Jessica Drew: A Mulher-Aranha escrita por Max Lake


Capítulo 115
O louco doutor Selvig


Notas iniciais do capítulo

A partir daqui iremos explorar uma parte pouco explorada em minhas fics. Vocês já devem saber só pela missão que Jessica e Barbara estão participando.



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Estamos em Cambridge, mais especificamente na Universidade de Cambridge. É aqui aonde o doutor Erik Selvig trabalha. Não estou totalmente confiante no sucesso dessa ideia já que o campus está vazio e chove bastante na cidade. Talvez estejam em recesso, é o que fariam em Chicago - foi o que fizeram quando houve um ataque de super-vilões por lá. Ou talvez não, afinal aqui é a Inglaterra e não os Estados Unidos.

Chegamos à porta do prédio de astrofísica, aparentemente vazio.

–Provavelmente está trancada a porta - Digo, completamente pessimista. Bobbi empurra a porta e, para calar minha boca, está destrancada.

–Provavelmente não. - Responde, entrando no prédio. - Deixa de ser pessimista, garota. Se estivesse trancado voltaríamos para a rua no meio da chuva.

Ela tem razão. A última coisa que eu vou querer é voltar para a chuva, pegar resfriado - não, esqueci que sou imune a doenças. (Ops!) Enfim, não quero voltar ensopada para o hotel.

Andamos pelo corredor procurando a sala, mas todas as portas estão trancadas. Exceto uma, que está com as luzes ligadas. Bobbi vai na frente, entra na sala e não sai mais. Eu entro logo em seguida.

A sala é extensa, com uma cadeira e uma mesa no centro cercada por centenas de cadeiras e mesas formadas em fileiras de frente para a mesa do professor. E lá está nosso objetivo, o doutor Erik Selvig. Ele está escrevendo no extenso quadro várias palavras, números, símbolos, muitos símbolos matemáticos. Ele parece descontrolado, suas roupas estão bagunçadas e sujas, seu pouco cabelo grisalho está bagunçado e há um cheiro esquisito na sala - tem uma garrafa cheia de líquido amarrada em sua perna. Não quero saber que líquido seja esse.

–Doutor Selvig. - Diz Barbara, mas ele nos ignorada - Doutor. - Ainda nos ignorando. Ela olha para mim como se eu pudesse resolver a situação. Encaro-a de volta, como se dissesse que não faço ideia do que fazer. Ela continua sinalizando.

–Doutor! - Grito. Sem resposta. Evitando mais uma tentativa frustrada, simplesmente disparo teias em suas mãos. Enfim ele reage, assustando-se.

–O quê? Quem são vocês?

–Somos agentes da SHIELD, doutor. - Diz Barbara - Sou a agente Morse, esta é a agente Drew e estamos aqui porque o diretor acha que pode nos ajudar em um assunto de sua especialidade.

–Como podem ver, moças, estou ocupado. Não tenho tempo agora para ensiná-las tudo o que sei sobre astrofísica.

–Mas não pedimos isso - Retruco. Ele volta sua atenção para o quadro - Doutor, viemos de longe só para vê-lo. Quer nos escutar?

–Lamento, tenho que terminar isso o mais rápido possível. Estou há três dias sem parar e estou perto de chegar a uma conclusão.

Nem vou perguntar se ele tomou banho, a garrafa na perna já responde a essa pergunta. Puxo Bobbi para um canto em que ele não possa nos escutar.

–E agora?

–Não desistiremos, Jess. Nossa missão é ele, então virá conosco querendo ou não.

–Eu sei. Podemos dizer logo a palavra mágica ou esperamos ele notar que não somos estudantes?

Ela pensa alguns segundos e então sorri. Retornamos até o doutor e Barbara tentou mais uma vez dialogar sobre nosso objetivo.

–Doutor, trouxemos uma pedra nórdica. Queremos que você a analise.

–É de Asgard! - Digo imediatamente. Bobbi me dá um leve tapa no braço - Essa é a palavra mágica.

Entretanto ele continua impulsivo e escrevendo no quadro. Nem Asgard o despertou? Que coisa esquisita. Olho para Bobbi mais uma vez.

–E agora?

Ela suspira e responde da maneira mais previsível possível.

–Não sei.

–Podemos amarrá-lo e levá-lo à força.

–Jura? Então sairíamos pela cidade arrastando um idoso amarrado que, provavelmente, gritará por socorro.

A resposta dela pareceu com as respostas que a Daisy dá para mim. Me senti uma otária por sugerir isso. E fiquei nervosa, já perdi a paciência com o doutor. Bobbi tenta segurar minha mão e me impedir, mas eu caminho até ele e empurro-o contra o quadro, derrubando o pincel e segurando-o com as duas mãos.

–Jessica! - Grita Bobbi. - Fica calma.

–Você virá conosco, doutor. É urgente, muito mais importante que seus cálculos sobre seja lá o que for.

–Solte-me, garota! Eu preciso concluir os cálculos agora.

–Jessica! - Bobbi grita mais uma vez.

–Não, não precisa! - Respondo - Você precisa de um banho, trocar de roupa - e de garrafa - e relaxar.

–Você não entende!

–Jessica, pare! - Barbara põe a mão em meu ombro. - Violência não vai resolver a... - Ela não conclui a frase.

–Se não for com violência, então como será? - Ela não me responde, só fica boquiaberta e encarando o rosto do doutor. - Barbara?

–Olhe para o rosto dele. - Sussurra.

Eu olhei e não achei nada de mais, exceto o cansaço evidente de um cara que não dorme há três dias.

–Os olhos dele. - Sussurra mais uma vez. Seus olhos são azuis.

–O que há de errado? É normal ter olhos azuis.

–Normalmente a íris é azul. - Ela tem razão. Os olhos de Selvig estão completamente azuis. Pupila, íris, o globo ocular, tudo. - Precisamos levá-lo imediatamente para a SHIELD tratá-lo.

–Não! - Ele me empurra com força - Eu não posso sair daqui! Tenho que concluir meus cálculos!

–Acalme-se, doutor Selvig! - Peço, segurando-o com força o suficiente para não esmagá-lo e nem para deixá-lo sem ar.

De repente ele puxa uma arma e aponta para minha cabeça. Bobbi age rapidamente e desarma-o. Eu também reajo e dou um soco em seu nariz. Ele desmaia. E não era para ter feito isso.

–Precisamos tirá-lo daqui. - Bobbi ergue-o e põe sobre seu ombro. - Vamos.

Eu fui na frente para certificar que não haja ninguém no caminho. E não houve. Saímos do prédio sem problema algum, mas ainda chove. Não, eu não tenho medo do que virá da chuva. É só água, nada mais. Com certeza não ficarei resfriada, como disse sou imune a doenças.

Atravessamos a pista e continuamos a caminhar. Em certo ponto, ouço a Barbara gritar. Ela escorrega ao pisar no boeiro. Ajudo-a a levantar e ainda carrego o doutor Selvig. De repente, no entanto, meu sentido-aranha vibra violentamente.

–Uou! - Digo, pondo minha mão na cabeça.

–O que foi?

–Sentido-aranha. Dói muito!!

–Calma, fica calma. Para onde ele está apitando o perigo.

–Não sei. - Deixo o doutor no asfalto e olho para todos os lados. Nada de estranho, a permanece deserta. E minha cabeça dói muito.

Barbara tenta me acalmar, dizendo palavras relaxantes como "tudo vai dar certo" e essas coisas clichês. Então eu vejo o doutor acordando. Aponto para ele. Logo em seguida meu sentido-aranha pára. Uau!

–Ele nunca vibrou assim antes. - Sussurro para Barbara.

–Seu nariz, Jessica. Está sangrando.

–Deve ser efeito colateral da dor - Digo. Não sei como tive tanta convicção nestas palavras, isso nunca aconteceu antes! - Vamos sair logo daqui.

Barbara pega o doutor, ainda com o mesmo comportamento, e caminhamos até a esquina. Então acontece outra vez.

–Ah! - Grito.

–Jess!

–O céu! - Sim, eu gritei isso.

Eu olho para cima e vejo o céu se abrindo. De repente um brilho colorido sai daquele buraco e cai muitos metros a nossa frente. O brilho é tão colorido que deixaria qualquer daltônico louco.

–Ele está aqui. - Murmura o doutor Selvig, rastejando no asfalto molhado - Ele está aqui.

–Quem está aqui? - Pergunta Bobbi, ainda dando atenção para mim.

–O Destróier! - Ele diz.

–O que é o Destróier? - Pergunto.

–Jess, se esconde atrás do carro. - Grita Barbara, também carregando o doutor maluco.

Meu sentido-aranha continua vibrando intensamente, quase me deixando desnorteada. De repente o brilho intenso desaparece. Eu espio para aonde estava brilhando e vejo algo. Um robô, eu acho, enorme, dou-lhe no mínimo 3 metros de altura. Vendo-o, o material parece cobre ou ferro ou algum metal qualquer. Ele não possui rosto, tipo, nariz, boca, olhos. A cabeça é fechada.

–Este é o Destróier, o protetor dos cofres de Asgard.

–Que coincidência! - Digo, ainda com dores.

–Não é coincidência. Ele veio por mim. Provavelmente Loki o mandou.


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Notas finais do capítulo

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