Academia de Mediadores : Linha vermelha escrita por Evelyn Andrade
Meu coração palpita acelerado enquanto pisco confusa, ele estava falando sério?
–Vovó? - eu chamo de novo
–Shiuuu. - Ele diz como advertencia. - Rápido levante-se.
Eu me sinto obrigada a sentar na cama, meu corpo ainda desperta lentamente do sono e sinto minhas pernas bambas. Algo pesado é colocado em cima de meu colo, meus olhos já se acostumando com a escuridão identificam uma mochila.
– Pra que isso? - Minha voz não é mais alta que um sussuro
Sinto a aproximação de meu avó.
–Ai está tudo o que vai precisar em sua jornada Rose.
–O que? - pergunto confusa
–Você tem que ir, quando estiver longe o suficiente abra a mochila e lá terão as coordenadas para você seguir em frente.
–Vovó?
Um estrondo alto é ouvido no andar de beixo e eu me encolho surpresa, voví caminha até a janela, eu estou tão assustada que não sei o que fazer, a brisa gelada entra pela janela e agradeço por estar com pijamas confortaveis e quentes.
–Vamos saia por aqui,estamos no segundo andar estão você vai ter que escalar um pouco.
–Escalar? vovó, vamos chamar a policia!
Meu avó balança a cabeça em negativa enquanto vem até mim e pega minha mão entre as suas.
–Não há tempo querida. - Ele passa a mão sobre meu rosto. - Tão parecida com sua mãe.
Eu exalo fortemente, ele quase nunca falava de minha mãe Jeanine para mim e isso porque ela ainda estava viva, só que quase nunca me visitava.
–Vovó, do que estamos fugindo? - Eu pergunto
Minha voz treme enquanto meus olhos já começam a ardem em lágrimas, eu abaixo a cabeça irritada comigo mesma.
–Me desculpe, eu sou tão fraca. - Me lamento
E então meu avó levanta meu queixo e posso ver um doce sorriso em seus lábios.
–Você é especial Rosemarie, sua fraqueza é quase inexistente.
Quero questiona-lo sobre isso mas então outro barulho é ouvido, ele coloca a mochila em minhas costas e me empurra pela janela.
–Vovó, você vai estar logo atrás de mim, não é? - Eu tinha medo de sua resposta
Ele balançou a cabeça.
–Corra o mais rápido que puder. - Ele diz
Ele se vira em direção a porta e eu quero para-lo implorar para que venha comigo, minha cabeça está tão confusa e eu estou com tanto medo que apenas me deixo levar.
–Rose?
Eu me viro para meu avó quase na porta.
–Você sempre foi minha neta preferida.
E então com essas palavras ele sai do quarto e eu pulo a janela, neta preferida? que eu sabia eu era sua única neta, isso não estava cheirando nada bem.
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