Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 42
Máquina mortífera




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/544530/chapter/42

–Agente Drew, vá na frente e nos guie com seu sentido-aranha - ordenou Capitão.

A voz dele estava um pouco diferente. Parecia mais...descontrolada. Acredito que ele esteja um pouco envolvido emocionalmente, assim como eu. Afinal, ele tem relação com a HIDRA. Só existe um Capitão América por causa dos planos da HIDRA - e do tal Hitler.

Andamos mais alguns degraus de escada. Não sei como o Capitão acha que eu conheço esta base. Nunca vi qualquer parte desta mansão na antiga base da HIDRA. Não é importante este detalhe por enquanto.

Ao passar por um corredor, meu sentido-aranha disparou. Não podia enxergar muito além de uma parede, mas conseguia ouvir algo marchando e se aproximando. Fiz alguns gestos para o Capitão América e ele se preparou, segurando seu escudo. Os agentes da SHIELD que nos acompanhavam armaram suas armas. Eu tinha uma pistola no tornozelo. Peguei-a, mas nunca usei em minha vida. E nem sei como usá-la.

Os passos se aproximavam a cada segundo. Simultaneamente, meu sentido-aranha está tilintando tanto que quase perco minha concentração. Enxergo um par de sombras. Eu ergo minha pistola, apenas instintivamente.

No segundo seguinte, revelou-se que era apenas 2 agentes da SHIELD perdidos por aí. Todos descansamos de nossa posição de ataque, mas meu sentido-aranha continuava disparando. Então, os agentes da SHIELD que haviam aparecido misteriosamente ergueram suas armas. Começaram a atirar.

–Cuidado! - gritei, alertando os outros.

Eu saltei e grudei no teto. Pude apenas observar o Capitão arremessando seu escudo, que batia nas paredes e acertou um dos inimigos. Ao mesmo tempo, o Capitão lutava com o outro agente falso. Incrivelmente, ele segurou de volta seu escudo, desviou de um ataque e empurrou o agente falso com a 'arma' redonda.

–Isto foi espetacular! - exclamei. Mesmo escondido pela máscara, consegui entender a feição no rosto do Capitão. Era para descer do teto.

–Concentre-se. - ordenou.

–Desculpa, mas eles estavam com a roupa da SHIELD.

–Confie apenas em seu sentido-aranha. Olhos e ouvidos podem nos enganar, mas você possui o sentido-aranha, que nunca falha.

–Entendi, Capitão. - concordei - Falando em sentido-aranha, ele está disparando agora.

Eu fechei os olhos e o abri. Tudo ficou lento. Exceto eu. Olhei para os agentes da SHIELD, que estavam atrás do Capitão América, mas nada vinha. Olhei para os lados. Nenhum resultado. Olhei para trás e a parede desmoronou. Um raio laranja veio em minha direção. De repente, tudo ficou rápido e eu saltei para o lado. Não pude ver o que aconteceu com o Capitão e os agentes, eu estava de cara no chão.

Olhei para a origem do raio e vi o que era. Uma armadura de força da HIDRA. Pelos detalhes novos, não é a mesma que nos atacou nas docas. Aparentemente, era maior.

A armadura ergueu a mão mecânica do lado direito, que tinha um círculo no meio das mãos. Este círculo começou a brilhar da cor laranja. Ia disparar novamente. Eu me reergui rapidamente e saltei para o lado. Naquele exato momento, o raio fez um rombo no chão.

–Agentes da SHIELD, atirem! - ordenou o Capitão.

Os agentes obedeceram e começaram a atirar na armadura. Eu estava bem perto da linha de fogo. Me distanciei aos poucos e encostei na parede. Não sei porquê, mas meu coração estava batendo descontroladamente. Acho que foram os dois sustos. Vi a morte em minha frente, duas vezes. Tentava recuperar o fôlego.

Porém, não tinha tempo para isso. A armadura de força estava liberando fumaça. Iria explodir.

–Capitão, cessar fogo! - gritei, mas minha voz era abafada por causa do tiroteio. Gesticulei com os braços. Felizmente ele entendeu.

Entretanto, eu julguei errado a consequência dos tiros. A armadura não iria explodir. Estava liberando energia e...preparando seu arsenal. Dos braços mecânicos surgiram muitas metralhadoras. As mãos estavam brilhando também. Ele lançaria novamente seu raio manual.

–Protejam-se! - ordenou o Capitão. Todos os agentes correram para longe.

Não tinha para onde eu ir. Daí me lembrei do buraco no chão que esta armadura abriu. Poderia usar este buraco contra ela.

Então, eu corri e parei em frente à armadura. Fiz gestos para chamar sua atenção e disparei teias na perna. Com toda minha força, eu puxei a armadura e forcei-a para cair no buraco. Estava conseguindo deslocá-la, mas ela atiraria em mim a qualquer momento.

Larguei as teias no chão e saltei por cima dela. Por fim, empurrei-a, mas ela segurou meu braço e caímos juntos.

Por causa do peso do robô, fomos quebrando todos os andares enquanto caíamos. Disparei teias para cima, torcendo para que acertasse algo e ficasse grudado. Felizmente, minha teia grudou em algo. Infelizmente, o robô não me largaria.

–Solte-me! - gritei. Eu chutei o capacete, mas era muito duro. Eu sentia meu braço sendo esticado. Já sentia muita dor. - Solte-me, agora! - gritei e chutei novamente o capacete. Desta vez, foi com muita força e o robô soltou-me.

Ele foi caindo por mais andares abaixo. Eu suspirei aliviada. Agora precisava subir e retornar ao Capitão América e os agentes da SHIELD.

Meu braço direito doía muito. Sentia que estava quebrado. Maldito robô! Não conseguia me mexer. Entretanto, alguma coisa me puxava para cima. Deve ser o Gavião Arqueiro ou a Natasha. Ou algum outro Vingador.

Distraí-me por um minuto e fui puxada para cima com força e violência. Estava vendo tudo de forma embaçada. Quando minha visão se normalizou, eu vi quem era.

Brock, escondido por detrás daquela máscara de caveira! Agora mesmo estarei morta.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!