A Rainha das Sombras escrita por Thaywan


Capítulo 4
Um Segredo que não podia ser revelado


Notas iniciais do capítulo

Finalmente o momento que todos esperavam. Percebi que existem alguns leitores fantasmas. Apareçam, eu não mordo, só a Annabelly, mas prometo que ela não fará nada a vocês. Espero que gostem do capitulo e dêem suas opiniões sinceras, por favor.



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P.O. V Annabelly

Fiquei trancada no meu quarto a manhã toda, já não sentia mais apetite. Eu sempre discutia com minha mãe por que eu não queria dormir, pois bem, agora eu quero. Tudo seria tão mais fácil se ela estivesse aqui comigo. Deus, por que o senhor a tirou de mim? Bom, tenho toda a eternidade para descobrir isso. A única coisa que eu queria agora era encontrar uma bruxa que desfizesse o meu vampirismo. Será que é pedir muito?

De repente, alguém bate na porta. Quem poderia interromper meu momento de reflexão? Era o Jensell. De novo. Perguntei o que ele queria, mas continua agachada no canto do quarto. Minha audição é ótima mesmo.

–Majestade. O Duque de Clarvheim gostaria de conversar com a senhora. –Disse ele

Duque de Clarvheim? O que ele estaria fazendo aqui? Ele nunca veio visitar nosso reino. Será que ele descobriu que minha mãe morreu e veio dar seus pêsames? Ou será que ele descobriu que meu pai está mal e veio ver ele? Ou será que ele descobriu... Aquilo?

Eu não podia perder esta chance. Arrumei meus cabelos e desci as escadas. Nem precisei trocar de roupa, já dormi vestido. Quer dizer, nem dormi. Quando cheguei à sala lá estava ele, tomando um pouquinho de café. Quando me viu, rapidamente se levantou e veio me cumprimentar.

–Anna, como você cresceu. Continua jovem e bela. –Disse beijando minha mão.

–Obrigada. –Respondi com um sorrisinho. – A que devo a honra da visita? –Honra que nada.

–Eu vim ver minha linda sobrinha. E meu irmão também.

Ah m poupe, ele nunca veio nos ver, agora chega todo com carisma? Certamente quer alguma coisa. Mas não posso perder a classe. E bem. Vocês ouviram certo. Ele é meu tio. Só não sei como alguém pode ir embora e deixar o irmão sem notícias por tanto tempo.

–Diga o que quer. Eu sei que o senhor é um homem muito ocupado, já que não veio nos visitar por tanto tempo. –Retruquei

Ele certamente percebeu do que eu estava falando. Tanto que pediu para Jensell e seus guardas nos deixarem sozinhos. O Mordomo hesitou, mas eu o deixei ir. Acho que é um papo de Tio para sobrinha.

–Olha Anna. Eu vou ser direto. Preciso de dinheiro. –Disse ele

Ahá. Eu sabia. Meu tio é daqueles que só lembram-se dos outros quando precisa de alguma coisa. Eu nunca cairia na lábia dele.

–Então quer dizer, que o senhor quer dinheiro emprestado? –Perguntei

–Emprestado não. Por que não terei como retribuir. –Disse ele

–E o que aconteceu com a madame que o senhor arranjou? Fugiu com outro mais novo? –Não podia deixar escapar essa

–Na verdade, ela me pegou na cama com outra mulher.

–Você a sua vida amorosa. Como eu não soube disso? Ah, já sei. Por que o senhor não vem nos contar. –Caçoei dele mesmo.

–Olha, É só uma pequena quantia em dinheiro para que eu possa sair do país. Depois disso você nunca mais irá me ver...

–Não vai fazer diferença. Nunca o vemos mesmo. Se for só isso que o senhor tinha para me dizer, então pode ir embora, Duque de Clarvheim. E não volte mais.

Eu o expulsei. Ele percebeu que não tinha nenhuma chance comigo e foi pegando suas coisas para ir embora. Ao passar por mim, ele sussurrou em meu ouvido:

–Pense bem, no que o seu pai iria querer.

Desgraçado. Ela sabia perfeitamente que embora fosse um cafajeste, meu pai nunca negaria um pedido a ele. Meu pai sempre fez tudo que meu tio queria e nunca teria coragem de dizer ‘’não’’ a ele. Eu poderia dizer perfeitamente ‘’Só que a rainha sou eu e sou eu que decido como as coisas funcionam’’. Mas pensei em meu pai. Só sou rainha por causa dele mesma.

–Está bem. Vou ver o que poderei fazer. Volte ao anoitecer que lhe darei a resposta.

–Obrigado. Tenho certeza de que tomará a decisão certa. –Tentando apelar para o lado emocional, que coisa feia.

Annabelly passou a tarde toda pensando no que seria melhor. Em uma hora, ela teve vontade de morder o pescoço de seu tio, mas conseguiu conter. A Noite chegou rapidamente. A Rainha havia decidido que iria pagar a quantia em dinheiro que ele queria. Pelo menos ela estaria livre dele para sempre. Ou não. Por que era meio óbvio que ele iria voltar quando o dinheiro acabasse. Enfim, fez o que seu pai faria em seu lugar.

Ela escutou muito barulho vindo do lado de for. Olhou pela janela e era o que ela esperava. Seu tio vinha a cavalo. E Algo dizia que ele já sabia da resposta dela. Seu tio entrou no castelo e se deparou com Jensell.

–A Rainha o espera em seus aposentos. –Diz o mordomo

–Obrigado, empregado. –Após dizer isso, ele subiu as escadas e andou em direção ao quarto da Rainha com um de seus guardas. Ele bateu na porta duas vezes e ela permitiu sua entrada. Apenas ele entrou, deixando o guarda do lado de fora.

–E então. O que decidiu? –Perguntou ele

–Não se faça de cínico. Toma essa droga e suma das nossas vidas. –Disse Annabelly.

–Espera aí, vamos com calma. Primeiro tenho que conferir o dinheiro.

–Me poupe. Eu não lhe passaria a perna se fosse para te ver longe daqui.

Enquanto ele contava o dinheiro, Annabelly o encarava com um olhar de irritação. O que ela mais queria naquele momento, era que ele terminasse logo de contar e sumisse de vez. Mas, seu tio fez algo que não deveria: Deixou o pescoço a mostra. A Vampira olhava se segurando para não fazer uma besteira. Mas era não agüentou.

Annabelly rapidamente jogou seu tio contra a parede e liberou suas presas. Ela estava pronta para matá-lo. Mas o que ela não contava, era que o guarda entraria no quarto, atirando em seu peito e apontando a arma contra ela. O mesmo fez seu tio, tirando a arma de seu bolso.

A Rainha se sentia em desvantagem. Os tiros já deviam ter chamado a atenção dos moradores que estavam ali perto. A Rainha então usou sua velocidade vampiresca para sair do quarto. Ela descia as escadas como se nada houvesse acontecido e já havia muitas pessoas se perguntando o que estava acontecendo.

–Conlicensa, me deixem passar. –Ela tentava passar por toda aquela multidão, quando o guarda que a havia atacado desce as escadas correndo.

–Parem ela. Parem a rainha. Ela é uma vampira. É um monstro. –Gritava

Todos ali se espantaram. A Rainha continuava a correr para longe do castelo. Ela virou seu olhar para trás e percebeu que vários guardas armados a perseguiam. Ela não tinha outra saída, ela encrencada. Sua única chance de sobreviver era indo para a floresta. A Mesma onde encontrara Dale. Lá, ela sabia que estaria a salva.


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