Surpresas escrita por Tayná Milene


Capítulo 2
Capítulo 2 - Passados


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo, não resisti, próximo quinta kkk



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Eu sinto a presença de mais duas pessoas, Esme e Carlisle, eu estava de costas pra eles e por isso eles não conseguiam ver meu rosto. Agora eu só tinha duas alternativas: ficar ou fugir. Mas como eu sou muito egoísta minha mente estava gritando para que eu ficasse.

–eu te conheço? –perguntou Esme delicadamente.

Eu paralisei por um segundo, então fechei meus olhos e uma lagrima caiu. Eu era muito fraca para fugir.

–a 98 anos atrás uma mulher escrevia uma carta que dizia: desculpe por tudo o que te fiz passar, lembre-se sempre dos momentos bons que passamos juntas, você é minha filha e sempre será em meu coração, mas eu tenho que fazer isso, eu não posso mais viver e fazer você sofrer comigo, me desculpe por isso. A mulher dobrou a carta e colocou sobre a mesa, depois se encaminhou para o penhasco que ficava a um quilometro da casa.–eu falei.

As lembranças vieram como uma bomba, mais uma lagrima caiu e então eu continuei.

–uma garota chegou em casa e encontrou a carta em cima da mesa e seguiu com toda a velocidade que pode até o penhasco, mas já era tarde, a mulher, sua mãe, já havia se jogado. A garota pulou o penhasco e se ajoelhou ao lado do corpo da mulher e então percebeu que ela ainda tinha batimentos cardíacos, a garota fez uma escolha e sabia que essa escolha teria conseqüências. Ela pegou o corpo da mulher e levou rapidamente até o hospital sem que ninguém percebesse. –eu disse.

Eu comecei a lembrar de cada detalhe dos acontecimentos.

–a garota ligou para um medico anonimamente, informando o paradeiro da mulher, ela sabia que ele seria o único que poderia ajudá-la. Ela olhou uma ultima vez para a mulher que ela considerava como sua mãe e se foi. O doutor curou e transformou a mulher, mas a garota sabia que o máximo que poderia fazer era observá-la de longe sem ninguém saber, pois a garota era e é perigosa para todos que conhece. –terminei a história deixado mais uma lagrima cair.

Abri os olhos e me virei pra Esme e ela estava em choque, assim como Carlisle. Alguns na sala não entenderam nada, mas outros sim.

–isso é... –Esme não conseguiu completar a frase.

–impossível? –perguntei completando sua frase. –querida Esme, nada é impossível.

Esme deu um passo a frente meio hesitante e então eu fui até ela e a abracei. Ouvi-a chorar sem lagrimas, enquanto eu deixava algumas lagrimas caírem.

–eu achei que nunca mais iria te ver... –murmurava Esme.

–e você achou que iria se livrar de mim tão facilmente? –perguntei a fazer do rir e se afastar um pouco.

–mas como você ainda esta viva? –perguntou ela. –seu coração ainda bate.

–isso é muito perigoso para você saber. –falei.

–Isabella, você acha que to ligando se é perigoso ou não? –perguntou ela e eu ri.

–você pode não se importar, mas os outros se importam. –falei me referindo ao resto dos Cullens.

Esme olhou pra Carlisle e ele assentiu.

–os outros não se importam. –falou Esme pra mim.

–Esme, essa é a ultima vez que nós vamos nos ver. –falei tristemente.

–não, por quê? Você não pode ir agora. Fique Isabella, por favor. –pedia ela.

–é perigoso de mais pra você. –eu falei.

Ela soltou um soluço e me abraçou.

–por favor. –pediu ela.

–Esme, por favor... –eu fui interrompida por ela.

–fique. –ela disse.

–olha Esme... Ta bom, mas eu preciso de um tempo pra pensar. –falei desistindo.

–eu te dou o tempo que quiser. –falou ela. –mas você não vai mais sair de minha vista.

–Esme... –ia falar, mas ela me cortou.

–você vai pensar morando aqui e nem adianta reclamar, daqui você não sai. –falou ela.

–desde quando você ficou tão mandona? –perguntei erguendo uma sobrancelha.

–desde que sou mãe de cinco filhos, seis contando você. –falou ela e eu ri.

–para tudo, sou só eu que não entendi nada ou tem mais alguém? –perguntou Emmet.

–to boiando. –falou Alice.

–eu também. –falou Jasper.

–então somos quatro. –falou Rosálie.

–somos cinco. –falou Edward.

–quer contar? –perguntei a Esme.

–eles já conhecem meu ponto de vista e eu gostaria de ouvir o seu. –falou Esme.

–vamos nos sentar. –falou Carlisle.

–você vai me contar tudo certinho sobre sua vida garota, desde o começo. Me entendeu? –perguntou Esme.

–ta bem, ta bem, mas eu aviso, vai ser uma história de terror. –falei.

–terror? –perguntou Carlisle.

–meu passado não é a coisa mais linda no mundo. –falei.

–não deve ser tão ruim. –falou Jasper.

–ouça e depois julgue. –falei e me sentei no sofá.

–tudo bem. –falou ele.

–bem, primeiro eu tenho que falar do passado de alguns de vocês, para vocês não ficarem me interrompendo depois. –falei.

–passado? –perguntou Alice.

–é bem com você que eu vou começar. –eu falei e olhei pra ela. –você não tem nenhuma memória humana, não é? –perguntei.

–não, mas como sabe? -perguntou Alice.

–bem, foi um amigo meu que te transformou. Ele te via como uma parceira e nós dois havíamos visto que você tinha o dom de prever o futuro, mas quando ele te transformou ele foi morto e eu tentei te achar, mas nunca consegui. –falei.

–mas porque eu não me lembro de nada? –perguntou.

–você estava em um hospício e eles faziam tratamento de choque em você para ver se você parava de ter “alucinações” como eles falavam. Quando ele te transformou você já estava meio maluquinha e sabia que a transformação te ajudaria. –falei.


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