Cheguei ao estúdio de gravações e Jenna estava sentada sobre o piano. Ela me recebeu com um sorriso e estendeu a mão, com uma partitura. Assim que olhou para o pianista, ele começou a tocar, sendo acompanhado por um cara que tinha um violão.
Sua mão se encaixa na minha

Como se fosse feita só para mim

Mas mantenha em mente

Isto era destino

E estou ligando os pontos

Com as sardas em suas bochechas

E tudo faz sentido para mim

Eu estava lá, parada com um sorriso bobo. Não entendia coisa alguma, mas tudo bem:

Sei que você nunca amou

O som da sua voz gravada

Você nunca quer saber quanto você pesa

Ainda ama se apertar para entrar em seus jeans

Mas você é perfeita para mim

Ela saiu do piano e veio até a mim. Olhou em meus olhos e todo o som em volta parou, era apenas a voz de Jenna:

Não vou deixar essas pequenas coisas

Saírem da minha boca

Mas se deixar

É você

Oh, é você

Que elas formam

Estou apaixonada por você

E por todas essas pequenas coisas.

Por fim, tomou meu queixo com suas mãos e beijou-me.

No mesmo instante a afastei, aquilo era bom… mas não podia fazer isto com ela.

– Desculpe! - Suspirei, tentando não olhar para ela. Jenna me olhou e depois olhou para o diretor, que estava do outro lado da sala. Eu apenas notará-o agora.

– E fim… - Ela soltou, sorrindo. Encarei o diretor e revirei os olhos, com raiva.

– Poderia pelo menos falar que era uma cena, Jen! - Protestei.

– Falei para ela, para não dizer nada, Quinnie! - Ele disse vindo em minha direção, com uma partitura. - Você cantará, está! - Ele me entregou a partitura, assim que olhei para o título, o encarei confusa. - Demi Lovato na série? Minha personagem é uma menina punk, diretor!

– Sem conversa, minha cara Fabray… será está. - Revirei os olhos e saí andando do estúdio.

Jenna veio atrás de mim, e caminhamos juntas até o estacionamento.

– Vamos comer algo? - Me virei para ela, antes de chegar perto do carro do diretor. - Não quero fazer bobagens.

– Pode ser, Quinnie! - Ela deu uma gargalhada e caminhou até seu carro.