Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 84
Missão em solo estrangeiro


Notas iniciais do capítulo

[N/Deadpool: Missão é uma missa grande?]
Atenção: Um importante capítulo alternativo nos comentários, feito pela Universal Traveler.
E como missão dada é missão cumprida, aqui está o segundo capítulo prometido e dedicado a ela, saindo quase na segunda-feira rsrs...Mas eu passei o dia inteiro escrevendo (tirando o intervalo das 16 às 18, que eu tive outros compromissos)



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Acabei de saber de uma notícia bem interessante, porém prefiro agir com cautela. Dependendo da forma da missão, poderei cumpri-la ou trair a equipe. De qualquer forma, ninguém me prenderá à HAMMER.

Justin Hammer me conduziu até o hangar do Triskelion. Ele também irá na missão, provavelmente por não confiar em mim. Odeio admitir, mas ele tem razão em não confiar em mim. O pior de ser conduzida por ele (e na mira de muitos agentes da HAMMER) é que ele não para de se gabar das melhorias em sua tecnologia. E de sua tecnopatia.

Ele contou que ganhou a tecnopatia graças ao tal Doutor Doom, o mesmo que tentou destruir a cidade há alguns meses. Segundo o ser ao meu lado, Doom ofereceu a tecnopatia em troca de um reposicionamento no satélite das Indústrias Hammer e o soberano latveriano fez algumas melhorias, como o raio destruidor que fez o que fez na cidade.

Agora que o blablabla dele acabou, chegamos ao hangar. Ele me conduziu até o avião em que iríamos, mas revelou um novo detalhe da missão.

–Não se engane, agente aranha, nós não iremos sozinhos. Uma missão suicida como essa requer uma equipe suicida. Conheça os meus Vingadores. - Diz.

O avião abriu a comporta, revelando 6 seres com cara de mal e extremamente perigosos. Eles também são ex-prisioneiros da Balsa, que afundou há 8 meses. Meu sentido-aranha, claro, vibrou intensamente e isso nunca é bom.

–Agente Aranha, conheça Abominável, o nosso Hulk; Dínamo Escarlate, o nosso Homem de Ferro; Bumerangue, o nosso Gavião Arqueiro; Treinador, o nosso Capitão América; Yelena Belova, a nossa Viúva Negra; e Rocha Lunar, nossa Miss Marvel. Como você tem poderes de aranha, será como o Homem-Aranha, só que mulher. Bem-vinda aos Vingadores, da HAMMER.

Não acredito que este lunático egocêntrico ativou os Thunderbolts! Em meus tempos de agente nível 7, eu estudei as pastas mais avançadas e numa delas tinha o protocolo Thunderbolts, um grupo de vilões específicos que atuariam em missões suicidas designadas pelos conselheiros da SHIELD. Este projeto nunca foi aprovado, já que o (ex)diretor Fury nunca quis aceitar essa ideia, alegando que vilões sempre seriam vilões e essas coisas.

–Pela sua reação, parece bem surpresa.

–Claro! Vilões, assassinos, ex-prisioneiros da Balsa!

–Somos assassinos, mas temos sentimentos - Declara o Abominável, um ser verde e tão grande e forte quanto o Rulk, mas com escamas.

–Minha cara Aranha, eles estão sob meu domínio. Assim como você, eles possuem uma motivação. Exceto Yelena, que é nossa agente especial.

–Vamos logo para a missão. - Digo.

Durante o caminho, pelo ar, Hammer explicou a situação: Vamos invadir uma base militar em outro país simplesmente para 'roubar' ou, usando o termo do diretor, recuperar algo de importante valor para a organização. Como o quinjet da HAMMER é tão rápido quanto o da SHIELD, não demoraremos muito para chegar ao país.

Dito e feito. Chegamos ao país, ainda indefinido, em 3 horas, talvez menos. Estou sem a noção do tempo, já que viajei de Chicago para Nova York e para outro país no mesmo dia. A viagem não foi agradável, com comentários sujos e piadas obscenas. Em momentos como este, eu preferia ser surda.

–Em que país estamos?

–Brasil. - Diz Treinador - O melhor lugar para viver na sujeira.

–Não diga isso. Aqui tem praias, mulheres de biquíni, uma estátua do seu messias e mulheres de biquíni. Além disso, temos duas poliglotas na equipe. - Hammer apontou tanto para mim quanto para Yelena. - Vamos nos dar bem aqui.

–Quer dizer que esta loira fala espanhol? - Diz o Bumerangue, com clara ausência de conhecimento sobre o Brasil.

–Português. - Corrijo-o, com raiva e me lembrando de Roberto, dos X-Men - Eles falam português. O Brasil tem uma história tão rica quanto os Estados Unidos e não apenas mulheres de biquíni ou estátuas de Cristo.

–Certo, professora. Vai nos dar lição de moral? - Reclama o Dínamo, com sotaque russo. Não sabia disso.

Após mais alguns minutos voando, o quinjet pousa silenciosamente no meio do mato. A comporta traseira se abriu e todos nós saímos, exceto o Hammer, pois ele não sabe lutar ou se defender. Após mais um tempo caminhando e ouvindo conversas obscenas, chegamos a um portão de aço.

–Sabe, nunca gostei da forma como os heróis mais poderosos da Terra executam suas missões. Dínamo, faça as honras. - Ordenou Yelena.

Os ombros do Dínamo se 'abriram' e mísseis foram disparados deles. O portão não aguentou e foi destruído. Todos entraram correndo e começou o tiroteio. Eu fiquei um pouco parada, tentando acreditar por qual motivo eu faço isso. Eu acabo atravessando o portão destruído. Talvez eu seja a responsável por evitar tantas mortes desnecessárias.

Parece uma zona de guerra aqui. Meus companheiros de equipe são mais ágeis e mais fortes que os militares. Bumerangue, por exemplo, usa seus bumerangues e luta no combate, às vezes até atira-os para frente e acerta um soldado qualquer.

Enquanto eu caminho encostada no muro, meu sentido-aranha vibra. Atiraram na minha direção. Eu tive que fazer algumas cambalhotas esquisitas, saltei contra o muro e ganhei impulso para acertar um chute na metralhadora do soldado. Em seguida, derrubo-o no chão e prendo-o com minhas teias.

–Desculpe - Digo em português.

–Pessoal, terminamos aqui fora. Abominável, Rocha Lunar e Dínamo, vocês vão garantir que nenhum tanque ou avião de guerra chegue até aqui.

–Vou esmagar uns tanques! - Grita Abominável, batendo com o punho fechado na própria mão.

–Não fique tão alegre. O Brasil não é conhecido por guerras. - Diz Rocha Lunar, flutuando - Mantenha contato, Yelena.

–O resto vem comigo. Mais soldados nos esperam lá dentro.

Eu segui a Yelena, mas um pouco atrás do grupo. Sinto-me incomodada por cada minuto dentro desta missão. Quando atravessamos a porta, Treinador passou em nossa frente e atirou seu escudo. Ele rebateu na parede, acertou dois soldados que vinham e retornou para o seu legítimo dono.

–Treinador, fique na frente. Bumerangue, atrás da Mulher-Aranha. Eu vou ficar de olho em você, garota. - Diz ela fria como toda russa deve ser.

Viramos a esquerda, mas Yelena me jogou contra a parede. Começou outro tiroteio. Ela ordena que o Bumerangue atire um de seus brinquedinhos. Ele obedeceu, mas não sei se ele acertou ou não. Provavelmente sim. Se ele é bom o suficiente para ser o Gavião Arqueiro da equipe, ele não errou, então.

Andamos mais um pouco até que chegamos a uma escada. Yelena pegou um celular e caminhou de um lado para outro. Ao mesmo tempo, os outros dois companheiros tomam formação de ataque.

–O que está olhando, garota?

–Será que ela se importa de ser mais útil ou só ficará parada? Hammer é um tolo por trazê-la.

–Ei, eu estou aqui ainda.

–Chega de discussão, vocês três! Não consigo saber onde está o pacote. Bumerangue, desça com o Treinador. Você vem comigo. O primeiro que encontrar o pacote avise a outra dupla.

–Sim, senhora. - Digo de cabeça baixa e subindo na frente. Ao virar a esquerda, ela me empurra contra a parede e quase encosta a cabeça dela em mim - Ei, calma! - Fiquei assustada e achando que ela me beijaria. Felizmente, não passou de um susto.

–Quieta! - Sussurra, apontando para cima.

Eu entendi o que ela quer: Subo a parede e fico no teto. Em seguida, estico meus braços e subo-a. Como previsto por ela, eu acho, os militares descem as escadas carregando metralhadoras e pistolas. Yelena solta minhas mãos e pousa no chão.

–Corredor vazio aqui em cima. Bumerangue, Treinador, eles estão descendo. Fiquem atentos.

Nós duas andamos mais um pouco, sempre encostadas na parede. Yelena aponta duas pistolas pretas. Pode ser um efeito reverso dos meus feromônios, mas estou sentindo medo dela. Não, não é medo. É o sentido-aranha.

Passo a frente dela e salto, agarrando Yelena e caindo no chão. Naquele exato instante, uma metralhadora automática começa a disparar contra nós duas. Nos arrastamos até que fosse seguro parar. Eu olho para cima e vejo uma grade. Suspiro e faço sinal para ela.

–Pode fazer pezinho?

Ela me olha com indignação, mas aceita minha sugestão. Ela faz o pezinho e dá uma impulsão. Confesso que não esperava por isso, mas consegui me agarrar na grade. Uso minha força e agilidade e chuto a grade. Eu entro e me rastejo por este caminho de metal que, felizmente, está frio. 30 segundos depois, chuto a outra grade e caio exatamente atrás da metralhadora. Minha mão começa a brilhar e eu consigo destruir a arma. Como fiz isso não sei, apenas fiz.

–Caminho livre.

Depois de mais um percurso e chutando toda porta possível, só falta uma para invadir.

–Preparada ou vai amarelar? - Desafiou ela.

–Estou preparada.

–Então pega. - Ela me entrega uma pistola - Solte seu lado assassina.

–Melhor não.

–Amarelona. - Diz ela, chutando a porta e atirando em todos que vê pelo caminho.

Eu não entrei, não gosto de ver gente morrendo ao vivo. Apenas fecho os olhos e ouço os gritos de morte, de dor, de sofrimento. Com certeza estou sendo uma péssima anjo da guarda para os brasileiros. Passado o tiroteio, Yelena me chama para a sala. Eu entro morrendo de nojo por pisar em poças de sangue e corpos mortos.

–Achamos o pacote - Diz ela pelo comunicador. - Vamos esperar os outros.


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Notas finais do capítulo

Comentem aí qualquer erro. Agora o editor HTML não está bugado e não faço ideia do que aconteceu.
Confesso que esta não seria a formação dos Thunderbolts. Retirei o Mercenário, por exemplo, para colocar o Bumerangue (pelo que eu li, ele nunca erra o alvo), quase incluí Bazuca ao invés do Treinador e até considerei o Dentes de Sabre. Enfim, já tivemos muitas perdas nacionais. RIP todos os soldados brasileiros mortos neste capítulo. E no intervalo entre este e o próximo...
Acho que esta semana produzirei mais uma one-shot (ou Two-shot, nunca sei até a hora de fazê-la) e talvez seja a última. Ou talvez não. Enfim, veremos no decorrer dos dias.