Uma Tragédia Grega — Com Mortos-Vivos escrita por SirOlavo


Capítulo 1
O inicio, o fim e o recomeço


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ^^A historia do Stoll é meio tensa -q



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Escrevo esse diário com a esperança de que um dia alguém possa se lembrar de mim, de meus amigos, e de nosso inferno.

Vamos começar pelo inicio. Me chamo Stoll.

Meu verdadeiro nome se perdeu com o tempo, e comecei a ser conhecido pelo sobrenome de dois lendários ladrões, os irmãos Stoll, para lembrar meu passado nas ruas.

Apesar de um dia ter sido procurado pelas autoridades, hoje sou um dos poucos que ainda luta pela sobrevivência de nossa raça.

Quando os cientistas conseguiram levantar os mortos, os deuses nos abandonaram, mas eles nunca viram as costas totalmente. Eles estão sempre espiando, dando palpites na vida do mundo mortal. É graças aos meus deuses que estou de pé e vivo.

E talvez graças a eles que o resto da humanidade caiu.

Passei cinco anos de puro horror, fui arrancado de meu lar pela praga, minha família foi assassinada na frente de meus olhos. Minha unica família por dois anos foi minha irmã mais nova. Ela está morta a três anos.

Durante os dois anos que minha irmã esteve viva, eu tentava lutar contra a doença. Tentava criar um mundo onde ela poderia viver em paz e ter uma vida tranquila. E durante os últimos três anos, fugi, me escondi e fiz de tudo para esquecer quem sou. Esquecer de onde vim, esquecer oque passei e esquecer o que estou passando.

Finalmente, contarei a vocês como voltei a acreditar em nossa especie. Se você está lendo isso, provavelmente eu depositei minhas esperanças no lugar certo.

Eu estava andando por uma rua deserta, em uma cidade esquecida(armado com um machado indigena conhecido por tomahawk e uma lança viking), quando ouvi um mugido.

O som me fez paralizar de medo.

Foi tão alto que eu conseguia sentir todos os zumbis num raio de três kilometros olhando para o mesmo ponto que eu.

Mas nenhum deles se mexeu.

Talvez isso mostre que são mais inteligentes que eu, visto que antes de poder raciocinar a situação eu já estava correndo.

Eu calculei errado a distância do local de onde saiu o som, mas depois de cinco minutos de corrida, pude ouvir gritos humanos, o som de cascos e de aço.

Oque quer que eu fosse encarar agora está muito longe de qualquer coisa que eu vi nos últimos cinco anos desse inferno.

Me aproximei de um pátio próximo a um prédio desmoronado. Do outro lado do patio, pude avistar alguns sobreviventes abaixados atrás de uma coluna, como que se escondendo.

Eu corri para perto deles, e um rosto feminino jovem que me parecia familiar se levantou e parecia me mandar se esconder.

Eu não estava entendendo o que acontecia, a situação parecia perfeitamente controlada. Talvez tarde de mais, eu me lembrei de que faltava o cadáver monstruoso que soltara o mugido.

A menina se abaixou novamente, e eu ouvi.

A parede do prédio derrubado atrás de mim explodiu, e de trás da nuvem de poeira, pude reconhecer um touro de três metros de altura com chifres lembrando lanças.

Montei rapidamente minha lança, e preparei um lançamento. Precisava ser um tiro rápido e certeiro.

Quando eu estava pronto para atirar, o touro se ergueu com as duas pernas e começou a correr em minha direção.

Entrei em choque e paralizei por alguns segundos, mas antes de ele me atingir, recuperei consciência e me joguei no chão de lado.

O monstro — que descobri ser um Minotauro — passou correndo por mim em direção aos sobreviventes atrás da coluna.

Ele atingiu a coluna em poucos segundos e com um soco de cima para baixo, abriu uma cratera no lugar onde eles estavam.

Para minha surpresa e a dele, não havia nada lá além de pedra estilhaçada.

Enquanto ele se recuperava, eu vi uma arqueira pular de uma sombra qualquer e disparar três flechas nas costas do monstro, para depois pular para trás de um carro e se manter escondida.

Quando ele se virou para o lado das flechas, a garota que eu havia avistado inicialmente pula por de trás de uma caixa e corre na direção do monstro, seguida por um garoto pálido e uma quarta pessoa que parecia ser irmã do garoto. Todos eles brandiam espadas.

Eles pegaram o monstro desprecavido, o que os rendeu alguma vantagem no combate, mas quando eles começaram a tirar sangue dele foram atingidos com um golpe com os braços para todos os lados.

Três combatentes no chão e contando o número de flechas no chão, provavelmente a arqueira estava sem flechas. É minha vez.

Me levantei e assoviei.

Senti toda a atenção se voltar para mim

Quando o Minotauro virou totalmente sua cabeça em minha direção, minha lança estava cravada em seu seu peito.

Isso não ia mata-lo, mas eu já estava correndo em sua direção.

Ele se levantou e mugiu para mim, um mugido que me faria recuar se eu ainda tivesse um pingo de inteligência.

Assim que me aproximei, vi seu braço preparando um soco. Mas esse soco nunca me atingiria.

Pulei na direção do Minotauro e pisei na lança, usando-a como trampolim --- esta foi destruída no processo. Me senti leve quando atingi a altura máxima que chegaria com o impulso, e fiz um giro para cair olhando para as costas dele. Senti a gravidade fazer efeito e atingi o touro com um poderoso golpe na nuca.

Após isso, a gravidade continuou a trabalhar, fazendo com que eu caisse no chão e depois fosse atingido por algumas toneladas de carne de vaca.

Enquanto minha visão ficava turva, pude ver aqueles que me salvaram. Eu os conhecia a muito tempo.

Guilherme e Giselle, filhos de poseidon.

Grace, filha de apolo.

Yasmin, filha de Hermes. Minha irmã que morreu a três anos atrás.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado -qDeixem seus reviews :DReviews alimentam minha criatividade :v



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