Arrow de coco escrita por Ricardo Oliveira


Capítulo 9
Capítulo 8 - Alianças




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Meu nome é Olívio Rainha, eu passei cinco anos em uma ilha que mais parecia o inferno. Mas agora “Olívio Rainha está vivo”, coisa e tal. Eu voltei para a minha cidade com apenas um objetivo: Beber novamente a minha água de coco kids. Mas para fazer isso, eu não posso ser quem eu era, pois a minha água de coco não é como era. Eu preciso ser alguém diferente. Alguma coisa diferente.

Anteriormente, eu enfrentei mais um dos doentios que habitam a minha cidade. Ele foi um oponente complicado, além de quase causar diabetes na minha mãe, ele feriu mortalmente o segurança da minha família, o senhor Dingle. O que me levou a trazê-lo para a Aljava, minha caverna particular. Até agora.

Lentamente, eu vejo Dingle abrir os olhos na mesa onde o deixei deitado. Duas garrafas de Guaravita foram o suficiente para deixá-lo novo em folha. Bom, quase isso. Ele ainda parece bastante confuso. Sei bastante sobre ficar confuso após ser envenenado por chocolate.

– Onde eu estou? Senhor Rainha? – Ele balbuciou, confuso, enquanto tentava se levantar com o seu corpo enfraquecido.

– Tenha calma, você foi envenenado. – Mostrei o chocolate de R$ 2, 99 que o atingiu na boca. Sim, a inflação atingiu todos nós. – Eu te trouxe até aqui e…

– Você é o cuecão? – Ele perguntou, exasperado.

– Essa foi uma dedução muito rápida. Como diabos você descobriu?

– Cara, tem flechas pra onde quer que eu olhe. E água de coco. E cuecas. – Ele pegou uma cueca que eu estava usando de pano umedecido em sua testa. – Cuecas rasgadas.

– Isso não prova nada. – Argumentei.

– O quê? É claro que prova. – Ele foi até um canto e pegou o meu arco. – Olhe!

Dei as costas para Dingle, cantarolando “Paraná Tchibum” com os dedos indicadores enfiados nos ouvidos:

– Não estou vendo nada. Lalalalalala.

– Você é o Cuecão. – Ele afirmou, cruzando os braços. Malditos ex-militares. Muito espertos.

– Ok, digamos que eu seja o Cuecão. O que você pretende fazer agora?

– Não sei. Quer comer um X-Burguer? – Dingle deu de ombros e eu concordei.

“ - Maldito devorador de cachorros. – Eu resmungava, enquanto ia buscar a flecha perdida.

Eu só percebi a armadilha quando a rede surgiu do chão me engolindo para um mundo de trevas e folhas esquisitas. Ou talvez baratas. Eu só me lembrava de ser resgatado por mãos nada gentis. Podia ter se passado um minuto ou uma hora desde que eu fora pego. Eu não saberia dizer.

Os homens, vestidos, em trajes que pareciam ser militares me arrastavam para uma barraca erigida no meio da floresta de Dois Irmãos. Não era preciso ser um gênio para saber que aquilo seria treta.”

A conversa com Dingle foi muito amigável. Ele concordava que a água de coco pura era melhor do que as da Coconsolidados ou de qualquer outra empresa e até mostrou certo interesse em se unir à minha cruzada. Suas habilidades de luta seriam úteis para recuperar a água de coco de Brasília. Eu até pensaria nisso, mais tarde.

Recentemente, tenho perdido o meu foco. Nada importa além do coco, mas BHatman e Epistoleiro me consumiram um tempo precioso. Seria ótimo poder me concentrar no coco, mas não posso. Não quando, ao caminhar pelo supermercado, eu encontro uma substância mais mortal do que Guaravita, chocolate e coco com sabores: Leite de coco.

Não qualquer leite de coco, as indústrias Conde simplesmente atraíram milhares de crianças ao usar de sua habilidade em publicidade infantil. O Conde Leite de Coco viciou milhares de criancinhas em seu produto vil. Na. Minha. Cidade. Eu pego o telefone e ligo para Dingle. Há um trabalho a ser feito.

“ - Senhor Rainha. Parece um pouco longe de casa. – O homem, que aparentemente era o líder de toda aquela operação, fala para mim, o que me surpreendeu. Yaoi Feio não me reconheceu, mas esse homem sim.

– Você sabe quem eu sou? Pode me levar de volta para casa? – Perguntei, desesperado.

– Tudo em seu tempo. Eu me chamo Eduardo Ferros, vamos falar sobre negócios, sim?”


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