Conexão escrita por MylleC


Capítulo 12
Capitulo 12 - A receita foi: Não desistir


Notas iniciais do capítulo

EAEE GENTEE. Só tenho a dizer ME DESCULPA pela demora. Tagarelo la em baixo, vou deixar você lerem. LINK DA NOVA FIC NAS NOTAS FINAIS.
Boa leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545304/chapter/12

Joguei devagar as pernas para fora da cama do hospital, sentindo uma leve revirada em meu estômago, respirei fundo e com a mão me apoiei na cabeceira. O médico que cuidava de mim segurou em meu outro braço quando tomei impulso para me levantar. Assim que me coloquei em pé, algumas manchas pretas pintaram minha visão e uma leve tontura me atingiu, acompanhada novamente do enjoo no estômago. Lydia veio em minha direção na intenção de me ajudar também, mas fiz sinal de que não precisava.

–Só um segundo. –Pedi.

Respirei fundo até o mal estar passar, pisquei forte e o médico pareceu se sentir seguro em me soltar.

–Não se esforce demais, seu corpo ainda está fraco e agora que estamos estabilizando a anemia, então se você se sentir mal não se esforce, vai se recuperar aos poucos.

Concordei com a cabeça e dei um passo para frente.

–Posso andar por ai? –Perguntei sorrindo. Estava feliz por finalmente estar me recuperando.

–Vinte minutos e depois volte, vou ver outro paciente, se algo acontecer me chamem e se sentir algo no caminho se sente em algum lugar Okay?

–Tudo bem.

–Vou cuidar dele. –Lydia se pronunciou.

Dr.Bryan assentiu e deixou o quarto.

Lydia sorriu pra mim e peguei em sua mão, respirei fundo e abri a porta.

–Finalmente.

Um hospital não era bem um lugar super animado para dar uma passeada. Pessoas em cadeiras de roda andando sozinhas ou com seus médicos, a sala de espera com metade das pessoas quietas e aparentemente apreensivas e a outra metade chorando ou falando com algum médico. Passando pela hala da maternidade, um homem apareceu repentinamente anunciando aos inúmeros familiares que era uma menina. Lydia e eu rimos, nos desviando da confusão de gente se abraçando e comemoração que se ocorreu. Por fim chegamos ao lado de fora onde havia um jardim, especialmente para os pacientes que iam dar um volta. Me senti cansado e nos sentamos no banco.

Acariciei a mão de Lydia na minha.

–Lyds... O que aconteceu com George e Tereza?

Lydia mordeu o lábio inferior levemente por um momento. Tinhamos evitado falar dos dois, pois eram assuntos demais para se conversar e eu mesmo estava fugindo dessa conversa. Mas enfim me senti pronto para tê-la.

–Presos, vai ter um julgamento daqui duas semanas, você deve ter alta semana que vem e acho que terá que depor, mas não se preocupe, é impossível aqueles dois ficarem livres, seu pai disse que vão pegar um bom tempo de cadeia.

Assenti calado, sentindo algo se remoer dentro de mim. Flashes dos dias em que fiquei la inundaram minha mente e o motivo pelo qual eles me sequestraram. Um nó se formou em minha garganta.

–Hey, Stiles o que foi? –Perguntou, passando a mão carinhosamente nos cabelos em minha nuca.

–Eles... Bem, um dia eles me contaram o porquê de tudo isso, porque me sequestraram e...

–Stiles, não deve ligar pra isso, aqueles dois são malucos.

–Não, eu... Fiz aquilo. – As lagrimas já começavam a brotar em meus olhos. –Fiquei vendo e revendo, ele olhando pra mim e depois... Depois nada, em uma hora ele estava vivo e em outra os gritos e o corpo no chão.

–Stiles... Do que você... ? Do que você esta falando?

–O filho deles, eu o matei, como Nogitsune. –A encarei e Lydia fez uma expressão de compreensão.

–Então agora você se culpa. – Concluiu.

–Não é apenas isso, eu fiz aquilo, você não entende.

–Entendo Stiles. Mas, você precisa entender que você não tinha controle dos seus atos, precisa parar de se punir desse jeito.

–Não é tão simples, eu tento, mas quando eu vejo toda aquela cena, como se eu tivesse feito, relembrando todo o prazer que passou por meu corpo quando eu o matei... Eu...

Lydia respirou fundo e se ajeitou no banco de forma que ficou na minha frente. Uma de suas mãos foi até minha bochecha e meu coração disparou como sempre, olhei em seus olhos verdes e a dor que eu sentia no momento foi amenizada. Lydia sorriu, como se percebesse o que eu sentia quando a olhava.

–Não posso simplesmente fazer tudo isso sumir Stiles, ou obrigar o seu consciente a entender que aquilo não foi você, mas eu sei de uma coisa. – Sua mão foi até meu peito, em cima do meu coração que disparou uma vez mais. –Esse coração aqui, pulsante e puro, o coração de Stiles Stilinski seria incapaz de fazer qualquer maldade a um adulto e muito menos uma criança. Nesse coração existe luz e pureza, a pureza humana que existe em você brilha. Você devia se enxergar pelos meus olhos e ver o que eu vejo. O que eu vejo é alguém que vem sacrificando muitas coisas para ajudar seus amigos da forma que pode, muita vezes indo além do que pode. Não importa o perigo, se alguém precisa de você, então você está lá. O que eu vejo, é alguém carregado de amor e também com historias tristes, e como todos ás vezes precisa de ajuda e está tudo bem precisar de ajuda e pedi-la. A escuridão pode ter abitado você por um tempo, sem que conseguisse controlar, mas nada disso lhe fez seguir pelo caminho sombrio depois, o que de mal você fez depois do Nogitsune? Nada, pois você não é assim, você é bom. O que eu vejo, é um herói. E eu te amo.

Seus olhos brilhavam tão intensamente enquanto falava, transbordando admiração e verdade. Sorri para ela, finalmente sentindo minha mente entrar em uma certa paz que eu não tinha a muito tempo.

–Acho que acabo de me apaixonar mais um pouco por você, Martin.

Lydia sorri, secando uma lagrima teimosa que escorreu por sua bochecha.

–Eu amo você. –Sussurrei, buscando seus lábios nos meus.

Xxxxxx

De volta ao meu quarto. Parecia que eu tinha corrido uma maratona, só queria deitar a cama e dormir até o dia seguinte. Lydia abriu a porta do quarto e sentado na minha cama estava meu pai, que rapidamente se levantou ao me ver.

Seus olhos brilharam e me avaliaram dos pés a cabeça provavelmente feliz por me ver me recuperando.

–O medico em avisou que você foi dar uma volta. - Sorri e me adiantei até ele, ele envolveu seus braços em volta de mim fortemente. – Que bom que está melhorando, filho.

–É, logo, logo eu vou pra casa. –Disse, finalmente deitando na cama.

Xxxxxxxxxxx

Três semanas depois

–Em três... Dois... Um. – Contou Scott ao meu lado, baixinho, enquanto o treinador caminhava em minha direção com um enorme sorriso.

–Stilinski! –Bateu forte em meu ombro. – Bom que voltou, é bom que não falte ao treino hoje.

–Estou pronto. –Garanti.

–É sei, mesmo todo esse tempos sem jogar, tenho certeza que está bem melhor que o Greenberg. – Fez careta ao pronunciar o nome de Greenberg. – Ótimo, vejo vocês mais tarde.

Me virei para Scott e respirei fundo.

–Bom estar de volta. –Comentei e massageei o ombro onde o treinador havia batido.

Scott riu, concordando. Joguei meus livros dentro do armário e o fechei. Duas mãos pequenas envolveram minha cintura pelas costas e sorri. Me virei encontrando os olhos ansiosos de Lydia.

–Então, você está bem? Um bom primeiro dia?

–Ah sim, como no hospital, tem gente que nem sei se conheço e que me cumprimentam. Passei por um grupo de garotas e levei dez minutos pra me livrar delas. – Comentei, só para provocá-la.

Como esperado Lydia esboçou uma carranca. Sorri e beijei seus lábios franzidos em um bico.

–Mas eu não estou nem ai pra elas. –Remendei, deixando outro beijo estalado.

–Ih, vocês estão muito melados. –Comentou Scott, enquanto fechava seu armário.

–Pessoal. –Kira chegou e Scott enlaçou sua mão na dela. –Tem batata frita na cantina! –Anunciou.

–Não brinca! –Falamos os três ao mesmo tempo.

Só então reparamos nas pessoas andando apressadas pelo corredor até a cantina. Definitivamente, o dia só melhorava.

Dois dias depois

George e Tereza enfim estavam condenados á prisão pelos seus crimes, condenados por sequestro de um adolescente filho do xerife, falsificação de documentos, do acidente, agressão á vitima, entre outros. Rendeu a eles anos e anos de prisão. Provavelmente mais anos do que eles teriam.

–Stiles! –Ouvi a voz de Lydia me chamar, já parecendo meio impaciente.

Abri os olhos preguiçosamente, e a olhei. Estava com a cabeça apoiada na mão e o cotovelo em cima do travesseiro na cama. Seus cabelos ruivos e soltos caiam pelo travesseiro, cobrindo metade dele. Estava linda. Novamente me chamou e estalou os dedos na frente dos meus olhos.

–Você está muito distraído hoje. –Reclamou.

–Desculpe, estava pensando.

–Em que? –Perguntou. Se ajeitando na cama e voltando a se deitar ao meu lado.

–Em tudo. Fiquei tanto tempo naquele lugar e... Realmente achei que nunca mais sairia de lá. –Desviei meus olhos dos delas enquanto falava e enrosquei as pontas dos nossos dedos da mão. – Que nunca mais veria ninguém, nem meu pai, nem Scott, nem ninguém,nem ir á escola. Nem ficar até tarde com você ao telefone. Ou que voltaríamos a fazer isso sabe, dormir na casa um do outro, conversar sobre coisas banais, ou resolver mais algum mistério maluco da cidade. Eu só... Estava pensando em como será se isso for apenas um bom sonho e no minuto seguinte eu acordar novamente naquele lugar, sozinho. Eu sonhei tanto em ter tudo isso de volta, literalmente sonhei e era frustrante sempre que eu acordava. Me lembro de me encolher novamente no canto da parede quando acordava, sem conseguir enxergar nada e torcer baixinho o resto da noite para que alguém me encontrasse –Voltei a encara-la, seus olhos me fitavam atentos e marejados. –Eu não quero acordar, Lydia. Quero que seja real.

Lydia piscou e respirou fundo. Se aproximou mais de mim e sua mão foi até minha bochecha, escorregando até meu pescoço e com a ponta das unhas arranhou levemente minha nuca. Conti um gemido e senti meu coração bater forte e minha pele se arrepiar. Lydia se aproximou e seus lábios tomaram os meus em um beijo calmo no inicio, mas se tornou mais urgente e desejoso. Levei minha mão até sua cintura, descendo um pouco. Lydia segurou minha mão e a afastou de seu corpo. Desgrudou os lábios dos meus e sorriu para mim.

–Fica quieto. –Sussurrou.

Antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa ela me beijou novamente, dessa vez mantive minhas mãos onde estavam. Seus lábios escorregaram da minha boca para minha bochecha, trilhando um caminho até meu pescoço, subindo até a clavícula. Voltando aos meus lábios e mordendo levemente meu lábios inferior, dando uma leve puxada.

Me remexi inquieto na cama, queria toca-la, mas essa não parecia ser sua intenção, pelo menos não por enquanto. Apesar de termos dormido várias vezes na mesma cama, nunca fomos além de dormir.

Senti as mãos pequenas e habilidosas de Lydia adentrarem minha camisa folgada de dormir e arranhar levemente meu peito e barriga, subindo até o pescoço, levando a camisa junto. Passou uma perna de cada lado pelo meu corpo se sentando em minha cintura, tive certeza que ela pode sentir uma parte bem animada do meu corpo. Rapidamente passou a camisa pela minha cabeça. Seus lábios voltaram para o meu pescoço onde ela deu mordidas, algumas leves outras nem tanto. Sem me importar mais se ela pararia o que estava fazendo ou não levei minhas mãos até a barra de minha camisa que ela usava e apertei sua coxa nua. Lydia gemeu e afastou o rosto e parando as caricias em meu corpo, me fitando intensamente. Mordeu brevemente o lábio inferior e sorriu. Senti suas unhas fincarem de cada lado em minhas costas, na altura da cintura. Meus pelos se arrepiaram e soltei um gemido fraco, ainda contido.

–Isso parece bem real pra mim Stilinski, não parece pra você?

Apenas balancei a cabeça, me sentindo idiota por não conseguir dizer nada. Lydia pegou minha mão e ao invés de afastá-la como antes a subiu por sua coxa, até chegar nas nádegas. Senti o tecido fino de sua bermuda curta e minhas mãos pinicaram para tira-la, mas Lydia ficou de joelhos no colchão e retirou a camisa que vestia. A olhei maravilhado e finalmente encontrei minha voz para dizer alguma coisa.

–É, parece bem real pra mim, Martin. – Lydia sorriu satisfeita e puxei seus lábios para os meus de forma urgente.

Xxxxxxxxxxxxxxxxxx

O engraçado da vida é em como ela te surpreende e em como as coisas acontecem, muitas vezes, completamente diferentes do jeito que você sempre planejou. Passei anos gostando de Lydia, sempre buscando sua atenção que não recebi por anos. Então viramos amigos e esse gostar virou algo bem mais forte, mas depois de muito tentar eu enfim me conformei e desisti. Tentando pegar aquele enorme sentimento dentro de mim e espremê-lo em um canto do meu coração. Tentando separar a todo custo o amor de amizade e me concentrar apenas na amizade. Mas assim que meus esforços se tornaram esses eu mal sabia que Lydia começava a descobrir os dela. Tive esperanças por tanto tempo que me recusei a enxergar que ela poderia enfim estar me olhando de outra forma. Assim que finalmente conseguimos desenrolar o embaralho das nossas próprias mentes e respectivos corações fomos bruscamente separados um do outro. Depois de muitas dificuldades enfim estamos juntos. Vão aparecer mais problemas, mais obstáculos, mais coisa sobrenatural para lutarmos. Mas nunca vamos desistir um do outro.

A maioria das pessoas, senão todas elas. Quando tem um relacionamento, seja de romance ou de amizade, e esse relacionamento termina de uma maneira ruim. Por reflexo essa pessoa sempre diz que “nunca mais” ira cometer o mesmo erro novamente. Ou que “nunca mais “irá atrás daquela pessoa. E até mesmo diz que “nunca mais” irá pensar nela. Algumas até tem uns cinco minutos de loucura e diz que “nunca mais” irá se relacionar com ninguém e isso é apenas um reflexo de seu coração machucado. Mas, a questão é que essa pessoa sempre contradiz uma das coisas que ela diz que “nunca mais” faria. Simplesmente porque o “Nunca” é um tempo da vida longo demais para parar de tentar e então desistir.

A vida não foi feita para se desistir dela. Provavelmente é por isso que as pessoas dizem que ela é difícil, pois o dia de amanhã é indefinido e para chegar até ele e descobrir o que acontece você tem apenas que viver e esperá-lo chegar. Errar e aprender, se levantar e continuar lutando até que um dia você consiga aquilo que quer, ou talvez não. Mas se desistir nunca vai saber. Se Lydia tivesse desistido de mim e ignorado com todas as forças o que seus poderes e a nossa conexão queria dizer a ela eu não estaria aqui agora. Não estaríamos juntos, prontos para o dia de amanhã.

A cada dia sinto nossa conexão mais forte, nos apaixonamos um pelo outro mais um pouco todos os dias. Nos entendemos e ensinamos coisas um ao outro. Uma conexão além do sobrenatural, uma conexão humana e pura chamada amor. É o que as pessoas deveriam fazer, se deixarem se conectar com o mundo, com as pessoas, se deixar amar e nunca desistir. Seguir em frente apesar de tudo. Simplesmente viver. Pois obviamente é pra isso que serve a vida. Viver.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Eaeee gostaram? Gente, chorando por enfim estar terminando. Só tenho a agradecer a todos vocês por terem me acompanhado até aqui. Muitos me acompanhando desde a minha primeira fic bobinha e estou feliz por estarem acompanhando meu crescimento e reconhecendo isso.
Vamos partir para outra fic agora e se me acompanharem em mais essa também vou ficar muio feliz.
Obrigada a todas aqueles que comentaram, favoritara, recomendaram. Puxaram minha orelha no twitter (@FolliesObrien pra quem quiser puxar um papo kkk) E no wpp. Enfim, MUITO OBRIGADA.
Espero que tenham gostado e curtido a fic e curtam o Spin Off também. Bjsss. Amo vocês!!
LINK DA FIC NOVA: http://fanfiction.com.br/historia/617224/Soulmate/
Como expliquei, essa fic nova vai contar a história dos dois antes do sequestro do Stiles. Espero que gostem. Bjsss.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Conexão" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.