Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 66
Abóbora flamejante




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Uma abóbora flamejante está me encarando. Pior ainda, ela tem um corpo revestido por uma armadura, uma bolsa estilo Duende Macabro e um planador redondo. E ainda fala!

–Mais sensual? Isso foi um elogio? - Perguntei, me recuperando

–Vamos dizer apenas que fará falta quando morrer.

Essa abóbora flamejante dispara raios elétricos em minha direção. Eu deslizei e parei debaixo do planador. Porém, ele voou mais alto e não pude quebrar o veículo. Meu sentido-aranha continuava disparando. Esqueci completamente das pessoas com cabeça de abóbora e portando armas de fogo.

–Atirem nela! - Ordenou a abóbora.

Eu peguei minha pistola e preparei-a apenas para neutralizar. Começaram os disparos. Meu sentido-aranha ficou louco! Não consigo nem ouvir meus pensamentos! Eu começo a disparar nos cidadãos. Eu atinjo alguns, mas outros desviam e desmaiam. Mesmo assim, os tiros não param. Minha pistola já está esquentando.

Minha situação é complicada: Estou guardando minha pistola de energia na cintura e ao mesmo tempo desviando dos disparos de não sei quantas pessoas. Começo a correr e disparar teias neles, desarmando-os. Felizmente, os disparos já pararam, pois ficaram sem munição. Aproveito e prendo-os em minhas teias.

–Foi fácil - Menti. Meu sentido-aranha não parou de disparar e fui atingida por uma bomba-abóbora. Tinha cheiro de veneno, mas não me preocupei. Sou imune a veneno.

Caí no chão e rolei até a parede. O cabeça-de-abóbora estava rindo. Será que este seria uma evolução do Duende Macabro?

Ele desceu do planador e senti que estava sendo desafiada. Corro na direção dele e nós começamos a lutar. Eu lhe dou um soco, mas ele se defende e revida. Tento chutá-lo, mas ele é bem mais rápido e segura minha perna. Depois, o planador chega até ele, que sobe e me leva de cabeça para baixo.

–Vamos dar um passeio, intrometida! - Ele disse, ganhando mais altitude até chegar ao teto. - Boa viagem ao chão! - Ele me soltou e comecei a cair.

Disparei teias para baixo com o intuito de amortecer minha queda. Desta altura não morrerei (eu acho), mas posso quebrar o pescoço, ou as costas ou qualquer parte do corpo. Por sorte, minha teia amorteceu a queda, como eu previa.

Rapidamente me livro dela e fico de pé novamente.

–Adeus, aracnídea! Até a próxima vida! - Gritou ele de cima, explodindo o teto e fugindo.

Como assim até a próxima vida? Ele simplesmente fugiu e me deixou aqui embaixo. Aí meu sentido-aranha disparou. Vi uma luz vermelha passando em frente ao meu olho. Depois apareceram 2, 3, 4, 10...bom, muitas luzes vermelhas surgiram. Eram miras de alguma polícia especial. De repente, centenas de policiais apareceram de todos os lugares possíveis.

–Quieta aí, garota! Você está presa por sequestro! Erga os braços e fique onde está! - Disse o provável líder deles.

–O quê? Sequestro? Não, eu sou inocente! - Tentei me explicar. - Estamos do mesmo lado da lei.

–Conte isso aos cidadãos que você mantém refém agora! - Ele apontou para as pessoas que acordavam.

–Não fui eu! Foi um cara com cabeça de abóbora flamejante. - Falando isso em voz alta pareceu idiotice - E isso não me ajuda a sair daqui.

–Nenhum pouco. Desde semana passada, vocês fantasiados perderam credibilidade comigo.

–Se eu disser que sou agente da SHIELD nível 7 posso ser solta? -

–Prove!

–Claro, estou com minha carteira bem...a...qui? - Não, não estava aqui. Esqueci de colocar meu cartão na SHIELD na minha cintura - Ops!

O líder deles se aproxima de mim e começa a algemar meus braços. Tento dialogar, mas ele não me ouve. Ele estava me conduzindo para fora do prédio juntamente com as pessoas desmaiadas e as crianças que estavam amarradas.

Meu sentido-aranha disparou. Não é para menos, afinal o FBI inteiro está apontando metralhadoras e pistolas com mira a laser para mim. Porém, eu olhei para uma criança. Ou melhor, o boneco de uma criança. Seria nada demais se ela não estivesse piscando e prestes a explodir. Tentei avisá-lo, mas ele me ignorava.

–Me escuta! Você nos matará!

–Quieta! Você tem sorte que o Direitos Humanos proíba de atirar em pessoas como você!

–Lamento por fazer isso. - Chutei a perna do líder. Ele me xingou e se ajoelhou. Aproveitei e pulei por cima de suas costas.

–Atirem nela! - Ele ordenou.

E começou mesmo o tiroteio. Quebrei as algemas e soquei alguns agentes do FBI. Cheguei ao brinquedo explosivo, peguei-o e comecei a correr para longe. Avistei uma janela e saltei por ela. Ouvia o boneco gritar "tic tac tic tac" com mais velocidade. Ele ia explodir agora!

Sem tempo a perder, fico de pé na escada, embrulho o brinquedo e o jogo para cima com toda a força que eu tenho! Felizmente, explodiu bem distante de vidas inocentes. Aquilo, porém, não impediu que os agentes do FBI quisessem me prender.

–Agora está presa por agressão! - Disse o líder. Eu apenas suspirei.

Quando já estávamos fora do prédio alguma coisa aconteceu: Uma forte ventania começou a nocautear os agentes do FBI. Quando a atenção deles estava ligada nesse mistério, algo me segurou e tudo virou um borrão. Eu já senti essa sensação antes, mas não lembro aonde.

Poucos segundos depois, reapareci em meu apartamento.

–O que aconteceu? - Pergunto, tentando me orientar.

–Nada demais! - Disse uma voz vindo do sofá. Quando olhei quem era, me assustei.

–Não é possível! Pietro?!


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Notas finais do capítulo

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