–Senhor e senhora Starlin, como o senhor deve saber, eu Amo a Amélia, e gostaria um dia de me casar com ela, por isso eu gostaria da autorização de vocês para isso, eu sei que nós começamos a namorar a pouco tempo, e já estava em meus planos pedir a autorização dos senhores, mas não era agora, mas a Alice apareceu, e tomou conta de mim e da Amélia, e por isso queria saber se os senhores permitem o nosso casamento. -Estiven começou a dizer sem rodeios o que ele queria.

Meus pais se entreolharam e com apenas o olhar eles decidiram.

–Estiven, - meu pai começou dizendo. - nós permitimos que você se case com a nossa filha, assumindo assim a Alice, que mesmo não sendo fruto do casamento de vocês, é algo que vocês como casal decidiram, e isso é ótimo, significa que vocês tem o que um casal precisa. -meu pai prosseguiu. - Porém, nós temos uma duvida, que é em relação aos estudos da Amélia, pois embora ela esteja no último ano da faculdade, ela vai querer fazer intercâmbio, e nós não queremos vê-la pressa, proibida de fazer o que gosta. -Minha mão tomou a fala.

–Sra. Camile , Não se preocupe, eu seria incapaz de impedir a mulher que eu amo a fazer o que ela gosta, o dia em que casarmos, ela poderá fazer o que quiser, e nós decidiremos as coisas juntos, e eu não vou impedi-la de viajar, se ela quiser levar a Alice, não vou impedi-la, nós nos casaremos, mas eu jamais a prenderei, ela será livre para fazer o que achar melhor. - Estiven respondeu sério, demonstrando que era sério o que ele falava.

–Ótimo sendo assim, nós permitimos. - Minha mãe disse

[No quarto]

Alice olhava admirada o quarto que agora era dela, e eu só a observava.

–Então, o que acha? - Perguntei.

–É maravilhoso mãe, obrigada! - Ela correu até mim e me deu em abraço carinhoso.

Incrível como três letras me fazem chorar, é só ouvi-la me chamar de 'mãe' que eu me derreto toda.

–Ótimo! Agora, eu e o seu pai temos que sair, e a vovó e o vovô vão ficar aqui com você, se você precisar de algo pode pedir para eles, ok?

–Sim senhora, Obrigada! - Alice respondeu com um sorriso no rosto.

Saí do quarto e fechei a porta, desci asa escadas, e fui aonde meus pais e Estiven ainda estavam conversando.

–Com licença. - Falei ao entrar no cômodo. -Estiv, amor, tem algo que nós precisamos fazer antes de apresentar a Alice aos seu pais. - Disse segurando em seu braço.

–Claro amor, nós já sabemos onde fica podemos ir lá agora mesmo, vou ligar para a Anabeth, e ver onde a encontramos.

–Mãe, pai, nós temos que oficializar a nossa adoção, e por isso, vamos falar com os pais da Alice, hoje não irei para a faculdade, tenho que resolver isso, podem por favor pedir para a Lia para vir pra cá o mais rápido possível, e de pois pedir pro André, assinar a chamada?

–Claro filha! - Minha mãe disse.- Vá lá e resolva tudo o que você tem para resolver, deixa que eu e sou pai cuidamos disso. - Minha mãe disse cutucando o meu pai.

–Isso mesmo, pode deixar que a gente resolve pra você. -Meu pai disse

–Obrigada! Bem, vou indo, a Alice tá lá em cima com a Genevivi, por que vocês não sobem e passam um tempo com ela? - Disse já abrindo a porta.

–Ótima ideia, vamos lá agora mesmo. - Meu pai disse eufórico.

Sai, e fui para o carro, onde o Estiven já me esperava dentro do carro, entrei.

–Anabeth vai nos encontrar no fórum, vamos lá buscar ela, e depois vamos direto para a antiga casa da Alice. - Estiven disse assim que eu fechei a porta do carro.

O caminho até o fórum foi bem calmo, e rápido, chegamos e Estiven buzinou para Anabeth, que rapidamente entrou no carro.

–Oi Ana! É bom revê-la! - Disse olhando para o assento de trás.

Anabeth ou como eu costumo chama-la, Ana, é uma moça de uns 30 anos de idade, ela é assistente social, e trabalha com essa parte de adoção, mesmo ela sendo mais velha que o Estiven, a família deles é próxima, e por isso a relação deles também.

–Oi Ames! Quanto tempo mesmo! Como anda a família? - Ela perguntou com um sorriso simpático no rosto.

–A família vai bem Ana, agora tá até crescendo um pouco. - Disse dano uma risadinha que ela retribuiu.

Fomos conversando até a casa da Alice, chegamos rápido, e eu logo reparei que tinha algo errado.

–Amor, - Disse olhando para o Estiven assim que ele desligou o carro. - Liga o carro novamente, e estacione o carro na esquina. - Disse olhando ao redor.

Estiven estranhou.

–Por que amor? O que aconteceu? - Ele disse ligando o carro e indo até a esquina.

–Ana, você sentiu isso também? - Eu senti algo estranho no ambiente da casa, algo como se fosse sofrimento de criança, e após trabalhar dois anos e meio como voluntária em uma Ong que cuida de crianças, eu aprendi a sentir isso.

–Senti sim Ames, tem algo errado, vou chamar o Gerrad, ele entrará com a gente. - Ana é casada e tem duas filhas, Gerrad é o seu irmão, ele é policial investigativo, trabalha na perícia, e assim que ela disse que o chamaria, já sabia que tinha algo errado.

–Ames, o que está acontecendo? - Estiven perguntou aflito.

Expliquei para ele, o que eu tinha aprendido, e disse que como a Ana tinha filhas, ela mais do que eu sentiria se houve algo errado, ele compreendeu e assim que Ana desligou o telefone, pôs-se a dizer.

–Então tem algo errado na casa? Tipo, uma criança ferida ou algo assim? -Estiven perguntou para a Ana.

–Antes fosse, sinto que é algo pior, por isso Gerrard está vindo para cá, assim ela entrará com a gente.

Ficamos em silêncio, lá no fundo eu sabia o que tinha acontecido mas não podia acreditar, o tempo passou rápido, em 15minutos Gerrard chegou, e então entramos na casa.

As luzes estavam acesas, e as portas abertas, olhamos o primeiro andar inteiro, e então subimos para o segundo, olhamos o banheiro e o escritório, enfim chegamos aos quartos, o primeiro parecia que era o dos pais, Gerrard abriu a porta.

–Ai meu Deus! - Disse tampando os olhos e enfiando a cabeça no peitoral no Estiven, era h9orrivel de mais para olhar.