Use Somebody II escrita por Thaís Romes


Capítulo 10
Então tudo muda.


Notas iniciais do capítulo

Oi povo!
Espero que gostem desse capítulo.
Boa leitura.



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Cheguei em Starlling City indo direto para a caverna, não sabia o que falar, ou como chegar nesse assunto com Oliver. Mas assim que desci as escadas vejo Oliver levando um soco de Nyssa que passa por mim como se eu não existisse.

–O que eu perdi? –Pergunto olhando de Diggle para Oliver que me lança um olhar de alívio.

–Descobrimos o que Sara veio fazer na cidade quando foi... –Laurel não concluiu a frase, mas não era necessário. –Malcom Merlin está vivo. Ela estava seguindo rastros para a Liga quando foi assassinada. –Seus olhos eram frios.

–O Arqueiro declarou guerra contra a Liga. –Acrescentou Diggle olhando para Oliver.

–Como? –Pergunto chocada. –Por que Oliver?

–Eles matariam Merlin, e ele é pai de Thea. –Disse simplesmente, mas eu podia ver a lógica de sua mente e prefiro não argumentar apesar do buraco que se forma em meu peito. -Acho que não tem mais nada que possamos fazer por hoje, é melhor vocês irem para casa. –Diz olhando para todos nós.

Os outros saem da caverna imediatamente, Oliver e Roy vão se trocar e Roy vai embora em seguida. Estou sentada em minha cadeira quando Oliver volta vestindo jeans e uma camisa gola v de manga longa.

–Você deveria ter ido para casa também. –Diz com a voz fria sem me olhar nos olhos.

–Estava esperando por você, já que moramos no mesmo lugar. –Respondi em voz baixa disfarçando o quanto suas palavras haviam me ofendido.

–Acho melhor passar a noite aqui hoje, preciso pensar. –Respiro fundo e caminho até parar em sua frente.

–Você está fazendo de novo Oliver. –Digo olhando em seus olhos. –Está me afastando. –Digo com carinho na voz. -Tem certeza que quer mesmo se casar comigo? –Pergunto e ele imediatamente me olha surpreso. –Por que casamento é isso, vai precisar se apoiar em mim, como eu espero poder me apoiar em você.

–Claro que eu quero me casar. –Diz agora com a voz controlada. –Eu só preciso de espaço.

–Ok. –Respondo tentando não mostrar o quanto sua atitude me desapontou. -Eu sei que agora você arrumou mais um super problema com uma super liga de assassinos treinados. Mas você continua não estando sozinho, existem pessoas, muitas pessoas que acreditam em você e vão lutar ao seu lado. –Me viro caminhando em direção a saída.

–Felicity. –Chama meu nome em voz baixa, eu apenas me viro ainda a distância. –Desculpa.

–Tudo bem. –Forço um sorriso para agradá-lo, antes de me virar novamente para a saída.

Chego em casa exausta, mas sem nenhuma possibilidade de pegar no sono, não sozinha naquela cama impregnada com o cheiro dele. Pego meu travesseiro e vou para o quarto de hospedes, tomo um banho rápido e me deito na cama fria, sozinha, Mil pensamentos rondavam minha mente nesse momento, primeiro essa guerra iminente, segundo essa criança que eu preciso definitivamente descobrir mais sobre ela antes de questionar Oliver a respeito de qualquer coisa e o próprio Oliver que eu juro que tento entender e justificar suas ações, mas tem horas que é impossível! Não sei em que momento peguei no sono de verdade, mas em um determinado momento senti braços fortes me envolvendo.

–Você me assustou quando não te encontrei em nosso quarto. –Ouço a voz grave de Oliver próximo ao meu ouvido.

–Não precisava de distância? –Me viro aninhando meu corpo ao seu.

–Não. –Responde imediatamente. –Mas prometo que me desculpo melhor amanhã quando você estiver consciente.

–Não precisa se desculpar, eu entendo. –Falo sentindo o sono chegar com mais força. –Mas se fizer mesmo questão, panquecas de morango seria legal.

–Senti sua falta. –Ele me puxa contra seu peito em uma espécie de abraço.

–E eu a sua.

OLIVER

Não sabia o pensar ou o que fazer agora, mas não deveria ter deixado Felicity vir embora sozinha, ela havia acabado de voltar e nem consigo expressar o alívio que senti ao vê-la em minha frente, mas o pavor de algo a machucando é gigantesco e não sei ao certo como lidar com ele. Mas agora ela é minha noiva, e esse foi um caminho sem volta, preciso encontrar uma forma de ter uma vida ao lado dela e proteger a cidade.

Acordei cedo a deixando dormindo tranquilamente e fui a uma lanchonete comprar panquecas para ela. Quando retornei Felicity já estava no banho, coloquei seu café da manhã sobre a mesa a aguardando.

–Panquecas! –Comemorou sorrindo entrando na cozinha.

–Como o combinado. –Digo arredando a cadeira para que ela se sentasse.

–Acho que pode melhorar essas desculpas Oliver. –Fingindo pensar.

–Para quem nem queria desculpas você está muito exigente! –Provoco me sentando ao seu lado. –O que você quer Srta. Smoak?

–Nada! –Disse olhando para a minha camisa, não pude evitar a risada antes de retira a camisa em um gesto rápido.

–Mais alguma coisa? –Ergo uma sobrancelha a encarando.

Ela apenas balançou a cabeça negando enquanto comia com um sorriso travesso nos lábios. –Sabe de uma coisa? –Perguntou. –É muito melhor fazer isso sem precisar disfarçar. Você não faz ideia! –Sorri de sua declaração.

–Como foi em Central City? –Felicity quase engasgou com a comida.

Felicity precisou de um momento para de recompor antes de voltar a falar, agora com o semblante mais sério. -Oliver precisamos conversar.

–Claro, o que houve de errado?

–Eu acho que você é pai. –Diz de uma vez, como se arrancasse a casca de um machucado.

–O que? Você está gravida? –Pergunto confuso e temeroso ao mesmo tempo.

–Uou! Não! Eu não... – A olho exigindo mais explicações. Felicity de levanta e volta com seu tablete em mão e na tela dela há a foto de uma bela garota morena.

Garota essa que eu conheço bem... Melhor do que bem na verdade. Mas ela me disse que havia perdido o bebê, e disse isso com todas as letras, mas é inegável ao olhar para a pequena criança ao seu lado que mais parecia uma miniatura minha de que ele era meu filho. Oh meu Deus! Eu tenho um filho.

–Oliver você está bem? –Felicity perguntou tocando meu rosto.

–Acho que não sinto minhas pernas nesse momento. –Respondo incapaz de me mover.

–Você está em pânico. –Constatou se levantando confusa. –Claro que você está em pânico... Mas vamos dar um jeito Oliver, vai dar tudo certo.

–Felicity pare de andar, por favor. –Peço sem olhar em sua direção.

–Ok. –Responde se sentando novamente ao meu lado. –Eu tenho o telefone dela Oliver e acho que você deve procura-la, e saber como pode começar a participar da vida do seu filho.

Eu não posso colocar uma criança em minha vida, não com a vida que eu levo, não devo colocar um menino de sete anos em perigo. Olhei para Felicity por um tempo antes de levantar vestir novamente minha camisa e sair andando em direção a porta, eu precisava de um tempo sozinho.


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Notas finais do capítulo

Comentem por favor, preciso saber a opinião de vocês! Bjs