Um pedido de socorro escrita por Minene


Capítulo 9
Ariane me visita


Notas iniciais do capítulo

Oi ♥



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Capítulo 9 – Ariane me visita

Oliver Pov's

Quando eu e Arthur estávamos voltando do colégio (depois da nossa pequena modificação nos dados do computador) lembrei-me que ele havia salvo alguma coisa no pen drive.

–O que você salvou no pen drive mesmo? –perguntei.

–Ah, é mesmo. – ele disse e começou a rir. – Você precisa ver isso, vamos assistir na sua casa? – ele perguntou.

–Pode ser, chamamos a Gina? – eu falei e tive a leve impressão de que ele ficou envergonhado ao ouvir o nome dela, mas logo em seguida ele disse que sim.

Então como já estávamos no caminho, fomos primeiro até a casa dela. Ele a chamou algumas vezes, porém ninguém respondeu.

–Deve estar dormindo. Vou lá dentro. – Arthur disse e abriu a porta com uma chave que tinha pego do bolso. Eu ainda não sabia bem o porquê dele ter a chave da casa dela.

Pouco tempo depois eles apareceram, Gina estava vermelha e o Arthur ria envergonhado de algo que estavam falando. Fiquei um tanto curioso, mas não perguntei nada a eles.

–Oi. – falei e a vi sorrir para mim.

(O sorriso dela é tão bonito...) eu estava viajando em meus pesamentos quando notei os dois olhando para o chão. (O que está acontecendo aqui?) pensei, e como ninguém disse nada tomei a iniciativa:

–Vamos lá? – perguntei para os dois – O Arthur quer que vejamos algo.

–É Gina, é muito engraçado. – ele falou rindo.

–Mais do que o ataque das pombas? – ela perguntou a ele enquanto ria.

–Xiu! Não espalha por ai. – os dois começaram a rir.

–Gente eu ainda tô aqui. – falei meio irritado.

–Desculpa Oliver. – ela disse. – Conto para ele? – ela perguntou ao Arthur.

–Não, isso é segredo. – ele disse. – Vamos logo.

(… )

Conversamos enquanto íamos andando e ao entrar em casa tive uma surpresa.

–MÃE?! O que a senhora está fazendo aqui?! – indaguei, era para ela estar no trabalho a essa hora. Não estava ainda na hora que eu chegava da escola e ela iria me matar.

–Que pergunta é essa? Eu moro aqui. – ela disse com um olhar que me dava calafrios. –Mas o que você e seus amigos fazem em casa essa hora? – ela perguntou de forma irônica e eu já sentia que estava muito encrencado.

–Ariane? – Gina e Arthur perguntaram juntos ao entrarem em casa. Foi então que eu a vi, estava sentada no sofá com um sorrisinho maldoso nos lábios.

–Oi maluca, oi ladrãozinho e oi Oliver. – ela disse e minha mãe a olhou assustada. (Ladrãozinho? De onde Ariane tirou essa ideia? Minha mãe ia pensar que ando com más companhias!)

–O que ela está fazendo aqui? – perguntei tentando mudar de assunto, queria levá-la até o segundo andar e atirá-la pela janela.

–Sua amiga Ariane me ligou, me avisou sobre suas novas amizades e sobre você andar cabulando as aulas. Eu estou muito desapontada com você. – ela falou com calma e eu me senti tão mal quando ouvi a última frase.

–Bem, parece que não precisam mais de mim aqui. Beijo dona Carol.

–Obrigada querida, não se preocupe mais, irie conversar com o Oliver para que ele volte a ser seu amigo. – minha mãe disse. (e Desde quando eu sou amigo dela?) pensei.

–Senhora Carol, eu posso explicar. – Arthur falou depois da Ariane sair.

–Explicar o que? Explicar com que facilidade você enganou meu bebezinho e o influenciou a cabular aulas com você e com a sua amiguinha?! – ela estava bem braba e eu estava ficando com medo.

–Nós não matamos aula, senhora. – ele falou.

–E o que estão fazendo em casa na hora que deveriam estar no colégio?! – ela perguntou.

–Nos liberaram mais cedo hoje para que possamos organizar um trabalho escolar. – Arthur disse de forma natural e me perguntei se ele estava acostumado a mentir assim. – A senhora pode olhar os nossos boletins quando chegarem, não temos faltas.

–Me desculpe filho, eu nunca quis desconfiar de você, – minha mãe começo a falar enquanto me abraçava. – mas depois de ouvir Ariane e vê-los chegar em casa tão cedo...

–Tudo bem mãe, mas não acredite na Ariane. Ela só diz essas coisas porque não gosta da gente. – falei e me senti aliviado. O Arthur tinha me livrado de uma bela encrenca.

–Oliver, nós vamos ali fora rapidinho e já voltamos. – Gina disse puxando o Arthur pelo braço. – Vai ligando o notebook.

–Ok. – falei e minha mãe foi indo preparar algo na cozinha (ela sempre faz coisas gostosas quando amigos me visitam).

Eu encostei o ouvido na porta. (Tá bem, admito. Sou muito curioso.)

–Foram expulsos pela dona Carol? – ouvi Ariane perguntar. (Por que ela ainda estava aqui?) me perguntei. – Foi, não foi? Bem-feito para vocês.

–Ariane, o que deu em você?! – ouvi Gina perguntar e sai para ver o que estava acontecendo.

–Oh, ele não te contou? – sai na rua e ela continuou a falar. – Seu amiguinho Arthur rouba seus remédios de louca na farmácia. – ela falou para Gina com um sorriso cínico no rosto. – E não devo nenhuma explicação para ninguém aqui, então tchau!

Gina estava parada e Ariane estava indo embora. Arthur ficou ali sem saber o que dizer e eu queria estar dentro de casa e fingir que não sabia de nada (e na verdade eu não sabia mesmo).

–Arthur, isso... isso é verdade? – Gina perguntou baixinho olhando para o chão.

–Eu... ela não... – Arthur tentava se explicar, entretanto se enrolava nas palavras.

–Você mentiu pra mim? – ela disse levantando a cabeça e olhando para ele, seus olhos estavam cheios de lágrimas. – Você disse que nunca ia mentir para mim! Por que fez isso?!

–Gina, desculpe. É que eu não queria te deixar triste...

–Funcionou? – ela perguntou, eu estava ali no meio de uma quase-briga e não entendia exatamente sobre o que estavam falando.

Gina esperou uma resposta. Uma resposta que não chegou. Estava quieta. Ela se virou para ir para sua casa, mas Arthur a parou:

–Espera. – Arthur segurou seu pulso. – Fiz isso porque você precisa deles, você sabe.

–Por que não me disse nada? – Gina estava olhando fixamente para Arthur.

–Porque você não ia concordar com a ideia, e eu não roubei nada Gina. Eu sempre deixei o dinheiro no balcão na hora do almoço dela. – ele se justificou. – Desculpa não te falar nada.

–Tá bem. – ela disse baixinho e ele a abraçou.

–Oliver querido! – minha mãe chamava lá de dentro. –Traga seus amigos para o almoço.

Fomos almoçar, minha mãe tinha feito lasanha.

–Vocês são melhores amigos do Oliver, não é mesmo? – minha mãe pergunta os observando.

–Sim, mãe. São eles. – respondi pedindo a Deus que ela não falasse nada sobre a minha pequena paixão secreta pela Gina.

–Oliver fala muito de vocês. – ela parecia estar muito feliz por conhecê-los e provavelmente nem se lembrava mais do que acontecerá pouco antes. –Podem vir aqui sempre que quiserem.

–Obrigado senhora Carol. – ele falaram juntos.

–Ora, disponha. Depois do almoço nós podemos ver uns álbuns de fotos de quando Oliver era menor. – (meu Deus, o que ela está fazendo?) abri a boca para protestar, mas Gina falou primeiro:

–Vai ser legal.

–Claro que vai. – minha mãe concordou batendo palminhas.

–Mas e o vídeo do Arthur? – falei para que desistissem daquela ideia.

–A gente vê depois. – Arthur respondeu sorrindo. –Não perco isso por nada no mundo. – sussurrou para me provocar (Traidor).

Depois de almoçarmos, mamãe buscou alguns álbuns antigos e começou a mostrar fotos para Gina e Arthur. Eu estava indeciso entre manter uma distância segura para evitar ficar envergonhado na frente deles, ou ficar próximo para tentar passar as fotos engraçadas o mais rápido possível. Minha mãe fazia comentários desnecessários e Gina e Arthur riam de algumas coisas que ela mostrava.

–Mãe! Você não ia apagar isso?! – perguntei ao ver duas fotos do meu aniversário de cinco anos, duas fotos ridículas que mostravam o momento exato que eu me desequilibrei do banquinho e cai de cara no bolo. A foto depois daquelas mostravam eu sorrindo com o rosto coberto de merengue.

–Tava com fome em... – Arthur falou rindo. Começou a zoação.

–Ele ficou fofinho assim. – disse Gina segurando a risada.

–Você é um doce, Oliver. –Arthur estava gostando da minha cara de “onde-foi-parar-minha-dignidade?” e percebi que se não fizesse nada, a zoação não ia acabar.

–Bem mãe, já vimos o suficiente por hoje, obrigado. – falei puxando os dois para o meu quarto.

Já no meu quarto, perguntei ao Arthur:

–O que foi isso?

–The zoeira never ends. – ele deu de ombros.

–Vamos ver o vídeo? – Gina perguntou.

Eu peguei o notebook e o Arthur o pen drive.

Sobre o vídeo da festa de final de ano dos professores... Era hilário. Alguns dos professores estavam já bêbados, dançando de uma maneira estranha e engraçada. O professor Paulo de história estava fazendo um monólogo para um monitor sobre algo que não dava para ouvir. A professora Mariana de português estava em um grupo de professoras que eu não conhecia quando alguém gritou –Olha a barata! –, elas subiram gritando nas mesas e ficaram lá até perceberem que era uma pegadinha da professora Gisele.

O vídeo durava cinco minutos e ao acabar já estávamos sem ar de tanto rir.

Depois disso eles foram para suas casas. Eu fiquei na sala vendo televisão com a mãe. Fazia muito que ela não tinha tempo para ficarmos assim, juntinhos.


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Notas finais do capítulo

Hoje eu vim aqui pedir desculpas por ter ficado todo esse tempo sem postar. Eu sei, foi maldade, mas não foi de propósito. Eu estou hiper-mega-lotada de coisas para fazer e não consegui arrumar uma hora antes para terminar esse capítulo. Desculpem, mas essas últimas semanas foram: aula, ensaio da apresentação, do trabalho de literatura, coral, aula de violão... Enfim, muita coisa.

Maaas, voltei porque amo vocês minhas fofas u-u. Essa semana eu tenho o trabalho do fat (feira de ciências do meu colégio), só que eu vou arranjar tempo, vou voltar a postar normalmente, uma semana sim e outra não ;)

Ah, e só consegui responder os comentários hoje. Eu não sei o que tá acontecendo aqui, não consigo responder todos eles, aparece uma mensagem estranha .-. Depois eu vou tentar de novo, qualquer coisa, desculpe.

Era isso, Beijo ♥