Forgotten Love escrita por Bia Benson


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Vocês deviam me amar muito, porque capítulos novos todos finais de semana, nenhum com menos de 1500 palavras? Só meio amor por vocês mesmo.
Bem, esse capítulo tem vários flashbacks que não são, digamos, agradáveis de se ler, nem de se escrever, então se a leitura os incomodam, sintam-se livres para pularem as partes em itálico.
Ah, e o que vocês acharam do último episódio? Eu amei, amo o relacionamente merlex. E, mal posso esperar para {finalmente} ver brigas Merder u.u
Enjoy *-*



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Passara-se duas noites desde o ataque. Meredith estava em uma dor constante, mas recusava-se a tomar qualquer analgésico, com o pensamento de que não queria tornar-se escrava da pílula.

Não conseguia dormir tampouco. O método de Amélia tinha sido eficaz apenas pelas primeiras horas, então quando o primeiro pesadelo atingiu, não conseguiu dormir mais. Toda vez que fechava seus olhos, podia ouvi-lo, senti-lo, vê-lo, o que acabou resultando em uma longa noite em branco.

Meredith passou o dia todo brincando com Zola e Bailey. Eles eram a única coisa que a mantinham sana, literalmente quem a mantinham firma e forte, embora tudo fosse uma faixada. Ela não se sentia forte, de fato, o contrário, sentia-se mais fraca que nunca. E não estava firme tampouco, qualquer empurrão a faria calor e ela não tinha certeza se conseguiria se levantar uma outra vez.

Mas agora que as crianças estavam dormindo, sua faixada desaparecia. Estava sentada ao sofá, totalmente vulnerável, seus olhos vermelhos na tentação de chorar. Meredith sempre foi uma pessoa emotiva, e coisas simples frequentemente a faziam querer chorar, embora ela sempre tentou esconder as lágrimas. Mas o que acabara de passar não era simples, e chorar tornou-se uma das únicas coisas que limpava sua alma, embora não completamente.

E ela estava tão perdida em seus pensamentos que não ouviu alguém entrando, o que quase a fez ter um ataque cardíaco quando o viu. “Deus, Derek! Você me assustou!”

Derek não respondeu nada. Podia ver seus olhos vermelhos, mas não se importava. Ele pensou que ela chorava por ter praticamente arruinado seu casamento. Meredith levantou-se e os dois encararam-se por diversos momentos. “Por que você não voltou para casa?”

“O quê?!”

“Você não voltou para casa, Meredith! Eu fiquei a noite toda esperando, ligando-lhe, mas você não atendia! Eu estava preocupado!”

Meredith arrepiou-se toda. Derek tinha se preocupado com ela, e embora acreditasse que nada grave tivesse acontecido, tinha. Meredith tinha sobrevivido um dos ataques mais brutais à espécie humana.

Ela estava jogada ao chão sujo, seu corpo preso sob o corpo do outro, totalmente a sua mercê. Parara de lutar um bom tempo atrás, não tinha forças sobrando e ela estava incerta se sobreviveria ao ataque.

O sujeito tinha sua boa em seu peito, chupando e mordendo um de seus mamilos. Meredith deixava choros e apelos escaparem de sua garganta. E por algum motivo, ela gritou: “Derek”

Não sabia o porquê de ter chamado seu nome. Derek não estava perto para socorrê-la, ele não poderia ser seu cavaleiro brilhante e tal naquela ocasião. Mas por alguma ração, ela continuava a gritar por seu marido.

E dentro de si mesma, ela acreditava que Derek poderia ouvi-la e viria salvá-la.

“Meredith... Meredith!” Derek a chamava. Sua esposa estava diferente, distante, coisas que nunca a caracterizaram anteriormente.

“O que?” ela finalmente, situou-se ao momento, sua voz mais fraca que um sussurro.

“Onde você estava?”

Mas ela ignorou sua pergunta. “Hm, eu recebi um bipe do hospital”

“O quê?”

“Foi por isso que eu não voltei para casa. O hospital me bipou”

Porém Derek não acreditava em sua história. “Meredith, o que está acontecendo?”

“Nada está acontecendo. Eu estou bem”

E ele imediatamente soube que algo estava errado quando ela disse que estava bem. Conhecia sua esposa, e esta não dizia casualmente que estava bem, a não ser que algo grave tivesse acontecido e ela estivesse em negação. “Eu não perguntei se você estava bem”

Meredith mordeu o lábio inferior, sabendo que Derek estava casa vez mais perto de descobrir a verdade. “Sim, mas eu só garanti que estou bem”

Ele preferiu deixar o assunto de lado. “Eu vou dar um beijo nas crianças”

Quando sozinha, ela se sentou à mesa na cozinha, onde repetiu para si mesma diversas vezes: “Derek não pode saber. Jamais. Ele jamais me perdoará se descobrir”

E ao voltar para a cozinha, a primeira coisa que saiu de seus lábios foi relacionado a sua discussão duas noites antes. “Então, nós perdemos uma casa realmente boa em DC”

Ela revirou os olhos. “Nós já temos uma casa”

“E nós teríamos outra casa se você tivesse assinado os papéis”

“Eu não preciso comprar uma casa que eu nunca vou morar”

“Você moraria se não fosse tão teimosa”

Meredith bateu o punho na mesa e levantou-se mais uma vez. “Não venha com esse argumento que eu sou teimosa! Estou apenas defendendo o que eu quero!”

“E quanto ao que eu quero? Viveremos sempre de acordo com a sua vontade?”

Ela riu. “Diga-me uma vez que fizemos algo de minha vontade. Nosso relacionamento sempre foi construído em seu querer!”

“Isso não é verdade! Se não fosse pela sua vontade, nós estaríamos em Boston agora!”

Se estivéssemos em Boston, talvez eu nunca teria sido estuprada, pensou, mas respondeu: “Não, nós iríamos para Boston, mas nosso avião caiu! E você não podia operar mais! E minha irmã e seu melhor amigo tinham acabado de morrer, nós não poderíamos sair de Seattle”

Derek olhou diretamente na profundidade de seus olhos verdes azulados. Ele podia ver uma dor neles refletidos, mas ainda assim, eram mais destemidos que amedrontados. Tantas coisas ruins aconteceram com você aqui, Meredith. Sua mãe morreu aqui, sua irmã morreu aqui, você quase morreu aqui, diversas vezes, de fato. Não entendo porque insiste em ficar aqui sendo que acontece coisas ruins apenas”

Se ele apenas soubesse sobre o estupro, provavelmente arrastar-me-ia pelo braço para DC, continuou a pensar. “Eu não posso sair porque Seattle é minha casa, é aqui o lugar que eu quero que meus filhos cresçam, não em uma cidade onde as pessoas correm de um lado para o outro em ternos”

O contato visual nunca foi finalizado. Derek ficava impressionado com a paixão que ela defendia Seattle, como havia dito, lá era sua casa. Mas por algum motivo, Seattle não se sentia como uma casa mais para ele. Claro, não havia algo melhor que chegar em casa após uma longa viagem em DC, mas o único motivo era as crianças e Meredith. Não sabia quanto aguentaria sem eles. E quanto ela mencionou que ele vivesse no outro lado do país enquanto ela ficava ali, mesmo que quando no prior do momento, realmente o havia machucado.

E por mais que soasse horrível, Derek queria que algo ruim acontecesse para que ele percebesse que Seattle não seria o melhor lugar para criar sua família.

“Por que você não consegue deixar as coisas irem, Meredith? Por que você não consegue seguir em frente?”

“Porque eu não quero! Em toda minha vida, eu nunca tive nada para apoiar, e agora que eu tenho, recuso-me a perder. Eu não sobreviverei se mudar para DC”

Era verdade, Meredith não conseguiria viver em DC, especialmente dado ao que acontecera com ela. Seattle era onde seus amigos estavam, seu sistema de apoio. Precisava deles mais que nunca, especialmente que Derek não sabia e continuaria sem saber.

“Você não estará sozinha lá, minha família está lá!”

Sua família, não a minha! Sua família que ainda me chama de interna vagabunda está lá!”

“Seus amigos nunca gostaram de mim. Cristina nunca gostou de mim”

“Sim, mas ela te respeitava! Te respeitava pois sabia que era – que é – o amor de minha vida!”

Seus corpos estavam a apenas alguns centímetros de distância, e podiam ver a fúria nos olhos um do outro. Ele era o amor da vida dela, e vice versa, mas tinham medo que não conseguiria sobrepor suas diferenças nesta mais recente briga.

Mas em um momento de luxúria, Derek desviou o olhar de seus olhos para seus lábios, um súbito desejo carnal consumindo seu corpo. Assim, sem nenhum aviso, ele lacrou seus lábios nos dela, em um beijo feroz.

O coração de Meredith começou a bater forte em seu peito. Não esperava por isso, não estava pronta para isso. Mas ela conseguiu retribuir o beijo, mesmo com a adrenalina correndo por suas veias.

Derek passou suas mãos por seu cabelo, intensificando o beijo ainda mais. Fazia tempo que ambos não tinham um momento assim e se não fosse pelas circunstâncias na vida de Meredith, aproveitaria esse momento ao máximo. Mas não conseguia, estava com medo de seu próprio marido.

Ele então a levou para o quarto, sem jamais quebrar o beijo. Caiu com ela na cama, seu corpo sobre o dela.

Ela sentia o homem abusando de seu corpo, totalmente inerte, incapaz de fazer nada para pará-lo. Tudo que fazia era orar para alguma força superior que não sabia se existia ou não para que a tirasse de toda sua miséria, porque por mais que temesse ter sua vida arrancada, deixar sua família para trás, tudo que queria naquele momento era morrer.

Derek estava prestes a tirar sua blusa quando Meredith literalmente congelou. Um olhar apavorado surgiu em seu rosto e sua pele ficou mais pálida do que nunca. “Pare! Saia de cima de mim! Deixe-me ir!” gritava incessantemente, balançando seu corpo para livrar-se de seu próprio esposo.

“Meredith, o que...?” ele tentou formar uma frase enquanto saia de cima dela, mas as ações de sua esposa o deixaram encabulado. Ficou mais perdido ainda quando ela correu e trancou-se no banheiro.

Meredith teve dificuldade em trancar a porta com suas mãos trêmulas, mas quando conseguiu, reencostou-se contra a parede e deslizou até o chão. “O que tem de errado comigo?” perguntava-se sem parar. “Eu não consigo nem deixar meu próprio marido me tocar?”

E não demorou para que Derek começasse a bater na porta sem parar. “Meredith! Abra a porta!”

Mas ela não poderia. Se ele visse a bagunça que ela estava, acabaria fazendo-a contar tudo que acontecia. “Deixe-me sozinha, Derek”

“Mer, o que está acontecendo? Você está agindo estranhamente desde quando cheguei”

“Não é nada, Derek, eu apenas preciso de um momento sozinha”

“Meredith...”

“Vá dormir!” desta vez, disse com raiva, e foi o suficiente para fazer o outro calar-se.

Meredith tomou respirações profundas, tentando se acalmar. Mas ela não conseguia sentir o ar saciar seus pulmões, estava cada vez mais difícil para respirar.

Ela então sentiu ele gozar dentro dela. O homem gritava em excitação, literalmente, sendo que ela não parava de chorar, tanta em desespero quanto dor. Sentia nojo de si mesma, e o pensamento que teria restos dele pelos próximos dias dentro dela fazia seu estômago dar nós.

Mas ele não tinha terminado. Só então Meredith percebeu o que ele tinha planejado: não terminaria até que ela gozasse também.

Apesar de ter retirado seu pênis de dentro dela, começou a penetra-la com seus dedos. E continuou a assim estupra-la por diversos momentos.

De repente, Meredith sentiu seu corpo entrar em excitação total, embora sua mente odiasse a reação de seu corpo. Ela se sentia horrível por ser corpo gostar do ataque brutal, mas ainda por cima, sentia-se culpada por ter um orgasmo com uma pessoa que não fosse seu marido.

Em questão de segundos, ela se encontrava em cima do vaso sanitário, vomitando. Não sabia o que estava vomitando, não comia nada há horas, de fato, não comia nada praticamente o dia todo Apenas o mero pensamento de comida a enjoava.

Quando Meredith esvaziou todo o conteúdo de seu estômago, simplesmente deitou-se no chão frio. Podia ver a sombra de Derek por debaixo da porta, sabia que ele estava morrendo para perguntar se ela estava bem, mas não perguntaria. E mesmo se perguntasse, ela não o responderia.

Logo sua mente voltou para os acontecimentos de duas noites antes. Pensou no momento que seu sêmen havia sido depositado dentro dela e seu estômago mais uma vez se contorceu em nós. Oh Deus, e se ele tivesse lhe transmitido alguma DST? E se ele h=lhe tivesse transmitido AIDS? Só então lhe passou pela cabeça que ela nunca chegou a fazer tais exames básicos. E Derek nunca mais quereria ter relações sexuais com ela se tivesse alguma dessas doenças. Mas pior, e se ela tivesse ficado grávida? Não sabia se conseguiria conviver com um lembrete diário de que foi estuprada.

E ela só ficou lá deitada no azulejo frio, desejando que o mundo simplesmente a esquecesse.


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Notas finais do capítulo

Um doce para quem descobrir de onde tirei inspiração para o último parágrafo do capítulo. Mas essa é fácil né sgsdgasdg.
Wow, 2000 palavras, sintam-se felizes. Quanto a presença da Maggie na fic: metade das pessoas a querem, outra metade não, então eu decidi que eu mesma decidirei isso aushaushash. A propósito, quando será que o Derek descobrirá? Será que a Meredith será forte o suficiente para contar ao homem que ama acima de tudo sobre o que aconteceu?
Assim, deixem seus reviews lindos que sempre me fazem sorrir :)



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