O escolhido escrita por Claramelo


Capítulo 15
Charlotte Darling


Notas iniciais do capítulo

Gente mil desculpas pela enoooorme demora.
É q tive uma viagem da FACULDADE, na terça, e só voltei sexta. Não tive tempo de escrever nada final de semana passado Pq tava arrumando as coisas pra viagem.
Enfim tá ai, espero q gostem
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Tento desviar dos dois soldados que vem apressadamente em minha direção, mas não sou rápida o bastante, esbarro no ombro de um deles e caio no chão com força.
– Sai do caminho criada! - diz me encarando, antes de seguir o outro sem me ajudar a levantar.
Eu não deveria ter vindo, deveria ter ficado em Illea, no castelo, que era minha casa desde que meus pais morreram e me deixaram sob os cuidados de uma amiga da família que era cozinheira, quando eu tinha doze anos.
Eu só tinha vindo porque Violet tinha pedido, ela sempre foi gentil comigo, na verdade todos da família real sempre foram. Nos tornamos amigas, quando Violet decidiu ir escondida a festa daquela garota famosa, a quase uma semana.
Eu a ajudei a preparar as coisas para vinda a Itália, e a receber sua amiga de infância Olívia, que se tornou minha amiga também nesses últimos dias. Eu estava tão anciosa para finalmente conhecer a Itália, quando o ataque aconteceu e Violet desapareceu. Agora eu vagava pelo palácio italiano, sempre tentando ajudar e consolar as pessoas próximas a ela.
Devo confessar eu não estava fazendo um bom trabalho, sempre atrapalhava as outras serviçais e acabava me trancando em algum armário para chorar pelo desaparecimento da minha amiga. Ela era uma garota incrível, não merecia estar nas mãos de rebeldes.
Quando começo a recolher e dobrar as toalhas que caíram da minha mão quando o soldado me derrubou, vejo alguém se aproximar de mim e começar a me ajudar, não reparo em seu rosto, pensando ser alguma outra criada que veio limpar mais uma de minhas bagunças, até que ele oferece a mão para me ajudar a levantar.
Fico extremamente vermelha quando vejo que a pessoa que me ajudou é ninguém menos que príncipe Píetro.
– Obrigada senhor. - digo olhando para baixo com o rosto ainda corado.
Vejo com o quanto dos olhos ele sorrir, mas não era um sorriso presunçoso e sedutor como aquele que ele dirigiu a Liv, desde o momento em que a viu no aeroporto, esse era triste e distante.
– O senhor está bem? - pergunto dessa vez olhando para o seu rosto.
Ele olha para mim e vejo tristeza em seus olhos.
– Estou sim... - diz suspirando. - Você está bem?
– Eu? Como assim?
– Vi aqueles soldados empurrando você, não se preocupe eu chamarei a atenção deles mais tarde.
– Não precisa alteza, eu estou bem. - digo com um meio sorriso - Eles estão apenas fazendo o trabalho deles tentando encontrá-la.
– Quase dois dias...
– O que? - pergunto sem comoreender o que ele havia dito.
– Ela está sumida a quase dois dias e ninguém consegue encontrar nenhuma pista ou pronunciamento dos rebeldes...
Quase dois dias... Eu não havia reparado o tempo passar estava tão imersa em tarefas ou chorando, ou preocupada com Louis lá fora tentando encontrar alguma pista.
– Tenho certeza que vão encontrá-la. - digo sentido minha garganta apertar.
– Mas sob que condições?
Não preciso que ele me explique sua linha de raciocínio, na maioria do tempo a minha era a mesma. Eu sempre me repreendia por ser tão pessimista, mas saber que mais alguém pensava assim, fez eu entrar em pânico.
– Eu sinto muito senhor, tenho que ir terminar meu serviço. - digo e saio quase correndo, já sentindo as lágrimas em meus olhos.
Quando dobro o corredor esbarro em alguém e mais uma vez caio no chão junto com as tolhas.
A pessoa se abaixa e quando vai começar a recolher as toalhas eu grito em meio às lágrimas.
– Não preciso de ajuda! Posso juntar as toalhas sozinha.
Começo a juntar as toalhas furiosamente até que sinto uma mão segurar meu queixo e fazer eu olhar para cima.
Quando vejo seus olhos castanhos, sinto o chão se esvair sob meus meus pés. Eu pulo em seu pescoço, fazendo o cair, e começo a chorar sob seu abraço que fica mais apertado a medida que meus soluções vão aumentando.
Fico sentada no colo de Louis por um bom tempo, até que minhas lágrimas vão cessando junto com os soluços.
Ele se afasta o suficiente para ver meu rosto, que provavelmente deve estar muito inchado, e começa a afastar os cabelos que ficaram grudados em minhas bochechas.
– Vamos encontrá-la, eu prometo. - diz acariciando meu rosto.
– Príncipe Píetro disse que os rebeldes ainda não se pronunciaram, e se ela estiver...
Sinto as lágrimas mais uma vez em minhas bochechas. Louis me aperta contra ele mais uma vez, e seu abraço me faz sentir segura e até certo ponto consolada.
Violet era uma das poucas amigas que eu tinha, se não fosse por ela nem Liv seria minha amiga, não podia surportar a ideia de perder uma amiga. Mas eu tinha que me manter forte, eu não podia fraquejar agora. Ela não estava morta e era isso que manteria em mente até que fosse provado contrário.
Eu começo a me levantar e ele me ajuda. Junta as toalhas que ficaram no chão e as entrega para mim.
– Preciso deixar essa toalhas no quarto da princesa Amberly.
Digo e começo a me afastar dele, mas não vou muito longe quando sinto sua mão em meu pulso. Volto- me para ele.
– Você vai ficar bem? - me pergunta com um olhar preocupado.
Eu confirmo com a cabeça e ele se aproxima de mim. Normalmente eu me afastaria com o rosto corado, devido minha enorme timidez, mas eu queria que ele se aproximasse.
Ele deposita um longo beijo em minha bochecha, bem próxima aos meus lábios. Uma parte de mim queria que o beijo fosse neles, mas a outra parte que estava em luto, agradeceu por ele ter respeitado meu momento.
Ele se vira e continua pelo corredor oposto. Fico parada olhando ele se distanciar, até que eu mesma começo a me dirigir pelo corredor.
Mais soldados passam por mim apressados, mas dessa vez eu desvio de todos, duas quedas já foram suficientes por hoje. Subo as escadas e chego ao quarto de Amberly. Bato na porta e espero que ela seja aberta ou alguma resposta para que possa entrar. Espero um tempo e não recebo nenhuma resposta, bato novamente, sem resposta. Na terceira vez, bato e vou abrindo a porta lentamente.
– Alteza? Estou entrando, ok?
Enfio a cabeça pela porta, e olho ao redor procurando-a. Ela está sentada em uma espécie de banco acolchoado que é acoplado à janela. Esta de costas com a testa encostada na janela.
Dirijo-me a uma mesa próxima à porta do banheiro, e deixo as toalhas que estava carregando. Vou até a cama para arruma-la, mas assim que me aproximo percebo que nem ao menos foi desfeita.
Volto minha atenção novamente para a princesa que continua na mesma posição que estava quando entrei.
– Princesa Amberly? - digo me aproximando.
Não toco em seu ombro, temendo uma reação agressiva. Apenas me aproximo e me abaixo próximo ao banco, tentando ver seu rosto.
Ela não está chorando, na verdade apenas encara o lado de fora da janela. Lá fora ainda é possível ver fumaça subindo ao céu de longe. As explosões provocaram um estrago imenso na grande avenida de Roma, muito prédios foram destruídos, outros incediaram e levaram horas para apagarem.
– Princesa? - dessa vez toco em seu ombro.
Ela toma um susto e me encara.
– Charlotte, não vi que estava aí.
– Sinto muito tê-la assustado, só queria ver se estava bem, se precisa de alguma coisa.
– Não preciso de nada, obrigada. - diz voltando a encarar a fumaça. - Só ficarei bem quando encontrarem minha irmã.
A janela dela dava para ver grande parte da entrada do castelo. Com certeza ela deve ter passado a noite olhando por ela, esperando...
Essa era a primeira vez que eu via Amberly, desde o ataque, já havia visto Rei Maxon e a rainha América, Olívia e Píetro.
De todos, provavelmente a mais afetada era a rainha. Ela amava suas filhas com toda a sua força, e qualquer um que passasse alguns minutos próximo a elas perceberia isso. Rei Maxon estava extremamente frustrado e geralmente era possível ouvi-lo gritar com alguns soldados quando eles voltavam sem notícias de sua filha. Devia ser horrível para ele agir assim, ele era um rei generoso e bondoso, nunca havia tratado nenhum de seus subordinados daquela maneira, mas a mínima possibilidade de perder sua filha devia estar acabando com ele.
Olívia, era mais firme e dura, nunca demonstrava sua dor, mas quando conversávamos eu podia ver em seus olhos a sua tristeza e principalmente a culpa que sentia. Tentei convencê-la de que não havia nada que ela podia ter feito, mas ela simplesmente me ignorou e mudou de assunto.
Píetro passava a maior parte do tempo fora, provavelmente bebendo e se metendo em confusão, dizia Roberta, a senhora qu estava no carro conosco durante o ataque. Ela não estava errada, pois noite passada ele havia sido tirado de uma festa extremamente bêbado, por ter brigado com um cara, por causa de uma garota.
Já Amberly, havia sido levada para o quarto, no momento em que acordou, e pelo que fiquei sabendo não havia chorado ou esboçado qualquer emoção, ficava o tempo todo no quarto.
Ouço batidas na porta, volto minha atenção para Amberly, que mais uma vez está perdida em seus pensamentos.
Levanto-me e me dirijo a porta, quando abro vejo parado na soleira Benjamim Woodwork.
– Cadê a Ambs?
Não tenho tempo de responder, pois um vulto passa por mim e se joga em Benjamim. Ele retribuiu o abraço, enquanto pela primeira vez desde que Violet desapareceu, Amberly sai do choque e começa a chorar.


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