Acordo antes do celular desperta não consegui dormi direito,parecia que estava sendo vigiada o tempo todo, tudo o que a Brenda tinha me falado não saia da minha cabeça, quando o despertador toca, e eu levanto, tomo um banho rápido e me arrumo, desço para tomar café e minha mãe está esperando na sala.

– Bom dia! – eu falo.

– Bom dia, já está pronta? – minha mãe pergunta.

– Sim, mas vou tomar café ainda – falo olhando para ela.

– Não, vamos tomar café no caminho, hoje eu vou te levar para escola – ela diz séria.

– Não precisa mãe – falo baixo.

– Precisa sim, depois do susto que você me fez passar, eu vou te levar todos os dias, até perceber que está segura de novo – ela fala levantando do sofá e pegando a bolsa.

– Não estou em perigo – falo olhando para ela.

– Tem certeza? A Lia da corretora me ligou, disse que a sobrinha dela não voltou para casa ontem, você sabe de alguma coisa? Era com ela que você estava? – minha mãe pergunta me olhando bem séria.

– Eu falei com ela ontem, mas ela estava bem – falo preocupada.

– Agora me diga dona Abby, uma adolescente essa hora na rua?Poderia ser você, você estaria desaparecida, e eu não tenho razões para me preocupar? – fala ela me olhando com os olhos cheios de lágrimas.

– Mãaeee ... – ela me interrompe.

– Mãe? Não me venha com essa, vou te levar agora mesmo para escola – ela diz pegando a chave do carro.

Entro no carro enquanto minha mãe tranca a porta, ela está muito brava comigo, e eu não tinha nem o que dizer, mas também estava assustada, eu falei ontem com a Brenda e hoje ela não voltou para casa, isso me deixou perturbada. Fomos o caminho todo sem dizer uma só palavra, paramos na cafeteria tomei um chocolate quente e comi um pão de queijo depois minha mãe me deixou na escola e disse que iria me buscar.

Fui entrando quando vi o Jonny bem na porta da classe falando com os garotos estranhos, logo interrompi a conversa e fui falando:

– O que você fez com a Brenda? – pergunto olhando fixamente nos olhos dele.

– Vocês podem ir – ele fala para os meninos saírem.

– Me diz logo! – falo irritada.

– Eu não fiz nada – ele diz virando e saindo e logo puxo o braço dele.

– Você não vai me deixar aqui sem respostas – falo apertando o braço dele.

– Primeiro garotinha, você não é tão forte quanto você pensa, segundo eu não fiz nada com a Brenda, a culpa não é minha se ela fala demais! – ele diz com um sorriso maldoso.

– O que você fez para ela? Então tudo o que ela me disse é verdade? – pergunto respirando devagar.

– Já disse que não fiz nada, e por que você não tenta descobrir por si mesma, invés de ficar me amolando? – ele diz tirando a minha mão do braço dele e saindo.

Fico pensando o que será que aconteceu com a Brenda, então tudo o que ela me disse era verdade? Ela sumiu por causo disso? Eu não entendo, o que está acontecendo e por que é comigo.

– Algum problema? – pergunta Richard vindo em minha direção.

– Nenhum, eu só estou pensando! Falo olhando para baixo.

– Pensando em que? Na Brenda? – ele me pergunta.

– Você tem noticias dela? – pergunto olhando para ele.

– Não, a tia dela veio falar comigo hoje, perguntando se eu falei com ela esses dias, mas não falo com ela faz um tempo e como ninguém sabe nada ainda é cedo para falar com a policia a tia dela vai esperar mais um pouco – ele me diz.

– Tudo bem, se souber de alguma coisa me avise, a aula já vai começar! – assim terminamos a nossa conversa e vamos entrando na sala, eu não conseguia parar de pensar na Brenda.

Fiquei preocupada dela ter sumido por minha culpa, eu não me perdoaria, eu não prestei atenção um minuto na aula, até que tocou o sinal antes que todos saíssem da sala o professor diz:

– Não esqueçam sexta-feira é o acampamento, e todos deveram ir pois é para nota, voltaremos no domingo, avisem seus pais, e peguem aqui a declaração – ele diz sorrindo.

Eu me levanto e vou até a mesa do professor pego a declaração e saio da sala sem olhar para trás, eu queria muito passar a tarde com Richard, mas ele ainda estava com raiva de mim, por que eu não contei tudo o que estava acontecendo e nem podia, ainda mais depois que a Brenda sumiu, não queria que ele se machucasse.

Saindo da escola minha mãe está em ali na frente me esperando, eu entro no carro, sem dizer uma palavra até que ela quebra o silêncio.

– Como foi seu dia? – pergunta minha mãe.

– Normal matéria e mais matérias e o seu? – pergunto olhando para o lado.

– Também normal, alguma noticia sobre a Brenda? – ela pergunta.

– Não ainda não! – falo baixo.

– Alias mãe sexta é acampamento, vamos voltar no domingo, é para nota, faremos pesquisa – falo para ela.

– Você não vai! – minha mãe fala seria.

Chegamos em casa, minha mãe estaciona o carro e fica parada esperando eu falar alguma coisa.

– É para nota, todos precisam ir, não posso faltar mãe! –falo olhando para ela.

– Está certo, você vai me ligar o tempo todo e não esqueça por favor! – ela fala me olhando.

– Não vou esquecer – falo dando um abraço nela.

Jonny narrando ...

Chego em casa depois da aula, pensando aonde Brenda poderia estar, tinha certeza que era coisa do patrão, fiquei esperando, até o momento certo para ligar para ele.

– Alô? – eu falo.

– O que você quer Jonny? – patrão fala com um tom sério na voz.

– A Brenda está com você? – pergunto preocupado.

– Não! Mas ela está bem, e a Abby como está? – ele me pergunta.

– Onde a Brenda está? – pergunto já assustado.

– Eu já disse que ela está bem, não é da sua conta aonde ela está! Me diga como está a Abby – ele fala nervoso.

– Ela está bem! Afinal de contas, terá um acampamento da escola na sexta-feira, depois te passo o local, mas você poderá ver a Abby lá – falo tentando agradar ele.

– Você tem certeza que ela estará lá? – ele me pergunta curioso.

– É pra nota, todos somos obrigados a ir, ela estará lá –falo irritado.

– Então eu também estarei não faça bobagem! – ele fala desligando o telefone.

Abby narrando...

Os dias passaram de pressa e logo chegou à sexta-feira dia do acampamento da escola, eu não estou nada animada, é um pouco longe da cidade, uma floresta perfeita para acampamento, eu nunca fui muito fã dessas coisas, mas é para nota fazer o que.

– Já arrumou a mala? – pergunta minha mãe entrando no meu quarto.

– Ainda não, estou me arrumando ainda – falo penteando o cabelo.

– Quer que eu te ajude? – ela pergunta.

– Pode ser! – digo com um leve sorriso.

– Filha não me leve a mal, pelo outro dia, é que eu fico preocupada com você, eu confio em você sei que não é do tipo de garota que faz loucuras, mas eu tenho que te proteger de alguma forma – ela fala me olhando.

– Mãe eu te entendo muito bem, eu sei que esses últimos anos foram conturbados para nós duas, mas eu só quero que você saiba que eu vou ficar bem! – falo olhando nos olhos dela.

Minha mãe fica me olhando, com os olhos cheios de lágrimas,e eu pego algumas roupas do armário e começo a separar para colocar na mala que está em cima da cama.

– Não fica assim, são só três dias, eu estarei de volta sã e salva – falo rindo.

– Minha querida, te amo tanto – ela fala sorrindo.

– Eu também te amo, agora me ajude com a mala, quero levar roupas simples mas bonitas – falo sorrindo.

Minha mãe me ajudou a fazer a minha mala, eu fiquei olhando para o meu quarto, e parecia que estava me mudando de novo, era estranho, só fazíamos as malas para isso, ela saiu do meu quarto, eu terminei de me arrumar, coloquei uma blusa de alça branca e uma saia não tão curta peguei minha mala e desci, tomei café com a minha mãe e depois ela me levou até a escola.