Ataque Neonazista escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 8
Charlie...


Notas iniciais do capítulo

O nome do capitulo é uma referência ao Charlie, para dar a entender que ele vai ter algo de importante nesse capítulo, mas não pense que é coisa boa, viu?

Boa leitura.



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Depois de aproximadamente meia hora naquela posição com Katniss, acabei escutando o ruído de um pequeno galho ser quebrado, mesmo que eu me sentisse bem perto dela, aquele inferno continuava mexendo com meus nervos e me deixava alerta, tanto que estava mais sensível para escutar barulhos, aquele barulho era tão pequeno que daquela distância era impossível alguém escutar, por isso, só eu escutei. Aquilo me alertou, abri o fecho da cabana e pus a cabeça pra fora, olhando na direção que o barulho veio, mas não encontrei nada.

– Ouviu alguma coisa?- perguntou Katniss e eu assenti com a cabeça.

Sorrateiramente peguei a M1911 e saí de fininho da barraca, eu não estava delirando, aquele barulho foi mesmo real, então eu não podia vacilar, dei três passos e ouvi o barulho novamente, porém, dessa vez mais longe, peguei a lanterna de Manfred e apontei na direção que o barulho veio e avistei dois olhos enormes me encarando, seria um neonazista? Talvez sim, então apontei a arma pra ele e acho que ele se assustou, pois logo apontou pra mim e atirou, mas acertou a árvore que estava ao meu lado. Com o barulho do disparo, todos acordaram e recolheram o máximo de coisas que puderam, menos Finnick, que precisou da ajuda de Rory e Prim para se levantar.

Depois de atirar, o neonazista, que tinha uma suástica nazista no braço direito, saiu de trás da árvore que estava e logo em seguida saíram uns cinco de uma outra árvore bem longe dali, mas de qualquer modo, ficar ali era suicídio.

–Corram.- gritou Charlie.

–Nem precisa mandar.- rebateu Rory.

E foi o que eu fiz, corri em direção a Kat e a puxei pela mão.

Chegamos já perto do carro e vários tiros começaram a serem ouvidos, eu atirei ao lado do capô do carro, mas só consegui matar dois, pois Manfred, com sua arma deu conta do resto em meio segundo, me deixando surpreso, mas logo me lembrei que tinha que fugir, eles rapidamente, desmontaram o acampamento deles e colocaram-o em cima do carro, feito isso, arrancaram e eu fiz o mesmo.

Horas depois, o sol já nascera no horizonte e as estrelas desapareciam à medida que o céu ficava cada vez mais azulado, o vento fresco que logo se tornaria frio batia forte contra meu rosto, devido à janela do carro aberta.

Observei o carro da frente diminuir devagar até mover-se para a esquerda e Charlie fez sinal com a mão para que eu passasse, provavelmente ele queria me dizer alguma coisa, então, acelerei até ficarmos emparelhados.

–Devemos ir para o norte!- disse Charlie, com um tom de voz alto o bastante para que eu pudesse ouvir, já que o vento impedia-me de escutar sua voz.

–Por quê?- perguntei no mesmo tom.

–Porque lá é a direção que os neonazistas ainda não atacaram mas vão atacar, se ficarmos lá por algum tempo, talvez tenhamos uma chance, uma vantagem!

Fazia sentido, desde que tudo começou, a meta era ir para o norte, mas como ele sabe que os neonazistas ainda não atacaram o norte do país? Isso eu pergunto depois.

–Tá legal, mas você sabe dirigir?- perguntei, torcendo para que ele dissesse "sim".

–Sei sim, por quê?- um alívio invadiu meu peito.

–Eu não dormi muito bem essa noite e ainda estou com sono, você pode dirigir pra mim enquanto durmo?

–Claro. Pare o carro, Manfred.- Charlie ordenou e Manfred obedeceu, então, ele saiu do carro e Finnick foi para o carro deles, me permitindo ficar no banco do carona do jipe e deitar o banco para que eu pudesse descansar.

Charlie deu partida no carro e arrancou, resolvi deixar a janela aberta, até meu cabelo balançava com o vento, mas quando estava prestes a me ajeitar no banco, ouvi uma cantada de pneu que provavelmente era do carro de Manfred, pois não senti o jipe se mover, esse barulho de pneu me alertou e eu abri complemente os olhos num sobressalto e pude ver um carro branco que a princípio, não soube identificar qual era, vinha na nossa direção, Charlie tentou desviar, mas não conseguiu, nós batemos e o jipe capotou.

Senti minha cabeça bater contra o teto, e tudo escureceu.

Minutos depois...

Meus olhos pesavam, sentia gosto de sangue em minha boca, meu corpo inteiro doía. O carro capotou, mas acabou por terminar com as rodas no chão, olhei em volta, ainda com a visão embaçada.

–Você está bem?- ouvi uma voz feminina perto de mim.

–Estou, eu acho.- respondi, confuso.

Me esforcei, e quando virei meu pescoço para trás, vi Katniss do lado de fora do carro, que estava com a minha porta aberta, um sentimento de alívio me invadiu quando vi que ela estava bem, não me perdoaria se algo acontecesse à ela.

– E você? - indaguei, já sentindo a dor se amenizar.

– Estou bem, só que minha cabeça doí. - ela disse pousando a mão na testa.

–Cadê a Prim, o Rory?- perguntei ao ver que eu estava sozinho no carro.

–Estão todos bem, nós capotamos porque o mané do grupo de neonazistas bateu em nosso carro e morreu, o jipe não pode andar, teremos que ir no carro de Manfred.- ela disse, me ajudando a sair do carro e me guiando até o outro pelo ombro.

Ao chegar lá, pude perceber o quanto era grande aquele carro por dentro, sendo que por fora parecia normal, Finnick estava no carona, Manfred no volante e Rory estava no banco de trás com Prim e Kat, só faltava um.

–Cadê o Charlie?- perguntei e todos abaixaram a cabeça e depois fizeram um sinal de negativo, me dando a resposta.

–Como?- perguntei, sentindo os olhos lacrimejarem enquanto me sentava no banco acompanhado de Kat, que logo colocou minha cabeça em seu ombro, me deixando chorar tudo.

–O neonazista do carro atirou nele assim que nós paramos de capotar, ele já ia atirar em nós mas Manfred foi mais rápido e matou ele com um tiro na cabeça.- disse Prim com uma tranquilidade que eu estranhei, é difícil pra uma pessoa da idade dela presenciar uma cena assim e não ficar assustada, foi aí que me dei conta de que o desmaio não foi longo, depois de uns minutos chorando, adormeci no ombro da Kat, que me abraçava fortemente.


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Notas finais do capítulo

É, o Charlie morreu,infelizmente, o nome do capítulo é uma homenagem à ele.

Até o próximo.



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