Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 21
Sanctum Sanctorum


Notas iniciais do capítulo

E aqui lhes apresento um dos personagens mais criativos dos quadrinhos da marvel. Ele, para mim, é muito importante para todos os super-heróis que defendem o planeta Terra



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Que dor de cabeça! Nem consigo sentir meu sentido-aranha de tanta dor que eu sinto. Eu abro os olhos e me encontro deitada em uma sala escura e vazia. A cama é até confortável, mas o lugar parece um castelo medieval. Ouvia vozes distantes, muito distantes. Pareciam vir do corredor. Me sentei na cama e tentei achar alguma lembrança. A única coisa de que me lembro é ter levado um tiro nas costas e salva pelo Ben. Seria esta outra sala do edifício Baxter?

Me levantei, ainda com dificuldades. Me apoiei na cama e tentei forçar minha vista no escuro. Sentia dores em todo o corpo agora, não apenas na cabeça.

–Olá? - gritei e a voz ecoou na escuridão.

–Olá senhorita Drew. - disse uma voz. Levei um susto e me virei para ver quem era. Não via nada além da escuridão.

–Quem falou?

Uma luz acendeu e eu vi alguma coisa. Aquela luz estava ofuscando minha visão. Após alguns segundos, vi tudo com mais clareza. A luz vinha de uma mão. Acho que era o Johnny, mas aquilo não era fogo - e ele não me chamaria de 'senhorita Drew'. A mão se moveu para cima e a luz sumiu. Segundos depois, as lamparinas se acenderam. Eu vi um homem.

Ele tinha uma barbicha preta que quase cobria totalmente sua boca. Seu cabelo parecia com o do Doutor Richards, era grisalho nos lados e preto no topo. Sua roupa era um kimono preto com vermelho e algo parecido como uma capa aparecia por detrás dele. O mais bizarro de tudo é que ele estava sentado no...ar?

–Olá? - falei, confusa.

–Deite-se, por favor. - disse ele - Desculpe se a assustei. Sou o Doutor Stephen Strange. O Quarteto Fantástico veio até aqui pedir meu auxílio. Eles mencionaram tiros, cheiro de veneno e você, senhorita Drew. Utilizei das artes místicas para curá-la, mas não precisava.

–Como assim não precisava?- a cada segundo eu estava mais confusa.

–Acalme-se. Jéssica, este é meu lar, o Sanctum Sanctorum. Traduzindo, Santuário Santo. E você não precisou porque você é imune ao veneno. Segundo meu diagnóstico, os seus poderes de aranha a fizeram imune.

–Que ótimo, doutor! - falei - Onde estão Johnny e os outros?

–Eles estão no edifício Baxter. Avisei a eles que você ligaria quando acordasse. - ele posicionou as mãos acima de seus joelhos. - Creio que ainda tenha uma pergunta antes de meu empregado e fiel companheiro Wong entrar por esta porta e lhe mostrar onde fica o telefone.

Quando ele disse isso, senti minha espinha gelar. "Ele leu minha mente ou prevê o futuro?". Com certeza, ele me assusta.

–Sim - falei, ainda surpresa - tenho mais uma. O que está fazendo?

Ele sorriu e seu olhar penetrou meus olhos.

–Meditando. Forças sombrias tentam entrar em minha mente. Faço isso todos os dias neste horário. - respondeu. Depois, fechou os olhos - Wong a levará para o telefone se assim desejar.

–Está bem. Vou telefonar para o Quarteto. - falei, saindo de perto da cama e indo em direção à porta, mancando.

Saí daquele quarto e fechei a porta cuidadosamente para não perturbá-lo.

–Olá, senhorita. - falou uma voz fina e simpática. Novamente levei um susto. - Deseja algo?

–Sim, eu queria ligar para o Quarteto Fantástico.

–Sim, senhorita. Siga-me, por favor.

O homem era um asiático careca, provavelmente chinês - ou descendente. Ele vestia um kimono verde com detalhes amarelo e a calça era verde. Ele era baixinho, ficava mais ou menos abaixo de meu ombro. Ele arrastava os pés; pelo barulho, calçava chinelos de madeira.

O 'Sanctum Sanctorum" é realmente muito bonito e assustador. Não apenas aquele quarto como tudo aqui parecia uma antiga residência medieval, até mesmo os vitrais roxos na janela para dar um ambiente mais obscuro.

Wong sinalizou um aparelho preto. Era o telefone. Apesar de todas as estátuas de gárgula, os vitrais roxos e os portais ovais, havia uma tecnologia de séculos após a idade Média. "Impressionante."

–O número deles é o 4° na discagem rápida. Deixarei você a sós aqui.

–Obrigada, Wong. - Falei e ele saiu do minúsculo quarto, fechando a porta.

Disquei o número do Quarteto Fantástico. Após um breve barulho de espera, ouvi a voz do Johnny.

–Johnny? - Eu me enganei

–Aqui é o Johnny Storm e você ligou para o Quarteto Fantástico. Nós não estamos em casa no momento, provavelmente estamos salvando o planeta. Deixe o recado que retornaremos. - Um bip soou assim que terminou o recado.

–Johnny, é a Jéssica. Eu já estou bem. O doutor Stephen disse que eu sou invulnerável ao veneno. Liga de volta, ainda estou na casa dele. Bom...tchau. - desliguei.


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