–Seja quem for, quer te ver morta. E não descansará até conseguir isso.

–Literalmente, eu já estou morta. Uma coisa eu sei, quem for o traidor, está neste exato momento se fingindo de bonzinho, enquanto espera a notícia da minha morte.

–E o que vamos fazer com esse caçador?! –Pergunta Dale

–Temos que mantê-lo aqui. Ele tem que me dizer. –Responde Annabelly

–Isso é fácil. Eu posso torturá-lo. –Disse Dale

–Você não vai fazer isso. E se você acabar matando ele?!

–Relaxa. Eu nunca beberia um sangue ruim como o dele.

–Eu duvido muito. Mas está bem, então. Pode ir. Dê o seu jeito.

–Agora sim.

Dale caminhou com um sorriso no rosto até o local onde Harper estava preso. Mas, foi parado por Annabelly

–Com uma condição.

–Lá vem. –Sussurrou.- E qual seria?!

–Se não der certo, eu quero tentar do meu jeito. Conversando com ele.

–Conversar?! Sério?! Você é muito boazinha.

–Isso é de sangue, Dale. Não aprendi a agir pelos meus instintos ainda. Me promete. –Annabelly olhava nos olhos do vampiro, que não resistia.

–Está bem. Está bem. Mas você só terá cinco minutos.

–Em cinco minutos não dá nem para perguntar o nome dele.

–Claro que dá. Se você for uma vampira.

–Espera. Então deixa que eu fale com ele primeiro. Depois você o tortura.

–Você ta brincando. –O vampiro virou o rosto.

–Ou é do meu jeito. Ou não temos jeito. A escolha á sua.

Dale não tinha opção. Annabelly se mostrava confiante em seu olhar. A única coisa que ele podia dizer naquela hora, era...

–Está bem. Vamos fazer do seu jeito.

Annabelly abraçou o vampiro e em seguida lhe deu um selinho. Lentamente, ela foi se afastando dali.

No castelo real, Darla brigava com o Duque. De novo. Jensell,escutara tudo de trás da porta.

–Eu só vou dizer mais uma vez para você. – Gritava Darla. – Se aquele caçador matar a minha melhor amiga, eu mando cortarem a cabeça dele e a sua.

–Você não teria coragem de fazer isso. –O duque estava sentado no sofá, tomando um drink, enquanto Darla estava em pé na sua frente.

–Você acha que eu não teria coragem de fazer isso?! Eu tenho coragem de fazer coisa muito pior. Grave o que eu estou lhe dizendo, se aquele caçador voltar com a cabeça da Anna em suas mãos, a sua cabeça e a dele irão rolar pelo reino.

O duque levanta-se, ainda com o drink em mãos.

–Você não pode ordenar isso. –Disse

–Eu posso sim, sabe por quê?! Por que no momento, o rei está doente e me deixou no comando para governar. Então, enquanto a Anna não voltar viva, eu continuarei no comando. E terei o maior prazer em dar essa ordem para os guardas.

Darla deu ás costas para o duque e andou em direção á porta. Jensell rapidamente se escondeu, não sendo visto pela rainha. Logo depois que ela desceu as escadas, O mordomo entrou no quarto.

–Como está, Jensell?! –Perguntou o duque

–Estou muito bem, obrigado. –Respondeu

–Já deu os remédios para o meu irmão?! –Perguntou

–Sim, senhor.

–ótimo. Irei vê-lo.

–Tudo bem, conlicensa.

Jensell sai do quarto e desce ás escadas, voltando para a cozinha. O duque anda até o quarto do irmão. O rei estava dormindo, mas acorda quando escuta o barulho da porta.

–Alexandre, é você?!

–Sim, irmão. Sou eu. Eu vim lhe ver.

De volta á floresta escura, Annabelly tirava a enorme pedra que impedia a saída de Harper. Ao entrar, ela o encontra deitado, com o braço por cima dos olhos. A rainha pensa que ele devia estar dormindo, também pudera, já era tarde. Então, ela vira as costas e caminha para saída.

–O que veio fazer aqui?! –Perguntou ele

–Eu achei que você estava dormindo. –Responde

–Não estou conseguindo dormir. Fico assim quando estou pensativo. –Disse Harper, ainda cobrindo os olhos.

–Hum... Entendo.

Annabelly senta-se perto do caçador, mas mantendo certa distância. Ela não sabia o que ele podia tentar e agora, estava sem o Dale para protegê-la.

–E então, o que a rainha das sombras veio fazer aqui?! –Perguntou, ainda deitado.

–Só quero conversar. –Respondeu.