A Escuridão escrita por Anny Mary Johnson


Capítulo 6
Um choque de realidade


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem da continuação, perdoem os erros.



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Quando me dei conta já estava no meu quarto, era como se alguém tivesse me deixado lá, por algum motivo eu não lembrava o que ou como eu tinha chegado lá, a janela estava aberta e um forte vento entrava por ela, comecei a chorar do nada, agora sim tinha me dado conta do que aconteceu, mas nunca que imaginaria que Jason seria capaz de uma atrocidade dessas, minhas roupas estavam rasgadas, meu braço machucado e eu estava sangrando.

Levantei da cama, fechei a janela, peguei um pijama de frio e fui imediatamente para o banheiro, tirei aquela roupa rasgada e joguei com tudo no chão, como estava com ódio de mim mesma, liguei o chuveiro a água estava quente, fiquei no chão enquanto a água molhava meu corpo, peguei sabão e comecei a me ensaboar, as feridas começaram a doer, fiquei duas horas até terminar o banho, coloquei o pijama e deitei de novo.

– Abby, Abby – diz minha mãe abrindo a porta do quarto.

Olho nos olhos dela, e ela estava com eles cheio de lágrimas, assim como os meus, e eu fiquei sem reação ao vê-la desse jeito.

– Você me deixou preocupada! O que aconteceu? Por que aquelas roupas estão jogadas no banheiro com sangue? E que machucado é esse no seu braço? – pergunta minha mãe assustanda e sentando do meu lado na cama.

Dias Atuais

Chegando em casa minha mãe já está me esperando, os pratos já estão na mesa para o almoço, e a comida já neles.

– Você demorou Abby, deveria ter me ligado, você sabe como eu fico quando você demora – diz ela levantando e indo a minha direção.

– Desculpa mãe, é que hoje foi um dia cheio para mim – digo dando um beijo na testa dela.

– O que aconteceu Abby? – pergunta minha mãe.
– Simplesmente uma patricinha da escola implicou comigo, mas deixa pra lá – digo um pouco chateada.
– Foi apenas o primeiro dia na escola, você vai fazer novos amigos, você vai ver – diz minha mãe abrindo um leve sorriso.
– Sim mãe acho que sim – falo já sem me importa muito.
Sabia que fazer novos amigos não mudaria meu passado, porém poderia preencher o espaço em meu futuro, que com certeza não seria grande coisa, minha mãe como sempre tenta me animar, mas estou muito cansada para isso. O telefone toca do nada e minha mãe corre para atender.
– Alô! – diz minha mãe.
– Oi Helena! – diz a moça no telefone.
– Quem é? – pergunta minha mãe.
– É a Lia a corretora, só estou entrando em contato para saber se esta tudo bem – diz Lia.
– Ah sim oi Lia, está sim, adoramos a casa, ela é bem grande e espaçosa – diz minha mãe sorrindo e acenando para mim com a cabeça.

– Que bom, vamos marcar um dia para tomarmos um café, e assim mostro um pouco da cidade para você, e para Abby caso ela queira vir junto – diz Lia.
– Seria ótimo, gostei da sua ideia, só liga marcando ok – diz minha mãe sentando ao meu lado perto da mesa.
– Combinado, eu retorno então, Tchauzinho! – diz Lia.
– O que ela queria? – pergunto intrigada.
– Queria saber se estava tudo bem e convidar-nos para mostrar a cidade para nós – diz minha mãe sorridente.
– Nossa mãe! Não vou querer ir já vou avisando – digo já comendo a comida feita por minha mãe.
– Abby ela é a única que conhecemos aqui, seria bom ter uma amiga para conversar – diz minha mãe já ficando seria.
– Amiga? Você não sabe nada sobre ela – digo um pouco ignorante.
É por não conhecer as pessoas direito que estou onde estou, não confio nas pessoas, e sempre fico com um pé atrás quando se trata de novas amizades, minha mãe sabe disso mesmo assim insiste em fazer amizades.
– Não podemos ignorar o mundo, precisamos voltar a viver, amanhã começo no meu novo emprego. Tudo bem você ficar em casa sozinha à tarde? – pergunta ela seria e preocupada ao mesmo tempo.
– Tudo bem, estamos aqui para isso não é? Voltar a viver, então não precisa se preocupar tanto comigo mãe – digo seria também e já terminando de almoçar.
– Só quero o que for melhor para você – diz minha mãe já lavando a louça.
– Sim – falo dando um forte abraço nela por trás e indo para o meu quarto.

Helena narrando ...

Estava cada dia mais preocupada com Abby, por mais que ali fosse um novo lugar, parecia que ela estava em perigo o tempo todo, eu nunca me perdoei por não ter ajudado ela, ou por simplesmente me afogar em minhas magoas deixadas pelo pai dela, e esquecer que minha filha precisa de mim, se eu tivesse com ela naquele dia, nada disso estaria acontecendo hoje.

– Pronto acho que acabei – falei comigo mesma terminando de lavar a louça e indo para o sofá depois de secar minhas mãos no pano de prato.

Fiquei por horas ali no sofá até pegar no sono, já estava acostumada a dormi assim. Quando acordo assustada com o meu celular tocando, era o despertador e já estava na hora de ir para o novo trabalho, nem percebi pelo cansaço da mudança, mas já tinha amanhecido. Me levanto e vou para o quarto da Abby acorda-la.

– Filha bom dia, já está na hora de ir se arrumar – digo abrindo as cortinas e deixando a claridade entrar no quarto.

– Hum! Mas já mãe – diz Abby cobrindo a cabeça com o lençol.

– Sim filha, vou aproveitar que vamos levantar quase que no mesmo horário para te levar para escola – digo sorrindo.

– Vou chegar 20 minutos mais cedo? Não terei nada pra fazer lá – diz ela com a voz baixa.

– Levanta, já que eu posso te dar uma carona eu vou te levar sim, fico mais tranquila querida – digo já seria e tirando o lençol dela.

– Tudo bem, eu vou tomar banho e me arrumo rapidinho, senhora Collyn – diz Abby fazendo graça.

– Não me provoca menina – falo rindo.

Vou para o meu quarto tomo um banho quente e rápido, já tinha separado uma roupa ideal para o trabalho um terno preto feminino e uma blusa branca por dentro, simples sem maquiagem e bem profissional, desço faço o café para Abby e para mim.

– Que cheiroso gostoso – diz Abby sorrindo.

– Nossa filha está animada agora é? – pergunto surpresa.

– Não, só com fome mesmo – ela sorri.

– Tudo bem, você poderia usar uma cor de roupa diferente além do preto, você é jovem e tão bonita – digo com ternura.

– Não quero que as pessoas me notem mãe, agora você com esse terninho vai arrasar no trabalho – ela fala com um leve sorriso.

– Vamos, já está tarde – digo rindo.

Terminamos o café, Abby me ajudou a tirar a mesa, fomos para o carro, não conversamos uma palavra si quer até a escola dela, chegando lá ainda só poucos alunos pois estava cedo, Abby me deu um abraço e saio, e eu fui em direção ao novo emprego, um escritório de advocacia o mais famoso da cidade. O único emprego que consegui arrumar de secretária de um advogado de sucesso do local, bom pode parecer grande coisa, mas para mim é só mais um trabalho.


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