Uma Tragédia Grega — Com Mortos-Vivos escrita por SirOlavo


Capítulo 3
Tédio, Tédio e um Bilhete


Notas iniciais do capítulo

OE
N morri
Continuem lendo
EU IMPLORO *-*
Ok, parei :V
Depois disso, podem ler ~observando~



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Se passaram vários dias iguais entre si. Todos eram longos, entediantes e vazios.

Minha irmã preparava comida, Guilherme fazia a guarda e eu esperava a morte, em um canto.

Eu dizia para eles que estava melhorando. Eu andava, eu ria… Uma noite até mesmo montei guarda do lado de fora.

Mas não era verdade.

Nada disso era verdade.

A cada dia eu sentia a energia se esvaindo de meu interior. A dor que parecia insuportável no começo, se tornou uma amiga antiga. Uma amiga antiga mas que nunca me abandonava.

E a cada dia, eu via mais motivos para continuar vivo. Eu via minha irmã e meu amigo, que nunca poderiam ficar juntos num mundo cruel como o nosso.

Andando pela delegacia, encontrei um lugar parecido com um laboratório no subsolo.

Vários tubos de ensaio, microscópios, e outras ferramentas e substâncias. Descobri, olhando uma lista de itens, que o estoque de morfina presente no armário de remédios era menor do que o número declarado na lista, apesar de não termos utilizado muito.

Encontrei vários livros encimando a mesa, entre eles, um diário em branco. Foi nessa hora que comecei a escrever.

Já haviam se passado seis dias que estávamos na delegacia, e as meninas não apareceram. Guilherme parecia cada vez mais cansado. Yasmin começara a se afastar, pegando turnos de guarda que antes eram apenas ocupados pelo Gui. Eu comecei a estudar o laboratório, lia os livros e começava a entendê-los.

Comecei a estudar técnicas de medicina, e tentava aplica-las em mim.

Eu não tinha muita chance, mas assim não me sinto totalmente inútil.

Eu sentia como se estivesse cada vez mais próximo de algo importante, não necessariamente para mim. Sentia que alguma coisa iria mudar.

No começo do sétimo dia, Gui desistiu de esperar.

Eu estava na sala, fingindo que dormia, quando ele se esgueirou para fora da casa - largando um bilhete na frente da porta.

Não precisei ler o bilhete. Já ftinha certeza do que se tratava: A carta de despedida cliché, garantindo que ele buscaria nossas amigas e voltaria em segurança. Para o tártaro com aquilo.

Segui ele, armado - sem permitir que ele me detectasse. Uma das qualidades de se ser um ex ladrão.

Andamos 25 metros, quando decidi analisar melhor a situação. Ele parecia mesmo decidido a ir atrás das meninas, então decidi voltar e acordar minha irmã, para irmos todos juntos.

Três passos haviam sido dados quando ouvi o corpo do Gui caindo no chão.


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Notas finais do capítulo

Ficou EXTREMAMENTE pequenininho, pois é
Mas estou postando um outro logo em seguida, então n se preocupem :V
Btw, tadinho do Gui ;-;



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