Um pedido de socorro escrita por Minene


Capítulo 8
Invadindo o sistema


Notas iniciais do capítulo

Oi gente kawaii. Capítulo novo adiantado para vocês ♥



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Ariane Pov's

Casa da Ana:

Acordei cedo com o barulho da Ana derrubando coisas no chão.

–Que horas são? – perguntei desnorteada.

–Seis e meia. – Ana respondeu enquanto se arrumava em frente ao espelho.

–Fala sério... Seis e meia e você já está se ajeitando para a escola? – indaguei.

–Claro, preciso estar bonita hoje. – Ana disse.

–Por que disso? – perguntei.

–Matheus. – falou sorrindo.

–Legal, apaixonada de novo. – comentei ironizando. Sempre Ana se apaixona por um guri da classe. – Estava até demorando esse ano.

–Não enche. – ela disse quando me veio à mente um pensamento e falei em voz alta:

–E o Oliver? Não gostava dele? – falei lembrando de uma conversa nossa de pouco tempo atrás.

–O passado fica no passado. – Ana disse como se fizesse muito tempo (o que não fazia). – E ele anda faltando muito, desse jeito vai repetir de série ano que vem.

–Como assim? Ele não está indo as aulas essa semana? – perguntei pensando no porquê disto.

–Nem ele, nem o Arthur. Eles devem estar matando aula em casa com a Gina que está de suspensão. – Ana disse enquanto penteava os cabelos lisos e loiros.

–Você não imagina como essas palavras alegraram meu dia. – falei sorrindo.

–Ariane! Você não vai dedurá-los para a mãe do Oliver, não é?! – Ana quase gritou.

–Eu não entendo, está os protegendo? – perguntei.

–Não, mas é errado. Não vai fazer isso, né? –

–Não se preocupe. Sei exatamente o que vou fazer – falei levantando da cama. – Tem nescau?

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Arthur Pov's

Casa do Arthur:

Acordei com o som irritante da campainha sendo tocada repetidas vezes. Levantei-me gritando “Já vai” pensando que gostaria de matar o infeliz que interrompera meu belo sonho.

–Quem é? – perguntei changando na sala.

–Quem você acha? – era a voz do Oliver, abri a porta para ele.

–Eu estava dormindo, sabia? – falei enquanto ele entrava rindo.

–Com o que estava sonhando? – perguntou e senti meu rosto corar.

–Com nada ué. – falei envergonhado, na verdade estava sonhando com o beijo que tive com a Gina no dia anterior, mas Oliver não sabia disso e nem tinha necessidade dele saber.

–Sei... Bem o que aconteceu? – (… do que ele está falando?) pensei. – Você me ligou ontem, lembra?

–Ah sim, lembrei. – eu havia esquecido, mas enfim. – Sabe a Katerine, nossa colega nerd?

–Sim. – Oliver assentiu.

–Ela tirou nota nove em... acho que geografia. – falei.

–Tá e dai? – Oliver estava esperando.

–Sim, geografia... Parece que ela precisava de dez, sabe os pais dela são muito exigentes.

–E...?

–Calma. Ela é nerd até demais e não seria estranho para ninguém se ela estivesse com a nota máxima quando os boletins chegassem...

–Me chamou só para dizer isso? – Oliver estava ficando impaciente.

–Não. Eu vou invadir o sistema de computadores da escola para arrumar a nota dela.

– … Que? – ele estava com uma cara bem engraçada, de “não entendi nada, continue”.

–Ela me deu um código que (não me pergunte da onde ou como ela conseguiu), mas parece que com ele eu posso acessar tudo no computador principal do colégio... tipo as notas e... nossas faltas.

–Ela sabe que você vai fazer isso? – Oliver estava começando a entender.

–Na verdade ela pediu que eu fizesse isso. Aumentasse a nota dela, por isso me deu esse código.

–O que nos vamos fazer? – ele perguntou.

–Vamos aumentar a nota de Katerine, apagar nossas faltas e excluir o histórico das duas brigas da Gina com a Ariane. – falei satisfeito com a ideia.

–E se alguém notar? – ele estava assustado, parecia até que iriamos fazer algum crime contra a humanidade.

–Calma, eu já planejei tudo. Ninguém vai perceber se fizermos tudo na hora certa. – eu disse, já tinha um plano, tudo daria certo.

Expliquei o plano para Oliver e ele estava um tanto quanto nervoso, porém eu lhe dei total certeza de que não seriamos descobertos.

O deixei sozinho vendo televisão e fui tomar banho. Quando terminei de me vestir peguei um bolinho de chocolate na cozinha e saímos para o colégio.

–Não deixe ninguém vê-lo. – disse e me separei dele.

O plano era bem simples: Ele iria até a salinha perto da sala dos professores e ficaria espiando. Eu pegaria as chaves de uma faxineira sem ela me ver. Ele me mandaria uma mensagem dizendo se eu já poderia ir até lá e quando eu chegasse lá, nós iríamos para a sala de cima (que fica trancada, por isso as chaves eram necessárias) e eu poderia então acessar os dados do computador principal.

Fui devagarinho até o refeitório, onde as tias da limpeza ficavam conversando. No canto da mesa eu o vi, um maço de chaves.

Fiquei esperando uma oportunidade, não podia ser visto. Uma delas levantou indo em direção às janelas no fundo. (Agora) pensei no momento que a outra estava distraída. Eu estava muito nervoso, mesmo assim cheguei bem perto da mesa e puxei as chaves de uma só vez.

Não fez barulho. Elas não me viram, sai bem rápido sem olhar para trás. (meu Deus) pensei, quase morri do coração.

Andei até o banheiro masculino para esperar a mensagem do Oliver sem se visto. Cinco minutos se passaram até ele enviar: “Td limpo, a prof. Gisele acabou de sair”.

(… )

–Até que enfim chegou. – Oliver disse ao me ver.

–Há. Não reclame, você ficou com a parte mais fácil.

–Eu sei. Conseguiu a chave?

–Quase morri para pegá-la. – falei mostrando o chaveiro.

–Sabe qual delas é? – Oliver disse e notei que eu não sabia. Fiz que não com a cabeça.

–Tentativa e erro. – Ele decidiu e eu concordei.

Entramos na sala pequena e empoeirada do lado da sala dos professores. Eu me perguntei como alguém podia usa essa sala estando tão suja (a mulher da secretária precisava subir para o sótão toda vez os computadores normais estragavam).

Puxei uma escadinha verde que ficava próxima do teto e subi alguns degraus.

–Nunca limparam aqui? – ele indagou.

–Acho que não. – falei rindo. – Que droga. –falei depois de ter tentado umas cinco chaves. –Têm muitas.

–Tenta a azul. – ele sugeriu. – A pequena.

–Certo. – tentei e era a certa. – Como sabia? – perguntei olhando para ele.

–Chutei. – Oliver disse dando de ombros.

Abri a portinha que estava acima de nossas cabeças e subi pela escada. A sala era escura e sai tateando o ar até achar o interruptor.

–Credo. – Oliver disse junto a mim.

A sala era grande, porém muito bagunçada. Lá tinha desde equipamentos de esporte que a escola não usava mais até brinquedos do jardim de infância, classes e cadeiras velhas.

–Onde está? – ele olhava para todos os lados até notar no fundo da sala um computador antigo. –Ali. – falou.

–Ok. – sai driblando as tralhas que ficavam no meio do caminho. – Cuide da porta! – gritei para Oliver.

Finalmente, depois de tanto esforço eu estava no computador principal. Peguei no meu bolso o código que tinha anotado em uma folha, acessei o sistema. Comecei a entrar em pastas e me impressionei com a facilidade de achar os dados importantes que estavam salvos no computador.

–Meu.Deus.Do.Céu. – falei quando vi na pasta “festa de final de anos dos professores” um vídeo onde alguns professores estavam dançando (muito mal) e alguns outros estavam bêbados.

–O que foi? –Oliver perguntou.

–Vi uma coisa muito engraçada – falei rindo. –, vou salvar no meu pen drive e em casa nós vemos. – eu disse pegando o pen drive no bolso do casaco (sou prevenido, sabia que teria algo para salvar).

–Foco Arthur. Foco. – ele pedia.

–Ok, ok. – concordei.

Em poucos minutos eu achei a pasta que eu queria. Apaguei as duas brigas que tinham da Gina com Ariane no sistema. Depois aumentei a nota da Katerine em geografia e umas notas minhas em educação física e história. Também melhorei uma nota da Gina em química e uma nota do Oliver em biologia. Então apaguei as faltas que eu e Oliver tínhamos e adiantei nossa presença nessa semana (para podermos faltar mais um pouco). Por último atualizei para ter certeza que as minhas alterações haviam sido salvas.

Tudo certo.

–Terminei. – disse para ele indo até a saída.

–Aleluia. Pensei que não ia ser hoje. – Oliver falou irônico.

–Magoou. – falei brincando.

Descemos a escada verde. Eu tranquei a portinha e quando olhei para trás … a tia da limpeza olhava atônita para nós dois. Oliver sem reação. (Droga) pensei.

Desci a escada. Os dois estavam parados sem se mexer.

Então fiz o que tinha que ser feito. Peguei o braço da mulher e disse:

–Você não viu nada. – falei soltando o chaveiro na mão dela e puxando o Oliver para fora da sala.

(… )

–Não acredito que isso deu certo. – Oliver falou depois de sairmos do colégio.

–Você viu a cara dela? – perguntei e começamos a rir.

–“Você não viu nada” – Oliver tentou imitar minha voz, ao mesmo tempo nós riamos disso e do fato que um plano tão bobo tivesse dado tão certo.


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Notas finais do capítulo

O que vocês acham que a Ariane está planejando?
reviews, please?



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