Prov Ally

Acordei com a droga do despertador. Era sinal que tinha que ir para o inferno da escola. Tentei achar o botão pra desliga-lo, mas sem sucesso. Já irritada com o barulho que ele estava a fazer, joguei lá ao longe. Depois de longos e longos minutos decidi-me levantar. Fui em direção ao banheiro, olhei meu reflexo. Eu estava horrível, olheiras profundas e meus olhos inchados por conta do cansaço. Despi-me, deixei-me levar pela sensação de minhas roupas deslizarem em meu corpo. Entrei na minha banheira e banhei-me. Enrolei-me numa toalha e fui até meu closet. Vestiuma T-Shirt, uma calça e um sapato qualquer e desci. Andei até a cozinha e fiz meu café da manhã. O barulho da campainha de minha casa entrou em meus ouvidos. Aproveitei o caminho até a porta e deixei a louça do café da manha e na pia e fui atender. Lá estava a Latina, Patrícia Maria De Lá Rosa ou como prefere ser chamada, Trish.

–Oi Ally , tudo bem ?

– Claro Trish como cê ta?

– Muito mal, só de saber que tenho ir para a escola já me sinto muito mal.

Tranquei a porta de minha casa e segui o caminho para a escola com a minha melhor amiga.

– Trish , não é assim tão mal . – Entreolhamo-nos e gritamos juntas.

– É HORRIVEL – caímos na gargalhada.

A Trish parou no meio do caminho. Estranhei seu ato e parei também.

– Que foi Trish , tudo bem?

– Não …- interrompi.

–Eu sei como é horrível ir para escola.

–Não! - olhei estranhamente – Quer dizer você tem razão mas não é isso que estou a pensar. Eu estava a pensar que você devia mudar.

–Mudar? – repeti a ultima palavra que ela citara.

– Sim, mudar!

– Como assim Trish? - perguntei confusa.

Já tínhamos voltado a caminhar nas ruas quentes de Miami.

– Mudar o seu estilo, você não quer que aconteça como no ano anterior né?

Lembranças invadiram meus pensamentos. Eu fui tão humilhada no ano passado. Sabe uma coisa, cansei de ser humilhada!!

– Talvez! -abaixei a cabeça e sorri de canto. Eu já sabia o que ia vir ai. Um surto enorme da baixinha do meu lado.

–COMO É QUE É? ALLY D. VAI MUDAR DE VISUAL? MERCE DANÇA. - Eu não disse? A morena começou a dançar e a cantar “ eu consegui, eu consegui”. ( Autora / Imaginem a Trish dançado Ok ? :D )Ri da cena. Depois de ela parar continuamos o caminho. Chegamos a escola e encaramos os grandes portões da Marino High School. Entramos e nos separamos, pois tínhamos aulas diferentes. Estava tão distraída a mexer em meu celular que acabei caindo em cima de alguém. Parabéns Ally Dawson você arrasa!!

Esperei a queda se finalizar e abri meus olhos. Era um garoto, a primeira coisa que eu reparei foi no brilho de seus olhos. A cor de seus olhos era da cor do chocolate derretido. Seus cabelos eram loiros e bagunçados o que deixava um ar selvagem. Sai de cima do garoto, ajeitei minhas vestes.

– Olhe me desculpe, cair em cima de você não estava nos meus planos. - tentei me desculpar .

– Não faz mal , sei que não fez por mal – sorriu e eu retribui . Cara que sorriso :D

O sinal soou nos corredores da escola. Eu não me poderia atrasar, o professor era dos piores.

– Olha eu preciso de ir. Xau garoto-sei-lá-do-que! – corri em direção mas sou cortada pela voz do garoto que cai em cima.

–Hey -me viro -meu nome é Austin , Austin Moon e o seu?

– Ally , Ally Dawson – Essa era eu , uma garota de 17 anos Uma rapariga normal e completamente diferente , confuso né ? Sou normal porque tenho tudo que as garotas têm: Um nariz, uma boca, uns olhos, corpo, cabelo e por ai fora. Sou diferente porque se eu meter uns velhos amigos de longa data nos meus ouvidos esqueço tudo a minha volta. A Latina que conheceram a pouco é a minha única amiga. Somos amigas a 15 anos. Ela é como se fosse uma irmã para mim, irmã de outra mãe. Moro sozinha, como já perceberam. Meus pais? Minha mãe morreu em um acidente de carro. Meu pai, esse nem olhar na minha cara. Anda a viajar com a sua nova família. Como me sustento? Meu pai mete por volta 5.000 $ reais cada semana. Ele pensa que o dinheiro me traz felicidade. Minha mãe era muito má. Ela tratava-me tão mal, por isso to nem ai para a morte dela. Ela fez-me sofrer muito. Tinha apenas 4 anos quando ela me bateu com o rolo de massa. APENAS 4 ANOS. Só eu e a Trish sabemos disso. Alem desse segredo tem vários como por exemplo eu toco vários instrumentos e componho. Sai dos meus pensamentos quando cheguei na sala de aula. Por sorte o professor ainda não tinha chegado. Sentei-me bem na frente a espera do professor. Depois de vários minutos passados ele chega. Tentei prestar atenção na aula, mas não consegui pois um certo loiro com olhos super encantadores não deixou!

Prov Austin ,

Ontem, eu e a minha família chegamos a Miami. Tivemos que ficar hospedados na casa da minha avó Sandra. Hoje começaria um novo ano letivo. NADA BOM, EU SEI!! Acordei com meu irmão a pular em cima de mim.

– Dez, você quer para de pular em cima de mim? - disse irritado .

– Não cara, isto está a ser demais – fala ele rindo.

Enervei-me e sai da cama deixando o ruivo a saltar na minha cama. Andei até ao meu banheiro e banhei-me. Fiz minhas higienes pessoais, segui para meu closet e vesti-me. Sou tirado dos meus pensamentos por um ruivo chamado Dezmond, mais conhecido por Dez.

– Cara nossa mãe pirou!

– Como assim Dez? – perguntei confuso

– Ela fez mais de 4 pratos de panquecas...- não deixei ele acabar de falar e corri em direção a cozinha.

Ataquei as panquecas que minha mãe fez. Olhei para ela que me encarava brava.

– Mãe o que foi?

– Austin Ray Moon , você pergunta . Doeu sabia? -minha fez cara de ofendida. Não estava a entender nada.

– O que doeu?

– Eu fiz as suas queridas panquecas e nem um obrigado ou um bom dia não é?

– Desculpa! BOM DIA MÃE COMO A SENHORA ESTA? SABE AS PANQUECAS ESTÃO DELICIOSAS. VALEU!

– Que isso menino que me mata?- caímos na gargalhado .

Logo desce Dez e senta-se na mesa connosco.

– Oi mãe cadê nosso pai?

– Ele teve que ir trabalhar no escritório, agora acabem de comer para não chegarem atrasados na aula.

– Ok – Falamos eu e o Dez

Terminamos de comer e fomos para a escola. Durante o caminho Dez fazia palhaçadas e eu desatava-me a rir. Era impossível não rir xD. Fomos em direção a secretaria para buscar nossas senhas do armário . Por puro azar não os nossos armários não era a beira. Separamo-nos e fomos cada um para o seu armário. No meio do caminho, acabei tombando em alguém. Fiz sem querer a tal pessoa cair em cima de mim. Quando senti o chão em minhas costas abri meus olhos. Era uma garota. Perdi-me no brilho de seu olhar. Seus lábios pareciam ter sido desenhados e pintados delicadamente. Seu cabelo parecia ser macio como pétalas de rosa. Sai de meu transe quando ela levantou-se. Ela parecia envergonhada por ter caído em cima de mim.

– Olhe me desculpe, cair em cima de você não estava nos meus planos. - sorri. Ela estava mesmo envergonhada.

– Não faz mal, sei que não fez por mal – sorri. Ela retribuiu meu sorriso. Seu sorriso me fez quase perder meus sentidos.

Eu ia perguntar o seu nome, mas por ironia do destino o sinal tocou.

– Olha eu preciso de ir. Xau garoto–sei– lá-do- que! – sorri. Eu não ia deixar de perguntar o seu nome. Não agora!

–Hey – ela se vira e me encara -meu nome é Austin, Austin Moon e o seu?

– Ally, Ally Dawson – nome bonito.

Eu estava muito atrasado para o meu primeiro dia de aula. Corri até meu armário e peguei meus livros. Fui em direção até a sala. Bati a porta e o professor mandou entrar.

– Alunos, esse é o novo aluno Austin Moon . – Austin , prazer . Tenho meus 17 anos mas logo logo tenho meus 18 . Meu melhor amigo é o ruivo de hoje de manha . Vivia em L.A mas como sabem cheguei ontem a Miami . Meus pais transferiram o emprego pra cá . Meu pai não é lá muito presente mas eu não posso me queixar . Minha mãe trabalha em casa . Ela é advogada . Só somos nós : Eu , minha mãe , meu pai e meu melhor amigo e irmão Dez . Meu sonho é entrar na faculdade de musica ( Autora / : Olhem gente o Austin tem o mesmo sonho que eu . Ebbaa .) Na minha outra escola eu era popular mas nesta não pretendo . Tenho coisas mais importantes a fazer como reencontrar a tal morena que tortura minha cabeça , não de um jeito mau mas sim do bom .Sou interrompido pelo o professor de cabelos grisalhos que aparenta ter seus 67 anos.- Pode-se assentar a beira da senhorita De Lá Rosa.

Assenti e fui me assentar a beira da menina. A maioria das meninas piscavam para mim. Mas eu sou algum pisca – pisca? Sorri constrangido.

– Elas são sempre assim. Pegam os meninos e deitam-nos fora. Desculpa eu sou a Trish.

– Austin, credo, me sinto um E.T estão com os olhos vidrados em mim.

–Cê se acostuma. Você vai se assentar com quem hoje na hora do almoço?

– Com meu irmão!

– Chama seu irmão e senta comigo e com a minha melhor amiga, vai ser legal. Ok?

– Beleza! Qual é o nome dela?

– Ela se chama …- ela foi interrompida pelo professor.

– Senhorita De Lá Rosa e senhor Moon têm alguma coisa a partilhar?

– Sim – ela disse – esta mal escrito a palavra mercúrio.

– Obrigada senhorita De Lá Rosa.

Ela sorriu para mim e eu retribui. Voltamos a prestar atenção a aula. Pelo menos ela, pois eu não conseguia para naquela morena que tombei a minutos atrás.