mãe diz olhando para os lados. –Desculpe, ele não falou que você tinha companhia. –Ela fica abobada olhando para Ray que sorria simpático para ela.

–Quem é essa? –Murmura de lado para mim.

–Ray essa é minha mãe Dona. –Apresento massageando minhas têmporas. –Mãe esse é Ray...

–Palmer? –Interrompe animada. –Ray Palmer, aquele Ray Palmer? –Palmer se levanta parecendo estar lisonjeado. Ok, agora só falta minha mãe arrumar um encontro com o meu chefe.

–Prazer em conhece-la. –Diz estendendo a mão em cumprimento para ela.

–Olha, eu tenho um de seus relógios! –Ela o mostra não se contendo em animação.

–Esse é um com tecnologia 3G. –Palmer analisa entretido na conversa. –Na verdade eu estou usando um protótipo para seis. Ele basicamente substitui um computador. –Agora até mesmo eu fiquei um pouquinho impressionada. –Quer saber? É seu! –Ok. Meu dia não pode ficar pior, não pode ficar pior...

–Acho que temos uma cidade para conhecer. –Oliver diz entrando em meu escritório que para mim já estava mais do que super lotado a muito tempo.

–Conhecer a cidade. –Palmer repete sorrindo para Oliver que retribui, os dois parecia conversar silenciosamente. –Tudo bem, bom passeio para vocês!

[...]

Por volta das sete horas da noite nós estávamos em uma pracinha, e agora eu estava muito mais tranquila. Parece que Oliver e minha mães estavam completamente encantados um com o outro. Ela contou para ele diversas histórias vergonhosas da minha infância e adolescência.

–Gótica a Felicity? –Duvidou enquanto ela falava sobre meu visual na faculdade. E eu desejava que um buraco na terra fosse aberto.

–Ela usava um cabelo preto cumprido. –Ela faz o cumprimento com as mãos e Oliver solta uma gargalhada. –Umas roupas horríveis, a propósito querida você melhorou muito.

–Pelo que ela está me contando eu tenho que concordar. –Precisei me controlar para não colocar língua para ele feito uma criança mimada. Mas o telefone dele começou a tocar.

–Salvo pelo gongo. –Murmurei e ele me deu um beijo na bochecha antes de atender.

–Com licença. –Pediu se afastando um pouco.

–Acho que gostei dele. –Minha mãe comenta em um sussurro e mesmo constrangida e envergonhada aquilo me alegra. Oliver volta com um sorriso culpado nos lábios.

–Era Thea, ela quer que eu vá conhecer o apartamento dela, posso levar vocês comigo...

–Não! –Interrompo. –Esse é um momento de vocês dois, eu e minha mãe vamos... –Oliver me olhou em desafio esperando onde eu inventaria de levar minha mãe. –Ao Shopping! –Digo incerta e ele segura uma risada. –Preciso de ajuda com algumas coisas do casamento e ela pode me ajudar... Deus me ajude. –Murmuro e Oliver parece não poder parar de sorrir hoje.

–Vou adorar. –Ela se anima em meu lado. –Podemos olhar vestidos, e claro o vestido da mãe da noiva... –Ela tagarelou mais algumas coisas, só que a essa altura não estava mais conseguindo escutar.

Oliver a abraçou e murmurou um “É muito bom ter você aqui,” para ela que se derreteu toda em resposta. Depois me deu um beijo rápido nos lábios cheio de cuidado. –Volto assim que possível, prometo. –Sussurrou em meu ouvido.

[...]

Dentro da loja de noivas Donna andava de um lado a outro, parecendo uma criança na Disneylândia, tive que experimentar uns sete vestidos, e todos me deixaram parecendo um bolo de festa, com a bagunça que é minha vida, ou até mesmo meu relacionamento com Oliver, eu até aquele momento não havia parado para pensar em como seria meu casamento, quando ou onde.

–Acho que você precisa de algo mais sexy. –Conclui. –Nada exagerado, só manos anáguas e talvez seda... - Mamãe continua falando até que todas as luzes se apagam, eu corro em direção a janela levantando a barra do vestido e vejo toda a cidade apagada. Troco minha roupa com a ajuda de uma funcionária, em seguida já vestida recebo uma ligação de Oliver.

‘Vocês estão bem?’

–Sim, estamos no shopping. –Respondo.

‘Felicity isso é um ataque, parece que a cidade está sobre um ataque cibernético. Preciso de você agora na caverna.’ –Ele já estava em seu modo Arqueiro.

–Mas o que eu faço com minha mãe?

‘Não sei Felicity, leve ela.’ –Diz impaciente antes de desligar o telefone.

–Mãe, o que acha de uma boate agora? –Tento fazer piada sem sucesso.

[...]

–Meus amigos me pediram para ajudar a religar a luz do local.

–Não acho que esteja vestida para uma boate. –Ela diz entrando na Verdant.

–É mesmo? –Pergunto chocada olhando para o vestido inacreditável que ela usava.

–Você acha? –Abro a boca para responder, mas decido que é melhor não, apesar da roupa reveladora ela ainda é minha mãe.

–Mãe, a senhora vai ficar bem aqui. –Eu praticamente canto a indicando as escadas.

–Eu vou ficar aqui? –Ok. Ela não gostou da ideia, mas leva-la para o covil do Arrow não é uma opção.

–Quer que eu fique aqui?

–Isso, bem aqui...

–Felicity você teve sucesso rastreando... –Oliver entrava dizendo, mas para imediatamente ao vê-la. –Donna!

–Oliver, você é o amigo que precisa de ajuda? –Minha mãe pergunta confusa.

–Não! –Respondo rápido. –Ele veio para ajudar também. –Falo a primeira coisa que me vem à mente.

–Sabe como Felicity é com essas coisas, prefiro ficar por perto e cuidar para que ela permaneça inteira. –Brinca cheio de verdades.

–Às vezes sou eu que tem que manter a cabeça dele grudada no pescoço. –Devolvo o fuzilando com o olhar o que só o faz rir mais.

–Ei Diggle, vem conhecer a mãe da Felicity!

Diggle entrava pela boate com a Sara nos braços, minha mãe ficou louca pelo bebê o que veio a calhar mais tarde quando Oliver teve um piti, dizendo que não se senti confortável com a bebê no local. Acabamos deixando Sarinha

com ela e fomos ao trabalho. Em pouco mais de uma hora eu descobri que queria morrer, não tinha muito o que fazer a respeito desse vírus que agora eu sei que foi criado por mim.

Minha cabeça estava uma loucura, a princípio não sabia como Oliver reagiria a meu passado, mas ele não cogitou que eu fosse culpada em momento algum. O único momento que ele realmente se descontrolou foi quando descobriu sobre Cooper, me obrigando a contar que Cooper estava morto, o que no fim não era assim muito real.

Mas pensando bem agora, precisava agradecer ao Cooper, pois no meio do plano doentio e perturbado dele eu pude descobri o quanto estava falhando com Donna Smoak e que se existe alguém nesse mundo a quem desejo horar, esse alguém é ela.

OLIVER

A noite em nossa casa tudo parecia diferente, só nesse único dia Felicity parecia ter crescido um metro diante de meus olhos. Ela se salvou, eu acabei sendo a distração, pois a verdadeira heroína da noite foi ela. Quando cheguei em casa, ela estava dormindo com Donna no quarto de hospedes, abraçada a mãe como se sua vida dependesse do respirar da outra.

Aquilo me obrigou a pensar em meu filho, e como deve ter sido para ele crescer sem um pai, eu vejo como Felicity apesar de sua força tremenda, ainda sente a falta dele. Eu sinto falta dos meus... Agora deitado aqui sozinho nessa cama enorme, fico pensando em como deve ser solitário e perigoso viver sem um pai.

Me levanto e vou em busca do tablet da Felicity, ela já havia feito a pesquisa necessária todas as informações estavam ali, eu só precisava ter coragem de absorvê-las, e esse seria um caminha sem volta. Vendo as fotos eu começo a me lembrar dela. Sandra Hawke, ela era gostosa, meio louca na verdade, mas gostosa. Eu só não consigo entender por que escondeu de mim a existência do meu filho.

Olho algumas observações de Felicity na pesquisa que fez, ela conseguiu um número de telefone, endereço residencial e e-mail. Posso começar com isso, bom, eu acho que posso. Abro a caixa de e-mail e começo a escrever, conto tudo vagamente, fatos como o naufrágio a morte de meus pais e como agora acabei descobrindo a existência de Connor. Coloco meus telefones para contato e me disponibilizo para qualquer coisa que ela precisar. Quando me deito novamente com meu coração batendo forte no peito, escuto meu telefone tocar, o número no visor é desconhecido.

–Alô?

‘Oliver, acabei de ler seu e-mail, sinto muito por seus pais.’ –Uma voz doce diz do outro lado da linha.

–Sandra? –Me sento imediatamente.

‘Acho que você tem o direito de saber a verdade, nada disso foi sua culpa, sinto muito.’ –Eu não entendia direito onde exatamente ela queria chegar. ‘Vamos conversar, claro se quiser mesmo fazer parte disso.’

–Eu quero! –Respondo imediatamente.

‘Sempre soube que esse era você Oliver, podemos nos encontrar nesse fim de semana, e se tudo der certo e mesmo depois do que vou te contar você quiser conhecer nosso filho eu lhe apresento ele.’

–Combinado, nos vemos no sábado.


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Notas finais do capítulo

Amores, comentem e me digam se gostaram e o que esperam de agora em diante.
Bjs