When someone walks into your heart escrita por pao com leite


Capítulo 3
Mudanças!


Notas iniciais do capítulo

gente, desculpa a demora pra postar, fiz uma cirurgia e tava de repouso mas voltarei a postar normalmente. Serão dois ou três capitulos por semana.



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Quando o inspetor saiu do apartamento, Rachel começou a pular, como se tivesse ganhado milhões

– Isso, maravilha! - ela disse dando um soco no ar - Quatro suicídios em série e agora um bilhete! - começou a girar pela sala - Natal antecipado. Sue, chegarei tarde, vou precisar de algo pra comer.

– Sou a proprietária, querida, não sou sua empregada - a mulher respondeu, olhando-a.

– Algo frio servirá - ela diz, é impressionante a maneira que ela tem de ignorar o que as pessoas falam. - Quinn, tome um chá, sinta-se em casa. Não me espere acordada!

– Olhe como ela sai. Meu marido era assim, mas você parece do tipo mais sossegada - Sue virou-se para a cozinha - Farei o chá, descanse sua perna.

– Dane-se minha perna - eu gritei com ela, mas logo me arrependi - Me desculpe, é que as vezes essa coisa maldita - falei batendo a bengala na perna.

– Entendo, querida. O meu problema é o quadril - eu estava sem o mínimo de paciência pra ouvir.

– Uma xícara de chá seria ótimo - falei pegando o jornal.

– Só essa, não sou sua empregada - ela resmungou.

– Você é medica - ouvi a voz da baixinha que acabara de sair apressada, ou era o que eu pensara. - Na verdade, uma médica do exercito.

– Sim - falei me levantando.

– É das boas? - ela me encarou séria.

– Muito boa - encarei-a.

– Já viu várias lesões, então. Mortes violentas. - ela disse vindo em minha direção - Varias coisas ruins, aposto.

– Claro que sim, o suficiente para uma vida toda - eu sabia onde ela queria chegar.

– Quer ver mais? - ela falou invadindo meu espaço pessoal.

– Não... Deus, sim.

–x-

Dentro do táxi, Rachel não parava de digitar sms's, isso é irritante, principalmente quando tenho perguntas a fazer. Foi como se ela lê-se minha mente, respirou fundo e finalmente falou.

– Certo, pode perguntar.

– Sim, onde estamos indo? - falei olhando a janela.

– Para a cena do crime, próxima?

– Quem é você e o que faz?

– O que acha? - ela perguntou me olhando.

– Diria detetive particular. - disse meio incerta.

– Mas... - ela continuou a me encarar.

– A policia não vai até detetives particulares.

– Faço consultoria investigativa, a única no mundo, eu inventei - ela disse com um sorriso no rosto.

– Como assim? - ainda não tinha entendido o que ela queria dizer.

– Quando não sabem o que fazer, eles me consultam.

– Não consultam amadores - falei sem pensar e ela me olhou com reprovação.

– Ontem ao vê-la falei do Afeganistão ou Iraque, pareceu surpresa - ela falava mas não me olhava.

– Sim, como sabia? - era ai que eu queria chegar.

– Não sabia, eu vi - ela falou concentrada na rua - Seu cabelo, postura, já dizia que era militar. Mas a sua conversa... "Um pouco diferente do meu dia", percebi que estudou em Barts, então... médica do exército. O rosto bronzeado mas não acima dos pulsos. Esteve fora, mas não pegou sol. Você manca ao andar, mas não pediu uma cadeira, ficou de pé como se não tivesse nada, então o mancar é parte do psicológico, ou seja, as circunstâncias da lesão foram traumáticas, ferida em ação. Ferida em ação e bronzeada: Afeganistão ou Iraque.

– Disse que eu tinha uma terapeuta - falei ainda impressionada com tudo que ela disse.

– Tem um mancar psicológico, claro que tem uma terapeuta. - Agora ela virou-se para mim - E ainda tem o seu irmão, seu celular. É caro, e-mail, mp3, android atual... Procura um colega de quarto, não comprou o celular, foi um presente, arranhado. Não uma, mas muitas vezes, ficou num bolso com chaves e moedas. Você não cuidaria dele assim. Por isso teve outro dono antes. A próxima é fácil, a gravação. Charlie Fabray W. Alguém da família lhe deu o telefone. Não seu pai, é uma coisa de jovem. Um primo, mas é uma veterana que mal arruma a casa, não deve ter uma familia grande. Deve ser seu irmão. Agora, quem é Clara? Três beijos sugerem ligações amorosas, os arranhões no telefone indicam esposa, não namorada, deve ser recente, digamos que seis meses. Um casamento conturbado, ele a largou em seis meses, se ela o largasse, ele guardaria como recordação. Ele queria se livrar disso, ele a deixou. Deu o celular a você para ficar por perto. Procura um lugar barato, mas não procura seu irmão. Indica que tem problemas com ele, por que gosta da sua esposa ou devido à bebida.

– Como sabe da bebida? - eu estava perplexa.

– Um palpite e me dei bem. Na parte do carregador, tem alguns arranhões, à noite, ao carrega-lo as mãos tremem e arranham. Não se vê isso no celular de um cara sóbrio. - ela agora me encarava séria - E você estava certa!

– Estava no que? - eu perguntei confusa.

– A policia não consulta amadores - ela disse séria.

– Isso foi incrível!


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Notas finais do capítulo

comenteeeeem
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