A História de Uma Filha de Deméter escrita por Geek Unicorn


Capítulo 2
A Notícia


Notas iniciais do capítulo

Estou postando o cap 2 porque uma pessoa comentou (vlw, Dark ^-^)
Já sabem: sem comentários, sem história. Se não comentarem não sei se vcs gostam. Posto o próximo quando tiver uns 5.
Espero que gostem, amores :3



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"A biblioteca estava toda em silêncio, quando de repente..."

... A porta se abriu com um barulho, e entrou uma mulher de cabelos castanhos, pele um pouco bronzeada e olhos escuros. Usava um vestido azul, com o desenho de algumas penas de pavão e uma tiara dourada. Ela olhou para cima, onde eu estava, e exclamou:

– Melinda, acho melhor a senhorita descer. Sua mãe está lhe procurando e algumas ninfas furiosas também.

– Como me achou, tia Hera?

– Vi você e Hermes correndo em direção a biblioteca. Logo depois fui para o pátio e vi a confusão que estava lá, e sua mãe furiosa. Deduzi que estavam se escondendo aqui por causa dos... cereais?

– Exatamente...

– Desce, ela só vai ficar mais furiosa se você não aparecer.

– Ela tem razão, Mel. Desça. - Atena falou.

Eram duas contra uma. Hermes até teria me defendido se não continuasse dormindo, mas como eu estava sozinha no momento... desci.

E meus deuses, que erro. Quando estava indo em direção ao pátio junto com Hera, vi as ninfas e os sátiros juntando as coisas que haviam caído no chão, e minha mãe no meio deles, ajudando. Ele tinha uma expressão furiosa.

– Isso não é nada bom... -murmurei

– Não é mesmo - tia Hera concordou

Quando cheguei lá, onde todos podiam me ver, se viraram ao mesmo tempo me encarando com uma expressão de: "maldita praga dos infernos, ela voltou pra atrapalhar nossa vida"

– Já pro seu quarto, Melinda. Vamos! - mamãe me pegou pela mão e me puxou até o seu templo.

Ela entrou comigo no quarto e bateu a porta. Ficou me encarando durante um tempo, e depois finalmente disse:

– Olha, eu entendo que você não goste de comer os cereais. Mas sair correndo daquele jeito, derrubando todo mundo... o que deu em você?

– Desculpa, mãe. Foi muita emoção.

– Muita mesmo, Melinda. Olha, eu não vou mais te obrigar a comer os Froot Loops, mas você vai me prometer que não vai fazer mais bagunças assim.

– Ahn... sem zueira?

– Sem zueira.

– Mas mamãe, the zueira never ends!

– Mel, eu não estou brincando! Sabe, acho que Hermes anda está sendo um mau exemplo para você.

– Não! Tio Hermes é ótimo! Ele é meu melhor amigo, mãe.

– Exatamente. Você só é amiga de deuses, e está só tendo a vida de um, uma oportunidade que os outros meio-sangues nunca tiveram. Não acha isto um tanto... injusto?

– É... talvez. Mas foi a senhora que me aceitou aqui.

– Ah, preferia que eu tivesse deixado você nas ruas, como Annabeth Chase ficou? Não sou uma mãe tão horrível assim, Mel. Mas, só acho que você está causando confusão demais porque está acostumada a fazer o que Hermes faz: só brincadeiras.

– Então vai fazer o que?

– Vou mandar a senhorita para o Acampamento Meio-Sangue. Para treinar, ter aulas com Quíron e viver como uma semideusa normal.

– Porque... porque não me mandou pra lá antes, afinal?

– Mel... - ela soltou um suspiro cansado- Não sei bem como lhe explicar isso, mas você herdou alguns poderes meus, um tanto, diferentes dos seus outros irmãos. Você pode controlar as estações, assim como eu. E, enquanto seus irmãos conseguem se curar com plantas em um processo mais lento, com você é imediato. Você controla a natureza com bem mais facilidade, e é muito poderosa. Resolvi que seu lugar era aqui, já que tem poderes tão grandes

– Quer dizer que eu sou mais forte que um semideus comum?

– Sim, querida. E nas ruas de New York, na casa do seu pai ou até no Acampamento Meio-Sangue você não saberia lidar com tamanho poderes, e nem as pessoas a sua volta saberiam. Você é muito diferente deles, Quíron deveria dar atenção redobrada para você, enquanto os outros meio-sangues iam acabar ficando de lado. Achei melhor mantê-la aqui comigo, no Olimpo.

– E porque eu nasci assim? Porque eu sou diferente dos outros?

– Seu pai, Mel. Ele tem parentesco com a deusa Íris, e só depois que você nasceu eu soube sobre isso. Eu sabia que você era especial, então resolvi manter você no Olimpo, comigo, e treiná-la para quando você tivesse entre 12 e 13 anos para ir para o acampamento.

– Então, agora que eu sei controlar os poderes, você acha que eu posso ir pra lá?

– Exatamente.

– Tudo bem... quando eu vou?

– Daqui a uma semana. A temporada de verão começa na próxima segunda-feira, e eu vou levá-la pessoalmente. Preciso falar com Quíron para ele ficar de olho em você, "pestinha".

Eu estava ansiosa, e ao mesmo tempo confusa. Queria conhecer meu irmãos, mas não sabia se ia ser bem aceita por ser um tanto... diferente dos outros semideuses.

Decidi não pensar tanto no Acampamento, então aproveitei a semana ao máximo, antes de ficar longe do Olimpo: eu e Hermes trollamos várias pessoas, pratiquei arco e flecha com Ártemis, nadei na piscina com tio Poseidon, passei parte das minhas tardes na biblioteca, com Atena e muitas outras coisas legais que dá para fazer no Olimpo. Na noite de domingo, antes de ir para Long Island, eu estava arrumando minha mala. Mamãe entrou no meu quarto, e me entregou algumas coisas que eu iria precisar pra passar o verão lá. Ela me entregou uma camiseta laranja, com o desenho de um centauro e escrito "Camp Half Blood" para eu usar nos treinos. E também me entregou um arco recurvo, e uma aljava feita de couro, cheia de flechas.

– É um presente de todos nós do Olimpo, e foi Ártemis e Apolo que conseguiram. Você vai precisar para treinar. Ah, e é claro, também precisa de uma arma de curta distancia.

E ela me entregou uma foice. Mas não aquelas foices da morte, mas aquele tipo de foice com a lâmina curva e com o cabo curto. Ela me explicou que os filhos de Deméter tem uma habilidade especial com a foice, assim como ela também tem.

Eu realmente tinha gostado dos presentes. As armas eram muito legais, e a camiseta era bem bonita (por mais que aquele laranja fosse bem... chamativo). Eu estava realmente ansiosa para chegar ao acampamento, então arrumei minhas malas, que se resumia em uma grande bolsa marrom no estilo carteiro (que Hermes havia me dado de presente de aniversário). Coloquei tudo o que eu precisava nela (inclusive meu MP3, que era o único aparelho eletrônico que mamãe me deixava ter) e a deixei em cima da minha escrivaninha.

Amanhã seria um looongo dia.


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Notas finais do capítulo

Bjss, seus lindos ^-^