Destinazione escrita por Nancy


Capítulo 5
Marcas


Notas iniciais do capítulo

Olá queridinhos =3 voltei! Bem, estamos quase chegando em uma parte crucial da fic, ela deve acontecer no próximo capítulo e como essa história é beeeeeem longa, mas ao mesmo tempo acontece tudo muito rápido, eu terei que reduzir um pouco o ritmo com que posto. Motivo: eu ainda não tenho o próximo livro/jogo que preciso para não escrever coisas feias para vocês. Mas não se preocupem, eu continuarei postando sempre!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544803/chapter/5

Na tarde do terceiro dia, cavalgaram para dentro da cidade, sendo calorosamente recebidos por Mário Auditore.

– Ezio! – ele falou com a voz de trovão, abraçando o sobrinho e tirando-o do chão assim que desmontou do cavalo.

– É bom te ver, tio. – Ezio sorriu.

– Você deve ser Maya. – Mário se dirigiu a ela, apertando sua mão.

– Sim. – ela respondeu sorrindo, contagiada pela alegria do homem.

– Vamos, há muito que se discutir hoje, meus caros. – Mário os conduziu pelas ruas, chegando ao castelo.

– Ezio! – chamou uma voz feminina. Uma mulher jovem correu para abraçar Ezio, era bela e usava um vestido longo cor de vinho e uma touca cobria seus cabelos.

– Claudia! – ele a abraçou, sorrindo.

– Por onde esteve?

– Por muitos lugares, mas agora não é a hora de lhe contar sobre isso. Talvez mais tarde.

Claudia assentiu feliz por rever o irmão e então olhou curiosa para Maya.

– Maya Di Versati – ela se apresentou, fazendo uma breve reverência.

– Claudia Auditore. – falou sorrindo e olhando para Ezio. Não foi preciso que ela dissesse nada, conhecia os olhares da irmã.

– Somos amigos Claudia. Amigos. – ele revirou os olhos e saiu andando atrás de Mário, sendo seguido por Maya. – Ignore o fato de Claudia achar que estou saindo com todas as mulheres que estão junto comigo.

Maya riu, se perguntando se ela não tinha certa razão em achar isso, mas nada disse.

– Ezio, mostre as acomodações para Maya, deixe que Claudia cuide do resto e venha comigo. Creio que há coisas que precisamos conversar em particular. Sem querer ser grosseiro signorina.

– Não se preocupe, não está sendo. Foi um prazer conhecê-lo, messere Mário. – Maya seguiu Ezio para dentro do castelo por corredores que pareciam infinitos, a vista era estonteante, toda a cidade era visível e além dela as maravilhosas planícies floridas da Toscana se erguiam. Ezio a levou até um dos muitos quartos nos níveis superiores do castelo.

– Sinta-se a vontade para perambular por aí, pela cidade. Apenas não saia dela. – ele avisou. – Se precisar de qualquer coisa, procure umas das serventes ou Claudia. – Ezio sorriu para ela – Te vejo no jantar.

– Até mais.

O quarto não era exageradamente grande, a cama era larga e arrumada com lençóis brancos e cobertas grossas. Havia uma enorme janela que se abria para uma varanda de onde era visível toda a planície atrás do castelo. Era uma vista belíssima, digna de sonhos. Enquanto observava a paisagem, Maya ouviu batidas na porta.

– Sim?

– Com sua licença signorina, vim preparar seu banho. – falou uma das servas do castelo entrando pela porta.

Maya riu baixinho, era estranho ser tratada com tal cordialidade, não estava acostumada.

– Obrigada. – respondeu, observando a mulher colocar roupas limpas sobre sua cama e então encher a banheira com água quente.

– O jantar será servido às sete horas, ser Ezio requer sua presença. – ela sorriu e então saiu do quarto, deixando Maya sozinha.

Tio e sobrinho estavam no escritório e enquanto Ezio lhe contava os contratempos e sucessos de sua missão em Veneza, Mário organizava alguns livros espalhados pela mesa.

– Fico feliz que tudo tenha dado certo, de fato Veneza estava sofrendo com o domínio de Barbarigo e embora isso tenha desviado a atenção de Rodrigo e o feito escapar por nossos dedos como fumaça, fico feliz que aquela cidade esteja livre das mãos dos Templários.

– Alcançaremos Rodrigo, tio e serão os últimos dias de sua miserável vida. – falou Ezio, se sentando se frente para a mesa. – Sei que me chamou de volta à Toscana pois há coisas que deseja me contar, mas também sabe que eu estou com uma pequena “missão” em mãos e creio que ela esteja completa. – ele olhava fixamente para o tio que agora se sentava à sua frente.

– Soube que sua missão envolvia uma liberação. A garota, não é? Tem certeza de que ela está pronta para de desligar de sua antiga Guilda? – perguntou Mário num tom sério.

– Sim. – Ezio respondeu com firmeza – Nossa missão era Rodrigo originalmente, mas ela se provou leal e extremamente habilidosa na busca por Barbarigo. Maya tem sido aprendiz por dez anos e realmente faz jus aos boatos que ouvi sobre ela. É inteligente e sabe seguir ordens, está pronta para se tornar uma Assassina.

Mário assentiu, confiava em Ezio e em suas decisões. – Então que assim seja. Poderemos realizar sua cerimônia oficial amanhã ao amanhecer. Sabe que te chamei aqui por outra razão, Ezio.

Ele assentiu, observando Mário pegar mapas e abri-los sobre a mesa. Um deles era recente e mostrava dois novos continentes que não eram conhecidos.

– Foram desenhados a partir do que vimos na maçã. – ele explicou – E após estudar cuidadosamente esta tecnologia, pude ver mais dos templos que foram mencionados. São muitos, escondidos pelo mundo, deixados como uma memória daqueles que vieram antes de nós.

Ezio não disse nada por um momento, organizando as informações na cabeça – O que impede os Templários de saberem disto?

– Nada. – Mário respondeu friamente – É por isso que devemos encontrá-los antes deles e esconder qualquer que seja a informação que haja em seu interior. – ele caminhou até a parede onde ficava a lareira, empurrando um dos tijolos adornados e acionando então o mecanismo silencioso que abria passagem para um corredor mal iluminado. Ezio o seguiu, fechando a passagem em seguida. Entraram em uma sala ampla onde estavam guardados vários trajes e armas de antigos Assassinos. Em uma das paredes estavam fixadas as páginas do códex, logo baixo havia uma pequena mesa cheia de papéis com anotações feitas por Mário.

– Vejo que teve bastante trabalho desde a última vez que nos vimos. – falou Ezio.

– Sim. Veja, decodificando as mensagens que existem nestas páginas e juntando com o que a Maçã nos forneceu, posso afirmar que nossa busca acabará nos levando a descobrir novos artefatos como este.

– É perigoso deixar que isso caia em mãos erradas.

– É por isso que iremos atrás de cada uma dessas peças. E já temos a chave para tudo. – ele dirigiu o olhar para o pequeno baú de madeira que guardava a Maçã.

– Tem alguém em mente para essa expedição?

– Além de você? – Mário pareceu de divertir com a pergunta. – Antonio e Paola vão conosco.

Ezio assentiu. – Gostaria de levar Maya conosco. Se ela aceitar.

Mario virou-se para Ezio, estreitando o olhar – Confia tanto assim nela?

– Sim. – ele respondeu com certeza na voz – E acho que será uma boa experiência para ela.

– Vejo interesse em seu olhar, meu jovem. – o mais velho o olhou atentamente.

Ezio riu – Nada mais do que o usual, tio.

O início da noite foi tranquilo e refrescante. Maya se sentia relaxada após o banho, usava um vestido longo de cor púrpura que a servente havia trazido. Uma brisa suave entrava pela janela aberta enquanto penteava os cabelos com os dedos, prendendo-os acima da cabeça em um coque. Estava inquieta, um pouco antes do jantar ser servido, saiu de seu quarto, caminhando pelos corredores do castelo, indo parar em um jardim florido com uma pequena amoreira no centro. Andou por uma estreita trilha de pedras brancas e se debruçou sobre a mureta baixa, observando o ir e vir das pessoas logo abaixo.

– Apreciando a vista? – a voz assustou Maya, fazendo-a se virar rapidamente. – Scusa – Ezio desculpou-se, se aproximando dela – deveria ter-me anunciado.

Maya riu, virando-se novamente para se apoiar no muro baixo – Não foi nada. A vista aqui é linda, sempre achei os campos da Toscana de tirarem o fôlego.

– Realmente é estonteante. – ele a olhou pelo canto dos olhos – Ficou bem nesse vestido. – elogiou.

Grazie – Maya respondeu sorrindo.

Houve um momento de silêncio em que nenhum dos dois olhares se encontrou ou alguma palavra foi dita, até que Ezio se virou, apoiando-se em um dos cotovelos, olhando-a.

– Qual seu nível de curiosidade? – ele perguntou com um tom divertido na voz.

Ela se virou, encarando-o pensativa – Alto. – respondeu com sinceridade, arrancando um riso dele – Por que pergunta?

– Estou me perguntando se lhe conto algo agora ou te deixo se roendo de curiosidade até amanhã.

– Ah vai me contar agora! – ela fingiu um tom sério, mas riu em seguida. – Isso é covardia da sua parte, Ezio.

O Assassino riu mais uma vez – Está certo, te contarei e então poderá me amar por isso. – ele fez uma pausa, querendo deixá-la nervosa – Faremos sua cerimônia de liberação amanhã. – falou com calma.

Maya o olhou como se estivesse contando alguma mentira – Não está falando sério.

– É claro que estou.

Ela sorriu – Espere... Não deveríamos pegar Rodrigo? Era a prova final, não era?

– Sim, mas quem decide sua liberação é o acompanhante da missão, não o conselho. Sendo assim, falei com Mário hoje. – ele sorriu com o canto dos lábios.

Maya o abraçou repentinamente, deixando-o sem reação por um instante, mas então o soltou, pigarreando em seguida – Obrigada por isso... É uma realização pessoal.

– Fico feliz em ter feito parte dela. – ele sorriu mais abertamente. Viu o último raio de sol bater no relógio da praça, indicando sete horas e então estendeu o braço num ato de cavalheirismo. – Vamos?

Segurando em seu braço, Maya o acompanhou até a sala de jantar. Sentaram-se lado a lado, esperando a chegada das outras pessoas, inclusive boa parte dos trabalhadores do castelo que se sentavam à mesa com eles. Duas grandes portas davam vista para uma varanda extensa tendo como vista o jardim logo abaixo, a águia que agora pertencia oficialmente à Maya estava pousada sobre o parapeito da sacada limpando as penas das enormes asas marrons.

Após o jantar, onde Maya conversou principalmente com Claudia sobre sua vida e, para a surpresa de Ezio, sobre flores e casamentos, continuaram sentados bebendo vinho e jogando conversa fora. A noite foi bem dormida, embora Maya estivesse ansiosa pelo dia seguinte.

Logo pela manhã, Mário recebeu Paola e Antonio que chegavam de viagem. Cientes da expedição que o Auditore mais velho planejava, concordaram juntamente com Ezio, em partir dentro de três dias, tirando Rodrigo Bórgia do topo de suas prioridades, mas nem por isso subestimando a astúcia do inimigo.

Maya levantou se sentindo revigorada, vestiu a camisa branca, a calça preta e as botas de couro, colocando por fim o manto branco de mangas longas sobre os ombros, deixando os cabelos sem a proteção do capuz. Apressou-se em se encontrar com o grupo de Assassinos no pátio do castelo, exatamente na hora que lhe fora indicada.

– Maya, esta é Paola. Uma de nós, líder das cortesãs de Florença. – Mário a apresentou.

Paola a cumprimentou com dois beijos ao lado do rosto, como era de seu costume.

– É um prazer. – Maya respondeu, cumprimentando Antonio e Ezio em seguida. Se sentia tão ansiosa quanto no dia anterior.

A águia de penas marrons e brancas os observava do umbral, sua presença fazia Maya sentir uma estranha calma. Dentre as muitas tochas que havia ao redor do muro, apenas uma delas estava acesa e ela viu uma peça de metal ser aquecida. Ezio riu ao perceber onde seu olhar se fixava.

– Dói...

– Obrigada, me deixa muito mais tranquila.

– Não se preocupe – ele falou, mostrando a marca em volta do dedo anelar – É melhor do que perder o dedo, não é mesmo?

– Não está ajudando, Ezio. – ela falou nervosa.

– Não se preocupe, é só uma dor infernal, depois de uns dias tudo volta ao normal, mas se não voltar, bem...

– Pode parar de falar agora, obrigada.

Mário juntou os três ao lado dele e de Maya e então a olhou seriamente. – Estamos aqui hoje, meus irmãos, para conceder um importante título a uma jovem mente que se junta a nós. Provando de sua coragem, valor e honra, nossa irmã se mostrou leal à nossa causa e luta. Hoje perante suas testemunhas, juras servir e proteger a Irmandade?

– Juro. – respondeu no mesmo tom sério de Mário.

– Jura defender seus irmãos até que seus últimos suspiros de vida sejam dados?

– Juro.

– E jamais compartilhar de segredos que possam comprometer a integridade da Ordem?

– Eu juro.

Mário colocou uma das mãos em seu ombro, fazendo sinal para que ela se ajoelhasse. Antonio caminhou até a tocha, trazendo a ferramenta de metal que se dividia em dois meios círculos.

– Hoje você se ajoelha perante nós como uma aspirante... – ele segurou a mão direita de Maya, que apesar de temer a dor que viria se mantinha o mais calma possível. Ela mordeu os lábios com força quando o metal fervente se fechou em volta de seu dedo anelar, segurando um grito de dor. O cheiro da carne queimando não demorou a se espalhar pelo ar e então Antonio retirou a peça, se afastando. Uma lágrima rolou pelo rosto de Maya, mas ela não demonstrou nada além disto. – E se levanta uma Assassina. – Mário falou finalmente.

Maya se colocou de pé, com as mãos trêmulas e então fez uma breve reverência diante dos Assassinos que testemunharam aquele momento.

– Seja bem vinda à Irmandade. – Antonio sorriu.

Paola a cumprimentou novamente com beijos e sorriu.

– Infelizmente o tempo para comemorar é curto. Ezio tem coisas a lhe dizer e você precisa cuidar disto. – Mário se referiu à queimadura, entregando-lhe um pequeno frasco contendo um líquido transparente. Guiou os outros para dentro do castelo, enquanto Ezio a levava para o jardim.

Enquanto andava ela estendeu a mão, olhando a marca que havia sido deixada em seu dedo. Ezio a sentou num banco de madeira no meio do jardim, pegando o frasco de sua mão e tirando um lenço do bolso da calça.

– E então, como se sente, Assassina? – ele sorriu, olhando-a. Virou o frasco no lenço, derramando o líquido.

– Com dor. – respondeu com certo humor, fazendo Ezio rir.

– Certo, vamos cuidar disso então. – ele segurou sua mão, encostando o lenço úmido na queimadura, fazendo Maya soltar um sibilo de dor, mas permaneceu segurando sua mão com firmeza. – Já melhora...

Depois de um tempo mudos, deixando que Ezio cuidasse de sua mão, ela finalmente se rendeu à curiosidade.

– Mário disse que tinha coisas para me contar.

Ezio suspirou, colocando o lenço de lado e a olhando – Bem, agora que não é mais uma aspirante, tem a liberdade de escolher por si mesma se vai continuar na Guilda onde treinou, realizando as missões que lhe forem impostas, ou então pode ficar aqui. Se tiver assuntos não resolvidos, é claro, do contrário tem permissão para ir. Mas antes que decida, tenho uma proposta a lhe fazer.

– Estou ouvindo. – respondeu interessada.

– Mário, Antonio, Paola e eu partiremos em uma missão para encontrar os Pedaços do Éden restantes. São criações...

– Daqueles que vieram antes. – ela completou, fazendo Ezio franzir o cenho.

– Como e o que sabe sobre isso?

– Sonhei com esses artefatos algumas vezes, mas nunca achei que fossem reais.

– Bem, eles são bastante reais e perigosos se deixados em mãos erradas. Mário acredita que possa encontrar os templos onde estão escondidos e mantê-los a salvo de mãos templárias. Partiremos em três dias e eu realmente gostaria que nos acompanhasse.

– Eu fico feliz que aprecie minha companhia, mas creio que ainda seja muito apegada à Guilda e tudo o que construí lá.

Ezio suspirou frustrado. – Entendo.

Maya percebeu a frustração em seu olhar, mordeu os lábios, pensativa. Sentia a falta de Paolo e dos aspirantes com quem mantinha laços, mas havia se apegado rapidamente a Ezio. – Preciso de tempo para pensar no que irei fazer agora. Se puder te responder dentro de alguns dias...

– Partiremos em três, então apresse seus pensamentos, certo? – ele falou sorrindo.

– Pode deixar. – Maya sorriu abertamente, se levantando e depositando um beijo carinhoso no rosto de Ezio – Obrigada... Por tudo. – falou saindo do jardim.

Na tarde daquele dia, Maya sabia que Ezio estava trancado no escritório do tio discutindo os detalhes finais da empreitada, então escreveu um pequeno bilhete, tomando a liberdade de deixar sobre a cama dele.

“Irei até a Guilda ao sul, não se preocupe.”

Saindo a cavalo pelos portões de Monteriggioni, Maya cavalgou pela estrada que acabava repentinamente em uma grande floresta. Conhecia aquela mata como a palma de sua mão e não teve dificuldade em encontrar o caminho até a enorme casa que se escondia entre árvores altas. Deixou o cavalo no estábulo a cuidado de um dos empregados e então adentrou o local, sendo recebida com festa pelos amigos ainda aspirantes.

– Sabe, pensando bem acho que estou bem sendo um aprendiz. – falou um dos mais jovens ao ver a queimadura no dedo de Maya.

Aquela frase gerou uma discussão tremenda entre os jovens, da qual Maya não demorou a se afastar.

– Bem vinda de volta Maya! – saudou-a um dos Assassinos mais velhos da Guilda.

– Mestre – ela sorriu e fez uma breve reverência, abraçando-o em seguida. – Como foi durante o tempo que estive fora? Onde está Paolo? – apesar de não ter mais o Assassino como mestre, ela sempre seria ligada ao homem que a tirou das ruas.

– Sobre isso... Temos que conversar. – Giuliano assumiu um tom sério, o que a preocupou.

Agora a sós em um canto afastado da casa, o mais velho suspirou, segurando os ombros de Maya. Lágrimas se formavam nos olhos da jovem, ela sabia o que havia acontecido com Paolo, estava escrito no olhar de Giuliano.

– Como aconteceu? – ela tentava não demonstrar fraqueza, mas era um dos pontos que ainda precisava trabalhar.

– Ele foi designado para interceptar a chegada de Templários nas Américas, mas o navio foi bombardeado em alto mar... – ele suspirou – Sei que ele significava muito para você, Maya.

Ela apenas assentiu, sabendo que se falasse qualquer coisa perderia o controle sobre as lágrimas, preferindo então o silêncio. Giuliano a acompanhou até a porta de seu quarto, a deixando sozinha então. Paolo havia sido como um pai que ela jamais tivera, por dez anos ele a ensinou a ler, escrever, lutar e atirar, tudo o que sabia devia à ele e não havia mais como agradecer por tudo.

A noite foi difícil e Maya quase não pregou os olhos, devastada com a notícia, mas embora estivesse tomada pelo luto, tomou a decisão que definiria o rumo do resto de sua longa vida. Na manhã seguinte, se despediu de Giuliano e de seus amigos, cavalgando de volta para Monteriggioni.

– Achei que não fosse voltar. – falou Ezio, pego de surpresa andando pela biblioteca.

– Bem, tinha que voltar se quisesse ir com vocês. – ela sorriu um tanto triste.

Ezio conhecia aquele olhar, estivera presente por muitos anos em seu rosto e no restante de sua família. A dor da perda deixava marcas visíveis pra aqueles que a conheciam tão bem. Ele a abraçou, acariciando os cabelos desgrenhados. – Vai ficar tudo bem... – falou baixo, consolando-a. Ezio soube da morte de Paolo no dia em que Maya partiu para o sul e por isso imaginou que ela não fosse voltar. Ficou feliz por vê-la, mas partilhava de sua dor. Paolo era um bom amigo.

O luto não é deixado para trás tão facilmente, mas Maya era forte e no dia em que iriam partir de Monteriggioni, ela não tinha mais traços de tristeza no olhar, talvez em seu coração, mas seu rosto estava impecável. Carregava a bolsa de couro com as poucas roupas que havia trazido da Guilda e se preparava para viajar à Inglaterra.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam da menininha Maya agora ser uma Assassina? Sim, eu fiz a cerimônia mais do meu jeito, por que eu sou o drama em pessoa e achei que assim ia ser mais legal =P aceito críticas.
Até mais ver, meus queridinhos =*



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Destinazione" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.