Rapunzel Prostituta escrita por Hannah Lancaster


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

oieeeeeeeeeeee, hahahha.
Então galera, esse cap vai ter um pouquinho mais sobre a vida do Killian. Espero que vocês gostem :). Futuramente irei dizer mais sobre a vida da Emma e do Dan, também.
Bom, quero agradecer também por todos os comentários, visualizações, favoritos e pela RECOMENDAÇÃO da Alexandra Marques, obrigada linda!
Dedico o capítulo de hoje especialmente a ela, mas também a todos os outros.
Beijoo, Han.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/545271/chapter/5

Senti o clima estranho com Killian e Ruby, então tentei falar com a vovó o maior tempo possível e quando não pude mais segurar, pedi aos céus que eles terminassem logo aquela conversa. Agradeço aos Deuses por terem terminado logo em seguida.

– Gostou? - pergunto, quebrando o silêncio entre nós por uns 5 minutos.

– Muito bom. - Killian pega um guardanapo e se limpa como um cavalheiro. - Mesmo. - ele sorri e me permito sorrir também. - Ah, antes que eu me esqueça... Obrigada. - queria perguntar pelo que ele agradecia, mas eu sabia o que era, então apenas fiz que sim com a cabeça e sussurrei:

– Sem problemas. - tentei puxar assunto para saber sobre o que eles estavam conversando. - Tentei prender a vovó pelo maior tempo possível, o que não foi difícil, até não ter mais assuntos para falar. - mordi o lábio inferior.

– Ruby estava difícil. - ele revirou os olhos. - Ela é muito impulsiva e vulgar. - Killian fitava o prato quase sem comida. - Falou um bando de merdas pra mim e ainda teve a capacidade de dizer que gosta de mim. Dá pra acreditar? - ele fez um sorriso meio irônico e eu fiz que não com a cabeça. Ele continuou, dessa vez mais baixo. - E ela me beijou. Ela teve a ousadia de me beijar Emma, depois de tudo que ela fez. - vi que seus punhos estavam cerrados, o que me assustou por um momento. - E sabe o que deve estar acontecendo agora, Swan? - mexi a cabeça. - Ela deve estar me difamando para sua querida avó, que eu adoro. Vou ser barrado de entrar aqui, muito bom. - ele socou a mesa e pulei de susto.

– Céus, você me assustou! - falei, controlando a respiração. - Calma, - busquei sua mão. - a vovó conhece sua neta, tenho certeza que isso não afetará o elo de vocês e bom, a Ruby tem que seguir a vida. - tento buscar palavras reconfortantes, mas a única coisa que sai da minha boca é: - O que ela fez com você, afinal? - me arrependo logo em seguida, mas vejo que Killian respira fundo e acaricia as costas de minha mão delicadamente.

O champagne está próximo a metade e a comida provavelmente deve estar fria. Killian já terminou de comer e seu Rum parece estar acabando, pois ele chama a vovó, que vem com um sorriso no rosto e pede uma taça para ele. Poucos segundos depois, vovó volta com a taça.

– Ela me traiu. - diz Killian, quando vovó já está bem longe. - E agora fica dizendo que gosta de mim e que se importa comigo. - ele respira fundo e bagunça o cabelo. - Ela ainda teve a coragem de falar de você. - meu olhar muda no mesmo segundo. O que ela falou de mim? Eu nem sequer a conh... Ah, claro. Alguém tinha que me reconhecer e justamente a ex namorada do cara lindo que estava na minha frente. Maravilha.

– O que ela falou de mim? - perguntei, em voz alta, dessa vez. Killian respira fundo e solta sua mão, que estava junto a minha para encher nossas taças.

– Perguntou o que eu estava fazendo com a Rapunze e eu disse que isso não lhe importava, então começamos a discutir. - ele suspirou. Eles discutiram por minha causa? - Pelo menos consegui falar algumas coisas que estavam entaladas em minha garganta.

– Você gosta dela? - perguntei. Qual foi Emma? Quer ser mais descarada não?

– Não mais. - ele olha de relance para Ruby, que atendia alguns pedidos. - Ela é uma menina legal, linda e inteligente. Me encantei com ela, mas passou. - ele ergue a taça e faço o mesmo, brindamos em silêncio e tomamos um gole do champagne. - Além do mais, ela me traiu e eu não faço o tipo de corno. - ele ri. - Ou faço, Swan? - e ergue as sobrancelhas para mim.

– Ah, não sei. - arrumo uma desculpa. - Se você fosse meu namorado, não iria lhe trair. - belo exemplo Emma, vamos procurar um buraco para enterrar essa cabeça de vento sua. Killian riu do meu desespero.

Olho para o relógio e vejo que já se passaram da meia-noite. Droga, perdi o show dos strippers. É sério que ficamos mais de 2 horas fora? Passou tãããão rápido.

– Droga. - bato na mesa.

– Ei, o que foi? - ele diz e vejo que levanta a mão, provavelmente para pedir a conta. Ruby se aproxima, e por incrível que pareça, com um sorriso no rosto. - Ruby traz a conta por favor? - pede Killian e volta para mim, esperando resposta de sua pergunta.

– Perdi a única atração que queria ver. - faço um beicinho e ele aperta meus lábios de leve com o dedo e rimos da palhaçada.

Ruby volta e Killian tira seu dinheiro antes mesmo de olhar a conta, fico meio abismada com isso e tento pegar a nota fiscal, mas ele se nega.

– Hoje é por minha conta, Swan. - ele diz e me faz pensar novamente que ele é cavaleiro.

*

– Você quer voltar para a boate? - pergunta Killian, quando saímos do Granny's.

Bocejo apesar de ainda estar bem ativa. Ele ri e acho que entende que não estou mais tão afim assim.

– Já perdi o show mesmo. - dou de ombros e ele passa o braço pelo meu ombro, me abraçando. Andamos assim.

– Emma. - ele diz e fito seus olhos. Paramos de andar e vejo que estamos em frente à loja do Rumple, onde tem um bando de velharia e coisas para se trocar. - Eu queria te falar um negócio e... - ele busca a palavra, mas voltamos a andar.
Sentamos em um banco próximo a minha casa e sorrio ao ver minha torre tão próximo.

– Você quer ir pra casa? - ele pergunta ao me ver olhando para a torre. - Posso te levar lá, se quiser claro.

– Não, não quero ir. - desconverso, mas é verdade. - Fala... - dou um tapinha brincalhão em sua mão e ele segura a minha, apertando forte. Suas mãos estão quentes e as minhas, muito geladas. Deve ser o frio, afinal.

– Bom, é um segredo... - ele começa e pousa seu braço por cima de meus ombros novamente. Me ajeito em seu peito, encolhida de frio. Aquele contato me aqueceu, de certo modo. - Preciso que você me jure que não vai dizer para ninguém.

– Claro que eu juro. - meu celular toca. É uma mensagem de Dan. - Ah, espera um pouquinho.

"Onde você está? Killian está com você? Vi Thiago sair com uma menina desconhecida. Me responda por favor. Estou indo para casa, ok? Beijo."

"Ah, oi. Desculpa não ter avisado. Estou com Killian sim, estamos perto de minha casa, por que não passa aqui? Obrigada por hoje, tá? Beijo."

"Ok, tudo bem. Vocês dois hein... Estou morto, se não iria ai, você sabe né? De nada princesa."

Killian mexeu um pouco a cabeça e percebo pois sua respiração vai diretamente nos meus cabelos loiros.

– Quem era? - ele pergunta apesar de eu ter quase certeza de que ele leu nossa conversa.

– Dan. - balancei meu celular. - Ele estava preocupado e queria saber onde estávamos. - dou uma risadinha e depois volto a ficar séria. - Mas vamos, continue. - digo, fazendo cócegas nele. Ele tenta fazer cócegas em mim, mas me contorço toda e gargalhamos. - Para! - falo, rindo.

– Ok, ok. - ele ergue as mãos pro alto, como se fosse um ladrão que fora descoberto no crime. - Deixe-me continuar. - ele diz. Dessa vez boto minha cabeça em seu ombro e ele mexe no meu cabelo e quase me faz dormir.

– Tudo bem. - falei, brincando com seus anéis na mão não ocupada.

– É... Como eu digo isso? Vou tentar, ok? - ele pergunta mais para si mesmo do que para mim, mas afirmo com a cabeça. - Emma, eu não tenho uma mão. - ele diz e fico meio chocada. Minha respiração falha por alguns segundos e começo a imaginar mil coisas. Como assim não tem uma mão?

– Como assim não tem uma mão? - digo alto dessa vez.

– Eu sei que é meio difícil, mas deixa eu continuar. - ele disse, embargado. Sai de cima de seu ombro, mas continuava brincando com seus anéis, apesar de ver ele me encarando com aqueles olhos azuis lindos. - Não sei se você vai acreditar, mas vou te mostrar melhor. - ele tira a minha mão e puxa sua blusa no lado esquerdo. Tem uma marca, parece uma pulseira. Killian pega minha mão e passa por cima. Uma prótese. Mas como? Como ele perdeu a mão? Ele tira a mão falsa e faz para eu pegar. Recuo um pouco e ele sorri, dizendo - Swan, deixa de bobeira. Você estava quase dormindo por conta dessas mãos. - ele diz e concordo, mas ainda sim não pego.

– Como isso aconteceu, Killian? - falo perplexa com tudo.

– Emma, deixa eu terminar, por favor. - ele implora e bota a mão novamente. Por sua expressão percebo que dizer aquilo é meio difícil para ele, então fico calada. - Além de você, dos meninos e da minha tripulação, ninguém mais sabe disso.

– Nem Ruby?

– Nem Ruby.

– Mas vocês nunca... - não preciso terminar a frase, pois ele nega meio nervoso e rio, apesar do momento não ser nada engraçado.

– O meu navio possui uma sacada baixa e apesar de ser grande e, como eu falo isso informalmente, o lugar onde eu comando o navio é embaixo. Além de mim e do co-piloto, Smee só mais alguns tripulantes ficam por ali, os outros andam pelo navio, prontos para qualquer tipo de coisa. - ele diz e tenta sorrir. - Um dia, quando voltávamos para cá, passamos por um lugar cheio de tubarões. - cubro a boca com as mãos. O que teria acontecido com ele? - Mas isso era comum, fazia parte da época. Eles não faziam nada conosco, nunca fizeram nada além de rondar o navio, mas seguíamos sem nenhum problema. Só que - ele coça a garganta e continua, ainda com a voz embargada. - um dia, tava chuviscando e o mar tava bem agitado, inclusive esses tubarões. Eles ficaram dando mais rondas que o normal e nos acompanharam por um longo tempo, batendo na casca do navio várias vezes. - ele olha para o alto e faço o mesmo, suspiramos. - Já que estávamos sem passageiros, peguei algumas carnes do frigorífico e pedi para eles tacarem, na inútil tentativa de acalmar os bichos. Nós fomos na parte mais baixa do navio e quando eles perceberam que tínhamos comida ficaram mais agitados ainda. - ele parou e respirou fundo. - E então deu tudo errado. Um dos tubarões, quando foi pegar carne que tinha na minha mão, em vez de esperar eu jogar, como os outros faziam, simplesmente me atacou. Minha mão foi mordida e puxada para baixo. - a dor estava estampada na sua cara, senti uma pena muito grande, mas ele parecia forte. - Se não fosse por Smee... - ele limpou os olhos e passou as mãos pelo seu cabelo, tentando se acalmar de alguma forma que funciona, por incrível que pareça. - Ele pegou um machado próximo e cortou a cabeça do tubarão, junto com os outros tripulantes. Eles abriram a boca do bicho e pegaram minha mão. - ele mexe na mão e apesar do nojo de imaginar essa cena, seguro a mão dele, admirada pelo heroísmo de Smee e dos outros. - Limparam ela toda enquanto eu estava costurando meu pulso na enfermaria. Todos ficaram falando coisas e pedi para o doutor por uma prótese para a mão, mas ele disse que precisava da dela para isso e outra prótese para por um gancho. - ele sorriu e me olhou, fiz um sorriso. - Você não sabe o quanto fui zoado por ser o novo Captain Hook. - diz, rindo. - Essa é a parte boa. Ganhei um apelido. - ele mostra a língua fazendo careta e gargalho alto apesar de já estar de madrugada.

Não podia ser. Eu tinha mentalizado esse apelido para ele assim que o vi pela primeira vez. Isso era alguma brincadeira?

– Por que você está me contando isso? - pergunto, sem o encarar, o que obviamente não é possível pois ele segura meu rosto pelo queixo e me vira para ele.

Estamos muito próximos e posso sentir sua respiração como quando deitei em seu peito e ele mexeu no meu cabelo. Ele respira tranquilamente e sorri.

– Porque eu quero confiar em você e quero que você confie em mim também. - ele beija minha bochecha. E se afasta, fitamos os olhos um do outro. Estamos tão perto e isso, pela primeira vez, é estranho para mim. - Além do mais, tenho medo de que os meninos acabem dizendo sem querer... - ele se afasta ao gargalhar. Quero fazer perguntas do tipo "doeu muito?" ou "porque eu sei e Ruby, que é sua ex não sabe?", mas garanto que já sei as respostas, então fico calada.

Sorrio e olho as horas pelo celular. 1:15 da manhã. Socorro, preciso ir pra casa. Levanto-me rapidamente e ele puxa meu braço, fazendo-me parar e quase cair sentada. EM SEU COLO. Céus, que cara eu teria se isso acontecesse?

– Posso te levar em casa. - ele diz, ignorando o acontecimento e fico feliz por sua discrição. - Se quiser, é claro.

– Tudo bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam??
Comentem :)



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Rapunzel Prostituta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.