Anything Can Happen escrita por monirubi2009


Capítulo 12
Capítulo 11 – Tudo pode acontecer




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Ellie e Don chegam ao local do endereço, eles se deparam com uma casa abandonada, as janelas realmente estavam cobertas a cerca alta o que impossibilitava a visão do interior, mas havia um buraco entre a casa abandonada e outra casa que se estendia até o fundo da casa.

 

— Não pode ser aqui. – diz Ellie olhando pela janela do carro.

— O que foi Ellie? – pergunta Don preocupado.

— Não foi nada. Vamos ver se tem realmente alguém aí para darmos o fora daqui. – diz Ellie saindo do carro.

— Espera um pouco aí. – diz Don também saindo do carro.

— Hum. – fala Ellie encarando a casa – Não podia ser outro lugar?

— Ellie, você está estranha. Se quiser ficar no carro tudo bem. – diz Don.

— Eu sei. Não, um dia eu teria que voltar. – diz Ellie.

— Do que você está falando? – pergunta Don curioso.

— Eu conheço essa casa, mas não venho aqui há anos. – fala Ellie tristemente.

— Como é que é? – diz Don confuso.

— Eu não me lembrei do endereço, mas a casa continua igualzinha como antes. – diz Ellie.

— Como assim? Quando é que você esteve aqui? – pergunta Don confuso.

— Bem, já fazia uns 4 anos que eu trabalhava como detetive e a Annie era a minha parceira. Nós recebemos um aviso de que acharam um corpo em um apartamento no centro de Seattle, fomos ao local e fizemos tudo como deveria ser feito. Só não imaginávamos que o caso iria terminar aqui. – diz Ellie apontando para a casa.

— O que aconteceu aqui? – pergunta Don também apontando para a casa.

— Quando chegamos aqui nos deparamos com uma cena horrível. Na sala de estar havia os corpos dos proprietários da casa, o casal mostrava marcas de foram amarrados antes e havia sinais de que ambos foram alvejados por um tiro à queima roupa. No quarto em frente ao do casal havia mais dois corpos, eram dos filhos do casal, uma menina e um menino. Foi uma cena horrível e chocante. Nada no lugar indicava o assassino, mas... – fala Ellie tristemente.

— Nossa. Eu me lembro desse caso. Mas o que? – diz Don curioso.

— Hum. Não tem como entrar pulando a cerca sem dar de cara com umas árvores, mas existe uma passagem secreta por debaixo da casa. – fala Ellie.

— Percebesse. Onde fica essa passagem? – fala Don.

— Siga-me. – fala Ellie indo em direção a casa.

— Espera. Como você sabe dessa passagem? – diz Don seguindo Ellie.

— Pouco depois de prendermos o assassino da família que morava aqui e do cara em Seattle eu ouvi um som vindo de debaixo da casa. Decidi seguir o som e encontrei uma passagem. Nessa passagem encontrei o único sobrevivente da família, o filho mais novo do casal. – diz Ellie – Agora fique quieto.

— Ah tá entendi. Ok. – diz Don calando-se em seguida.

 

Eles vão até uma parte na cerca e passam por um buraco que vai dar em baixo da casa. Devagar e em silêncio eles seguem pela passagem, Ellie na frente e Don logo atrás. O cheiro de sangue seco, mofo e tudo mais é sentido por eles, mas nem isso os impede. Passos é ouvido acima deles e por um vão no chão de madeira eles percebem um vulto andando de um lado para o outro e dizendo algumas coisas. Don não entende nada, mas Ellie fica chocada com o que ouve. Don e Ellie sem querer fazem um mínimo barulho fazendo o homem parar de andar. Ellie se vira com tudo e dá de cara com Don, beijando-o sem querer.

 

— Desculpa. – fala Ellie envergonhada.

— Hum. – diz Don simplesmente.

 

Ellie fica triste, mas não demonstra o motivo.

 

— O que foi? Porque ficou triste? – pergunta Don preocupado.

— Por nada. Temos que sair daqui agora. – diz Ellie.

— Ok. – diz Don se virando.

 

Don e Ellie com agilidade seguem pela passagem de volta para o carro. Os passos do vulto são ouvidos pelo chão, o vulto estava correndo. Rapidamente Don e Ellie irrompem pela saída da passagem e “voam” até o carro. Eles rapidamente entram no carro, para logo em seguida verem um homem sair da casa, este olha para eles, mas não se importa, o homem olha para os lados voltando para dentro da casa logo em seguida. Don liga o carro e segue para a delegacia.

 

— Ufa, chegamos. – diz Ellie respirando com dificuldade.

— Até que enfim. – diz Don.

— Preciso falar com todos agora. Incluindo com o Jimmie. – diz Ellie.

— Por quê?  – pergunta Don curioso.

— Lembra que o vulto começou a falar umas coisas? – pergunta Ellie.

— Lembro. Eu não entendi nada. – diz Don.

— Ele estava falando em russo por isso você não entendeu. Mas, eu entendi perfeitamente, só não sei onde isso vai dar. – fala Ellie.

— Hum. Eu ligo pro Mac e falo pra ele convocar todo mundo e você tenta achar o Jimmie. – fala Don.

— Ok. Só acho que deveríamos ter mais alguém junto conosco. – diz Ellie.

— O Danny então vai junto. – fala Don.

— Eu junto aonde? – pergunta Danny.

— Nós fomos até um endereço que o Jimmie nos passou e tivemos uma surpresa e tanto. Vimos um vulto andando pela casa, não sabemos se era um homem ou mulher. – diz Ellie.

— E ouvimos o vulto falar em russo. Eu não entendi, mas a Ellie entendeu. E agora temos que falar com Mac, Stella, Sheldon e Jimmie. A Ellie disse para levarmos alguém junto e eu falei para levarmos você. – diz Don.

— Entendi. E quando vamos? – fala Danny animado.

— Daqui a pouco. Só temos que contatar a todos. – diz Don.

— Ok. Quando formos sair só me chamar. – diz Danny.

— Está bem. – fala Don.

 

Danny vai para um lado, Don e Ellie para outro. Don liga para Mac e explica tudo. Ellie tenta falar com Jimme, mas não consegue, ela tenta inúmeras vezes, mas o celular dele só dá fora de área.

 

— Que droga Jimmie. Atende logo esse celular. – diz Ellie brava.

— Pronto, já falei com o Mac. Ele está nos esperando lá. – diz Don.

— Eu não consigo falar com o Jimmie. Ele não o celular dele. – diz Ellie irritada.

— Porque nós não vamos indo e você vai tentando falar com ele no caminho? – diz Don.

— Ok, vamos. – diz Ellie.

— Danny, vamos indo. – diz Don.

— Ok. – diz Danny indo até Don.

 

Don, Ellie e Danny deixam a delegacia e seguem para o laboratório. No caminho Ellie tenta mais inúmeras vezes falar com Jimmie, sem sucesso. Assim que chegam ao laboratório eles encontram Adam que os levam onde estão os outros.

 

— Você precisa de nossa Judá para que? – pergunta Sheldon.

— Bem, nós vimos um vulto na casa e ele falava coisas fora de nexo. Por isso pedi ajuda a vocês. – diz Ellie.

— Ok. E o que o vulto falava? – pergunta Mac.

— “Não era pra ter sido assim, devia ter sido diferente.” “Era para eu me sentir feliz, mas eu continuo do mesmo jeito, minha família não vai voltar a viver novamente.” “Sinto tanto a falta do meu pai, da minha mãe, da minha irmã e do meu irmão que até me dói o coração de tanta tristeza.” “Porque aqueles homens tiveram que fazer aquilo com a minha mãe e com a minha irmã? E porque culpavam meu ai de ser um traidor? Ele não fez nada merecer aquilo tudo.” “Meu irmão e eu ficamos naquele lugar horrível, eu pensei que conseguiria tirar-nos de lá, mas infelizmente ele não conseguiu” “Seu que estão atrás de mim, mas não posso me entregar, e porque eu faria isso se aqueles homens eram os verdadeiros culpados?” – diz Ellie.

— Essas frases realmente significam algo. Provavelmente sobre algum crime. Vamos tentar descobrir como essas frases se encaixam. – diz Mac.

— Ok. Só que não vai fácil. – diz Sheldon.

— Pode não ser, mas temos que tentar. – diz Stella determinada.

— Bem, eu preciso falar com a Jo sobre mais cedo. – diz Ellie se retirando.

— Espera aí. – dizem Stella e Lindsay juntas seguindo Ellie.

— O que foi? – pergunta Ellie.

— Nós temos que conversar com você. – diz Stella.

— Sobre? – pergunta Ellie.

— Você e o Don. – diz Lindsay.

— O que tem ele e eu? – pergunta Ellie temerosa.

— Eu e a Lindsay percebemos algo no ar e queremos saber o que é. – diz Stella.

— Isso aí. Nós vamos junto de você e quando você terminar de conversar com a Jo; nós iremos conversar. – diz Lindsay.

— Está bem. – diz Ellie vencida.

Ellie, Stella e Lindsay seguem até a sala da Jo. Stella e Lindsay ficam pra fora esperando enquanto Ellie entra na sala e fechando a porta atrás de si. Jo se assusta em ver Ellie parada em sua frente.

 

— Eu queria me desculpar por falar o que falei mais cedo. Eu fiz amizade com eles, principalmente com a Lindsay e a Stella, depois de muito tempo sem ter novos amigos. Por isso eu venho impedindo a maioria das discussões entre você e a Stella. – diz Ellie envergonhada.

— Está desculpada. Eu percebi essa amizade entre vocês. – diz Jo.

— Só quero saber uma coisa: Porque você deixou todos do FBI saberem sobre aquilo? – diz Ellie curiosa.

— Não tive escolha. No começo não sabia que eles sabiam, mas eu comecei a perceber que todos cochichavam quando eu passava. Foi duro saber que eles sabiam, mas não tão difícil de ter que encarar os fatos.

— Entendo. Sinto muito mesmo. – diz Ellie.

— Hum. Você teve a oportunidade de contar a eles, principalmente para a Stella, porque não fez isso? – diz Jo curiosa.

— Se você não contou para eles até agora, não sou eu que vou contar. Não é algo meu para ficar contando por aí. – diz Ellie.

— Concordo. Obrigada mais uma vez. Como você soube? – diz Jo.

— Hum. Não tem de que. Bem, meu tio por parte de mãe é do FBI e ele me conta coisas que não pertence a ele, já falei pra ele parar com essa mania, mas ele não me ouve. – diz Ellie.

— Entendi. – diz Jo – Tenho que sair agora, então até mais.

— OK. Eu tenho que ir também. Até. – diz Ellie se retirando.

 

Ellie sai da sala, Lindsay e Stella veem ao seu encontro.

 

— E ai? Como foi? – pergunta Stella.

— Normal. – responde Ellie.

— Você perguntou sobre o Mac? – pergunta Stella.

— Não. Isso é pra depois, primeiro tenho que me tornar amiga dela. – diz Ellie.

— Como é que é? Amiga dela? Pirou? – diz Stella inconformada.

— É. Só assim saberei sobre o que você quer saber. Não precisa ser como amiga. – diz Ellie.

— Está bem, mas não reclama depois. – diz Stella.

— Ok. Eu sei. – diz Ellie.

— Agora que vocês duas já conversaram, eu e a Stella precisamos conversar com a senhorita sobre o que aconteceu entre você e o Don. – diz Lindsay sorrindo.

— Ah é, isso mesmo. – diz Stella também sorrindo.

— Lá vem. – diz Ellie.

 

Stella, Lindsay e Ellie seguem para o lugar tranquilo onde elas costumam ir para conversarem entre si. Assim que chegam Ellie se senta e fica olhando para o nada.

 

— O que aconteceu? – pergunta Lindsay.

— Nada de mais. – diz Ellie desconversando.

— Não adianta desconversar. Nós percebemos que algo deve ter acontecido, mas não sabemos o que. – diz Stella.

— Mas, porque vocês querem saber? – pergunta Ellie.

— Para podermos te ajudar. – diz Lindsay.

— Você está com uma carinha tão triste. – diz Stella se sentando ao lado de Ellie.

— É mesmo. – fala Lindsay se sentando do outro lado de Ellie.

— Está bem, aconteceu algo que eu não esperava quando fomos verificar aquele endereço. – diz Ellie tristemente.

— O que foi? – pergunta Stella docemente.

— Desde o começo, por favor. – fala Lindsay sorrindo.

— Ok. Eu não me lembrava do endereço por ter se passado muitos anos, mas quando eu e o Don chegamos lá eu tive um “flashback” do lugar. – diz Ellie.

— Como assim? Explica isso melhor. – fala Stella curiosa.

— Está bem. Já fazia uns 4 anos que eu trabalhava como detetive e a Annie era a minha parceira. Nós recebemos um aviso de que acharam um corpo em um apartamento no centro de Seattle, fomos ao local e fizemos tudo como deveria ser feito. Só não imaginávamos que o caso iria terminar aqui em New York, naquela casa. – diz Ellie.

— Sério? Mas o que aconteceu lá? – pergunta Lindsay.

— Você uma foto de como é a casa agora e como era? – pergunta Stella.

— Sério. Tenho. Aqui. – diz Ellie pegando o celular.

 

Ellie então mostra duas fotos da casa, o antes e o depois. Stella e Lindsay ficam horrorizadas com tudo.

 

— Nossa. A casa era linda e ficou horrível. – diz Lindsay.

— Isso mesmo. – fala Stella.

— Eu sei. Continuando, quando Eu e a Annie chegamos naquela casa nos deparamos com uma cena horrível. Na sala de estar havia os corpos dos proprietários da casa, o casal mostrava marcas de que tinham sido amarrados antes e havia sinais de que ambos foram alvejados por um tiro à queima roupa. No quarto em frente ao do casal havia mais dois corpos, eram dos filhos do casal, uma menina e um menino. Foi uma cena horrível e chocante. Nada no lugar indicava o assassino, mas pouco depois prendemos o assassino tentando fugir. – fala Ellie tristemente.

— Nossa. Eu nunca vou me acostumar com esses tipos de caso. – diz Lindsay.

— Nossa. Nunca iremos nos acostumar mesmo. E eu me lembro desse caso, só não sabia que eram você e a Annie que eram as detetives. O que mais? – diz Stella.

— É mesmo. Bem, eu e o Don entramos por uma passagem secreta por que eu lembrava-me que existia, ela se estende por baixo da casa como um túnel. Nós fomos até uma parte da casa onde começamos a ouvir passos e a ouvir aquelas frases. Era um homem que estava lá. Sem querer eu e o Don fizemos um mínimo barulho, mais o homem conseguiu nos ouvir. Eu me virei para sair de lá e eu... – diz Ellie olhando para o chão.

— Você o que? – pergunta Lindsay curiosa.

— Vocês se arriscaram bastante. Mas, como você sabia que existia uma passagem? Você o que? – diz Stella curiosa.

— No caso que eu resolvi com a Annie naquela casa. Logo após o assassino daquela família ser preso eu ouvi barulhos embaixo da casa. Seguindo o som achei a entrada par ao túnel no quarto dos filhos do casal, eu abri a portinhola e entrei. Fui seguindo os barulhos e o choro quando dou de cara um garotinho de 4 anos encolhido num canto. Identifiquei-me e me aproximei do garotinho. Eu e ele saímos do local e nunca mais o vi depois daquele dia. Aconteceu algo naquele túnel entre eu e o Don. – diz Ellie tristemente.

— Nossa. Uma criança sem os pais e os irmãos, sozinha no mundo. – fala Lindsay tristemente – O que aconteceu?

— Nossa. Isso é algo que nunca esperamos. – fala Stella tristemente também – O que foi?

— Bem, hum, quando eu me virei dei de cara com o Don logo atrás de mim isso fez com que euobeijasse. – diz Ellie.

— Como é que é? – pergunta Stella assustada.

— Você o que? – pergunta Lindsay confusa.

— Eu o beijei. – diz Ellie envergonhada olhando para o chão.

 

Ao ouvir o que ouviram Stella e Lindsay ficam de boca aberta e sem reação.

 

— Não vão falar nada? Foi sem querer. – diz Ellie se levantando e olhando para as duas.

— O que ele falou ou fez? Vocês conversaram sobre o que aconteceu? – pergunta Stella sorrindo.

— Nossa. Isso foi inacreditável. Mesmo sem querer você vai ter que conversar com ele. – fala Lindsay.

— Ele só falou “Hum” e não fez nada, nem na hora porque não dava e nem depois. Nós não conversamos ainda, eu estou tentando evitar isso. Mas, eu sei que vou ter que conversar, só não agora. – diz Ellie tristemente.

— Um conselho: Não fique assim, ele ainda não está tão bem quanto deveria estar, mas não desiste. – fala Stella.

— Não desista. Você pode conseguir. – diz Lindsay.

— Não pretendo desistir, mas o que aconteceu com ele? – diz Ellie curiosa.

— Que bom porque vamos te ajudar no que pudermos. Bem, ele gostava de outra detetive chamada Jessica Angel, mas ela foi morta em um tiroteio a algum tempo. Ele ainda não se recuperou totalmente disso. – diz Stella.

— Nossa. Eu realmente não sabia disso. – diz Ellie tristemente.

— Mas, não se preocupe iremos te ajudar a “conquistar” ele. – fala Lindsay sorrindo.

— Ok. Agora tenho que ir. – diz Ellie.

— Está bem. – dizem Stella e Lindsay juntas.

 

Elas vão até onde estão os outros. Ellie, Don e Danny se despedem e vão até o carro voltando para a delegacia.


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