Ataque Neonazista escrita por Gabriel Lucena


Capítulo 5
O plano


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, é que estava em semana de provas, mas taí o capítulo.



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Quando finalmente consegui me recompor, respirei fundo e rumei em direção ao quarto quando, ao passar pelo quarto das meninas, pude ouvir Katniss sussurrando para Prim.

–Eu o beijei Prim. Acredita nisso?- seu tom de voz era preocupante, como se o beijo tivesse sido algo errado.

–Qual é o problema? Você não gosta dele?

–Sim, mas eu não posso simplesmente beijá-lo assim, do nada, e se ele me considerar uma amiga, e se ele gostar de outra garota mesmo que ela não esteja aqui?

–É. Nisso você tem razão.

Estava explicado o porquê da reação da Kat, mas tudo bem, eu também nem sei se realmente amo ela de paixão, apesar do meu coração ficar tão calmo quando ela está por perto.

Ainda naquele mesmo dia, quando eram mais ou menos umas dez horas da manhã, estávamos todos nós tentando assistir televisão na sala, Kat não tocou no assunto do beijo, acho que é melhor eu não tocar, estava passando "Tom & Jerry", um desenho animado que era meu favorito desde a infância, quando estava no melhor do episódio, a tevê começou a chiar, a tela ficou com vários rabiscos e depois apagou.

–Droga! - eu esbravejei, agora, sem televisão, só me restava fazer uma coisa, como um apaixonado por Astronomia, levei dentro da mochila também, um binóculo e meu telescópio, quando estava montando-o na janela da sala, que era a única que tinha vista para a rua, Katniss perguntou atrás de mim:

–Isso tudo é seu?

–Sim, eu amo Astronomia, todas as noites antes disso tudo começar eu observava as estrelas.

–Mas agora não tem estrelas.- e riu.

–Eu sei, mas é outra coisa que eu quero ver agora.- eu ri também e coloquei um olho na lente, apontei para a janela e vi uma mancha negra se movendo na nossa direção, coloquei mais zoom na lente e logo pude ver, na avenida, a quase dois quilômetros de distância, 1 jipe, 1 helicóptero, 1 caminhão e 3 caminhonetes vindo em direção à nossa casa, com um homem em cima de cada caminhonete manejando, cada um, uma metralhadora 50, nem precisava ser gênio pra saber de quem se tratava.

–Essa não.- eu falei em um tom calmo, mas por dentro estava completamente aflito.

–O que foi Peet?- perguntou Kat.

No desespero, um plano surgiu repentinamente na minha cabeça, então, não podia perder tempo, virei-me pra eles e anunciei:

–Gente, os neonazistas estão vindo aí, mas eu tenho um plano, rápido, vamos lá pra dentro, preciso da ajuda de vocês!- eu disse e todos assentiram.

O plano era simples, Katniss e Prim colocaram uma linha de cerol bem grossa que eu tinha achado no quintal da casa e amarraram-a na fechadura da porta, assim, se caso algum daqueles idiotas entrasse no quarto, puxávamos a corda e ele ficaria preso lá, parecia um plano inútil, pois trancar um neonazista em um quarto não basta, mas tínhamos uma arma forte, então, não teria problema, depois que acabamos, fui vigiar a rua e vi os assassinos pararem em frente da casa, rapidamente tirei o telescópio de lá e corri para o quarto, de lá, pude ouvir o barulho da maçaneta sendo girada, mas como a porta estava trancada, foi em vão, o que fez com que eles tivessem que arrombar, não me surpreendi quando vi que eles nem pediram para nos entregarmos, então, pude ouvir os passos lentos deles passarem pelo corredor, eu precisava de sorte, se eles escolhessem vigiar o quarto do casal primeiro, estaríamos mortos, mas depois eu pude escutar o barulho da porta das meninas ser aberta, então, fiz um sinal de positivo com a cabeça pra todos e nós quatro puxamos a corda, fechando a porta e trancando todos lá dentro, depois, juntando nossas forças, seguramos firme na corda, apesar de que ela cortava a pele humana muito fácil, depois de três segundos, uma explosão aconteceu no quarto, pois Finnick e eu havíamos colocado uma bomba relógio dentro dele de propósito para acabar com os neonazistas, isso fazia parte do plano, porém, a explosão foi tão forte que jogou nós quatro para trás, eu acabei ralando um cotovelo, mas nada grave, apenas uma cor roxa, depois, pedi que Katniss e Prim ficassem no corredor para observar o lado de fora e ver se tinha mais algum neonazista lá fora, embora o barulho do helicóptero ainda pudesse ser ouvido, então, entrei no quarto e chequei o pulso de cada neonazista que tinha ali no quarto, eram trinta neonazistas, todos estavam mortos, mas ainda faltava os do helicóptero, então, peguei as pistolas que estavam na cintura de dois neonazistas, mas somente duas estavam carregadas, usando uma delas, atravessei o buraco que a bomba criou na parede do quarto na hora da explosão e vi o helicóptero ali, voando a poucos metros do chão, não perdi tempo e atirei bem na hélice do mesmo, que voou longe, fazendo o helicóptero cair no chão, explodindo logo em seguida, quase caí para trás com a explosão, mas consegui ficar de pé, imediatamente vi Katniss e Prim voltarem correndo ao quarto, desesperadas:

–Vocês estão bem?- perguntou Prim.

–Estamos.- disse Finnick.

–Vamos.- eu disse.

Andei até os destroços do helicóptero pra ver se tinha algum maldito vivo, e tinha. Sem hesitar, peguei a arma M1911 que o neonazista do quarto tinha deixado e mirei nele, mas ele, com lágrimas nos olhos, implorou:

–Não, por favor, não me mate. Fujam naquele jipe, levem minha arma, mas não me matem, por favor.- a voz dele saiu em um sussurro por causa dos ferimentos dele, me deu até vontade de rir, ele era um dos responsáveis pela morte da minha mãe e não quer que eu o mate? Fala sério.

–Qual é o seu nome?- perguntou Katniss, pegando a arma que ele tinha na mão.

–Scott. Fujam, podem ir.- ele disse, ainda sussurrando, mas não consegui me mexer.

–Não faz isso Peeta, não vai sujar suas mãos com esse lixo aí, não vale a pena.- disse Finnick, rispidamente.

Ele tinha razão, respirei fundo e abaixei a arma, em seguida, entramos no jipe, que estava com as chaves na ignição, eu fui dirigindo, Finnick ficou no banco do carona com a ajuda de Prim e Katniss atrás de mim, mas de repente, uma incontida e desconhecida força dominou meu corpo e levantou meu braço, eu ainda tinha a M1911 nas mãos enquanto a Aka 47 estava com Finnick e a metralhadora 50 com Katniss, mas eu acabei não resistindo à essa força maligna e atirei no neonazista antes de arrancar, o tiro foi certeiro no peito, ele agonizou por alguns segundos enquanto eu passava a marcha e depois morreu, depois, arranquei e não ousei falar nem olhar pra ninguém, todos eram contra a ideia de atirar no maldito, mas eu acabei atirando, por ódio daquele neonazista, naquele casa não dava mais pra ficar, com um rombo grande daquele na parede, não tinha como, então, tínhamos que procurar outra.

Mas uma coisa me intrigou: se ficar perto da Katniss me fazia esquecer do sentimento de vingança, porque eu não hesitei em atirar naquele maldito assassino infernal? Isso deve ter uma explicação e eu vou descobrir qual é assim que conseguirmos ficar em paz.

Naquele momento, eu sabia que ainda havia muitos neonazistas pelo mundo, mas o que eu não sabia, era que muita coisa ainda estava pra acontecer entre eles e nós quatro.


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Notas finais do capítulo

Tenso né? Bom, por hoje é só, até o próximo.



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