O anjo e o demonio escrita por Lu Rosa


Capítulo 26
No final de tudo...




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A resolução dos crimes de Donegal resolveu-se por si só. Claro que todos queriam falar com o delegado O’ Hanlon que, sozinho, conseguira resolver o tudo. Foi um pouco mais complicado com a Imprensa, por que algumas das vitimas relatavam que foram suspensas no ar por alguém que se movia em grande velocidade. A Vigilância entrou em cena e tudo foi atribuído ao choque da grande perda de sangue. Mas, quando Neil, Nigel e David voltaram ao local, o corpo de Ormonde havia desaparecido, o que causou grande preocupação ao trio.

Mas com o decorrer do tempo, outras coisas foram sendo notícias, e o caso de Donegal foi esquecido. Susan restabeleceu-se completamente e pediu demissão da Dougherty Ambiental alegando querer passar mais tempo com os filhos. Ela havia ganhado uma segunda chance e não queria desperdiçá-la. E pensando dessa forma, ela abriu seu coração, no qual Neil foi adentrando devagarzinho. Os meninos haviam se apegado a ele durante o desaparecimento de Susan e durante a recuperação da moça, eles acabaram descobrindo muitas coisas em comum.

Nigel e Sophie continuaram o namoro por emails quando ele e David voltaram aos Estados Unidos. Trocavam emails apaixonados todos os dias. Contudo o pedido de casamento foi feito durante uma feira tecnológica em Dublin na qual ambos compareceram. Foi um marco na industria casamenteira mundial. Nigel e Sophie estabeleceram um novo mercado para casamentos: O pedido feito através de hologramas.

David apresentou sua carta de demissão para o Instituto Rice e o convite para apadrinhar seu casamento com Ângela para Solomon, os quais o diretor aceitou; o primeiro com pesar e o segundo com muita alegria.

Com toda a burocracia resolvida nos Estados Unidos, nada mais prendia David neste país. Ele voltou à Irlanda, se hospedando na casa dos Michaelis, agora como membro da família. O sistema educacional de Raphoe ficou impressionado com o currículo de David e ele foi admitido como o mais novo professor de história do corpo docente do Deele College.

O dia do casamento de David e Ângela amanheceu radioso. A Igreja estava enfeitada com flores, parecia que toda a cidade havia comparecido. De braço dado com Neil que aceitara ser o padrinho, Ângela caminhou pela nave com um vestido simples porem belíssimo. Todo trabalhado em renda, um prodígio da costura irlandesa.

A troca de juras de amor foi emocionante e não houve quem não se emocionasse com o jogo de luzes dentro da igreja. O padre Murphy procurou por vários dias onde estavam os pontos de luz.

David soube por Elinor que Ângela era fã do U2, então resolveu fazer uma surpresa com a ajuda de Nigel.

Em um determinado momento da festa do casamento, quando o bolo já havia sido cortado, os brindes feitos e os casais dançavam ao som de uma balada romântica, David se aproximou de Nigel.

– Então, está tudo pronto? – perguntou ele.

– Tudo em cima, David. Pode levá-la. Dê-me um aviso pelo telefone quando vocês chegarem lá.

– Certo. – David saiu à procura de sua esposa. Encontrou-a junto à outras jovens rindo descontraída. Era a hora de jogar o buquê.

– Então vamos lá. – ela virou-se de costas e começou a contar – Um... Dois... E... Três. – ela jogou o buquê para cima.

A felizarda foi Marion Fratenelli que recebeu um abraço afetuoso da amiga. Todas começaram a se dispersar e David se aproximou.

– Oi. – ela o cumprimentou enlaçando-o pelo pescoço.

– Oi. – ele respondeu, segurando-a pela cintura. Os dois começaram a mover-se na cadencia da música.

– Preciso mostrar algo para você. Venha – David a segurou pela mão e levando até o carro. Felizes, Elinor e Margaret observaram o casal sair da festa. Elas já sabiam o que iria acontecer. Maggie com um ano de antecedência.

– Agora, preciso fazer isso. – ele tirou um lenço do bolso e vendou os olhos dela.

– Nossa! Quanto mistério! Onde vamos? – ela perguntou quando ele a colocou delicadamente no carro.

– Você vai ver. – respondeu ele ligando o carro.

Ela sentiu que eles andaram por alguns minutos. O terreno parecia íngreme. Ângela não precisava ver para saber onde eles estavam indo. O carro parou. A jovem aguardou pacientemente seu amado vir tirá-la.

David a conduziu até a entrada da Torre Dougherty. Como da primeira vez em que estiveram no local ele deu a mão à ela e, juntos subiram a escada em caracol.

Ao se aproximar do topo da Torre, Ângela começou a ouvir uma melodia. Um enorme sorriso se abriu em seu rosto. Eram sons de violinos. Ela sentiu o calor do sol em seu rosto.

Delicadamente, David retirou o lenço dos seus olhos. Ângela os abriu e toda a paisagem da campina se descortinou diante de seus olhos. O quarteto de cordas começou a tocar e ela bateu palmas de alegria ao reconhecer With or Without You do U2.

– E então? Gostou da surpresa?

Ângela sorriu.

– Mais do que palavras poderiam expressar. Eu poderia beijá-lo. – ela jogou-se em seus braços.

David apertou a jovem em seus braços e os dois beijaram-se longamente.

– Venha até aqui. – ele a levou para um dos cantos da Torre. – Veja.

Um monitor estava sobre uma mesa. Eles viram todos os convidados da festa reunidos. Sua mãe e sua avó lado a lado como sempre. Seus amigos todos com taças nas mãos para brindar ao casal

– Eles estão esperando a nossa dança. Vamos? – ele olhou para ela.

Ângela acenou para todos, emocionada. Aquelas pessoas estavam ali para presenciar a sua felicidade.

– É claro.

David enlaçou Ângela pela cintura e eles começaram a deslizar pela Torre, embalados pela bela musica.

As primeiras estrelas apareceram no firmamento como se também quisessem ser testemunhas daquele momento memorável.


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