O anel cor de sangue escrita por Panda Furys


Capítulo 7
Como pode desistir de viver?


Notas iniciais do capítulo

Leiam, comentem, espero que gostem



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/543974/chapter/7

O caminho até o hospital foi bem silencioso, eu não consegui pensar em alguma coisa que não fosse no bem estar da menininha, fui me perguntando. "-Será que ela esta bem? Foi grave? O que eu e o Estiven vamos dizer se chamarem a polícia? E os pais dela?"

Finalmente chegamos ao hospital e Estiven saiu do carro, tomou a menina em seus braços, e nós saímos correndo em direção a emergência do hospital.

–Amor ela esta sangrando.

–Eu sei, querida, vamos logo.

Chegamos na emergência e tinha uma mulher na recepção.

–Moça, moça, por favor, nos ajuda, ela esta sangrando muito. - Eu disse correndo na direção do balcão, e mesmo com a visão turva por causa das lágrimas, eu consegui chegar nela

–Ela quem senhorita? - A moça respondeu olhando minha roupa ensanguentada.

–A menininha que meu namorado carrega nos braços. -Eu disse apontando para Estiven que vinha logo atrás com a garota nos braços.

–Minha senhora! O QUE HOUVE??? - A moça perguntou correndo na direção de Estiven

–Ela se jogou na frente do carro, e o carro certou ela com tudo. -Disse caindo em prantos.

–Médico! Chamem o Médico de plantão! Agora! - Ela disse para dois enfermeiros que se aproximaram ao ouvir a confusão.

O médico rapidamente chegou, e trouxe consigo uma maca, onde ele tirou a menina dos braços de Estiven e a colocou.

–Ela está com um ferimento na cabeça, braço quebrado e lacerações no rosto! Tratem de limpa-la logo, para fazermos uma tomografia.!

O médico deu as ordens, e todos os enfermeiros deram de cumpri-la, então ele se dirigiu até mim e ao Estiven que estávamos parados um ao lado do outro se saber o que fazer.

–Senhores! -Ele disse nos cumprimentando. - Qual de vocês é o responsável pela menina?

–Nenhum de nós. -Eu respondi percebendo que Estiven estava perplexo.

–Então que é o responsável por ela? Só posso tratar os assuntos médicos e financeiros com o responsável, Tenho que saber o que houve.

–Eu não sei quem são os pais, mas nós estávamos indo para a minha casa de carro, e quando ele fez a curva para entrar na rua, a menininha se jogou na frente do carro, e não tinha ninguém com ela, agora assuntos financeiros, eu posso resolver isso depois... - Eu disse segurando a mão do Estiven e trazendo ele de volta á realidade.

–Não se preocupe, eu assumo as despesa, mas primeiro salvem ela. - Isso a única coisa que Estiven falou.

Nesse momento um dos enfermeiros chegou.

–Doutor, já limpamos a menina, e demos sedativos, o senhor já pode examina-la.

–Ótimo, Obrigado! Bom, se você é que trouxeram ela até aqui, vou permitir que a acompanhem.

–Obrigada! -Respondi

–Obrigado! - Estiven disse.

E seguimos o doutor até onde a menina estava, ela era muito bonitinha, cabelos loiros, olhos azuis, pele branca meio bronzeada, devia ter uns 9 anos e tinha o jeito de menininha.

O doutor examinou ela por um tempo, e então finalmente falou.

–Bom, a principio não tem nada grave com ela, ficar inconsciente é normal por causa do choque da batida, ela tem um braço quebrado, que logo engessaremos, o rosto um pouco arranhado, e eu vou fazer uma tomografia pra ter certeza que não tem nada errado.

–Certo. -Respondemos em coro

–Vamos, mecham-se, levem ela para a sala de tomografia. - O médico disse aos enfermeiros.

–Fiquem aqui, uma assistente social virá falar com vocês.

–Ok. - Respondi

Não demorou muito até a moça chegar, mas já fazia um tempo que eu e Estiven estávamos no hospital, então como já devia ser umas 18h, e como eu deixei o celular na bolsa e a bolsa ficou no carro, não podia falar com ninguém.

–Com licença. -A moça disse entrando no leito onde antes a menina estava. - Vocês foram quem trouxeram a menininha aqui?

–Sim, fomos nós. -Estiven disse

–Meu nome é Jeniffer e se não se importam vou fazer algumas perguntas.

–Tudo bem, pode fazer. -Estiven respondeu forçando um sorriso.

os 15 minutos que se passaram foram da mulher fazendo perguntas sobre a menininha, sobre mim, sobre o Estiven, como isso aconteceu.

–Bom, acho que já tenho informações o suficiente.

Ela saiu, e eu encostei minha cabeça no ombro do Estiven.

–E agora? -Perguntei

–Esperamos. - Ele respondeu.

–Pelo que exatamente? -Perguntei já confusa.

–Pelo médico, por que você não dorme enquanto ele não chega? O dia foi agitado e você tem que descansar, afinal amanhã é segunda-feira, e você tem faculdade.

–Sim senhor! - Disse dando uma risadinha.

–Não se preocupe, eu te acordo. -Ele disse olhando para mim e sorrindo, pude sentir que apesar dele estar sorrindo e com o rosto sem expressão alguma, ele estava preocupado com a menina.

Eu adormeci. devia ser umas 19h quando Estiven me acordou.

–Ames, acorda, o doutor e a menina estão aqui.

Eu abri meus olhos, e me deparei com uma maca na minha frete com a menina dormindo em cima, e o doutor na ponta.

–Olá! -O doutor disse. - Fico feliz em informar, que não teve nenhuma lesão na cabeça, e que logo, logo ela vai poder brincar e voltar ao normal, mas eu quero mantê-la em observação no hospital essa noite, o conselho tutelar está sobe a guarda da menina, pelo que parece ela mora com os pais, mas eles não puderam vir.

–Certo. Obrigada!

–Amor, você pode ir até o carro pegar a minha bolsa? - Perguntei olhando para Estiven

–Claro querida! -Ele disse se levantando e saindo.

O doutor e o Estiven então saíram da ala e foram conversar lá fora, não sei bem sobre o que mas eles ficaram conversando.

A menina então começou a se mexer na cama, e eu me levantei para ver se ela estava bem, ela então abriu os olhos.

–Oi . -Eu disse abrindo um sorriso gentil.

–Onde eu estou? O que aconteceu? - Ela perguntou confusa.

–Não se preocupe, você vai ficar bem. Qual é o seu nome?

–É Alice, como eu vim parar aqui?

–Você sofreu um acidente, prazer Alice, meu nome é Amélia.

–Olá Amélia, como eu sofri... ata, já sei como eu vim parar aqui.

–Já? então você pode me contar por que se jogou na frente do carro?

–Posso, eu me joguei por que estava triste, não queria viver.

–Como assim? Quantos anos você tem?

–Nove, é que eu sou a 6º filha da minha mãe, e ela queria um menino, e desde que eu nasci ela disse que eu sou impura, e não deveria ter nascido, ela trata minhas irmã com luxuria e me faz trabalhar todos os dias, papai fala a mesma coisa, e diz que eu não mereço estar viva, nenhum deles liga para mim, por isso eu me joguei.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "O anel cor de sangue" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.