Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 93
Demolidor


Notas iniciais do capítulo

Atenção: Capítulo com algumas referências! Mantenham seus Capitães América longe. Não nos responsabilizamos em caso de enfarte referencial



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Já passa da meia-noite. Está frio aqui em cima, apesar de eu estar vestida em minha fantasia. Por enquanto, nenhum sinal do tal Demolidor. É uma pena que meu plano não tenha dado certo. O pior é que estou me atrasando completamente. Já era para eu estar no QG da SHIELD comemorando a queda definitiva da HAMMER. Como estou sozinha

Não consegui contato com ninguém da SHIELD. Fico me perguntando se eles estão bem. É claro que estão Jessica, eles são a SHIELD! Vamos, pare de pensar nisso. Pense em...flores? Não, não gosto de flores. Acho melhor simplesmente pensar em nada interessante.

Em uma boa hora, meu sentido-aranha vibra e me alerta da aproximação de alguém. Apesar do aviso, eu levo um susto muito grande ao me virar e descobrir que tem alguém comigo. Por puro reflexo, acabo socando-o, mas ele bloqueia, revida e me joga no chão.

–Não machuco damas que possam ser confiáveis. - Diz ele.

Acho que ele é o Demolidor. Quer dizer, ele usa uma fantasia vermelho-sangue, há a letra D repetida, cruzada e estampada no meio do peito dele. Sua máscara tem chifrinhos de demônio e seus olhos são vermelhos também. Enfim, tudo nele é vermelho.

–Você é o Demolidor?

–Sou eu, sim. Por quê?

–Matt Murdock e Ben Urich me falaram sobre você. Eles disseram que você possui um contato fora da mira de criminosos.

–Depende para que necessidade.

–Isto. - Eu mostro a ele o pen-drive. Ele não parece surpreso em vê-lo. Então expliquei tudo que me foi permitido revelar sobre minha missão. - Vai me ajudar?

–Talvez. Como posso saber se isso não é uma armadilha?

–Porque... - Me arrependerei de revelar isto, mas não há outra alternativa - É da SHIELD. Ainda existimos, mas estamos escondidos.

–Aqueles ataques às bases da HAMMER são vocês?

–Sim, somos nós. Agora que revelei esta informação confidencial, você deve me ajudar.

–E se eu me recusar?

Não entendo porquê, mas ele está fazendo jogo duro. E eu reconheço esta voz de algum lugar, só não lembro da onde.

–Então terei que te matar. - Digo de forma fria. Claro que eu não o matarei, pois não sou uma assassina. - Você sabe demais, então precisa cooperar comigo.

O Demolidor sorri. Talvez ele finalmente aceite meu pedido de ajuda.

–Aqueles desgraçados da HAMMER são responsáveis pelo tráfico de humanos nas docas de Hell's Kitchen. E o presidente foi burro em desabilitar a SHIELD. Te ajudarei, com uma condição.

–Por favor, não diga que quer uma luta.

–Não quero uma luta. - Suspiro aliviada ao ouvir aquela resposta - Mas precisarei de você comigo agora.

–Pra quê?

–Homens perigosos estarão nas docas para jogar no mar uma testemunha-chave em um caso importante. Por enquanto, ela está viva. Creio que ela chegue logo.

–Vamos, então.

O Demolidor sorri e corre, saltando para o prédio ali perto. Demoro um pouco, mas sigo-o. E foi assim o resto do caminho: Demolidor na frente, eu logo atrás. O que eu percebi nele é que ele possui muita agilidade, muita força de vontade para derrubar o crime na cidade, além de possuir um sorriso familiar.

Chegamos às docas. Segundo meu relógio, são 00:10. Até viemos de forma rápida. Dou meu último pouso ao lado do Demolidor e olhamos para o mar. Não há nenhum indício se os criminosos já passaram por aqui.

–E se eles já saíram daqui?

–Não saíram. - Diz com bastante convicção - Não sinto o cheiro de cadáver.

–Você sente cheiro de cadáver?

–Sim. Meus reflexos são mais apurados que de um humano normal.

–Interessante. Então ficamos aqui e esperamos?

–Você é muito curiosa e fala demais. Me lembra o Homem-Aranha.

–Vou levar isso como um elogio.

Não demorou muito tempo e vejo um caminhão e dois carros pretos chegando. O caminhão, no entanto, possui uma característica que me chama a atenção.

–Que estranho. - Sussurro.

–O quê?

–O caminhão. Está um pouco rebaixado, quer dizer, parece trazer algo muito pesado.

–Algo não. Alguém.

Quando eles estacionam, o Demolidor salta do prédio e anda sorrateiramente até a parte traseira de um dos prédios. Acho que eu deveria segui-lo. Porém, fico parada e apenas observo. Claro, fico agachada para não ser vista.

As portas dos carros são abertas, com homens de chapéu saindo deles. O caminhão também abre a parte de trás e um cara sai de dentro dele. Na verdade, são dois. Um possui um chifre na cabeça, usando uma armadura verde e laranja. O outro, porém, possui uma máscara, semelhante à de hóquei, e luvas metálicas, além de também usar armadura.

Eles conversam com um dos motoristas dos carros pretos. Infelizmente, é impossível que eu saiba do que se trata a conversa. Estou muito distante. Por isso, decido saltar do prédio e pouso no chão. Então, caminho com cuidado até uma parte mal iluminada e que dê para ouvir a conversa.

–...novo futuro em Nova York. Fisk caiu, Cabeça de Martelo é otário demais para governar a cidade e Silvio está quase morto. O Conde, com certeza, merece controlar tudo.

–Fala isso porque você é subordinado dele. Saiba, Unicórnio, que aquela garota assumirá o comando quando o Conde deixá-lo. Eu e você somos descartáveis, assim como estes caras aqui.

–Que seja. Se ela mantiver o controle e não perdê-lo para o Capuz, por mim tudo bem ser descartado. Só quero cumprir esta missão logo. Tragam a testemunha! Vamos matá-la!

Estico um pouco o pescoço e vejo um dos carros serem abertos novamente. O homem retira com violência o refém - ou testemunha, como eles dizem. A pessoa está com uma sacola na cabeça e com os braços amarrados atrás. O refém é empurrado com força até a beira para o mar. Coincidentemente, eu vejo uma garrafa jogada ao meu pé. Hora de salvar outra pessoa.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro.
Muitas referências neste capítulo. Daqui a pouco sai o próximo



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