Navio Calvani - A Lenda do Rubi Mágico escrita por Katherine Barbosa


Capítulo 2
Capítulo 2




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Diálogo de Jagda

Ah, Maxuel Paxton volta à seu reino natal... Igualzinho ao pai, com aquele ar de superior. Quem diria que Benjamin teria um filho tão parecido à ele. Lembro de quando Benjamin era pequeno, aquele rosto belo e macio, nunca me esquecerei. E então, aquela garota apareceu! E estragou tudo! Mas, como diz o ditado "Tudo que vai, volta".

Diálogo de Maxuel

–Mack, me explica uma coisa... O que aconteceu com seu cabelo? Ele era tão comprido... Você dizia que nunca iria cortá-lo... -Disse eu, sorrindo.

–Bem, é que...

–Majestade! Majestade! -Grita um ajudante do palácio. -O Rubi... Ele... Foi roubado!

–Que rubi? -Pergunto curioso.

–O Rubi Mágico... -Diz a princesa. -O Rubi da mamãe! -Mackena sai correndo para seus aposentos chorando.

Visualizo a mesa e vejo que todos os marujos estão sentados.

–A minha tripulação não foi, majestade! -Digo para o rei, angustiado.

–Eu sei meu filho, eu sei...

Eu vi no olhar dele tristeza, solidão. Aquele mesmo olhar de quando a rainha faleceu. Que Deus a tenha... O chão começou a tremer, um terremoto surgiu de repente.

–Capitão, o que está acontecendo? -Perguntou Crock assustado.

–A fúria e tristeza de Jenah... A rainha eterna de Phatonic... -Digo triste. -Vamos marujos! Vamos ajudar as pessoas do reino!

Levantei e fui correndo para as terras do reino. Peguei minha espada e fiquei a procura do ladrão.

–Aquele não é o... Não acredito que... -Ouvi cochichar alguém. -Guardas, peguem-o! -E do nada, três guardas tiraram de mim a minha espada e me prenderam.

–Espere! O que estão fazendo?

–Você acha que nos engana, Maxuel Paxton?

–O que? Espere! Não fui eu que roubei a pedra! Não fui eu! -Gritei desesperado.

Me levaram a um calabouço nojento, cheio de ratos e baratas. Não estou dizendo que tenho medo mas, tenha piedade.

–Será que não entendem? Não. Fui. Eu. Pode perguntar ao rei, eu estava ao seu lado quando a pedra foi roubada! -Expliquei aos guardas. Eles riram feitos crianças.

–Você acha que somos tolos? -Disse um deles.

–Conhecemos seus roubos Maxuel, esse já não é primeiro e nem o último. -Comentou o outro. -Quer dizer, dependendo do julgamento, será o último! -Eles saíram sem dar a mínima para mim.

–Não! Espere! Droga... -Sentem no acolchoado no chão e tentei conter o desagradável cheiro ruim da cela. -Espero que alguém chegue logo, com certeza não vou conseguir dormir nesse... lixão... -Digo olhando ao redor.

–Você irá se acostumar em breve... -Disse um certo alguém na cela da frente. Lembro que tive até um calafrio neste momento.

–Quem... Quem está aí? -Disse eu, completamente medroso. Tenho que assumir que aquele lugar dava medo até nos homens mais maduros.

–Calma meu rapaz, não vou matá-lo... Sou só um ajudante que foi condenado injustamente por assassinato... -Disse um senhor já idoso, aparecendo na luz para que pudesse vê-lo.

–Ah, que susto. Como vai senhor? -Digo levantando.

–Não estou com a mesma saúde que você, mas estou indo meu jovem... -Ele riu e suspirou cansado.

–Há quanto tempo o senhor está aqui? -Disse eu, observando-o. Coitado daquele senhor, não tinha condições físicas e nem sentimentais para continuar ali.

–Há uns 30 anos... Até antes de o rei Nicolas, tomar-se o trono de Phatonic.

–E ele não tirou o senhor daqui por quê?

–Ele tinha coisas maiores para preocupar-se, do que com um velho... -Tossiu ele, e sentou-se no acolchoado. - Muito maiores...

Suspirei e sentei no chão, encostei minha cabeça no ferro da cela e tentei tirar da mente o quanto este senhor sofreu durante esses anos e a sujeira deste local. Como podem deixar um lugar tão apodrecido desta maneira? Isso não é um calabouço, isso é uma lata de lixo...

–Apagam-se as luzes! -Gritou um guarda e de repente tudo ficou escuro. Dei um grito muito alto, acho que até minha alma saiu do meu corpo naquele instante.

–Boa noite meu rapaz! -Disse o senhor.

–Socorro! -Gritei feito uma menininha assustada. Não conseguia de maneira nenhuma dormir naquele local, então fiquei acordado até o amanhecer.


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Notas finais do capítulo

Que medroso, não? Nesse capítulo o capitão mostrou sua garotinha interior... Comentem, falei o que acharam desse capítulo! Em breve postarei o terceiro.



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