Rapunzel Prostituta escrita por Hannah Lancaster


Capítulo 13
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

E aí gente, tudo bom?
Então, antes de vocês pularem para ler o cap de hoje, queria anunciar que estou lendo o livro de Once Upon a Time(link para info: http://www.saraiva.com.br/once-upon-a-time-uma-antologia-de-contos-de-fadas-7330031.html), além desse - que tem os contos pelos escritores da série, ou seja, são os contos que deram origem a alguns dos contos que vemos na série, tem um outro que foi feito por uma fã(eu acho), que é uma narração entre a Emma e a Snow, e está na minha lista para comprar.
Bem, sobre a fic: o cap de hoje tá uma loucura gente, hahaha mentira, não sei não. Quero que vocês me digam :).Ps: Está totalmente narrado pela Emma, olha que top!
É isso meus amores, beijocas.
Boa leitura, Han.



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Recebi uma mensagem de Killian assim que acordei. Ele disse que viria para um café e resolvi fazer (novamente) meu bolo de fubá. Espero que dessa vez nada nos interrompa.

Arrumei a casa rapidamente e com ajuda da minha jukebox, foi mais fácil fazer um ambiente agradável. Preparei a mesa de modo farto e apetitoso, até porque eu estava morrendo de fome e caso Killian furasse comigo, iria devorar aquilo em dois tempos. O bolo ficou pronto assim que terminei de ajeitar a mesa da sala.

Ouvi um barulho de porta abrindo e passos vindo em minha direção. O ar gelado da sala invadiu a cozinha, mas logo se sufocou com a porta fechada. Mãos ásperas e firmes taparam meus olhos.

– Ai meu Deus! - fingi espanto e apalpei as mãos. Já disse que se não fosse perita, seria uma ótima atriz? Se não, estou dizendo agora. - Quem será?

– Te dou uma chance. - sussurrou Killian no meu ouvido.

– Capitão Killian Jones? - perguntei. - Ou melhor, Hook?

– Sim. - ele disse, descendo suas mãos para minha cintura e me virando para si. Pude sentir seu hálito de menta e ouvir sua respiração tranquila de tão próximo que nos encontrávamos. Ele abriu aquele sorriso que só ele tem e sussurrou um "bom dia" quase inaudível para mim.

– Bom dia para você também. - falei, limpando a garganta. Killian tinha um forte poder sobre mim e eu(pelo que vemos) tinha uma grande atração por esse capitão.

– Que cheiro delicioso! - ele disse, beijando meu pescoço. - E não estou falando só do bolo.

Nem preciso falar que corei, né?

Ok, sei o que você está pensando. "Ah, ela é uma puta envergonhada?" É isso mesmo, meu caro amigo. É isso mesmo.

– Então, o que você queria me propor? - pergunto, me afastando um pouco para pegar o bolo.

*

– Pode falar. - digo, entre um pedaço e outro de bolo. Está fantástico. Única coisa que aprendi a fazer na cozinha foi esse bolo, pelo menos faço-o direito.

– Swan... - ele começa, me olhando. - Antes de tudo não me chame de fofoqueiro ou coisa parecida, - ele ergue os braços, como inocente. - estava pitando que nem louco, por isso vi. - e tira meu celular do bolso, me entregando logo em seguida. O que ele viu? - Está chegando seu aniversário, é? - Killian ergue as sobrancelhas e coro. Droga de alarme.

– Sim... - respondo, olhando a mesa. - O que tem isso?

– Eu ia te perguntar, - ele busca as palavras. - se você queria viajar comigo e com o pessoal no cruzeiro. Nós já estávamos combinando isso há muito tempo... - ele estala os dedos na mesa e depois brinca com seus anéis. - E, agora, com a proximidade do seu aniversário e a certeza de eu fazer um cruzeiro em um lugar que você queira muito, seria perfeito, não?

Eu não estou entendendo nada. Do que ele está falando? Faltava menos de uma semana para o meu aniversário, não dava para fazer nada de última hora. No final das contas seria exatamente igual aos outros: eu comprando um cupcake, botando uma lista de músicas na jukebox de modo extremamente alto, mas que ninguém vai reclamar e dançando, bebendo, me divertindo que nem louca como se estivesse numa festa do pijama com amigas, mas sem diversão e sem amigas, ou seja, sozinha com uma lista de músicas de merda que me fazem chorar por ser uma puta. Porque o mundo é tão cruel? Porque eu não fui adotada? Tudo seria tão diferente...

– ... Então, você quer ir? - pergunta Killian, mas estava flutuando em meus pensamentos e não ouço nada antes disso. Merda.

– Você pode repetir? - pergunto, coçando a cabeça. - Eu estava voando aqui, foi mal. - sorrio amarelo.

– Ok, tudo bem. - ele diz, bagunçando o cabelo e tira uns papéis do bolso. - É melhor falar por aqui. - pego o papel e analiso. Killian continua - Emma, eu estou te convidando a ir comigo e com o pessoal para New York de navio. - paro de respirar por uns segundos. Isso é brincadeira? - Nós daremos umas paradas antes de chegar lá. - ele diz. - Iremos daqui para Orlando e de lá para New York. Será 20 dias no total. 5 de ida e 5 de volta, 3 dias em Orlando e os outros 7 em New York. - ele parece pensar em algo. - Ah, se você aceitar, vai ser meu presente de aniversário, ok? - sorrio. E dou mais uma olhada no papel. Meu nome, idade, endereço e aniversário estão preenchidos, todo o resto também, falta apenas a minha assinatura e Killian me passa a caneta.

– Ok. - digo.

– Então, você quer ir? - ele pergunta novamente e dessa vez entendo o que ele queria me propor faz tempo. Por que ele não disse antes?

– Era isso que você ia me propor? - pergunto, olhando-o. Ele simplesmente move a cabeça positivamente.

Estou tão feliz que solto o papel e a caneta e o abraço muito forte, Killian retribui, é claro, mas parece meio surpreso. Lembro que assim que disse que queria conhecer New York ele tinha uma proposta a fazer para mim e mostrou seus navios, então era isso?

– Isso é um "sim"? - ele pergunta, mexendo no meu cabelo.

– Isso é um "é claro que eu vou". - digo ao sair do abraço e não percebo, mas estou chorando.

– Ei, - ele limpa minhas lágrimas. - pensei que você ia ficar feliz.

– E estou. - digo. - É só que, ninguém nunca se importou comigo como você - o fito com o olhar - e o pessoal. - e encaro o papel.

– Ah é? - ele me dá um empurrão de leve. - Vou falar para eles te mimarem até você cansar! - ele diz e caímos na gargalhada.

– Até parece! - digo, dando língua. Pego o papel e assino meu nome e devolvo para Killian. - Pronto, agora sou sua responsabilidade a partir do dia 20. - digo, sorrindo.

– Ficarei contente em ter você como passageira, Swan. - sorrimos juntos e voltamos a comer.

*

15 dias depois...

Com o passar dos dias, fui ficando cada vez mais atarefada com a delegacia, já que Graham estava tratando de um caso sigiloso(que por sinal me deixava muito curiosa) e eu ficava a maior parte do dia sozinha. A não ser quando eu tinha algum cliente, que me fazia companhia por algumas horas. Eu não sentia tanta falta do sexo como antigamente, de um tempo para cá eu fazia mais de modo casual do que como um trabalho. Graham me promoveu a xerife e como sabia da proximidade da viagem, me deixou de folga.

Eu vivia pegando mil papéis e documentos sobre os casos da cidade, que apesar de serem irrelevantes, nem sempre tinham sido resolvidos e eu via se poderia ter uma solução ou teria que arquivá-los para sempre, depois da concepção dos donos, claro.

Certa tarde, eu subi a delegacia e fui entrando, como de costume, para pegar uns documentos que eu havia separado e outros que eu já tinha revisado e ouvi uma conversa muito suspensa. Algo mais ou menos assim:

– Você deveria contar para Emma cara. - era Graham.

– Eu não sei se posso. - calma ai, Jones? - Não quero meter ela nisso, eu to começando a gostar de alguém depois de anos, você sabe, né?

Me meter em que? Ele está gostando de mim? Ai meu Deus, se isso não fosse drástico, seria um ótimo roteiro para filmes de suspense.

– Me contar o que? - falei, entrando na sala. Senti o peso de quatro olhos me olharem e dois rostos com expressões completamente opostas. Tentei muito aguentar a curiosidade, mas queria muito saber o que eu(supostamente) não deveria. - Então ele é o caso sigiloso? - perguntei a Graham. - O que eu não posso saber, Killian? - e depois me dirigi ao Capitão.

– Nada! - disse Killian, negando com a cabeça freneticamente. - Não é, Graham?

– Exato Xerife Swan, o que você está fazendo aqui? - ele perguntou.

– Vim pegar uns documentos... Mas não desconversa. - cruzei os braços. - O que você não quer me contar, Hook?

– Emma, por favor, é um caso sigiloso. - disse Graham, suplicando com o olhar para eu ir embora.

– Ok, ele é o caso sigiloso né? - pergunto, mas não deixo ninguém responder. - Vou lembrar disso mais tarde, Capitão. - falei, virando-me em direção a porta. - Aliás, acho que você não pode me pedir confiança se não deposita o mesmo em mim Killian. Até mais ver. - falei, batendo a porta em seguida.

– Emma! - Killian gritou e a porta foi aberta novamente, mas continuei andando. - Você esqueceu isso! - ele disse, me entregando os documentos.

– Me dá essa merda aqui. - falei, puxando da mão dele os papéis e vi, pela primeira vez, uma tatuagem no seu antebraço escrito Milah.

– Emma. - Killian bloqueou a passagem.

– Jones me deixa passar. - falei, afrontando-o. - Anda! Sai da minha frente!

– Não! - ele segurou meus braços. - Eu juro que quero te contar isso, mas deixa eu resolver tudo primeiro, por favor?

– Cara, você faz o que quiser. - falei, tirando suas mãos de meus braços. - Sua vida, seus problemas. Eu não devo me meter, não deveria nem ter ouvido isso. - falei, passando(finalmente!) por ele. - Tchau Killian, até mais tarde.

– Até mais tarde. - ele disse e fui em direção a saída da delegacia.

Estava começando a pensar se deveria mesmo ir a essa viagem.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam???
Comentem!!!