Love or not Love? escrita por EuSemideus


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Espero q gostem desse novo projeto, aí está o prólogo para vcs! Espero q gostem!



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Prólogo

Annabeth

Annabeth afundou o pé levemente e ouviu o motor roncar. Logo o carro se locomoveu, seguindo o fluxo o mais rápido possível.

O transito de Nova York era uma das poucas coisa que a desagradavam na cidade. Ele era intenso e estava constantemente engarrafado. A quantidade excessiva de veículos dava ao ar um odor nada agradável e ao céu um tom acizentado.

A garota olhou as horas em seu delicado relógio de pulso. Não tinha nada de muito especial nele, a não ser o fato de que ela o trouxera da Suíça, em sua ultima viagem. Os ponteiros prateados marcavam pouco mais de 7:30. Ela tinha mais ou menos meia hora para chegar à faculdade, daria tempo.

Pelas ruas passavam todo tipo de pessoas, desde executivos engravatados a ripes com dreads. Nova York era sem dúvidas uma cidade interessante. Foi daquela singularidade que ela sentira falta nos anos que estudara na Europa.

Arquitetura na Grécia, sem dúvidas aquela havia sido uma oportunidade de ouro. Mas havia tido um preço. Anos longe de seus pais, seus amigos, e, talvez o pior de todos, de seu irmão Connor. O pequeno só tinha cinco anos quando ela viajou, mas a loira ainda lembrava das lágrimas e do choro desesperado dele assim que ela ultrapassou as portas do aeroporto.

Annabeth balançou a cabeça afastando aqueles pensamentos, aquilo não importava mais, ela estava de volta.

Com precisão, a garota adentrou os portões da universidade com o carro, e estacionou-o na vaga mais próxima a porta que encontrou.

NYU, New York University. Era lá que ela se encontrava naquela manhã ensolarada de sexta feira. Ao atravessar as portas principais, ela se deparou com uma grande quantidade de jovens, a maioria pouco mais novos que a própria Annabeth, que que tinha vinte e cinco anos.

Sem muita dificuldade, a garota encontrou a secretaria principal. A secretária, uma senhora de meia idade, sorriu assim que a viu.

- Como posso ajudar? - ela indagou levantando-se.

- Queria me matricular na pós-graduação de arquitetura moderna - explicou Annabeth.

A senhora sorriu assentindo.

- Posso ver seu diploma? - ela perguntou carinhosamente.

A garota rapidamente retirou uma pasta preta da bolsa e de lá tirou seu diploma tão amado. Sorrindo, entregou-o a secretária, que arregalou os olhos por um momento e devolveu-o a Annabeth.

- Só um momento, vou buscar a papelada - ela pediu e adentrou no interior da secretária.

Annabeth percebeu que o ambiente era completamente revestido de madeira, e a mesa da secretária contrastava com o estilo rústico da sala, por ser feita de vidro.

- Com licença? - uma voz a chamou.

Annabeth se virou e encontrou um rapaz. Ele era jovem, talvez um pouco mais velho do que ela. A pele era morena clara, os cabelos pretos e os olhos verdes. O sorriso que ele mostrava chegava a ser contagiante. Annabeth tinha que admitir, ele era muito bonito.

- Sim - respondeu a garota.

Ele passou a mão pelos cabelos, parecendo um pouco envergonhado.

- Você sabe me dizer se a Adely está?

Annabeth franziu a testa confusa. "Quem?". O rapaz pareceu entender sua confusão e sorriu.

- A secretária, quero dizer - ele explicou.

- Ah, sim - disse Annabeth - Ela foi pegar alguns documentos e já está voltando.

Como se para comprovar o que Annabeth havia dito, a senhora voltou. Ela sorriu para o rapaz.

- Olá, Perseu - ela cumprimentou-o - Resolveu voltar?

Perseu sorriu e assentiu.

- Sim, estou de volta - ele confirmou.

- Só um segundo e já vou te atender - ela garantiu e se voltou para Annabeth.

- Antes de tudo, a senhorita vai querer o horário da manhã, da tarde ou da noite? - ela indagou.

Annabeth não precisou pensar muito. A noite não era uma opção, ela não rendia bem durante a noite. A manhã seria uma opção, mas como ela podia escolher, a tarde era sem dúvida a que mais a atraia.

- Tarde - disse Annabeth decidida.

A senhora, Adely, assentiu e lhe entregou os papeis. Rapidamente lhe explicou como funcionava a ficha de inscrição e Annabeth preencheu-a com a mesma rapidez.

- Uma última pergunta - anunciou Aldely - A senhorita vai ingressar na pós-graduação normal ou no mestrado?

- Mestrado - respondeu Annabeth.

Adely assentiu e entregou uma folha carimbada a garota.

- Suas aulas começam na segunda - explicou ela - Seus horários e suas aulas estão todos aí. Seja bem vinda, Annabeth.

Annabeth sorriu e balançou a cabeça.

- Até - ela disse e se voltou para o rapaz - Até.

- Até - ele disse acenando ainda com aquele sorriso.

------------------------------------------ Percy

Percy colocou seu jaleco e olhou-se no espelho do vestiário. Seus cabelos estavam bagunçados como sempre, as olheiras começavam a sumir de seu rosto e o jaleco cobria seu corpo até os joelhos.

Para o jovem rapaz o bordado "Dr.Jackson" em seu peito lhe trazia um orgulho indescritível. Suara bastante para conquistar seu diploma, medicina não era exatamente um curso fácil.

Percy era obrigado a admitir, se não fosse por Rachel não teria passado nem do primeiro ano. Rachel... Ainda lhe doía pensar nela. Sofrera muito quando ela terminara tudo, dizendo que não sentia mais o mesmo. Ele chegara a pensar que ela era a "mulher de sua vida"... Estava errado, mais uma vez.

- Ei, Percy! - ele ouviu e virou-se para trás.

Indo em sua direção estava um rapaz com sua idade. A pele dele era branca, os cabelos negros como os olhos, que se assemelhavam a um abismo. Contraditoriamente ele tinha um olhar feliz, coisa que o próprio Percy não via há tempos.

Aquele era Nico Di Ângelo, seu melhor amigo. Nico se formara junto com Percy em medicina, porém sem grandes dificuldades. Seu pai, Hades Di Ângelo, era dono de uma da grande rede de hospitais, ele já estava preparado para tudo aquilo desde de menino.

O fato do pai de Nico ser dono de hospitais acabou sendo uma vantagem. Hades conseguiu um emprego bom para os dois com grande facilidade.

- Pensei que já tivesse ido embora - comentou Nico tirando o jaleco branco, que contrastava com as roupas pretas que trajava por baixo do mesmo.

- Fui e voltei - respondeu Percy - Fui escalado para ficar no pronto socorro essa noite.

Nico fez uma careta.

- Quem azar em cara, logo na sexta - ele comentou - Acabei de cumprir o pronto socorro, até agora está tudo tranquilo. Mas, bem, acho que você sabe como são madrugadas de sexta...

Percy respirou fundo. Sim, ele sabia. A quantidade de pacientes completamente alcoolizados e drogados aumentava drasticamente nos fins de semana. A madrugada era o ápice. Já tinha perdido a conta de quantos adolescentes em quase coma alcóolico já tinha atendido.

- São agitadas - ele respondeu desanimado.

Nico sorriu e bateu em suas costas. Ele já havia pendurado sua bolsa de roupas no ombro.

- Boa sorte, cara - foi tudo que disse antes de sair.

Percy bufou. "Boa sorte". Teria sorte se nenhum bêbado lhe oferecesse seu telefone naquela noite. Percy pendurou seu estetoscópio no pescoço e saiu da sala, seguindo para a emergência.

O pronto socorro não era exatamente uma escolha. Para médicos especializados, como ele e Nico - ambos cardiologistas -, era quase que o fim. Mas não havia para onde fugir, ao serem contratados todos eram obrigados a cumprir 12hs de pronto socorro por semana, e se não escolhessem seu horário na segunda feira, era sorteado. O problema era que Percy sempre esquecia de escolher um bom horário, então, sempre acabava com os piores.

Ele percorreu a emergência, dando o máximo de atenção a cada paciente. Não era só porque não queria estar ali que agiria mal. Nico falara a verdade, aquele início de noite estava calmo, mas logo pioraria.

Percy já se dirigia para o último leito de sua unidade. A ficha era de uma jovem mulher.

"Annabeth Chase, 25 anos.

Entrada as 6:45 pm, desacordada Quadro: hipoglicemia, causa do desmaio. Tratamento: uma dose de soro."

Hipoglicemia, ou seja, falta de açúcar no sangue. O que será que aquela garota tinha aprontado?

Percy abriu a cortina que separava a paciente do resto da ala. Ela estava de olhos fechados. A pele branca estava claramente mais clara que o normal, os cabelos loiros levemente ondulados, espalhados pelo travesseiro branco. O rosto dela se assemelhava ao de uma boneca, delicado, bem desenhado. Perfeito na opinião de Percy. Familiar, ela lhe era muito familiar.

- Com licença? - ele pediu.

A garota se revirou, movimentando levemente a soro preso a sua veia. Vagarosamente abriu os olhos. Percy segurou a respiração. Nunca em sua vida havia visto olhos como os dela, cinzas. Um cinza sombrio e ao mesmo tempo radiante. Uma completa antítese que não poderia ter dado mais certo.

- Perseu? - ela indagou.

É claro, a moça da secretaria. Como pudera esquecer-se dela?

- Sim - Percy confirmou - Mas pode me chamar de Percy, ou Dr.Jackson se preferir.

Percy apontou para seu nome escrito no jaleco e Annabeth levantou as sobrancelhas surpresa.

- Desculpe a intromissão - ela disse - Mas você não estava na faculdade hoje mais cedo?

Percy sorriu e, involuntariamente, passou a mão pelos cabelos.

- Especialização - ele explicou.

Annabeth emitiu um "ah" e assentiu.

- Mas então, Srt.Chase - ele continuou - Seu laudo não diz exatamente o que aconteceu.

Annabeth sentou-de e revirou os olhos.

- Esqueci de comer e tive uma crise hipoglecêmica - ela explicou com tranquilidade - Thalia exagerou ao trazer-me para cá, não era necessário tanto.

- Thalia? - indagou o médico confuso.

- Minha amiga, ela foi embora à pouco - contou Annabeth - Ela falou com seu colega, Dr.Di Ângelo.

Percy assentiu e verificou a bolsa de soro de Annabeth. Já estava vazia. Além disso a garota já parecia estar bem.

- Bem, Annabeth, vou pedir par uma enfermeira medir sua porcentagem de açúcar, se estiver normal já está liberada - Percy escreveu as ordens em um papel e juntou-o ao laudo da garota - Você já sabe, nada de esquecer de comer, ou vai se repetir.

Annabeth assentiu e suspirou parecendo aliviada.

- Obrigada, Perseu - ela agradeceu.

"Percy" ele teve vontade de dizer, mas se conteve.

- Até breve - ele disse despedindo-se.

- Até - ela respondeu antes que ele saísse.

Percy fechou as cortinas e sorriu, se dependesse dele seria muito breve.


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Notas finais do capítulo

E a, o q acharam?
Pra quem n me conhece, sou a EuSemideus, mas pode me chamar de Nanda. Eu espero postar um por semana, sempre perto dos fins de semana (sexta, segunda) ou durante eles... Mas bem, n sou o tipo de pessoa pontual heheh Mas n se preocupem, se eu demorar alguma vez vou fazer valer essa demora!
Deixem reviews!
Bjs,EuSemideus