Se eu soubesse escrita por Feather


Capítulo 1
Capítulo 1 - Velhas lembranças...


Notas iniciais do capítulo

Olá *-*É a primeira história que eu escrevo, e eu queria dizer umas coisas primeiro:►Eu não sou brasileira, sou de portugal, então, desculpem-me pela versão de portugues diferente►Se lerem, comentem, nem que seja pra dizer que é uma porcaria.►O narrador é na 1º pessoa mas nada disto realmente aconteceu.



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Se eu soubesse – Cap. 1: Velhas lembranças…

Eu acordei num dia normal de Inverno, ou seja, um dia muito frio, com neve a cair lá fora, mas que no entanto tinha algo de aconchegante. Eu queria ficar mais algum tempo nos meus queridos lençóis polares, mas não podia, afinal, tenho coisas pra fazer, como uma mulher adulta que sou, apesar de em alguns aspetos ainda ser muito infantil. Então, reuni coragem e levantei-me da minha caminha e apanhei um choque do frio. Fui devagar até á casa de banho, e olhei-me, e o que vi surpreendeu-me.
A rapariga que me olhava ali, não era uma rapariguinha feliz, mas sim uma mulher adulta e séria. Mudei tanto nos últimos 15 anos. Não fisicamente, mas sim psicologicamente, afinal, ainda continuo igualzinha: cabelos negros longos com tendência a serem despenteados, olhos negros, boca fina, nariz médio e pele morena, como se tivesse ido á praia no inverno. No entanto, se eu ‘olhasse’ para mim psicologicamente, eu não me reconheceria. Antes, era alegre, simpática, divertida, aproveitava ao máximo, seguia á regra o Carpe Diem. Agora? Não passo de mais uma dos biliões de pessoas sérias, carrancudas, que nunca sabem o que é a felicidade nem imaginar. E isso é triste, considerando quem eu era. Sempre me disseram pra quando estiver indecisa perguntar se a criança que eu era gostaria do que eu me tornei. A resposta é definitivamente um longo não. Mas enfim. Não sou quem era. Aquela rapariguinha foi obrigada a crescer há pressa, afinal, ao perder um avô pro cancro, um amigo por depressão e tudo o que importava por falta de coragem, a pessoa muda um bocado.

Sai do mundo dos meus pensamentos, e fui tomar um banho quente, depois disso, agarrei na roupa e vesti-me: Uma camisola grande e larga a dizer ‘Warning!’ e umas leggins de desporto pretas. É interessante, isto foi uma das poucas coisas que não mudou. Depois, penteei-me, ou pelo menos tentei, e apanhei o meu cabelo. Pus um pouco de perfume de coco e desodorizante, e em seguida fui andando para a cozinha do meu apartamento.

Agora vocês devem de estar a pensar porque é que eu ainda não referi nenhum rapaz, nenhum namorado, nada. Então, a resposta é simples: Nunca me casei, nunca tive um namorado, nunca fui pra cama com ninguém, e eu sei que isto pode parecer estranho, mas a verdade é que nunca gostei de ninguém o suficiente pra isso. A única pessoa de quem eu gostei provavelmente esqueceu-me, ou ainda se ri de mim, mas pronto.

Cheguei á cozinha, e o meu amigo de quatro patas, o Sirius veio-me cumprimentar. Pra quem não sabe, o Sirius é um cão, com mais ou menos quinze meses, Bulldog Francês, com uma grande queda por disparates e que aparentemente gosta de ver estrelas, já que quando eu estou deitada a ver as estrelas no telhado ele deita-se perto de mim. Então, não havia nenhum nome melhor e mais bem indicado pra ele do que Sirius, afinal, Sirius é uma das estrelas mais brilhante do céu á noite, e também é o nome de um dos meus personagens favoritos de um livro chamado Harry Potter, e convenhamos, que o nome Percy não fica bem num cão. E Sirius Percy soa demasiado mal.

Então, fiz o meu pequeno-almoço: Uma garrafinha de leite da Ucal e um Donut e fui para a sala e sentei-me a comer e a ver televisão, e não tardou até Sirius estar ao pé de mim a pedinchar comida, como um cachorrinho abandonado. Tem piada como ele me faz lembrar os meus colegas da escola. Amigos da escola com quem eu não falava há 15 anos, pessoas que eram como irmãos pra mim, que se falasse com eles, nos conhecíamos há 20 anos. É melhor parar de pensar neles, dói demasiado.

Livrei-me dos pensamentos e peguei na minha agenda, e dei uma olhada. Não tinha nada profissional para hoje, afinal estava de férias do meu emprego, nada que fosse de ordem média também, ainda bem, eu odeio médicos… Há, sim, tenho de limpar o sótão. Infelizmente, afinal, é lá que guardo todas as minha memórias: Fotos do meu último ano da escola, dos meus amigos que eram irmãos, da minha equipa, da minha família… De tudo aquilo que eu queria esquecer mas que é parte de mim.

Depois de levar as coisas para o lixo, ter-me certificado que o Sirius tinha água, comida e de o ter levado a um belo passei no parque canino que há cá na rua, subi as escadas que davam ao sótão, e entrei. Montes e montes de caixas com rótulos como 9º ano; 10/11/12; Faculdade; Família; amigos; e coisas assim, estavam espalhadas por lá. Suspirei fundo. Eu odiava fazer aquilo, mas tinha de ser. Afinal, apesar de eu odiar o meu passado pelos bons momentos que me fazem sofrer agora, eu preciso de o recordar.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Lembro que:►Eu não sou brasileira, sou de portugal, então, desculpem-me pela versão de portugues diferente►Se lerem, comentem, nem que seja pra dizer que é uma porcaria.►O narrador é na 1º pessoa mas nada disto realmente aconteceu.



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