Navio Calvani - A Lenda do Rubi Mágico escrita por Katherine Barbosa
De manhã, bem cedo, ouvi ruídos e vozes agitadas. Levantei-me e tentei ver quem era, na minha surpresa descubro que é o rei...
–O que Vossa Majestade está fazendo aqui? -Perguntei, observando-o. Ele se aproximou da cela e mandou os guardas me retirarem de lá.
–Meu jovem, tenho que tirar você daqui antes que seja condenado à morte pelo Conselho.
–Morte? Mas eu não...
–Eu sei, mas tem testemunhas que dizem que viram você roubar o Rubi...
–Que mentira. Grandes charlatões! -Disse furioso. -Mas pra onde o senhor pretende me levar?
–Para bem longe daqui! Isso eu te garanto. -O rei começou a me puxar para fora da cela.
Olhei para a cela daquele senhor e o reconfortei dizendo:
–Eu prometo voltar para tirá-lo daqui... -Ele deu um sorriso fraco e virou-se para dormir.
O rei já tinha preparado meu navio para que eu embarcasse, mas os guardas chegaram e nos levaram até o Palácio Gran Phatonic, o Palácio do Conselho.
–Rei Nicolas, o senhor iria desobedecer as ordens do Conselho? -Disse o líder.
–Esse jovem iria ser condenado injustamente.
–Pois é, posso até ter roubado algumas jóias de outros reinos, mas nunca iria roubar a jóia mais preciosa de meu reino. -Confirmei.
–Seu reino? -Perguntou uma mulher do Conselho. -Desde quando Phatonic é seu reino?
–Desde que eu nasci, Phatonic é meu reino natal. Viajei para fora do reino antes dos 15 anos de idade. -Confrontei-a.
–E morrerá aqui... -Ela se levantou e aumentou a voz. -Logo logo...
–Esperem! -Interrompeu o rei. -E se fizermos um acordo? Já que todos dizem que ele é ladrão, que ele traga de volta o que foi roubado.
–Isso... Espera, o que? -Disse assustado, olhando para o rei.
–Quer morrer? -Disse ele, cochichando.
–Claro que não.
–Então fique quieto. -Terminou ele. -Que tal esse acordo? Se em um mês ele não trouxer de volta o Rubi, ele será morto.
–Um mês? -Disse eu, assustado.
–Um mês é muito tempo, em um mês ele fugirá. Uma semana! -Disse um conselheiro.
–Uma semana? -Aumentei a voz.
–Duas semanas! -Completou o rei.
–Fechado! -Disseram todos do Conselho.
–Ai, eu to ferrado... -Olhei para cima. Acho que pensei alto naquele instante, porquê todos olharam pra mim. -Eu... Eu irei trazer o Rubi de volta em duas semanas! -Garanti.
–Ótimo, se em duas semanas não trouxer o Rubi... -Ele passou o dedo na garganta horizontalmente, alertando-me sobre o enforcamento.
Respirei fundo e retirei-me do Palácio. Meus marujos chegaram a me revistar para ver se eu tinha ferimentos, garanti que não tinha, porém, mesmo assim, ele me revistaram. Contei sobre o acordo com eles e eles se assustaram mas concordaram buscar o Rubi, para que eu vivesse mais alguns anos.
O rei me abraçou forte e me desejou forças e sorte, subi a bordo do Calvani e me despedi. A princesa, sem aqueles vestidos longos e apertados e sim com roupas masculinas, subiu correndo no navio e me encarou dizendo:
–Eu vou com vocês, quero garantir a busca do Rubi!
–Mackena! Desça já deste navio, esta busca será perigosa.
–O rei tem razão, princesa. Será perigoso para uma jovem como você! -Disse eu, tentando retirá-la o navio.
–Não! Eu vou! Posso até ser princesa e jovem, porém tenho a alma de um marujo! -Ela sorriu, fazendo-me lembrar de nossa infância.
–Que seja. Bem vinda à bordo do Navio Calvani.–Meus marujos comprimentaram-a e o rei despediu-se dela.
–Tome cuidado, filha. Eu perdi sua mãe, eu quero perdê-la também. -Disse o rei.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Que capítulo emocionante esse, não? Vamos ver o que irá acontecer no próximo!