Always and Forever escrita por tsukuiyomi, Letí


Capítulo 23
"Você é minha"


Notas iniciais do capítulo

Oi! Gente, apesar de todo esse tempo, pretendemos finalizar AaF. Eu e a Letícia perdemos o contato por um tempo (ela sem wpp, eu sem usar o fb) e quando conseguimos voltar a nos falar, faltou a criatividade... Por isso tamanha demora. Acho que temos problemas com prazos aushusha.
Apesar de tudo, aqui está mais um capítulo. Eu revisei-o, mas não sei se tirei todos os errinhos. Se virem algum, não hesitem em apontar! Nos ajuda bastante.

É isso. Espero que gostem, boa leitura.
Ah, leiam as notas finais, se puderem, por favor.



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Desci do carro após um suspiro. Stefan e Lua já haviam descido e esperavam por mim. Stefan olhou em meus olhos momentaneamente, me encorajando. Assenti e comecei a caminhar em direção à casa.

Não pude nem ficar preparada para um sermão, porque Klaus simplesmente me envolveu em um abraço apertadíssimo.

— Que droga, Diana, quer nos matar do coração?

Eu comecei a rir. Sabe quando você acha que sua vida acabou e que vão te esfolar viva, e simplesmente te abraçam? Então, é muito legal. Minha risada estava um tanto histérica, mas ainda sim me sentia aliviada.

É claro que depois dos abraços, eu fui seriamente repreendida. Meus tios iniciaram um longo discurso de que naquela família atitudes impensadas poderiam ter conseqüências graves.

“Nós somos uma família com muitos inimigos...”

“Se algum de nossos inimigos te encontrasse...”

“Usariam qualquer coisa para nos atingir...”

Bufei, mas no fundo sabia que eles tinham razão. Mas eu não me arrependia da viagem, foi bom para mim. Relaxar, refletir, coisas assim.

Caroline apenas me deu um abraço, com um sorriso nos lábios e me disse que a transformação havia sido difícil para ela também.

Lua apenas ficava observando a tudo. Quando ela vira os originais parados na entrada da casa, arregalou os olhos, mas depois deu um sorriso malicioso que eu não consegui entender. Agora ela ficava lançando olhares a mim e depois a Damon, e depois me encarava novamente, com aquele sorrisinho sugestivo impagável. E eu começava a ficar constrangida, porque definitivamente não era só eu que estava percebendo.

— Diana, como você se sente? — Rebekah me olhava com olhos bondosos. Eu sabia que ela nunca se conformara por não poder ter filhos e nunca ter a possibilidade de virar aquela velhinha feliz na varanda com o amor de sua vida. Mas eu nunca pensei em ter filhos, e, bem, o amor da minha vida não iria envelhecer.

Espera. Amor da minha vida? Droga, Diana.

E ele ficou o tempo inteiro parado na soleira da porta, não se mexeu e não disse uma palavra. Ele nem mesmo me encarava e isso já estava começando a me irritar.

— Acho que devemos ir embora, está ficando tarde. — Elijah ponderou e os outros Mikaelson assentiram.

— Ah, não. A Diana tem assuntos muito importantes a tratar aqui. — Lua deu um passo à frente com um sorriso gigantesco. Eu quase pulei em cima dela para evitar que me constrangesse. Eu tinha certeza do que ela ia falar... — Quer dizer, vocês podem ir, mas ela tem que dormir aqui para me ajudar com as malas e me dar uma companhia feminina.

Eu arregalei os olhos de horror. Como ela podia ser capaz de dizer algo assim? Foi pior do que imaginei. Ela tem um humor estranho, porque se ela acha que Klaus vai cair nessa...

— Você pode cuidar das malas sozinha e Elena pode vir para cá. — objetei. Ela queria mesmo que eu falasse com Damon. Bem, talvez não exatamente...

— Elena vai dormir na casa da Bonnie. — Caroline cantarolou. Ah, não. Isso já está virando um complô contra minha pessoa.

— Prometo que não deixarei que nada aconteça a ela. — Stefan disse. Eu ofeguei, apavorada, quando o próprio Damon deu aquele maldito sorriso torto, aparentemente achando graça da minha reação. Mesmo que estivesse sorrindo, ele não me olhava.

— Além disso, ela ainda não se acostumou com o... Novo estado. A última coisa de que ela precisa é de tios a mimando o tempo todo. Ninguém vai aguentar ela pela eternidade se isso acontecer. — Cara, como não dá para ficar com raiva da Lua? Mesmo quando está tramando seus planos é como uma verdadeira amiga.

— Tudo bem. — Klaus rosnou, parecendo irritado com todo aquele falatório. Se ele desconfiava de alguma coisa, não demonstrou. — Ela fica, mas não pensem que vai ficar aqui para sempre. Ainda somos a família dela, Salvatores.

Elijah pareceu aprovar muito o discurso do irmão, mas Rebekah deu uma risadinha e piscou para Caroline enquanto eles iam em direção ao carro de Klaus.

— E, Diana — Klaus parou antes de entrar no carro e virou-se para falar comigo. —, amanhã nós vamos descobrir como você fica com suas habilidades de vampira. Sei que você era uma humana forte, mas vamos aplicar isso na sua nova... vida.

Fiquei fuzilando a traseira do carro quando eles partiram.

— Acho que todo mundo sabe que todo esse discurso quer dizer: amanhã eu vou fazer sofrer porque eu sou um ser perverso. — rosnei irritadíssima.

Não estava irritada com os treinos de amanhã, mas como eles podiam me deixar ali?

Ainda era surpreendente o quanto minhas emoções eram gigantescas como vampira. Eu nunca fui tão irritável.

— E aí, quer dizer que você é a Mikaelson sem sangue Mikaelson? A não velha gagá, talvez — Lua deu uma risadinha e eu sei que teria achado engraçado se estivesse no meu humor normal, mas foi difícil fazer algo além de ficar rígida e fuzilar a todos que estavam perto de mim.

— Ótimo, eu fui largada aqui. Que maravilha, espero que esteja satisfeita, Luinha.

— Não pensei que ela podia ser sarcástica — Lua cochichou com Damon. Uma coisa que eu estava amando eram meus sentidos aguçados.

— É, ela é surpreendente.

Sem dúvidas eu não esperei ficar tão envergonhada com aquele simples comentário de Damon.

— Droga, estou tentando me acostumar com as sensações aqui — resmunguei para ninguém em especial. ­— Seria legal se vocês ajudassem.

— Eu estou ajudando — prometeu Lua com os olhos brilhando. — Sei que se conversar com Damon, você vai melhorar. Tudo vai melhorar.

— Meu universo não gira em torno de Damon — empinei o nariz reforçando a mentira. Nem olhei para ele; que foi um completo filho da puta e nem se deu ao trabalho de dizer nada. — E eu não quero conversar com ele.

— Mas eu quero conversar com você — ele respondeu cinicamente e me puxou pelo braço. Fiquei tão confusa que nem resisti, mas futuramente iria me arrepender de não ter tentado arrancar o braço dele, acredite.

~*~

Todo o ódio que eu senti por ele foi sendo dissolvido. Eu nunca me acostumaria com as emoções ampliadas dos vampiros. Principalmente agora porque o nervosismo estava me afetando de maneiras absurdas.

Só saí de meus pensamentos quando reparei que havíamos entrado em um quarto. E eu apostava que ela o quarto de Damon.

São todos perversos, todos eles. Lua, Caroline e Rebekah principalmente, já que me colocaram nessa situação.

— Acho que você já pode começar a falar — sugeriu ele, encostando-se na parede ao lado da porta.

— Eu? Bem, quem tem que falar é você. Se não me engano, foi você que me deixou matar uma pessoa — pontuei, cruzando os braços.

— Desculpe por isso — antes que eu pudesse assimilar o fato de Damon Salvatore estar pedindo desculpas, ele continuou:

— Mas eu sei que já me perdoou por isso, Stefan me disse. O que eu quero saber é o porquê de ter viajado sem avisar a ninguém.

Suspirei antes de responder.

— Damon, eu viajei por causa do que fiz. Tem razão, eu já te perdoei. Não foi fácil, mas consegui. Mas isso aconteceu na viagem, se eu tivesse ficado em Mystic Falls com tudo que estava sentindo, provavelmente explodiria ou tentaria matar você.

— Acha que conseguiria? — foi o que ele perguntou, mudando o foco da conversa tão rapidamente que só podia ser truque de mestre.

Retribuí o sorriso irônico enquanto respondia:

— Eu não sei. Sou uma vampira jovem, e você tem cento e sei lá quantos anos. Mas não sou tão inútil assim, já que Klaus me treinou para acabar com vampiros quando era humana.

— Acontece, ruiva, que eu também passei muito tempo da minha vida em brigas.

— Isso importa? Não estávamos falando de eu querer que você suma?

— Ah, sim. Já que me perdoou pela sua primeira morte, por que está tão irritada comigo? — ele passou a mão pelos cabelos e foi difícil, para mim, recuperar o fio da meada.

— Comece pelo fato de você não ter nem olhado para mim quando cheguei — respondi. Seria mais fácil se fossemos por partes.

— Eu olhei para você, você que não viu.

Achei uma resposta meio esquisita, mas ignorei e pulei para o próximo e mais importante ponto:

— Não estou com raiva de você, exatamente. Estou com raiva de mim, da situação. Damon, eu posso pressentir que isso não vai dar certo. Mesmo agora que sou imortal, parece que não somos compatíveis.

“Eu nunca sei o que esperar de você, e, ao mesmo tempo em que isso é instigante, é assustador. Não sei se está brincando comigo, ou se para você sou só um rosto bonito. Droga, você parece tão superior com toda essa arrogância e sarcasmo, que eu acho que nunca, jamais vou ser boa para você.”

“Quando era humana, esse mistério da nossa relação era suportável. Mas agora minhas emoções são tão complexas que não posso mais viver com essa angústia. Fora que já que sua magnífica pessoa é comprometida, não deveria me usar como objeto.”

Despejei tudo, amargurada. Fiquei surpresa quando notei que havia lágrimas querendo transbordar em meus olhos; eram de dor e de raiva. Não deixei que caíssem, naturalmente.

“Ela é comprometida, e eu também.”

Eu pensei muito sobre essa frase dele. Eu estava com ciúmes, então provavelmente ele disse aquilo para me tranquilizar, e, no caso eu seria a mulher com quem ele estava comprometido.

Mas isso era quase uma impossibilidade. Primeiro que ele nunca me disse nada.

Damon escutou minhas palavras com a expressão serena, e quando disse a última parte, seus lábios se curvaram numa sugestão de sorriso que me deixou irritada.

— Não posso dizer que sanarei todas as suas dúvidas, porque não sou assim. Mas eu me importo, tudo bem?

“Eu sei tudo sobre você, mesmo que ache que não. Você é importante para mim. E nunca pense que não é boa o bastante. Quem diz isso sou eu. E eu digo que você é a melhor coisa que aconteceu para mim. Eu quero ficar com você. Você é minha.”

Fiquei embasbacada. Okay, não foi a coisa mais romântica, mas era muito vindo de Damon. Senti as pernas bambas e fiquei satisfeita quando ele me abraçou. Um abraço possessivo que me fez sentir a mulher mais importante do mundo.

— E eu estava me referindo a você quando mencionei compromisso — mesmo que não pudesse ver seu rosto, eu sabia que ele tinha revirado os olhos.

— Isso é um pedido de namoro? — questionei divertida. Agora que eu estava segura e toda aquela palhaçada de emoções estava sob controle, era fácil brincar. Agora.

— Não me peça para fazer a pergunta — ele respondeu de forma amarga. Eu ri.

Ficamos assim por um tempo, até que eu senti me senti cansada. Não cansada fisicamente, minha resistência tinha melhorado muito depois que virei vampira. Mas cansada mentalmente. A morte, a confusão, a viagem, a situação boa com Damon... Sentia-me leve e pronta para dormir.

— Vem, vamos dormir — Damon me deu um leve puxão em direção a sua cama. Confesso que arregalei os olhos e basicamente estanquei no lugar. — É só dormir, Diana — Damon revirou os olhos e riu de mim. — Não vou fazer nada que você não queira — prometeu Damon com um sorriso de fazer qualquer pessoa corar até parecer um tomate.

Eu disse a ele que queria tomar um banho primeiro. Peguei uma muda de roupas emprestada com Lua (que sorriu para mim e pareceu aliviada que eu não estivesse irritada com ela e devolvesse o sorriso), tomei meu banho e voltei de pernas bambas para junto de Damon.

Bem, foi maravilhoso sentir Damon me abraçando e respirando tranquilamente no meu cabelo. Senti-me segura e sonolenta, mas todo o sono se foi quando Damon passou os dedos gelados pelos meus cabelos... Ah, é, ele não fez nada que eu não quisesse.


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Notas finais do capítulo

Gente, no capítulo passado senti falta de várias pessoas nos comentários :c Eu evoluí e acho que os comentários são uma coisa à parte, mas como ficamos um tempo sem postar antes também, achei que a maioria abandonou a história. Então... Vocês ainda estão aí?

Essas notas vão ser gigantas. Primeiro: perdoem o título clichê.

Caso alguém tenha achado a Diana muito maluca ou confusa: ela tá se acostumando com o vampirismo e a situação com Damon estava mesmo desgastante para ela.

Na parte que a Diana põe tudo que a está incomodando para fora e o Damon responde, eu tentei não fazê-lo tão romântico porque não identifico o personagem assim. Mesmo desse jeito, achei meio meloso kkkk. Então críticas são sempre aceitas...

A história é +16 e não contem essas cenas mais... "quentes", então vou deixar o que aconteceu nessa noite por conta da imaginação de vocês 3:)

Eu fiquei tanto tempo sem escrever que me perdi no tempo de Always and Forever. Então se você notar alguma coisa que não está batendo, que não se encaixa, POR FAVOR, me avise.

Cara, Garota Estranha, eu 'tô completamente apaixonada por escrever as participações da sua personagem. A Lua é muito legal de trabalhar!

No próximo capítulo veremos Klaus "treinando" as novas habilidades da Diana e, se não ficar muito longo, o Stefan a ajudando com a sede.

É isso, tentaremos não demorar esse tempo absurdo novamente.
Até mais. XOXO, Stalker.

Ps: Sei que não tem nada a ver com a fic, mas estou tão feliz na espera do meu aniversário de dois anos de Nyah! no dia 23 (não é grande coisa, mas é importante para mim) que precisava falar com alguém o/